sábado, 17 de julho de 2010

Cumbica: Infraero vai fazer estacionamento paliativo mais barato

Bolsão com 350 vagas ficará no entorno do aeroporto de Guarulhos para tentar desafogar área principal

Local ficará a cerca de 1,5 km do terminal de passageiros e clientes terão serviço de vans para irem até Cumbica


A Infraero criará até o final deste mês um bolsão com 350 vagas no entorno do aeroporto de Guarulhos. A medida vai atenuar o impacto nos horários de maior movimento, segundo a estatal.

O bolsão será no final da rodovia Hélio Smidt, onde hoje ficam os táxis que servem ao aeroporto. A área está a cerca de 1,5 km do terminal de passageiros. Vans levarão os motoristas até o terminal.

Para convencer os passageiros a usar o bolsão, o preço será menor que o do estacionamento principal. O valor ainda não foi definido, segundo Ronaldo Mira, gerente da Garage Inn, que opera o estacionamento.

O motorista paga hoje R$ 31,50 pela diária e R$ 7,50 pela hora em Guarulhos.

O alvo do bolsão serão passageiros que costumam deixar o carro no aeroporto por mais de um dia.

Para liberar vagas no estacionamento principal, a Garage Inn passou a direcionar os mensalistas para uma área com 300 vagas próxima à torre de controle.

Lotados

Abertos para servir de opção para os passageiros a caminho do aeroporto, os estacionamentos no entorno de Guarulhos também estão superlotados.

Com 1.800 vagas, o BR Park chega a recusar clientes em alguns horários pela manhã e em feriados.

"Não tem como, porque não tem onde pôr carro", disse Jemima Lima, funcionária do estabelecimento. O aumento da procura começou em dezembro, disse ela.

Ontem, 80% das vagas estavam ocupadas.

Estacionamentos privados cobram mais barato e oferecem vans para atrair clientes. A diária no BR Park sai a R$ 21,60; a hora, a R$ 0,90.

O Fly Park, com cerca de 950 vagas, disse que é comum receber carros de outros estacionamentos por causa da falta de vagas. Os carros estão mais próximos um do outro para ampliar o espaço disponível.

Fonte: jornal Folha de S.Paulo - Foto: Infraero

Até canteiro vira vaga para carro em Cumbica

Estacionamento chega a improvisar 500 vagas para suprir superlotação

Problema acompanha crescimento do número de passageiros no aeroporto, que foi de 83% entre 2002 e 2009


O estacionamento do aeroporto de Guarulhos (Grande São Paulo) passou do limite.
No maior campo para pousos e decolagens do país, faltam vagas para parar o carro durante a manhã e no final da tarde. Cerca de 3.500 veículos espremem-se em um espaço destinado a 3.000.

Para isso, os automóveis ocupam todos os vazios, até calçadas e o canteiro gramado. Placas de "proibido estacionar" são ignoradas - ontem, veículos bloqueavam um retorno.

Pela manhã, o advogado Lauremiro Vasconcelos, 69, ficou rodando por 20 minutos atrás de uma vaga. "É um absurdo ficar tão lotado", queixava-se.

Os funcionários não impedem os motoristas de pararem nas vagas improvisadas -como não se trata de via pública, não há irregularidade, por mais que as alternativas causem desconforto.

"Se alguém diz que tem que correr senão perde o voo, vou fazer o quê?", justificava um funcionário.

A cada ano, há mais gente nessa correria. O movimento de passageiros no aeroporto de Cumbica cresceu 83% entre 2002 e 2009, elevando também o faturamento do estacionamento, que cobra R$ 7,50 por hora.

Parou tudo

No último feriado de 9 de julho, não havia mais onde improvisar, e o estacionamento bloqueou a entrada. A administradora Garage Inn fez então um comboio até o terminal de cargas, onde é possível parar 600 veículos.

A Infraero (estatal responsável pelos aeroportos) afirma direcionar o motorista para o local nos horários de mais movimento.

A estatal atrasou um projeto para a construção de um edifício garagem com mais 4.000 vagas no aeroporto. A concorrência para contratar a construtora deveria ter sido lançada em 2009.

Foi preciso, diz a Infraero, refazer o projeto, pois o terreno onde o edifício seria erguido será utilizado pelo Expresso Aeroporto, trem previsto pela CPTM que ligará o terminal ao centro de SP. Nova concorrência para desenvolver o projeto será lançada ainda neste ano.

Estudo apresentado pelo Snea (sindicato das empresas aéreas) no ano passado mostrava que 9 de 15 aeroportos em cidades-sede da Copa apresentavam problemas de estrutura, entre as quais falta de vagas para estacionar. Guarulhos era o de situação mais crítica.

"O passageiro vai de carro só em último caso, porque sabe que é difícil estacionar", diz Ronaldo Jenkins, diretor do sindicato.

Fonte: Ricardo Gallo (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: José Luís da Conceição/ Agência Estado

Embraer 190: o segundo avião presidencial

José Roberto Burnier grava vídeo em avião presidencial



O repórter José Roberto Burnier viajou no segundo avião presidencial, que costuma acompanhar o voo principal à distância. Ele conversou com o piloto e co-piloto na cabine de comando durante a viagem.

Fonte: G1

Aeronáutica diz que capacidade de controle de voos em São Paulo será ampliada

Uma nova torre será construída em Congonhas (SP) e o sistema vai evitar que o aeroporto de Cumbica feche por más condições do tempo. Até 2012, a previsão é gerenciar 60 voos ao mesmo tempo.



Fonte: SPTV (TV Globo)

Empresa aérea recruta comissários de bordo em SP

A empresa aérea Emirates vai realizar em São Paulo um dia de recrutamento de comissários de bordo. A seleção acontecerá amanhã, domingo, dia 18, no hotel The Intercity Premium, na Avenida Ibirapuera, 2577, em Moema, a partir das 10h.

Segundo a companhia, os candidatos vão passar por um processo de seleção, e os pré-selecionados serão submetidos a cinco semanas de intenso programa de treinamento na faculdade corporativa de aviação da Emirates, em Dubai. Um dispositivo de treinamento de emergência, além de simuladores de voo, fazem parte do amplo arsenal de tecnologia de ponta à disposição.

Os comissários também passam por um treinamento de primeiros socorros certificado pelo Royal College of Surgeons (Colégio Real de Cirurgiões) de Edimburgo, Escócia.

Os interessados devem enviar o currículo por email, por meio do site da companhia - www.emirates.com, clique no menu em Português e na opção Carreira - com duas fotografias, uma tipo documento e outra de corpo inteiro. Entre os pré-requisitos exigidos pela companhia, está a fluência em inglês.

Fonte: Marielly Campos (eBand)

Bombardier vai investir US$ 30 milhões na região da Ásia e do Pacífico

Segundo a fabricante de aviões canadense, medida reflete o rápido crescimento no mercado de aviação da região nos últimos anos

A fabricante de aviões canadense Bombardier Aerospace planeja investir US$ 30 milhões para dar suporte à crescente frota de aeronaves empresariais e comerciais da companhia na região da Ásia e do Pacífico. A empresa disse que a medida reflete o rápido crescimento no mercado de aviação da região nos últimos anos.

A Bombardier afirmou que o investimento é a primeira fase de um plano de construir uma ampla rede de serviços e suporte para a região da Ásia e do Pacífico, que vai ser centralizada na China e contar com o apoio de unidades em toda a região. A empresa disse que vai abrir um depósito de peças na região da Grande China até o fim do ano, para complementar depósitos já existentes em Narita (Japão), Pequim, Sydney e Cingapura. A empresa afirmou que vai anunciar os planos futuros de expansão de sua rede de suporte nos próximos meses.

A Bombardier disse ainda que vai criar um escritório de vendas regional em Hong Kong e três unidades autorizadas de serviço na região.

Com a realização da Feira Aérea de Farnborough, na próxima semana no Reino Unido, a Bombardier espera anunciar emcomendas adicionais para o seus jatos CSeries, que podem transportar até 150 passageiros e realizar voos internacionais. O CSeries vai colocar a Bombardier em concorrência com a Boeing e a Airbus no mercado de jatos de médio porte. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Álvaro Campos (Agência Estado)

Cresce mercado de helicópteros em BH, mas aeronaves não têm onde estacionar

Frota é 30% maior que há seis anos, mas locais de pousos e decolagens continua o mesmo

Em Belo Horizonte, encontrar uma vaga para estacionar não é um desafio apenas para os motoristas de carro. Sobre os prédios, a busca por uma vaga também é concorrida pelos 61 helicópteros que atualmente movimentam os céus da capital mineira. O problema é que a quantidade de helipontos não acompanha o crescimento do mercado de helicópteros. Minas Gerais já possui 124 aeronaves, 30% a mais que em 2004. Mas, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o número de locais para pousos e decolagens continua o mesmo.

Além dos aeroportos da Pampulha, Confins e Carlos Prates, apenas nove helipontos estão registrados pela Anac – os mesmos de seis anos atrás. Para os pilotos das aeronaves, a carência pode comprometer a expansão do mercado aéreo e prejudicar a Copa do Mundo de 2014.

A cidade de São Paulo reúne o maior o número de helicópteros do mundo. Cerca de 450 equipamentos e 270 helipontos impulsionam o transporte de passageiros, compostos em grande parte por empresários dispostos a fugir do trânsito caótico. A média é de 1,6 aeronave para cada heliporto. Na capital mineira, o índice de 6,7 evidencia o déficit, segundo Rogério Parra, professor do curso de Ciências Aeronáuticas da Universidade Fumec.

- Minas conta com a terceira frota do Brasil, mas estamos muito atrás dos paulistas em relação a esse tipo de infraestrutura. A situação chega a ser um problema, pois executivos vêm a BH fechar negócios e não conseguem descer na região central, se deslocando aos aeroportos.

O especialista também critica a postura dos hotéis que, de acordo com ele, deveriam ter privilegiado o segmento.

- Como vamos sediar uma Copa se os melhores estabelecimentos da nossa rede hoteleira sequer oferecem o serviço? O fluxo de turistas que nós iremos receber será significativo.

Empresas de olho nos táxis aéreos

A Anac autoriza as operações em helipontos após o cumprimento de normas de segurança relativa à dimensão, piso, elevação, barreiras físicas e coordenadas geográficas.

Se irregularidades forem encontradas, o projeto é interditado. A legislação aceita eventuais pousos em locais não autorizados, como campos de futebol, lotes e áreas abertas, mediante comprovação da sua finalidade

De olho nas oportunidades e lacunas do mercado, a empresa Helit, atuante na manutenção helicópteros, vai oferecer o serviço de taxi-aéreo e inaugurar, no ano que vem, um heliporto, segundo William Carlos de Andrade, sócio e diretor da Helit.

- Construiremos salas de reuniões, salas vip de embarque e desembarque. Os clientes terão também a opção de abastecer e guardar as aeronaves nos hangares.

Para Andrade, a população está começando a se familiarizar com o transporte aéreo. A aposta da empresa se justifica. Na última década, a frota nacional cresceu 58,6% e 1.255 helicópteros voam pelo país. Somente a fabricante Helibras, cujas instalações são em Itajubá (Região Sul do Estado), comercializou 24 aeronaves no Brasil neste ano, quase o dobro do vendido em 2009.

O desenvolvimento econômico, os eventos esportivos de renome e a exploração de petróleo nas plataformas intensificaram a procura por pilotos. A remuneração também atrai – ela oscila entre R$ 4.500 e R$ 20 mil, segundo Marcos Freire.

Graduado em Administração, Freire trocou o escritório pela “liberdade do cockpit”. Ele é um dos alunos da Escola de Pilotagem (Efai).

Faltam investimentos e interesse no mercado

O único heliponto público da capital – com registro na Anac – situa-se no Palácio das Mangabeiras. Porém, o comandante Luiz Henrique Oliveira, 32 anos, instrutor e chefe de operações da Escola de Pilotagem (Efai), lembra que utilizar a residência oficial do governador é incomum.

- A não ser em caso de extrema urgência, nenhum civil vai pousar no palácio. Então, os pilotos precisam de uma autorização dos proprietários das demais áreas, que pode, ou não, ser fornecida. Precisamos de investimentos públicos e privados.

Na análise do piloto da Polícia Civil Carlos Vítor, 41, o cenário reflete a cultura do empresariado mineiro.

- No momento em que o item de luxo se transformar em necessidade, as pessoas perceberão que o tempo delas vale muito. E o custo-benefício de um voo é excelente no raio de 200 quilômetros.

O trecho Belo Horizonte-Ipatinga, no Vale do Aço, temido pelos condutores de automóveis por causa das curvas da BR-381, por exemplo, não passa de 45 minutos. O aluguel de um equipamento varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil a hora, dependendo do modelo e quantidade de assentos.

Apaixonado por helicópteros e acostumado à rotina das alturas, o empresário Rômulo Rocha afirma que as dimensões da cidade e a fluidez do trânsito inibem o interesse por esse mercado.
- Não há praticidade igual. As únicas desvantagens são a pressão nos ouvidos e a limitação de carga.

Rocha estipula que um equipamento custe R$ 535 mil (US$ 300 mil), preço mínimo de um modelo considerado bom.

Apesar de o empresário esperar que a cidade conte com um heliponto moderno até 2014, o Departamento de Obras Públicas do Estado (Deop-MG) confirma que, exceto no Hospital de Pronto-Socorro João XXII (HPS), não há previsão de novos helipontos públicos.

Nem a remodelação do estádio Mineirão prevê a instalação de um local para pousos e decolagens. Já a Anac informou que quatro estruturas aguardam a liberação para construção e registro.

Fonte: Felipe Torres (Hoje em Dia/R7) - Foto: Getty Images

Sociedade só conhece norma de segurança depois de tragédia, diz parente de vítima do voo 3054

Dario Scott, o presidente da associação dos parentes das vítimas do voo JJ 3054, acidente aéreo que matou 199 pessoas em São Paulo que completa três neste sábado (17), afirmou em entrevista ao R7 que a aviação civil brasileira ainda é pouco transparente. Ele disse que só depois dos acidentes que a sociedade toma conhecimento das condições de segurança.

– Nós não temos conhecimento de como as companhias trabalham. Só sabemos das normas que são válidas ou não depois das tragédias

Na tragédia, Scott perdeu sua filha de 14 anos.

Uma das bandeiras da Afavitam (Associação de amigos e familiares das vítimas do voo JJ 3054 da TAM), que fará um ato no aeroporto de Congonhas, local onde se deu o acidente, na zona sul paulistana, é a participação da sociedade na discussão da segurança aérea do Brasil. Scott conta que chegou a propor para o Conselho Nacional de Prevenção de Acidentes Aéreos uma cadeira para representantes da sociedade civil, mas seu pedido foi negado.

Durante o ato em Congonhas, cuja previsão é de reunir 300 pessoas nesta tarde, serão distribuídos folders informativos sobre o andamento das investigações do acidente. A expectativa do MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo é analisar os inquéritos preparados pelas polícias Civil e Federal é definir uma posição sobre o caso até o fim deste ano. Depois os manifestantes irão até o tapume que cobre o local onde a aeronave bateu –um galpão da própria companhia aérea TAM.

A reportagem do R7 buscou algum representante da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) pare responder as acusações de falta de transparência, mas ninguém foi localizado.

Fonte: João Varella (R7)

Parentes de vítima do voo 3054 entregam manifesto para funcionários de companhia aérea

Cerca de 300 amigos e familiares das vítimas estiveram presentes na manifestação

Os familiares dos parentes das vítimas do acidente que matou 199 pessoas em 2007 entregaram a funcionários da companhia aérea TAM que trabalham no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, um manifesto que pede justiça e verdade, neste sábado (17), dia em que a tragédia completa três anos.

O manifesto foi lido por Luciana Mattias, que perdeu a mãe no acidente, em frente ao guichê de embarque da TAM. Cerca de 300 amigos e familiares das vítimas estiveram presentes no ato.

Depois, os manifestantes caminharam até o tapume estava o galpão da TAM no qual a aeronave bateu. Foram colocadas faixas e flores em homenagem às vítimas. Parentes se revezavam em cima de um palco montado no local para ler cartas e discursos.

Fonte e foto: Julia Chequer (R7)

Estrangeiros caçam no Rio meteorito de R$ 1 milhão

Fenômeno raro atrai pesquisadores e colecionadores a Varre-Sai. Especialista calcula que esteja sob o solo um fragmento de 20 quilos, que vale uma fortuna

A queda de um meteorito (foto acima), de grande significado para a Ciência, virou do avesso a rotina de Varre-Sai, pacato município com pouco mais de 8 mil habitantes no Noroeste Fluminense. O fenômeno provocou verdadeira caça ao tesouro. A prefeitura quer comprar por R$ 18 mil pedra de 11 centímetros e oferece bicicletas de recompensa para quem encontrar mais fragmentos. Especialista calcula que há um de 20 quilos, cujo valor pode chegar a mais de R$ 1 milhão.

Até agora, ninguém cobrou a bicicleta, mas o anúncio de que esta verdadeira mina de ouro está perdida no solo atiça o espírito Indiana Jones de colecionadores e pesquisadores. “Com o impacto, deve estar enterrado em algum ponto da região”, observa o astrofísico da Uenf Marcelo de Souza. Ele concluiu isso a partir de relatos de quem viu o meteorito cair. A pesquisadora Maria Elizabeth Zucolotto, especialista em meteoritos do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional, já varreu a região com um detector de metais. Em vão.

A pedra maior pode render R$ 1,04 milhão a seu descobridor. “Cada grama de um meteorito pode valer até R$ 52”, avalia Souza. O tesouro atraiu o casal de colecionadores bolivianos Benjamin Rivera e Cláudia Avellar, que comprou de agricultores, por módicos R$ 176, três pedaços. A cobiça custou caro: dia 7, eles foram presos no Aeroporto Internacional Tom Jobim ao tentar embarcar com elas. A Justiça Federal relaxou a prisão, mas eles vão responder por contrabando. A compra deveria ter sido comunicada ao Departamento Nacional de Produção Mineral.

Na cidade onde agora todos só andam olhando para o chão, há quem se divida entre a busca por restos do meteorito e a reza forte. É que o fenômeno espalhou, em velocidade meteórica, histórias de discos voadores e de apocalipse. “Eu rezo todo dia para que o mundo não acabe”, admite o agricultor José Lima, 55, enquanto busca a pedra milionária.

Rocha ajudará a entender melhor o Sistema Solar

A importância da rocha já foi atestada pelos especialistas do Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), em Campos.

O meteorito é do tipo condrito, cujas características rochosas, segundo pesquisadores, não sofreram modificações desde a formação do Sistema Solar. “Tudo que vem do universo é considerado um extraterrestre e nos ajuda a entender a formação dos planetas”, ressalta Maria Elizabeth Zucolotto, que já examinou a pedra encontrada por Germano.

No Brasil, onde há 19 anos não caía um meteorito, havia só 58 corpos celestes desse tipo catalogados, sendo que o último que caiu no estado foi há 141 anos, em Angra dos Reis.

Riqueza para a Ciência e para o bolso dos varre-saienses. Tanta badalação faz o comércio e os hotéis da cidade registrarem crescimento de até 20%. “As pessoas vêm atrás de meteorito e acabam levando nosso produto”, festeja Geraldina Ridolphi, 74, dona de adega que fabrica vinho de jabuticaba. “Há muito tempo não tínhamos uma procura tão grande por vagas”, opina Gilson Novaes, dono de uma pousada e um restaurante.

“Esta fama literalmente caiu do céu" - Everardo Ferreira, Prefeito de Varre-Sai

A queda do meteorito causou frisson em Varre-Sai. Segundo livro de visitas do governo municipal, pelo menos 600 pessoas de várias partes do País e até do exterior já passaram por lá atrás da novidade histórica. O prefeito já sonha com um Museu Espacial e um observatório astronômico e guarda a pedra preciosa em um cofre.

Como o município está lidando com o assunto?

A fama repentina, literalmente, caiu do céu para Varre-Sai, cuja economia gira em torno da produção de 70 mil sacas de café por ano. Vamos aproveitar essa importante descoberta para a Astronomia e incrementar o turismo.

De que forma?

Através de parcerias, sobretudo com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), com a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e com o Clube de Astronomia de Campos. Nossa intenção é construir um Museu Espacial e um observatório astronômico com potentes telescópios. Essas iniciativas vão atrair turistas, gerar empregos e contribuir para uma melhor formação educacional de nossos mais de 4 mil estudantes. Longe de qualquer tipo de poluição, temos uma vista maravilhosa do céu, principalmente à noite.

O senhor está negociando a compra do meteorito?

Estamos dispostos a pagar até R$ 18 mil ao senhor Germano. Nosso desejo é colocá-lo em exposição no futuro museu. A pedido dele, estamos guardando o meteorito num cofre da prefeitura. Não queremos que ela vá parar nas mãos de especuladores.

A prefeitura pensa em homenagear a comunidade?

Sim, vamos erguer um marco no local onde o meteorito caiu, em Santa Rita do Prata.

Agricultor que viu a queda e achou maior pedaço no quintal vira estrela

O agricultor Germano da Silva Oliveira, 62 anos, é a estrela do momento em Varre-Sai. Foi ele quem viu cair no dia 19 de junho, por volta das 17h30, e achou, na manhã seguinte, a parte maior do meteorito, com cerca de 580 gramas e 11 centímetros. A rocha galáctica foi encontrada por ele próximo a uma plantação de aipim, a menos de 50 metros de sua casa humilde em Santa Rita do Prata. Mais três pedaços foram encontrados lá e um outro na cidade vizinha de Guaçuí, no Estado do Espírito Santo.

Germano conta que, no fim da tarde daquele dia, ouviu um forte estrondo e olhou imediatamente para o quintal. “Observei o céu e vi um grande aro vermelho, seguido de um rastro de fumaça, que despencou de forma veloz, acompanhado de um barulho parecido com o de um avião supersônico. Vi onde a ‘coisa’ caiu, mas somente no dia seguinte é que tive coragem de ir lá pegar”, detalha o agricultor, que levou o meteorito até a Escola Municipal Elídio Valentim de Moraes.

Professora de Geografia, Filomena Ridolphi, que havia participado da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) 2010, patrocinada por O DIA e pela Consulado Americano no Rio, foi quem percebeu a importância da rocha, então encaminhada para estudos.

Fonte: Francisco Edson Alves (O Dia) - Foto: Welliton Rangel/Divulgação

MAIS

Veja reportagem da InterTv sobre o Meteorito encontrado no município de Varre-Sai, na região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro:


O voo de Amelia Earhart no céu do Ceará

A aviadora norte-americana Amelia Earhart, esteve em Fortaleza pouco antes de desaparecer no oceano pacífico, em 1937. Agora, ela é personagem de filme em cartaz na cidade

"O povo tem seguido, olhos fitos no ar, a rota que a aviadora americana Amelia Earhart vem fazendo em torno do mundo. Chegada 6ª feira, às 16h30, ao nosso porto, a reportagem desta folha, à noite, foi entrevistá-la no Hotel Excelsior, às 20h45". É assim que o jornal "O Nordeste", datado de 7 de junho de 1937, descreve a passagem por Fortaleza de Amelia Earhart.

Primeira mulher a cruzar o Atlântico pilotando um avião, Amelia também é pioneira no movimento pela emancipação feminina a partir da premissa de que o "sexo frágil" poderia atuar nos mesmos campos que um homem.

Naquele ano, Amelia se lançava a um desafio ainda mais ousado: realizar a volta ao mundo margeando a linha do Equador, a maior circunferência da Terra. Porém, em 2 de julho, os fortalezenses teriam a notícia de que aquela moça loira e franzina, que andava pelos saguões do Excelsior Hotel de calças compridas e cabelos curtos de rapazinho, desaparecera nas águas do Oceano Pacífico. Estava prestes a completar sua jornada. Contudo, antes que a fatalidade fizesse nascer o mito, Amelia Earhart havia deixado um rastro fulgurante na memória da Capital cearense.

Pilotando um Lockheed Electra, a aviadora e seu navegador, Fred Noonan, avistaram, entre densas dunas, arrecifes e manguezais, uma cidade com pouco mais de 100 mil habitantes, cujos limites abarcavam o que hoje é tão somente o Centro da capital.

Em fotos aéreas da época, ainda é possível ver a antiga Igreja da Sé, derrubada em 1939 para a construção da Catedral Metropolitana. Amelia vinha de Paramaribo (capital do Suriname) e deveria aportar em Natal. No entanto, problemas por conta de deficiência de luz fizeram com que a aviadora aterrissasse no aeroporto do Alto da Balança. O barulho assustou as vacas que pastavam na margem da pista. A empresa Standard Oil, que patrocinava a empreitada, aproveitou para abastecer a aeronave e fazer pequenos reparos.

Enquanto esperava pelo conserto, Amelia foi bastante assediada pela imprensa cearense. Na hora de comprar uma borracha esponjosa, não permitiram que ela pagasse.

As impressões da aviadora sobre Fortaleza, de acordo com o livro "História da Aviação no Ceará", davam conta de contrastes flagrantes numa cidade de hábitos provincianos, mas que se via invadida por novidades tecnológicas como o automóvel e o avião: "nas ruas, jumentos e cangalhas repletos de mercadorias; carroças, ônibus e automóveis circulando juntos. Na praia, sobrevoando as jangadas, passavam aviões para Miami, Buenos Aires e outros destinos".

A Cidade de Fortaleza, em 1937, quando Amelia posou no aeroporto do Alto da Balança

Em Fortaleza, Amelia também despertou um amor platônico num homem que, a seu exemplo, ficou notabilizado por viver com a cabeça no céu. O astrônomo Rubens de Azevedo era um "mancebo imberbe" de 16 anos quando a aviadora aqui aportou. Em seu livro "Memórias de um Caçador de Estrelas", ele lembra que trabalhava na Sociedade de Cultura Artística. Por isso, praticamente morava no Excelsior Hotel. Apesar de pouco inglês, trocou com ela algumas palavras e se ofereceu para levá-la ao aeroporto, pois Amelia já estava indo embora.

"E vi o avião partir e sumir na madrugada cinzenta. Ela acenou para mim, a mão branca e elegante, o rosto vermelho, rosto de rapazinho de cabelo curto, louro e desgrenhado. Foi assim que conheci Amelia Earhart. Ela veio do outro mundo, conhecemo-nos em Fortaleza, levei-a ao seu embarque e ela se foi como num sonho - mas deixou rastros profundos na minha memória, pois foi uma heroína da minha adolescência....", escreveu Azevedo.

Curiosidades

● Em Fortaleza, o transporte de passageiros da aviação civil era inicialmente feito em hidroaviões, que utilizavam a foz do Rio Ceará para decolar e amerrissar (pousar na água). A empresa alemã Condor operava a maior parte dos voos que chegavam a Capital cearense, mas parou de atuar depois que o Brasil se alinhou contra as potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), durante a II Guerra Mundial.

● Posteriormente, quando foi feita a pista de pouso do Alto da Balança (onde atualmente fica a Base Aérea de Fortaleza), os pilotos que passavam por aqui costumavam chamar aquela área de "cocorote", uma corruptela do inglês "Cocó route", ou "rota do Cocó", em referência à proximidade do aeroporto com o Rio Cocó.

● Fred Noonan, navegador que acompanhava Amelia Earhart na tentativa de dar a volta ao mundo, mandou confeccionar um blusão numa camisaria de Fortaleza, que foi feito em poucas horas, já que dez costureiras estavam à disposição para tirar medidas, cortar tecido e iniciar a confecção. O livro "História da Aviação do Ceará" cogita que a camisaria em questão seria "A Cruzeiro", cujo slogan da época era: "camisa em 60 minutos e um terno em 24 horas".

● Cerca de 100 aviões e 10 navios foram mobilizados depois de perdido o contato com a aviadora. Como o avião de Amelia Earhart desapareceu sem sinal dos destroços ou dos corpos dos aviadores, muitas teorias foram levantadas sobre o que teria realmente acontecido. Uma delas é a de que Amelia servia como espiã do governo americano e o avião teria sido interceptado por japoneses.

Fonte: Karoline Viana (Diário do Nordeste) - Fotos: Reprodução do livro "Amélia", da editora Universe

Um em cada três aviões nos EUA tem Wi-Fi

Navegar na internet em voos comerciais nos EUA já é realidade, mas ainda é relativamente caro.

Mais de um terço dos aviões de passageiros nos EUA podem oferecer conexões WiFi nos voos. Assim, ver alguém acessando a internet em pleno ar está começando a ser algo comum naquele país.

Apesar do crescimento, alguns usuários consideram os preços muito altos, especialmente em voos mais demorados. O custo pode passar de 13 dólares para pacotes com mais de três horas. Na blogosfera fica evidente a confusão dos passageiros na hora de identificar quais aeronaves têm WiFi, e qual adaptador de tomada trazer a bordo – ninguém gosta de receber o aviso de bateria fraca no meio do trabalho, coisa comum de acontecer em função do alto consumo de bateria da placa de rede sem fio.

Provedores

Praticamente todas as aeronaves nos EUA oferecem um serviço de acesso à Internet chamado Gogo, da empresa Aircell. Mais de oito companhias aéreas norte-americanas aderiram aos planos de acesso, instalado em um total de 968 Boeings, Airbus etc – o total de aviões em operação no país é de quase 3 mil.

A Southwest Airlines agora oferece o serviço em seis aviões – ela começou com apenas um, em maio. Quem provê a ligação wireless para a empresa é a Row 44 Inc. Uma fonte da Southwest informa que a navegação sem fio deve ser estendida a toda a frota ainda no primeiro semestre de 2012.

A qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas Aircell e Row 44 é similar. Mas, diferentemente da Aircell, que usa ondas transmitidas por antenas de rádio localizadas em terra, a Row 44 usa satélites para conectar os passageiros.

Concorrência

Concorrendo lado a lado com a Aircell para fornecer WiFi às companhias aéreas, a Row 44 perdeu força na implementação do serviços nas naves da Southwest, ao aguardar a aprovação governamental para trabalhar com um fornecedor de antenas para receber o sinal dos satélites. “Conseguimos contornar essa circunstância, e agora, retomamos o trabalho para equipar a frota da Southwest Airlines”, diz o porta-voz da empresa, Robbie Hyman.

Por enquanto a incerteza rege a adoção em larga escala dos serviços da Row 44 por parte de companhias aéreas nos EUA. Hyman deixa claro que a Aircell “avança significativamente no mercado norte-americano”, mas diz que a Aircell está presa ao espaço aéreo dos EUA, já que o sinal vem de antenas fixas no solo, ao passo que a Row 44 pode captar sinal de internet em todo o mundo.

Pelo site da Aircell é possível comprar créditos ilimitados de uso do Gogo a 20 dólares no primeiro mês. Os meses posteriores custam 35 dólares. A empresa ainda anuncia a presença do serviço em oito companhias aéreas e afirma a chegada da nona empresa, a Frontier Airlines, para breve.

Com praticamente mil aeronaves equipadas para oferecer conexões WiFi nos EUA, é evidente que essa tecnologia chegou para ficar. Resta saber como o serviço será precificado e quantos aviões mais irão dar suporte ao WiFi. Deve levar até dois anos mais até toda a frota norte-americana estar coberta pelo serviço.

Empresas deverão bancar acessos

O diretor de análises da empresa J. Gold Associates, Jack Gold, aponta para a utilidade dessa tecnologia na perspectiva do passageiro. “Pode ser usada para conectar-se à VPN da organização ou para responder aos emails”, afirma. “Para empresas o serviço certamente será útil, e nesse caso elas têm condições de absorver os custos”. Para uso pessoal, não corporativo, Gold ainda acha que as tarifas estão um bocado altas.

Uma das justificativas para a prática de tarifas caras, pode ser o fato de haver um limite de banda nas aeronaves. “Se 50 passageiros acessarem a rede em um único voo, a conexão tende a ficar lenta; baixar o preço da conexão só tende a comprometer a qualidade do sinal”, ressalta Gold.

Gold prevê a liberação dos serviços de WiFi para passageiros da primeira classe.

Video Chat e VoIP negados

Apesar de as linhas aéreas restringirem o uso do WiFi para aplicativos como VoIP e video chat, a adesão vem crescendo nos EUA. Gold reconhece que barrar todas instâncias de VoIP é muito complicado.

Uma porta voz da Aircell afirma que a empresa está constantemente desenvolvendo ferramentas para prevenir o uso de VoIP. Em um artigo publicado no jornal The New York Times, um repórter descreveu uma conversa via Skype feita a partir de um avião. O mesmo jornalista executou um chat com voz durante um vôo da Virgin America em dezembro de 2009.

Enquanto isso no Brasil...

A TAM informa que "em breve", o antigo sonho do uso de celulares dentro dos aviões e em voos de altitude superior a 4 mil metros será possível. A tarifa para as ligações será a mesma cobrada em chamadas internacionais (ou seja, salgada) e o serviço será oferecido pela OnAIr.

Fonte: Matt Hamblen (Computerworld) via IDG Now! - Ilustração: Tim Foley (WSJ.com)

Alitalia recebe seu primeiro A330-200

A Alitalia recebeu a sua primeira aeronave Airbus A330-200 nova, direto da fábrica de Toulouse, na França. O avião está configurado com um layout de três classes de alto conforto e é o primeiro avião da Alitalia a ser equipado com a nova classe econômica premium “Classica Plus” e a classe executiva “Magnifica”, totalmente atualizadas.

Com capacidade para transportar 230 passageiros, sendo 181 na econômica, 21 na econômica premium e 28 na executiva, a primeira das duas aeronaves que a Alitalia receberá ainda este ano, será utilizada na rede de rotas transatlânticas da empresa.

As aeronaves da Airbus compartilham a cabine de comando e os procedimentos operacionais, o que permite às companhias aéreas utilizar o mesmo grupo de pilotos, tripulantes de cabine e pessoal de manutenção, trazendo flexibilidade operacional e economias significativas.

O A330 é um dos aviões de fuselagem larga, mais usados atualmente e a Airbus conta com mais 1.000 encomendas corporativas das diferentes versões da aeronave. Cerca de 700 A330 já foram entregues e estão voando em mais de 80 companhias aéreas de todo o mundo.

Fonte: Portal Fator Brasil - Imagem: Divulgação

Venezuela e Holanda concordam em rever operações aéreas

A Venezuela e a Holanda vão rever as operações aéreas dos dois países, segundo comunicado conjunto divulgado neste sábado, depois de Caracas protestar contra o que chamou de voos ilegais por aviões militares holandeses no seu espaço aéreo.

Na terça-feira, a Venezuela reclamou sobre três voos "provocadores" neste mês, que teriam como origem ilhas holandesas no Caribe.

A Holanda afirmou que as alegações não têm fundamento e que quer resolver o problema pelo diálogo.

As diferenças entre os dois países acontecem desde que Caracas acusou no ano passado os holandeses de deixarem aviões de espionagem norte-americanos operarem em bases holandesas em Aruba e Curaçao.

"Foi acordada a criação de uma comissão para rever as operações aéreas conduzidas pelos dois países", diz o comunicado conjunto, divulgado depois que os ministros do Exterior se encontraram em Caracas na sexta-feira.

O documento diz que os dois países também vão estudar a possibilidade de construir um gasoduto entre a Venezuela e Aruba.

"Os ministros reafirmaram o compromisso dos seus países de absoluto respeito pela integridade e soberania territoriais", afirma o comunicado. Representante das ilhas holandesas também estiveram no encontro.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, tem dito que as ilhas holandesas estão em águas territoriais venezuelanas. No ano passado, ele acusou a Holanda de planejar uma agressão à Venezuela ao deixar operarem em suas bases aviões dos EUA.

Os holandeses dizem que há 250 funcionários norte-americanos em Curaçao e Aruba para combater o narcotráfico.

Fonte: Daniel Wallis (Reuters) via O Globo- Mapas: The New York Times

Aeroportos da Copa: prazo apertado para as obras

Medidas urgentes precisam ser tomadas para passageiros não voltarem a conviver com transtornos que marcaram caos aéreo

Sem modal ferroviário e com rodovias esgotadas, o transporte aéreo ganhará importância na Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Campeonato mundial em país de dimensão continental só houve há 16 anos, nos Estados Unidos, quando jogadores e torcedores atravessaram o território americano para acompanhar jogos de seus países. Para 2014, a Fifa já anunciou que pretende concentrar os grupos de seleções em quatro regiões do Brasil para evitar voos acima de duas horas de duração.

Especialistas recomendam medidas urgentes nos aeroportos para o caos aéreo não voltar a transtornar a vida de passageiros. Apesar de a Infraero, estatal responsável pelos aeroportos localizados nas 12 cidades-sedes, prometer investir R$ 6,48 bilhões em modernizações, especialistas em transporte aéreo projetam dificuldades para a estrutura aeroportuária atender ao aumento de demanda do país, quanto mais um evento de escala mundial.

– A Infraero anunciou investimento na parte física, mas não prevê nada em tecnologia – alerta Respicio Espirito Santo Jr., professor de transporte aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), referindo-se a softwares que controlam bagagem ou que definem em que ponte de desembarque cada avião deve estacionar.

O especialista critica a falta de planejamento da estatal ao somente dar a largada nos investimentos motivada por “dois eventos de escala planetária” – a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro:

– Falta preocupação com o nível de serviço, de conforto para o passageiro e de eficiência nos terminais.

Procurada, a Infraero informou que o único executivo credenciado para dar informações sobre os investimentos é o diretor de Engenharia e Meio Ambiente, Jaime Henrique Caldas Parreira, que estava em viagem ao Exterior.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), José Márcio Mollo, diz que “não compartilha do otimismo das autoridades” em relação ao andamento de ampliações de terminais e melhorias nos sistemas de pista:

– Não dá tempo de reformar os aeroportos.

Conforme Mollo, a construção de um terminal consome pelo menos cinco anos. O terceiro terminal de passageiros de Guarulhos, em São Paulo, por exemplo, recém teve homologada a licitação para a elaboração dos projetos de engenharia. O principal aeroporto do país é o mais caótico. Filas costumam se formar nos check-in e nas esteiras de raio X. Nas manhãs de nevoeiro, os equipamentos de navegação, defasados, deixam a pista fechada. A Infraero promete melhorar a estrutura para possibilitar pousos e decolagens mesmo nos dias de denso nevoeiro.

É importante desafogar os aeroportos paulistas porque problemas na operação causam um efeito dominó no país. E não é apenas Guarulhos que está com o cronograma atrasado.

Uma das soluções apontadas pela Infraero para aliviar as operações em horários de pico seria a redistribuição de voos. Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont (RJ) têm capacidade limitada para voos nos horários de pico, embora comportem novas operações nos demais períodos.

– Não adianta distribuir voos para horários menos movimentados, porque a maior parte das viagens são a negócio no país – diz Elton Fernandes, professor de produção e transporte da UFRJ.

Entre as cidades-sede da Copa de 2014, apenas Natal terá um novo aeroporto. O primeiro módulo do terminal de São Gonçalo do Amarante deverá ficar pronto em 2013.

Confira o Raio-x dos aeroportos no Brasil (em .pdf)

Fonte: Zero Hora

Quatro pessoas morrem após acidente com hidroavião no Canadá

Um hidroavião, que transportava seis pessoas, caiu na província canadense de Quebec, na manhã de sexta-feira (16), disseram as autoridades.

Um porta-voz da Transportation Safety Board do Canadá disse que a o de Havilland Canada DHC-2 Beaver Mk1 (similar ao da foto acima) caiu em uma área remota do norte do Quebec. O porta-voz disse que dois investigadores foram para o local do acidente para investigar as causas do acidente.

O avião, operado pela Air Saguenay, caiu depois que o piloto deparou-se com tempo ruim nas proximidades de Maria-Chapdelaine, município do nordeste de Quebec, segundo a polícia local. Um menino de 13 anos e três homens (de 60, 59 e 45 anos) morreram, e outros dois ocupantes (de 59 e 15 anos) ficaram gravemente feridos.

Os dois feridos foram levado de helicóptero para um hospital em Chicoutimi.

Fontes: Montreal Gazette / BNO News / ASN - Fotos: The Canadian Press / QMI Agency / AFP

Aeronáutica investiga queda de helicóptero em canavial de Novo Horizonte, SP

O corpo de um dos ocupantes foi encontrado carbonizado. Outros dois sofreram ferimentos



Uma equipe da aeronáutica começou a investigar na manhã deste sábado, as causas do acidente com um helicóptero Robinson R44 Raven II, prefixo PR-TNB, na região de Novo Horizonte. A aeronave caiu no final da tarde esta sexta-feira (16) e matou uma pessoa.

O corpo do passageiro foi encontrado carbonizado dentro do helicóptero. Luciano do Amaral Ribas, 28, não conseguiu se soltar do cinto de segurança. Bombeiros demoraram três horas para localizar a aeronave que caiu em um local de difícil acesso.

A aeronave caiu no distrito de Vale Formoso, em Novo Horizonte. A plantação de cana pegou fogo. O piloto José Carlos Aparecido de Oliveira e o outro passageiro José Ferreira Ribas Neto tiveram ferimentos leves. Assustados, eles não quiseram dar entrevista.

Só a perícia da aeronáutica vai descobrir o que aconteceu. A área onde o helicóptero caiu foi isolada pela polícia. O corpo do passageiro foi retirado do local durante a madrugada. O laudo sobre as causas do acidente deve ficar pronto em noventa dias. Luciano do Amaral Ribas será enterrado neste sábado, em Ribeirão Preto.


Como aconteceu

No fim da tarde desta sexta-feira, o helicóptero com capacidade para quatro passageiros decolou de Promissão com destino a Ribeirão Preto. A aeronave voou por cerca de meia hora.

O piloto não soube dizer se os computadores acusaram algum problema mecânico, mas moradores disseram que ouviram uma explosão no momento da queda. Na queda, Luciano do Amaral Ribas morreu carbonizado. O piloto e o outro passageiro tiveram ferimentos leves.



Fonte: TV TEM via O Globo / R7 - Fotos: Reprodução/TV Globo / Rádio Amizade FM/Novo Horizonte

TAM: ninguém punido pela tragédia, 3 anos depois

"Os filhos, a família, são o nosso patrimônio de amor. Quando você perde uma filha, você se sente diminuído, vê como a vida fica triste." Hoje, Archelau Xavier, de 58 anos, vai arrumar as flores no terreno em frente ao Aeroporto de Congonhas, onde, três anos atrás, o Airbus em chamas da TAM matou sua filha, Paula, o namorado dela e mais 197 pessoas.

O local da tragédia deveria ter hoje um memorial. Mas ainda está cercado de tapumes, com entulho e água da chuva, limpo uma vez por ano, antes da celebração feita pelas famílias das vítimas, em 17 de julho. Tão demorado como a construção do memorial é o caso na Justiça. Três anos após o acidente, ninguém foi punido e a investigação não virou processo.

- Houve um acidente totalmente evitável. Ocorreram falhas e queremos que elas tenham consequências. Acreditamos na Justiça. O arquivamento desse caso não passa pela cabeça de ninguém - afirma Archelau, vice-presidente da Associação das Famílias das Vítimas.

Nos últimos três anos, houve três linhas de investigação: a da Polícia Civil e do Ministério Público, que indiciou dez pessoas, entre elas a ex-diretora da Anac Denise Abreu; a da Polícia Federal, que responsabilizou piloto e co-piloto pelo acidente e deixou revoltadas as famílias; e a do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, sem caráter punitivo. Como prevenção, emitiu mais de 80 orientações para Anac, Infraero e companhia aérea.

Por entender que o caso é de alçada federal, a Justiça cancelou os indiciamentos da Polícia Civil e o caso, com 113 volumes, ficou nas mãos do procurador federal Rodrigo de Grandis. Ele ainda não ofereceu a denúncia à Justiça Federal; deve tomar sua decisão até o fim do ano. Mas dá mostra de que não concorda com a PF, que não responsabilizou ninguém entre os vivos:

- O delegado usou uma lógica que funciona no homicídio, que busca uma relação de causalidade. Pode-se analisar o caso sob o artigo 261 do Código Penal, o atentado à segurança do transporte aéreo. É saber se alguém fez ou deixou de fazer algo que expôs a aeronave a perigo.

Fonte: Tatiana Farah (O Globo)

Parentes de vítimas decidem destino de terreno da tragédia da TAM

Há 3 anos, 199 pessoas morreram no acidente, em São Paulo.

Praça será construída no local do acidente, segundo Prefeitura.


Três anos após o maior acidente aéreo ocorrido em solo brasileiro, parentes das vítimas do voo JJ 3054 da TAM se reúnem neste fim de semana com representantes da Prefeitura para decidir o que será feito no local do acidente.



Na noite do dia 17 de julho de 2007, a aeronave que cumpria o voo de Porto Alegre a São Paulo saiu da pista do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, passou por cima da Avenida Washington Luís, uma das mais movimentadas da capital, e se chocou contra um prédio da mesma empresa aérea, localizado do outro lado da via. No total, 199 pessoas morreram.

O prédio da TAM, o posto de gasolina e as casas que ficavam no local atingido foram demolidos. Na área de aproximadamente 400 mil metros quadrados, que fica bem em frente à cabeceira da pista, ainda está vazia e fechada por tapumes azuis.

Segundo a Prefeitura, nada foi feito até agora no local porque apenas no último dia 6 foi feita a desapropriação da parte do terreno onde ficava o posto de gasolina.

O objetivo é que aqui seja construída uma praça em homenagem às vítimas do acidente. Ainda não se sabe como será essa praça. O que é certo é que a árvore em forma de v que para os familiares simboliza vida é a única coisa que será preservada.

Fonte: G1

Encontro de familiares de vítimas marca os 3 anos da tragédia da TAM

Evento prestará homenagens aos 199 mortos do acidente.

Avião explodiu ao se chocar com prédio em 17 de julho de 2007.

Será realizado neste sábado (17) e domingo (18) em São Paulo o 29º Encontro dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo JJ 3054 da TAM. Além de homenagear as vítimas por ocasião dos três anos da tragédia do voo JJ 3054, que resultou na morte de 199 pessoas, o evento servirá para cobrar as autoridades para que sejam apontados as causas e os responsáveis pelo acidente.

Na noite do dia 17 de julho de 2007, a aeronave da TAM que cumpria o voo JJ 3054, de Porto Alegre a São Paulo, saiu da pista do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, passou por cima da Avenida Washington Luís, uma das mais movimentadas da capital, e se chocou contra um prédio da mesma empresa aérea, localizado do outro lado da avenida.

Promovido pela Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam), o encontro será realizado em um hotel na Avenida Ibirapuera, também na Zona Sul. Na ocasião, está prevista uma série de homenagens aos mortos no acidente, um dos maiores da história da aviação brasileira.



De acordo com a programação do evento, por volta dos 16h30 os familiares e amigos farão uma manifestação em Congonhas, com o objetivo de informar a população sobre o andamento do inquérito que investiga a tragédia.

Às 17h, os tapumes que cercam o terreno onde ocorreu o acidente, na Avenida Washington Luís, serão decorados em homenagem às vítimas. Cada um deles representará um dos mortos e terá uma decoração feita pelos próprios familiares. Além disso, também serão coletadas doações de roupas para bebês que serão entregues à Santa Casa de Santo Amaro, na Zona Sul da capital.

Ainda no sábado, às 18h, os familiares irão realizar o evento “Celebrando a Vida - Momento em homenagem às vítimas do Acidente do voo TAM JJ 3054”, no local do acidente, em frente à pista do Aeroporto de Congonhas, onde será construído o futuro Memorial 17 de Julho.

O encontro se encerrará às 14h30 de domingo (18), com uma celebração eucarística na Capela do Colégio Santa Maria, na Avenida Sargento Geraldo Santana, nº 901, no Jardim Taquaral, com a presença de familiares e convidados.

Fonte: G1

Cumbica terá, enfim, sistema para operações com baixa visibilidade

Aeroporto fica em média 6 horas por mês fechado por baixa visibilidade; apenas desde junho, problema prejudicou 60 mil passageiros

O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, vai ter condições de operar com visibilidade zero a partir de 2011. O Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) anunciou ontem a instalação do sistema ILS3, que garante a precisão de pouso sem que o piloto enxergue a pista. Isso significa que Cumbica não precisará mais fechar por mau tempo. Desde junho, a neblina impediu que 60 mil passageiros pousassem ou decolassem.

Teoricamente funcionando 24 horas por dia, Cumbica ficou fechado mais de um quarto desse tempo no último mês e meio. O aeroporto opera atualmente com o sistema ILS2, que exige do piloto uma visibilidade de pelo menos 60 metros à sua frente, o que nem sempre é possível.

Com o ILS II, o pouso é feito manualmente pelo piloto a partir de 30 metros de altura

O equipamento de categoria 3, que o aeroporto vai receber em 2011, é o que há de mais avançado em segurança de voo no mundo. Aeroportos dos Estados Unidos, Bélgica, Inglaterra, entre outros, já utilizam o equipamento desde a década de 1960.

Para usufruir da nova tecnologia, no entanto, as companhias aéreas precisarão se adaptar. Hoje, apenas a TAM tem sistema compatível com o ILS3, e, ainda assim, apenas em aeronaves que fazem rotas internacionais. Além disso, para pousar em meio ao nevoeiro, o piloto também precisa de um treinamento especial. Tais exigências ainda não são obrigatórias, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Interferências

Instalar o equipamento mais moderno ainda está longe de ser a solução para a situação aeroportuária. Com um investimento de R$ 150 milhões até 2014, ano da Copa, a Aeronáutica pretende ampliar a capacidade de controle de voos tanto em Cumbica quanto no Aeroporto do Tom Jobim/Galeão, no Rio.

São Paulo hoje tem capacidade 45 movimentações (pousos e decolagens) por hora em seu aeroporto internacional e poderá receber até 60 aeronaves simultâneas. O problema é que não há capacidade de pista nem terminal de passageiros para isso.

"Por enquanto, ainda não existe infraestrutura aeroportuária adequada. Mas se a Infraero decidir expandir os aeroportos, estaremos preparados", disse o coronel José Moretti da Silveira, chefe do SRPV-SP.

Outra pedra no sapato da aviação brasileira, Congonhas deve ganhar uma torre de controle até 2011, que permitirá visualização total da movimentação de aviões - a atual, construída em 1945, não dá aos controladores uma visão completa: é preciso o auxílio de técnicos da Infraero no gerenciamento dos "pontos escuros" da pista.

O aeroporto doméstico de São Paulo também continua sofrendo com a interferência das rádios piratas na comunicação entre o piloto e a torre. Por ser um aeroporto pequeno com pista mais curta, Congonhas continuará operando com a tecnologia ILS1, que exige o mínimo de 800 metros de visibilidade à frente do avião.

Movimentação

O maior contemplado com os investimentos da Aeronáutica, Cumbica continua o aeroporto mais movimentado do Brasil - são 213 mil pousos e decolagens por ano, seguido pelas 195 mil movimentações de Congonhas. Pelo aeroporto internacional da cidade passam 69 mil passageiros por dia, distribuídos em 660 aeronaves.

Ainda em São Paulo, em 2009, o Campo de Marte superou o aeroporto internacional do Rio (Galeão) em número de voos - foram 140 mil contra 136 mil. No céu de São Paulo cruzam, mensalmente, 53 mil aeronaves, o dobro da média mensal do Rio.

A intensidade da movimentação de helicópteros no espaço aéreo em São Paulo e no Rio mostra o quanto o Brasil depende de transporte aéreo: foram mais de 88 mil só no ano passado.

O equipamento

O que é

O Instrument Landing System (ILS) é um sistema automático de pouso que guia o piloto quando as condições de visibilidade são ruins, como, por exemplo, em um nevoeiro.

Como ajuda

O aparelho envia sinais eletrônicos para a aeronave sobre o alinhamento com a pista e a trajetória de pouso.

Quando funciona

Apenas quando o avião está a cerca de 10 km da pista.

Categorias 1, 2 e 3

O ILS1 exige entre 600 e 800 metros de visibilidade. O 2, 400 metros. Com o ILS3, o pouso pode ser totalmente eletrônico.

Onde tem

O ILS3 está nos Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica, entre outros.

Fonte: Nataly Costa (O Estado de S.Paulo) - Foto: Reprodução/O Globo Online