quinta-feira, 5 de maio de 2011

Rússia investiga voo 'instável' de avião do Ministério da Defesa

Imagens de cinegrafista amador mostram instabilidade da aeronave que sobrevoou local próximo a Moscou em baixa altitude

Autoridades russas abriram um inquérito para descobrir porque um avião Tupolev Tu-154 do Ministério da Defesa sobrevoou uma região próxima a Moscou em baixa altitude.

Imagens de um cinegrafista amador mostram a instabilidade da aeronave antes de tentar pousar. Só na segunda tentativa os pilotos conseguem aterrissar. O vídeo foi divulgado na internet e acabou sendo usado pelas autoridades para iniciar as investigações.

A imprensa russa afirmou que o avião não era usado há pelo menos seis anos e aparentemente seria levado para uma oficina de reparos na base de Chkalovsky, nos arredores de Moscou.



Fonte: BBC Brasil via iG

Para se proteger do assédio de passageiros bêbados, aeromoças aprendem Kung Fu

As aeromoças da Hong Kong Airlines, uma companhia aérea chinesa, estão aprendendo os precisos golpes do Kung Fu para se livrar do assédio de passageiros bêbeados que tentam apalpá-las durante o voo. Nas aulas, as chinesas aprendem golpear agressores, assertivamente, em segundos.

Autoridades da companhia aérea dizem que as aeromoças são obrigadas a lidar com casos de abuso pelo menos três vezes por semana. "As aulas são para sua própria segurança e, também, para a segurança dos próprios passageiros. Os golpes do Kung Fu funcionam melhor a menores distâncias e, por isso, são perfeitas para um ambiente como o do avião", disse o instrutor Sifu Lu Leng.

Fonte: O Dia Online - Foto: Reprodução

Alan Shepard: Mercury Freedom 7, May 5, 1961

Aconteceu em 05 de maio: Voo do primeiro norte-americano no espaço completa 50 anos

Missão de Alan Shepard durou apenas 15 minutos.


Astronauta atingiu 187 quilômetros de altitude máxima.


Alan Shepard dentro da cápsula Freedom 7, horas antes de fazer o 1º voo de um norte-americano ao
espaço

Três semanas depois do voo histórico do soviético Yuri Gagarin, primeiro homem a ir ao espaço, Alan Shepard seguiu seus passos, há cinquenta anos, no dia 5 de maio de 1961, para se tornar o primeiro norte-americano a realizar uma viagem espacial.

Alan Shepard, piloto de testes da Aeronaval 37 anos, foi lançado a bordo da cápsula Freedom 7, durante a missão Mercury 3, por um foguete Redstone a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, na manhã de 5 de maio de 1961.

Seu voo suborbital sobre o Oceano Atlântico, a uma altitude máxima de 187 quilômetros, durou apenas 15 minutos, mas foi crucial para o programa espacial dos Estados Unidos, consideram os historiadores.

O lançamento do Freedom 7 com Alan Shepard estava inicialmente previsto para março de 1961, mas problemas técnicos causaram o adiamento.

"É interessante perguntar qual teria sido a direção do programa espacial norte-americano se Shepard tivesse ido ao espaço antes de Gagarin, porque o voo deste convenceu o presidente John Kennedy a entrar na corrida espacial", afirmou John Logsdon, ex-diretor do Space Policy Institute da Universidade George Washington.

Por outro lado, o presidente Kennedy temia um impacto negativo em caso de fracasso desse voo transmitido ao vivo pela televisão - menos de três semanas após o fiasco norte-americano do desembarque na Baía dos Porcos, em Cuba -, e tinha hesitado antes de autorizá-lo para 5 de maio, lembrou o historiador.

Além disso, o voo de Shepard ocorreu alguns dias antes de Kennedy aceitar a recomendação de lançar o programa Apollo, que tinha como objetivo levar um norte-americano à Lua antes do fim da década de 60.

Segundo John Logsdon, "o êxito da missão de Shepard foi necessário para o lançamento do programa Apollo" porque, especula, um fracasso poderia dissuadir o presidente Kennedy a autorizar ou poderia pelo menos tê-lo atrasado.

"O voo de Shepard foi sem dúvida histórico", mesmo que não tenha sido muito comemorado, revelou Stephen Garber, historiador da Nasa.

Esse périplo de 15 minutos permitiu provar a viabilidade de alguns princípios fundamentais do voo espacial, o que abriu caminho para os programas Geminy e Apollo.

Foguete Redstone leva a cápsula Mercury ao espaço, com Alan Shepard dentro

Gagarin entrou em órbita, completando uma volta da terra e voou no total 108 minutos, mas permaneceu passivo a bordo de seu voo sub-orbital. Já Shepard pilotou a cápsula e manteve contato por rádio com o centro de controle.

O primeiro astronauta norte-americano terminou a carreira como contra-almirante da Marinha americana, foi o quinto homem a chegar à Lua e o primeiro a jogar golfe durante a viagem da Apollo 14 (32 de janeiro a 9 de fevereiro de 1971), na terceira missão lunar. Ele morreu em julho de 1998, aos 74 anos, vítima de câncer.

Uma cerimônia para celebrar o 50º aniversário do primeiro norte-americano no espaço aconteceu na quarta-feira (4) na base aérea de Cabo Canaveral com o diretor da Nasa, Charles Bolden, na presença da família Shepard e de Scott Carpenter, um ex-astronauta do programa Mercury.

Os Correios norte-americanos lançarão dois novos selos dedicados ao primeiro voo de um americano no espaço.

Fonte: France Presse via G1 - Fotos: Nasa / AFP Photo / AP Photo

Helicóptero de Marrone estava com dois comandos acionados e polícia investiga quem pilotava

A polícia investiga se o cantor Marrone estava pilotando o helicóptero que caiu nesta segunda-feira em São José do Rio Preto, a 451 km da capital paulista. Na checagem dos destroços da aeronave, foi constado que os dois comandos do helicóptero estavam em funcionamento - do lado direito e do lado esquerdo. Amostras do combustível e o motor foram retirados para análises. A Aeronática tem um ano para concluir o relatório sobre os motivos do acidente, mas um relatório preliminar deve ser concluído em 30 dias. No boletim de ocorrência, o cantor afirmou que ouviu um barulho no painel durante a decolagem. O piloto diz que percebeu que perdia altura rapidamente e procurou um local para o pouso de emergência.

- Podemos esbarrar na vontade das vítimas , que depende delas, para o prosseguimento - diz o delegado José Luiz Chaim.

Os oficiais da Aeronáutica checaram junto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), se o cantor tem ou não autorização para pilotar. E não encontraram registros de Marrone na lista de pilotos autorizados. Os técnicos da Aeronáutica estiveram no Hospital de Base para ouvir a versão de Marrone, mas não foram recebidos pelo cantor. Ele disse estar muito abalado com o acidente.

Marrone teria comprado o aparelho porque tem medo de andar de avião de carreira e em jato pequeno, como seu companheiro de dupla, Bruno. Por este motivo, eles não viajam juntos.

O helicóptero havia decolado do Paraná e seguia para São Paulo. Parou em São José do Rio Preto para abastecer. Testemunhas serão ouvidas pela polícia para descobrir quem estava pilotando.

O helicóptero usado por Marrone é um Esquilo modelo 350, semelhante aos helicópteros Águia da Polícia Militar de São Paulo. O tenente coronel responsável pelas investigações diz que tudo será analisado, inclusive o plano de voo.

O piloto tentou um pouso de emergência no recinto de exposições, que fica ao lado do aeroporto, mas a aeronave bateu numa caixa d'água, em uma árvore e ficou fora de controle.

Depois do acidente, o cantor Marrone saiu caminhando. Passou 12 horas na UTI do hospital, fazendo exames, e recebeu alta na manhã de quarta.

Os outros dois ocupantes ficaram gravemente feridos. Jardel Alves Borges, primo de Marrone e também produtor da dupla, está internado na UTI, em estado estável, porém grave. O piloto teve o pé esquerdo amputado no acidente.

Fonte: Bom Dia S.Paulo, TVTEM, O Globo - Fotos: Reprodução TV TEM/Filiada TV Globo / Reprodução TV Globo

Companhia aérea Gol perde equipamento da banda CPM 22

Por pouco, músicos não cancelam show em Goiás


As trapalhadas das companhias aéreas brasileiras fizeram mais uma vítima: a banda de rock CPM 22 (foto acima). Em turnê com o novo álbum, "Depois de um longo inverno", os músicos embarcaram num voo da Gol, no último sábado (30), em Manaus com destino a Goiânia, para um show no estado de Goiás. Mas a apresentação quase teve de ser cancelada porque a empresa de aviação perdeu todo o equipamento dos artistas.

A banda paulista diz que não recebeu explicações sobre o incidente e precisou, ela mesma, pagar pelo aluguel de instrumentos para não faltar ao show em comemoração ao aniversário da cidade de Sanclerlândia, a 120 km da capital goiana. Os músicos do CPM 22 dizem ter despachado os instrumentos mais de duas antes de embarcar, em Manaus. Porém, ao chegar a Goiânia, após uma conexão em Brasília, veio a notícia de que o equipamento não havia sido embarcado. A empresa chegou a garantir que os instrumentos chegariam até as 20h, o que não aconteceu.

- As companhias aéreas têm obrigação de embarcar esse tipo de equipamento. Quando compramos os bilhetes, avisamos o peso. Fizemos nossa parte - afirmou Alexandre Ramos, empresário do grupo.

Segundo a Gol, os equipamentos foram devolvidos aos artistas ainda na madrugada de sábado para domingo. Diferentemente da banda, a companhia alega que carga foi apresentada à equipe do Terminal de Cargas de Manaus somente 20 minutos antes da decolagem. Sendo assim, não seria possível embarcar os instrumentos no voo original. Como o grupo ainda teria de fazer uma conexão em Brasília, o CPM 22 foi informado de que, refazendo a programação, a previsão de chegada do equipamento ao aeroporto de Goiânia seria às 20h30m, se não houvesse atraso. Porém, o voo atrasou 40 minutos e o embarque dos volumes foi feito por meio de outro avião, que só chegou ao destino às 23h30m de sábado.

Fonte: Revista Megazine/O Globo - Foto: Penna Prearo

Iberia batiza avião com nome Plácido Domingo

Iberia dedica pela primeira vez nome a uma figura viva


O novo A340-300 da Iberia, que vai ser destinado às rotas para a América Latina, Estados Unidos e África do Sul, foi baptizado Plácido Domingo, em honra do famoso tenor espanhol, que este ano celebra o seu 70º aniversário.

Plácido Domingo é “sem dúvida um dos espanhóis mais admirados do Mundo que contribuiu e contribui para prestigiar o nome de Espanha ao longo de todo o seu percurso profissional”, diz a companhia em comunicado.


Ao longo de 50 anos de carreira, Plácido Domingo fez mais três mil representações, com mais de 130 papéis em ópera, e actuou também em cinco ceromónias dos Jogos Olímpicos.

Fonte: PressTur - Foto: Iberia/Divulgação

Justiça eleva indenização para família de quatro vítimas do voo AF447

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu elevar o valor da indenização que a Air France deve pagar à família de quatro vítimas do voo 447, que caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio de 2009, matando as 228 pessoas a bordo.

A sentença de primeiro grau foi reformada, aumentando de R$ 1,2 milhão para R$ 1,6 milhão a indenização por dano moral que a companhia aérea terá que pagar aos familiares.

A decisão da 11ª Câmara Cível foi unânime, com os desembargadores acompanhando o voto do relator, o desembargador José Carlos de Figueiredo.

A ação foi proposta pelos pais e avós de Luciana Clarkson Seba, de 31 anos, que viajava com seu marido Paulo Valle Mesquita Valle, de 33 anos, e seus sogros Maria de Fátima e Francisco Eudes Mesquita Valle.

Osvaldo Bulos Seba e Laís Clarkson Seba, pais de Luciana, receberão R$ 1,2 milhão e Yolanda Bulos Seba e Nicia Beatriz Kuhnert Clarkson, avós da vítima, receberão R$ 400 mil.

A Justiça também decidiu manter o valor da pensão mensal que deverá ser paga à mãe de Luciana em R$ 5 mil, devido desde o dia do acidente até a data em que a Luciana completaria 70 anos.

Após quase dois anos do acidente, foi retirado hoje o primeiro corpo que estava junto aos destroços do avião, encontrado no mês passado por robôs submarinos no fundo do oceano.

Fonte: Téo Takar (Valor Online)

Saiba como ocorre o resgate dos corpos do acidente do voo AF 447

Baixa temperatura e alta pressão podem ter gerado conservação.

Içamento pode desintegrar corpos no percurso, diz especialista da FAB.

Nesta quinta-feira (5), o Instituto de Pesquisas Criminais da Gendarmaria Nacional (IRCGN) da França informou que um primeiro corpo de vítima do acidente do voo da Air France foi resgatado do fundo do mar, onde estava a 3.900 metros de profundidade. O órgão informou que, durante o processo de içamento, "não foi possível manter a integridade do corpo".

Segundo o o diretor do Instituto de Medicina Aeroespacial da Aeronáutica, coronel Eduardo Camerini, os corpos estão conservados no oceano, mas são pequenas as chances de eles resistirem completamente ao içamento à superfície, sem se desintegrarem no percurso, devido às mudanças de pressão e temperatura. O oficial foi responsável por coordenar a perícia dos 50 corpos retirados do mar logo após a tragédia, ocorrida em 31 de maio de 2009 e que deixou 228 mortos.


“A temperatura naquele lugar está próxima de zero e a pressão é muito alta, de 400 atmosferas. Por isso os corpos estão mantidos conservados. Contudo, a possibilidade de chegarem em cima inteiros é muito pequena, pois o gás acumulado fará o corpo aumentar de volume e dilatar, possivelmente desintegrando-o pelo caminho”, afirma o coronel.

“A pressão na superfície é 400 vezes menor que a que os corpos enfrentavam no fundo do mar. É uma mudança imensa, pois o corpo se desmonta inteiro com a pressão exercida durante a subida”, acrescenta.

Segundo ele, haverá dificuldade de se fazer exame de DNA porque a composição “pode ter sido perdida” durante o tempo em que o corpo ficou submerso. “Normalmente se faz exame de DNA usando o cabelo, mas todos os que retiramos do mar na época já estavam sem cabelo”, afirma ele. “A questão (da retirada do corpo do mar) tem uma representação mais religiosa, para se encerrar um ciclo”, diz.

Robô operado remotamente recolhe a caixa-preta da aeronave e agora atua no resgate dos corpos das vítimas

Operado remotamente, o robô Remora 6000 mergulha no fundo do oceano e prende os corpos dentro de uma cesta, que é vazada e semelhante à que recolheu as caixas-pretas, mas de tamanho maior. Em seguida, a gaiola é presa a um cabo e içada ao navio Ile de Sein, que está em alto mar para a retirada de destroços, explica o oficial.

A França informou que o material passará por exames de DNA. Na quarta-feira (4), houve uma primeira tentativa de retirada de um corpo também preso ao assento da aeronave, que foi fracassada, segundo as autoridades francesas.

Temperatura

Segundo o oceanógrafo David Zee, professor da Universidade do Estado Rio de Janeiro (Uerj), a possibilidade de o corpo chegar à superfície inteiro dependerá do estado de conservação de cada um. “Lá no fundo eles estão bem conservados, mas isso não significa que eles não se esfarelem no caminho. Assim que chegarem ao nível do mar, devem ser colocados em uma câmara para manter-se refrigerados, onde podem resistir por algum tempo”, diz.

Para o comandante Carlos Camacho, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas e que acompanha os trabalhos dos investigadores, a pressão e a temperatura “contribuíram para que os corpos se mantivessem inteiros no mar”, mas “a nova realidade ambiental, na superfície, poderá alterá-los”. “O que ocorrer com este corpo retirado vai mostrar a eles se será possível retirar os demais ou deixar que o mar seja o melhor túmulo para eles. A retirada de todos os corpos é um trabalho enorme, lento, que pode demorar meses”, acrescenta.

Fonte: Tahiane Stochero (G1) - Foto: BEA/Divulgação

França fará DNA em corpo de vítima do 447, diz email enviado a famílias

Informação foi dada às famílias pelo núcleo francês de investigação.

No documento, BEA afirma que haverá novas tentativas de resgate de corpos.

O corpo encontrado nos destroços do avião da Air France nesta quinta-feira (5) vai passar por exame de DNA a ser feito por um laboratório francês. Segundo Nelson Marinho, presidente da Associação Brasileira de Famílias de Vítimas, a informação foi dada às famílias através de email do Escritório de Investigações e Análises (BEA), órgão francês encarregado das buscas. O avião caiu no Oceano Atlântico em 2009, com 228 pessoas a bordo.

Na carta, o BEA conta que uma tentativa “infrutífera” chegou a ser feita na quarta-feira (4), mas que só nesta quinta a missão teve sucesso. O órgão afirmou ainda que o içamento do corpo aconteceu com “a preocupação constante de preservar a integridade da vitima”, mas por causa das condições “particularmente difíceis” não foi “possível manter a integridade” (do corpo). Ainda segundo o BEA, outras tentativas serão feitas.

'Tenho certeza de que vão tirar todos os corpos', diz Marinho

“A informação veio de forma oficial. Tenho certeza de que vão tirar todos os corpos. Se tudo aconteceu agora foi por muito empenho das famílias, das associações brasileira, francesa, alemã e italiana”, diz Marinho. Segundo ele, antes das buscas atuais, 50 corpos haviam sido encontrados, sendo 20 de brasileiros.

Para ele, que ainda não encontrou o corpo do filho, que também se chamava Nelson, encontrar o corpo é importante para concluir o ciclo do luto das famílias. “Falo por mim e pelos outros: a sensação é de que não houve, de que nunca aconteceu e ele vai aparecer a qualquer momento”, conta, chorando.

Corpo estava em assento de avião

Os despojos estavam ainda atados pelo cinto de segurança a um dos assentos do voo, a uma profundidade de 3.900 metros, e pareciam degradados, segundo o comunicado da polícia francesa.

"As tentativas de recuperação são feitas em condições particularmente complexas e até agora inéditas", continua o comunicado. "Persistem fortes incertezas sobre a possibilidade técnica da recuperação dos corpos."

Oito pessoas da gendarmeria francesa estão a bordo do navio participando dos trabalhos. A recuperação "demorou muito tempo", disse um porta-voz da polícia francesa. Segundo ele, os corpos estão bem preservados no fundo do mar por conta da pressão e da temperatura, mas trazê-los para cima para águas mais quentes provoca a decomposição, o que dificulta o resgate.

Caixas-pretas

Um das caixas-pretas, com o dispositivo que grava as informações da cabine, foi encontrada na terça-feira pela equipe francesa que trabalha nas buscas, na área próxima ao último local de contato da aeronave com os radares.

A outra caixa, que grava a atividade dos instrumentos de voo, foi achada no domingo passado, e o estado exterior de ambas "é bom", disse Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Investigações e Análises (BEA) encarregado das buscas.

Embora o achado do material seja considerado "um grande passo para a compreensão do acidente", resta saber se será possível resgatar os dados de seu interior, pois há o receio de que o óxido e a pressão tenha danificado os instrumentos de gravação.

A equipe de busca localizou os destroços do Airbus 330 há um mês, depois de quase dois anos de buscas no fundo do mar.




Fonte: Alícia Uchôa (G1)

França recupera no Atlântico primeiro corpo da tragédia do voo Rio-Paris

O primeiro corpo de uma vítima do acidente do Airbus da Air France, que voava entre Rio de Janeiro e Paris e caiu no Oceano Atlântico em 2009 com 228 pessoas a bordo, foi recuperado nesta quinta-feira, poucos dias depois da descoberta das caixas pretas, que podem explicar as razões da catástrofe.

O corpo foi recuperado por equipes de resgate a 3.900 metros de profundidade, informou a Direção de Polícia Francesa (DGGN).

Vários corpos foram localizados porque permanecem atados aos assentos do avião, que caiu no Atlântico pouco depois de decolar do Rio de Janeiro, segundo a DGGN, que destacou a dificuldade da operação de resgate.

"Depois de uma tentativa infrutífera, o corpo de uma vítima do voo AF447, que caiu no Atlântico em 1º de junho de 2009, pôde ser levado a bordo do navio 'Ile de Sein'" na manhã desta quinta-feira", afirma o comunicado.

As tarefas de resgate dos corpos que permanecem nos destroços do Airbus, iniciadas na quarta-feira, prosseguirão nos próximos dias.

A operação acontece com um pequeno submarino e vários robôs teleguiados a 3.900 metros de profundidade.

"Os restos mortais, que permeneceram submersos durante dois anos a uma profundidade de aproximadamente 3.900 metros, ainda atados a um assento da aeronave, pareciam deteriorados", completa a DGGN, que admitiu que existem "fortes incertezas" sobre a recuperação dos corpos.

Os destroços do Airbus foram localizados no início de abril em águas brasileiras, a 3.900 metros de profundidade, em uma zona de 600 por 200 metros, durante a quarta fase de buscas para localizar as caixas pretas do avião, que começou em 25 de março.

"Os investigadores da polícia retiraram mostras no local, que serão enviadas na próxima semana, junto com as caixas pretas, a um laboratório de análises para determinar a possibilidade de uma identificação das vítimas por DNA", completa a DGGN.

Na terça-feira, os investigadores franceses anunciaram a recuperação da segunda caixa preta do avião, a que grava o áudio da cabine do piloto.

As causas do acidente do Airbus A330, que ainda não foi explicado e matou 228 pessoas de 32 nacionalidades diferentes, entre elas 72 franceses e 59 brasileiros, podem ser conhecidas depois da análise das caixas pretas resgatadas nos últimos dias.

Ainda é preciso descobrir se os gravadores da aeronave são legíveis, os únicos que permitiriam determinar as causas exatas da catástrofe.

A investigação do acidente do voo Rio-Paris custou 35 milhões de euros.

A ministra francesa de Ecologia e Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, afirmou ao jornal La Tribune que o avião não explodiu porque foram encontrados destroços intactos da cabine da aeronaves, onde há corpos dentro, alguns deles "identificáveis".

Fonte: AFP