

Segundo o The New York Times, os documentos destacam que os serviços de inteligência paquistaneses ajudaram secretamente o movimento talibã no Afeganistão, mesmo o Governo de Islamabad recebendo mais de 1 bilhão de dólares anuais dos EUA para o combate aos insurgentes.
Os documentos, relatórios de campo no Afeganistão, "indicam que os soldados americanos no terreno estão inundados de relatórios de uma rede de agentes e colaboradores paquistaneses que opera desde o anel tribal paquistanês ao longo da fronteira com o Afeganistão, o sul desse país e chega a Cabul".
O diário indicou em sua página digital que muitas das informações não são checáveis, mas que "inúmeros relatórios se baseiam em fontes que os militares consideram confiáveis".
Os relatórios também incluem relatos de primeira mão sobre a falta de vontade paquistanesa a enfrentar os insurgentes que atacam perto dos postos de fronteira paquistaneses, apontou The New York Times.
Segundo o jornal, esses documentos assinalam que o Paquistão "permite representantes de seus serviços secretos reunirem-se diretamente com os talibãs em sessões secretas de estratégia para organizar redes de grupos militantes que enfrentam os soldados dos EUA no Afeganistão, e inclusive tramam planos para assassinar líderes afegãos".
Segundo o The Guardian, os documentos constatam 195 civis mortos e outros 174 feridos, mas que é provável que esses números estejam subestimados "porque muitos incidentes em dúvida são omitidos" dos relatórios de campo.

Jones também ressaltou que os documentos vazados abrangem o período entre janeiro de 2004 e dezembro de 2009, a maior parte durante o mandato do presidente George W. Bush.
Ele enfatizou que o atual presidente americano, Barack Obama, emitiu em dezembro de 2009 a nova estratégia para o Afeganistão. Além disso, ressaltou a "profunda aliança" entre EUA e Paquistão e assegurou que a cooperação antiterrorista contribuiu para resultados significativos no combate aos líderes da Al Qaeda.
A publicação dos documentos ocorre após a detenção do analista de inteligência Bradley Manning, acusado neste mês pelo vazamento de dados classificados.
Manning foi detido depois de um cracker, Adrian Lambo, denunciar que o analista havia baixado 260 mil documentos classificados e tê-los enviado à organização Wikileaks.
Fonte: Opera Mundi via Blog Notícias sobre Aviação
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