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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Maior avião totalmente elétrico da história decolará em 2025

A Heart Aerospace planeja para 2025 o voo do X1, maior avião totalmente elétrico da história, com tecnologia de emissão zero,

(Imagem: Heart Aerospace / Divulgação)
A startup sueca Heart Aerospace está nos preparativos finais para o voo experimental do X1, um avião demonstrador elétrico, planejado para o início de 2025. A aeronave possui dimensões equivalentes ao futuro modelo comercial da empresa, o ES-30, com capacidade para 30 passageiros.

“O voo experimental inicial do Heart X1 foi projetado para validar as capacidades da inovadora tecnologia de propulsão elétrica da Heart”, afirma a empresa. Fundada em 2019, a Heart Aerospace, sediada em Gotemburgo, já arrecadou US$ 145 milhões para impulsionar seus planos de transformar a aviação regional.

Detalhes do projeto dos aviões elétricos X1 e do ES-30
  • Apresentado em setembro deste ano, o avião elétrico X1 possui envergadura de 32 metros, semelhante ao ES-30.
  • O voo experimental ocorrerá no Aeroporto Internacional de Plattsburgh, em Nova York, escolhido pela baixa densidade de tráfego aéreo e suporte para o desenvolvimento de tecnologias de transporte.
  • No entanto, a Heart ainda não confirmou se o alcance do X1 será equivalente aos 200 km de emissão zero previstos para o ES-30.
  • Projetado para operar em pistas de até 1.100 metros de comprimento, o ES-30 combina motores elétricos de alta potência e turboélices.
  • O modelo comercial contará com um sistema híbrido, ampliando o alcance total para cerca de 400 km.
  • Com capacidade limitada de passageiros e alcance relativamente curto, a Heart planeja conectar aeroportos menores em comunidades menos atendidas, ao invés de competir diretamente com grandes companhias aéreas.
Heart Experimental 1, ou Heart X1 (Imagem: Heart Aerospace / Divulgação)
Concorrência na aviação sustentável

Outras iniciativas também estão trabalhando em aeronaves comerciais de emissão zero. A ZeroAvia, por exemplo, desenvolve uma aeronave híbrida movida a hidrogênio e eletricidade, voltada para regiões insulares.

A startup Elysian, por sua vez, planeja lançar um avião movido a bateria inspirado nos anos 1960, capaz de transportar 90 passageiros, até 2033. Segundo a empresa, desafios críticos como tempos de recarga e integração entre hélices e asas não serão “obstáculos insuperáveis”.

Próximos passos da Heart Aerospace

Antes do primeiro voo do X1, a Heart realiza testes rigorosos nos sistemas críticos da aeronave para garantir segurança e sucesso na operação. Após essa etapa, o modelo X2 será desenvolvido, incorporando os aprendizados do demonstrador inicial. Em 2026, o X2 testará o sistema híbrido independente da empresa. A estreia comercial da Heart está prevista para 2028.

Aeronave experimental é do mesmo tamanho que o comercial ES-30
(Imagem: Heart Aerospace/Divulgação)
Para os entusiastas de aviação, o ES-30 já pode ser explorado virtualmente no Microsoft Flight Simulator 2024, permitindo uma prévia da tecnologia inovadora da empresa.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Hidrogênio vs. combustível sustentável: a aviação se tornará livre de emissões?

Indústria da aviação já tem metas para diminuir as emissões de gases do efeito estufa, mas alternativas disponíveis ainda enfrentam desafios.

(Imagem: pixelschoen/ Shutterstock)
Importantes potências mundiais já estabeleceram metas ousadas para diminuir as emissões de gases do efeito estufa, seja no ramo automobilístico ou na aviação. Nesse segundo setor, os Estados Unidos se comprometerem a zerar emissões até 2050 e o Reino Unido pretende zerar especificamente a indústria da aviação até 2040.

No entanto, apesar de algumas alternativas já terem surgido, como um combustível sustentável ou hidrogênio, ainda há dúvidas sobre a viabilidade real de implementação e da estrutura de abastecimento.

Emissões na aviação

O Aeroporto de Heathrow, o maior do Reino Unido, localizado próximo a Londres, recebe e permite a decolagem de cerca de 1300 aviões em um dia normal. De acordo com a BBC, isso requer 20 milhões de litros de combustível diariamente, o equivalente a abastecer o tanque de um carro 400 mil vezes.

Porém, para além da quantidade de combustível necessário, o abastecimento envolve uma cadeia de produção, transporte e a própria estrutura dos aeroportos.

Como explica Matt Prescott, chefe de estratégia de carbono em Heathrow, o aeroporto não providencia combustível, isso depende das companhias aéreas e dos fornecedores.

Combustível sustentável vs. hidrogênio
  • Uma alternativa à elevada emissão de dióxido de carbono é o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). Trata-se de um biocombustível que produz menos emissões que o combustível tradicional.
  • Atualmente, ele é mais sustentável e fácil de ser fornecido para os aeroportos (pode ser transportado através de tubulações já existentes).
  • A dúvida acerca do SAF é da capacidade de produzi-lo em grandes quantidades por um valor viável. Por enquanto, ele é consideravelmente mais caro do que combustíveis fósseis, o que pode acabar refletindo no preço final das passagens.
  • Assim, aumenta-se o interesse no hidrogênio. Um dos problemas desse combustível é seu armazenamento: para ser útil na aviação, ele precisa estar na forma líquida, o que acontece em uma temperatura de 253°C.
  • Isso, novamente, envolve uma infraestrutura que os aeroportos atualmente não têm.
  • Algumas companhias, como a Air Liquide, já têm estudado as possibilidades nesse setor. A companhia fornece hidrogênio para os foguetes da Agência Espacial Europeia e, este ano, pilotou com sucesso um avião usando o combustível em forma líquida.
Preocupações vs. soluções


A principal preocupação da indústria da aviação hoje é se os aviões a hidrogênio realmente serão tão rápidos quanto os modelos atuais e, se forem, em quanto tempo podem ser abastecidos.

Outra preocupação é a instalação de infraestrutura para comportar esse tipo de combustível. A consultoria Bain & Company estima que essa adaptação pode custar até US$ 1 bilhão por aeroporto.

A start-up Universal Hydrogen pensou em uma solução: a empresa desenvolveu tanques especiais para armazenar hidrogênio líquido para serem transportados por caminhões até os aeroportos, e incorporados diretamente dentro da aeronave, sem necessidade de uma infraestrutura extra. A companhia, inclusive, está modificando um avião comercial tradicional para testar esse método.

Para o CEO, Mark Cousin, isso faz sentido já que não necessita modificar a estrutura dos aeroportos como um todo. No entanto, o hidrogênio deve inicialmente servir apenas para voos regionais, com o combustível regular sendo usado para viagens à longa distância.

Quando o hidrogênio será incorporado à aviação?

Com todas essas questões, não é possível definir exatamente quando o hidrogênio ou mesmo o SAF poderão ser alternativas viáveis para a aviação.

A primeira opção, inclusive, está nos estágios iniciais de desenvolvimento, mas, como exemplificado pela Universal Hydrogen, requer a modificação nos próprios modelos de avião.

Em entrevista à BBC, Prakash Dikshit, da consultoria Landrum and Brown, diz que não é claro o caminho exato que a indústria seguirá. Além disso, é provável que haja testes no futuro, mas a implementação do hidrogênio deve demorar.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Startup transforma carbono em combustível de avião e levanta US$ 645 milhões


E se o carbono emitido na atmosfera pudesse virar combustível de avião? Essa é a proposta da startup Twelve, que desenvolve uma tecnologia para transformar CO2 em produtos químicos, incluindo combustíveis que não prejudicam o meio ambiente. Os detalhes foram compartilhados pela cofundadora da empresa, Etosha Cave, em uma palestra realizada nesta segunda-feira (11) no Web Summit de Lisboa.

A Twelve é uma startup de transformação que converte o CO2 (dióxido de carbono), água e eletricidade em produtos essenciais que, hoje, são feitos de combustíveis fósseis. Segundo a executiva, a empresa, de certa forma, “imita árvores e plantas” que absorvem o dióxido de carbono da água, do ar, do solo e os transformam para depois liberar oxigênio.

A ideia veio com a dificuldade do setor de transformar aviões tradicionais em elétricos, que dependem de uma grande reformulação e transformação da aeronave. Segundo Etosha, esse processo levaria muito tempo e, por isso, decidiu apostar na descarbonização da indústria da aviação.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Assentos "em lata de sardinha": veja como ficariam os aviões em 50 anos, segundo a IA

Previsões apontam para voos apertados, falta de espaço e novas tecnologias na aviação.


Os dias de preocupações com atrasos ou passageiros desequilibrados podem se tornar uma lembrança distante. A maior preocupação para os futuros passageiros de avião parece ser a apertada disposição de assentos que a inteligência artificial (IA) prevê. Uma imagem viral mostrou um cenário sombrio, com assentos espremidos e empilhados, levando muitos a questionarem se essa é a visão do futuro da aviação, segundo o NYPost.

A imagem criada pela IA deixou muitos passageiros em choque. A visão de longas fileiras de assentos espremidos um ao lado do outro, janelas cobrindo paredes e teto, e quatro fileiras empilhadas umas sobre as outras levantou questões sobre o conforto e a segurança dos passageiros. Alguns até teriam que sentar com os pés pendurados no ar, direto sobre a cabeça da pessoa abaixo.

Essa imagem perturbadora é apenas uma das muitas previsões para o futuro das viagens aéreas. A companhia aérea easyJet contratou especialistas para fazer previsões sobre como serão as viagens daqui a 50 anos. Entre as previsões, estão a substituição da papelada por dados biométricos, etiquetas de dados inteligentes em todas as bagagens e a possibilidade de produção de roupas em qualquer lugar, graças às impressoras 3D.

A indústria da aviação tem enfrentado desafios crescentes, como a necessidade de acomodar um número cada vez maior de passageiros. A busca por soluções tem levado a concepções extremas, como os assentos apertados apresentados na imagem da IA.

Enquanto a visão futurista da IA pode parecer assustadora, é importante lembrar que a indústria da aviação continuará a evoluir para atender às necessidades dos passageiros. Inovações tecnológicas, como as previstas pela easyJet, podem trazer melhorias significativas em termos de conveniência e eficiência nas viagens aéreas.

No entanto, a imagem viral serve como um lembrete de que a busca por soluções de economia de espaço não deve sacrificar o conforto e a segurança dos passageiros. À medida que a aviação evolui, é fundamental que as companhias aéreas e os reguladores continuem a priorizar o bem-estar dos viajantes, garantindo que o futuro das viagens aéreas seja, de fato, uma experiência positiva.

domingo, 27 de outubro de 2024

Turbulência nas viagens de avião poderá acabar graças a uma nova tecnologia


Sim, é notório que há mais turbulência a afetar os voos e as investigações concluem que a turbulência mortal em ar puro está a registar uma tendência crescente à medida que o clima se altera. Face a isto, foi desenvolvida uma tecnologia que poderá reduzir este evento em mais de 80%.

A turbulência poderá “desaparecer” do histórico dos voos


Os sensores montados nas asas detectam pequenas variações na pressão do ar ao longo do corpo do avião e modificam as asas de forma adequada.

Toda a gente anseia por uma viagem confortável, seja qual for o meio de transporte. No caso das viagens de avião, a turbulência a que a aeronave é sujeita pode prejudicar tanto o veículo como o passageiro. As razões subjacentes são geralmente as diferenças de pressão atmosférica, as correntes de jato, o ar à volta das montanhas, as frentes de tempo frio ou quente ou as trovoadas.

(Foto: Turbulence Solutions)
Vários estudos concluíram que a turbulência está a aumentar devido às alterações climáticas, mas uma empresa austríaca afirma ter desenvolvido um sistema para resolver este problema em maior escala. A empresa sediada em Viena pretende diminuir as consequências da turbulência através da monitorização, previsão e gestão da turbulência com uma mistura de sensores, lidar e software de controle de voo.

De acordo com a empresa, o seu sistema de cancelamento de turbulência é "capaz de reduzir as cargas de turbulência sentidas pelos passageiros em mais de 80%, utilizando deflexões da superfície de controlo que contrariam a turbulência", diz o seu sítio Web.

Imita o voo de um pássaro


O sistema consiste em hastes de dois metros de comprimento com sensores fixados nas asas do avião. O equipamento deteta pequenas flutuações na pressão do ar ao longo de diferentes partes da fuselagem do avião. Ajusta as asas de forma adequada - da mesma forma que as penas de um pássaro o estabilizam no ar.


Os dados recolhidos são alimentados através de um "Programa de Supressão de Turbulência" que decide as superfícies de controlo da aeronave para contrabalançar a turbulência em milissegundos.

"A pressão do ar é medida diferencialmente e, com isso, podemos ler a direção do fluxo de ar, basicamente, e a partir da direção do fluxo de ar, podemos prever a direção da turbulência, bem como a magnitude da turbulência", disse ao The Messenger Yves Remmler, gestor de projeto da Turbulence Solutions.


A tecnologia também se destina a voos em pleno ar, em vez de descolagem e aterragem. Remmler afirma que pode compensar uma ligeira turbulência no ar, adicionando meia força G. De acordo com a empresa, os testes de voo com aviões de demonstração tripulados já confirmaram os efeitos positivos, ajudando a reduzir as cargas de turbulência sentidas pelos passageiros em mais de 80%.

De acordo com a empresa, os ajustes contínuos do sistema são distintos das intervenções do piloto, pelo que podem ser anulados a qualquer momento e não interferem com os controlos normais de voo.

Custo da turbulência


De acordo com uma nova investigação, a turbulência mortal em ar puro está a registar uma tendência crescente à medida que o clima se altera. De 1979 a 2020, a duração total anual da turbulência grave num local típico sobre o Atlântico Norte, uma das rotas aéreas mais movimentadas do mundo, aumentou 55%.

Para o contrariar, as companhias aéreas devem começar a planear o aumento da turbulência, que custa ao sector 150 a 500 milhões de dólares por ano, só nos Estados Unidos. O custo é atribuído ao aumento do tempo de voo associado à navegação nestas turbulências através de desvios e velocidades mais baixas. Além disso, o desgaste das aeronaves ao depararem-se com estas perturbações implicaria despesas de manutenção adicionais.

As tecnologias propostas pela Turbulence Solutions podem ser a ação necessária para contrariar este fenómeno crescente. No entanto, será necessário um tempo considerável até que esta tecnologia se torne acessível aos jatos comerciais.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Mais uma aeronave militar dos EUA está perto de virar realidade; conheça

DARPA, agência americana que investe em tecnologias militares, quer construção de modelo veloz e independente.


A DARPA, agência do Departamento de Defesa dos Estados Unidos para tecnologias militares, investe em programas de desenvolvimento de aeronaves para recrudescer as operações americanas. O Olhar Digital recentemente reportou sobre um modelo capaz de pousar e decolar na água, encomendado pelo órgão e construído pela Aurora Flight Sciences (uma subsidiária da Boeing).

A empresa faz parte de um programa da DARPA chamado SPRINT, sigla em inglês para Speed ​​& Runway Independent Technologies (Tecnologias independentes de velocidade e de pista, em tradução livre). Agora, a Aurora chegou mais perto de tornar outra aeronave militar realidade, com um voo de teste bem-sucedido.

Aeronave militar faz parte de programa da DARPA (Imagem: Aurora Flight Sciences/Reprodução)

DARPA tem programa para aeronaves mais independentes


A novidade da vez é uma aeronave militar VTOL, ou seja, de decolagem e pouso vertical. A construção faz parte do programa SPRINT, que visa colocar no ar modelos velozes e independentes de uma pista (como no caso do avião que decola e pousa na água).

De acordo com o New Atlas, o objetivo da DARPA é ter uma nova classe de aeronaves militares capazes de movimentar tropas e cargas muito mais rapidamente do que helicópteros – e com mais flexibilidade também.

Se passar de fase, modelo da Aurora terá de passar por mais testes (Imagem: Aurora Flight Sciences/Reprodução)

Aeronave militar da Aurora passou no teste


O modelo da Aurora faz parte do SPRINT e, atualmente, está na fase 1B, um estágio de projeto preliminar antes da oficialização da construção. A aeronave militar compete com outro conceito, da empresa Bell. Quem vencer, ganha o contrato de construção da DARPA.

A Aurora fez sua parte nesse sentido. Os três primeiros testes de efeito solo foram um sucesso e demonstraram as capacidades de elevação vertical do modelo.

Conheça a aeronave militar

  • Caso a companhia da Boeing passe de fase, terá que conduzir mais testes com conceitos maiores;
  • Na versão em tamanho real (caso a Aurora chegue lá), o avião terá 40 metros de envergadura, capacidade para 454 quilos de carga útil e velocidade máxima de 834 km/h;
  • O modelo ainda conta com três ventiladores de sustentação vertical, um em cada asa e um no centro, o que viabiliza o pouso e a decolagem;
  • Os projetos – tanto da Aurora quanto da Bell – serão revisados em abril de 2025.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Fim dos pilotos humanos? IA poderá pilotar avião comercial, diz CEO da Emirates

O presidente da empresa fez um apelo para que as pessoas superem seus receios sobre a tecnologia.

Clark enxerga a inteligência artificial como uma ferramenta valiosa para o setor (Imagem: Shutterstock)
Tim Clark, CEO da Emirates, acredita que a inteligência artificial possa assumir o controle dos aviões no futuro, mas acredita que a substituição completa dos pilotos humanos ainda levará algum tempo.

Apesar de ressaltar a importância da presença humana no comando das aeronaves, Clark enxerga a inteligência artificial como uma ferramenta valiosa para o setor. Ele faz um apelo para que as pessoas superem seus receios e utilizem essa tecnologia a seu favor.

“A aeronave poderia voar de forma totalmente automatizada? Sim, poderia, a tecnologia está lá agora. [Mas] sempre haverá alguém na cabine de comando, na minha opinião", disse.

As declarações de Clark sobre a possibilidade de a inteligência artificial pilotar aviões coincidem com um período de avanços significativos nessa tecnologia. A crescente preocupação com a IA, evidenciada por iniciativas como a do Google de marcar imagens geradas por IA, torna o debate ainda mais relevante.

Vale citar que, algumas companhias áreas já utilizam IA para otimizar alguns processos. Através de um sistema de inteligência artificial desenvolvido pela Airspace Intelligence, a Alaska Airlines, por exemplo, está otimizando suas rotas de voo, tornando-as mais eficientes em termos de tempo e consumo de combustível.

“Todas as rotas são feitas sob medida agora. São rotas que, em muitos casos, nunca existiram antes e levaria um ser humano 30, 40 minutos para descobri-las”, disse Pasha Saleh, piloto da Alaska Airlines.

A inteligência artificial utilizada pela Alaska Airlines funciona de forma similar ao Waze, propondo as rotas mais eficientes para os voos. No entanto, a decisão final sobre qual rota seguir permanece nas mãos do despachante, que pode aceitar ou rejeitar a sugestão do sistema.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Embraer quer construir primeiro avião do mundo pilotado por IA

A brasileira Embraer apresentou um conceito de um avião totalmente autônomo, sustentável e que seria pilotado por uma IA.


Você viajaria em um avião pilotado pela inteligência artificial? Pois saiba que isso pode se tornar realidade no futuro. A empresa brasileira Embraer está planejando desenvolver uma aeronave futurista e sem piloto. A função ficaria com uma IA.

Avião não teria cabine para o piloto


O conceito do novo avião foi apresentado em um evento da National Business Aviation Association em Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos. O projeto é fruto de uma parceria com a Bombardier.

Segundo a Embraer, a ideia é criar uma aeronave totalmente autônoma, o que eliminaria a necessidade da presença de uma cabine para o piloto. A alternativa estudada é criar um lounge dianteiro para os passageiros.

Conceito de avião futurista pilotado por IA (Imagem: Embraer)
O espaço seria dividido em três partes, com uma espaçosa área de lazer e aspectos futuristas, como janelas com tela sensível ao toque. Além disso, a aeronave usaria combustível sustentável (a eletrificação também é uma possibilidade).

Ao contrário dos jatos tradicionais, os motores seriam posicionados verticalmente com entradas de ar posicionadas acima e nas laterais da fuselagem. As informações são do Times Now: News.

Ideia e inspirar modelos inovadores


Apesar da apresentação, a Embraer afirmou que a aeronave visa inspirar inovações futuras, e não ser um projeto ativo.

Segundo a empresa, o avião conceito “mostra os limites do que é possível e as potenciais inovações futuras”.

O objetivo, segundo a companhia brasileira, é motivar a indústria a continuar desenvolvendo ideias inovadoras.

“Neste momento, não há compromissos da Embraer Aviação Executiva para desenvolver e fabricar a aeronave”, finalizou a empresa.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Como será embarcar em um aeroporto no ano 2100?

Imagine-se em 2100. Cápsulas autônomas irão levá-lo de casa para o terminal e mais além, e os dados biométricos irão permitir um acesso sem problemas a aeroportos e aviões com zero emissões líquidas.

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Como serão as viagens nos aeroportos no ano 2100? O arquiteto esloveno Dušan Sekulić fez a si próprio a mesma pergunta. Em 2022, ganhou o segundo prêmio no 'Fentress Global Challenge', um concurso internacional anual de arquitetura que prevê a experiência aeroportuária do futuro.

Reimaginando o design do aeroporto mais movimentado do mundo, o Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson, em Atlanta, nos Estados Unidos, Sekulić transformou-o num "aeroporto drive-in", onde os visitantes do aeroporto utilizarão cápsulas totalmente autônomas para deslizarem sem problemas das suas casas até ao seu destino.

Em seguida, irão se pendurar numa "coroa voadora" para voar até ao seu destino. Para distâncias mais longas, as cápsulas podem ser carregadas em aviões especiais para voar num "enxame".

"Pode ter a sua casa inteira ou a sua casa de verão dentro de uma cápsula e deslocá-la juntamente com os outros enxames de cápsulas da constelação de asas voadoras para o seu destino de férias. Até podemos ter pessoas que vivem no mesmo bairro e que têm um destino semelhante", disse Sekulić à Euronews Next. "De certa forma, o aeroporto do futuro é apenas a ponte entre a terra e o céu", acrescentou.

Sekulić acredita que é importante projetar os futuros aeroportos de forma sustentável. "Por isso, esta concepção não só é viável como também é necessária. O futuro é exatamente como o prevemos. Temos de o prever verde e temos de o prever como gostaríamos que fosse. E esta é a ideia do futurismo, tal como a vejo", afirmou Sekulić.

Algumas das suas características de design podem não estar muito longe da realidade.

Fazer o check-in e passar a segurança a partir do seu veículo autônomo


Atualmente, o número de viajantes aéreos está aumentando e, segundo os especialistas, é necessário repensar a concepção dos aeroportos.

"O maior desafio neste momento é o ritmo de crescimento da procura na indústria da aviação", disse Robert Feteanu, diretor de aviação internacional da HDR Inc., uma empresa de design e engenharia com sede nos EUA, à Euronews Next.

"Mais pessoas querem viajar e as infraestruturas estão a envelhecer. As previsões apontam para que, dentro de 25 anos, a procura de navegação e de capacidade de viajar duplique, o que significa que, em teoria, se continuarmos a fazer o mesmo, teremos de duplicar as nossas infraestruturas, o que não é possível".

No ano passado, a HDR Inc. apresentou conceitos para ilustrar alguns dos possíveis benefícios da tecnologia autónoma para os aeroportos.

Entre eles estava a ideia de os passageiros poderem fazer o check-in e submeter-se ao controle de segurança inicial durante a viagem num carro sem condutor organizado por uma companhia aérea ou um aeroporto. A bagagem é entregue num centro de distribuição separado.

À chegada ao aeroporto, os passageiros passarão por um "processo de rastreio dinâmico" numa esteira móvel equipada com tecnologia de reconhecimento facial e scanners de raios X avançados. Os viajantes podem conversar ou deslocar-se livremente durante todo o processo.

Desafiar o sistema biométrico


Embora pareça futurista, a tecnologia para que os aeroportos sejam assim já está disponível.

A Coreia do Sul, por exemplo, implementou um sistema de reconhecimento facial no aeroporto de Incheon em julho, permitindo aos passageiros evitar o processo de digitalização dos cartões de embarque e dos passaportes.

De acordo com o Inquérito Global aos Passageiros de 2022 da Associação Internacional do Transporte Aéreo, 88% dos passageiros estão satisfeitos com o processo biométrico em geral, enquanto 75% estão ansiosos por utilizar a biometria em vez de passaportes ou cartões de embarque.

No entanto, as preocupações com a segurança dos dados continuam a ser um problema. "Considero que é mais fácil de implementar em zonas mais favoráveis à tecnologia, como a Ásia ou o Médio Oriente. Por isso, podemos sempre olhar para Incheon, Changi ou Dubai. Eles são pioneiros nessa área", disse Feteanu.

"Tentam fazer as coisas de forma diferente porque têm tendência para construir com antecedência, sendo proativos e implementando estas coisas, enquanto as economias mais tradicionais, como a Europa Ocidental ou a América do Norte, são um pouco reativas".

Aeroportos e aeronaves com emissões líquidas nulas


A tecnologia para tornar os aeroportos mais sustentáveis também está a ser testada e implementada.

O operador aeroportuário estatal sueco Swedavia, pioneiro das viagens aéreas sustentáveis na Europa, tem como objetivo tornar todos os voos domésticos livres de combustíveis fósseis até 2030 e todos os voos na Suécia até 2045.

O plano consiste em utilizar aeronaves elétricas para distâncias mais curtas e aeronaves a hidrogénio para distâncias mais longas, como as viagens dentro da UE. Para os voos de longo curso, está a ser considerado o combustível de aviação sustentável (SAF) que a Swedavia planeia produzir a partir de resíduos florestais na Suécia.

A empresa estatal anunciou recentemente um projeto para desenvolver e testar um avião totalmente elétrico de 30 lugares, o ES-30, desenvolvido por uma startup sueca Heart Aerospace, no aeroporto de Malmö, no verão de 2023.

Segundo a empresa, o modelo de avião à escala real será testado e utilizado para demonstrar a circulação e o carregamento no aeroporto.

"Se tivermos em conta que todos estes aspetos já estão implementados, penso que a aviação deverá ser a forma mais sustentável de viajar no futuro, uma vez que não são necessárias tantas infraestruturas", afirmou Lena Wennberg, Diretora de Sustentabilidade e Ambiente da Swedavia, ao Euronews Next.

Desde as brigadas de combate a incêndios a cortadores de grama e até aos ônibus intra-aeroportos, as operações da Swedavia não utilizam combustíveis fósseis e os seus aeroportos já atingiram a neutralidade de carbono em 2020, tornando-se o primeiro operador na Europa a atingir as zero emissões líquidas ao reduzir 10.000 toneladas de dióxido de carbono por ano a partir de 2011.

Em 2019, 200 aeroportos em 45 países europeus comprometeram-se a não utilizar combustíveis fósseis até 2050.

Via Euronews

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Radian Aerospace conclui testes em solo de protótipo de avião espacial

(Imagem: Radian Aerospace)
A Radian Aeroespacial deu um passo mais perto de alcançar o “santo graal” do voo espacial: um avião espacial reutilizável que pode decolar de um campo de pouso e pousar em uma pista como um avião convencional. A startup acaba de anunciar a conclusão de uma série de testes em solo em Abu Dhabi no início deste verão.

Os testes foram concluídos com um protótipo de veículo de voo em subescala que a empresa está chamando de PFV01. O principal objetivo do teste period gerar dados sobre como o veículo voaria e se comportaria, e comparar esses dados com simulações que a empresa vem fazendo nos últimos anos. Embora o veículo não tenha voado, ele realizou uma série de pequenos saltos na pista, disseram executivos ao TechCrunch em uma entrevista recente.

O PFV01 é muito menor que o veículo remaining, com cerca de 4,5 metros de comprimento, mas os dados ainda ajudam a informar peças-chave do projeto remaining e dos sistemas de controle de voo, como onde o trem de pouso deve ser localizado ou onde o centro de gravidade deve estar para maximizar a estabilidade no ar, explicou o cofundador e CTO Livingston Holder.

“Este veículo nos dá a capacidade de ajustar o centro de gravidade para frente e para trás, para cima e para baixo, nos dá a capacidade de ajustar a localização do trem de pouso. Esses ajustes nos dão suggestions do mundo actual sobre o que nossos dados analíticos dizem”, disse ele. “Onde quer que haja ambiguidade… essa é uma das coisas que o PFV realmente nos dá a oportunidade de fazer, é reduzir a incerteza para que tenhamos melhor fidelidade com nossos processos analíticos à medida que vamos mais rápido com o veículo e fazemos mais voos.”

O plano é que o avião espacial Radian One decole de um trenó ferroviário de aproximadamente duas milhas de comprimento, acione os motores em órbita e então retorne à Terra em uma pista regular. O conceito é considerado um santo graal porque remover a necessidade de um veículo de lançamento torna o espaço, de certa forma, tão acessível aos veículos espaciais quanto a atmosfera superior é para os aviões.

A economia também é promissora: um avião espacial reutilizável poderia fazer viagens de e para o espaço diariamente ou até com mais frequência, e com margens melhores para começar. Já foi tentado antes; um dos exemplos mais notáveis ​​é o programa X-33 da NASA para desenvolver um avião espacial suborbital. Holder liderou o esforço X-33 da Boeing.

“O ao menos uma coisa interessante que esse sistema tem o potencial de fazer é lançar satélites”, disse o cofundador e CRO da Radian, Jeff Feige. “O que é realmente impressionante sobre a Radian é que é um sistema que pode fazer uma ampla, ampla gama de missões, então ele basicamente acessa um mercado muito maior do que um foguete tradicional. Você não só pode potencialmente lançar algo, mas pode fazer a manutenção, pode recuperá-lo. Podemos trazer cargas úteis inteiras ou satélites do espaço. Podemos transportar pessoas para cima. Podemos mergulhar na atmosfera e, teoricamente, soltar coisas ou observar coisas no planeta. Então, há uma gama muito mais ampla de capacidade.”


O design é dramaticamente diferente de um foguete vertical, e isso significa que o processo de desenvolvimento também é diferente, observou Feige: “Você tem que se aposentar de muitos riscos cedo.” Então, enquanto as empresas de foguetes devem construir veículos em escala actual, o estilo gradual de desenvolvimento de aviões espaciais se assemelha mais a como um avião é desenvolvido.

A startup sediada em Seattle não está divulgando nenhuma especificação técnica dos testes, como as velocidades máximas do veículo ou por quanto tempo ele estava taxiando, mas Holder disse que o PFV01 “atingiu sua velocidade para decolagem”. Agora, a empresa passará algum tempo analisando todos os dados coletados dos testes antes de embarcar em uma série de testes de táxi de alta velocidade e no início dos testes de voo reais. Paralelamente a isso, a empresa estará trabalhando para obter aprovação regulatória para operar em um aeroporto diferente nos Emirados Árabes Unidos e voar para lá.

Executivos da empresa dizem que esperam iniciar voos em grande escala do avião espacial Radian One em 2028. A empresa levantou US$ 27,5 milhões até o momento em financiamento conhecido de investidores, incluindo High quality Construction Ventures, EXOR, The Enterprise Collective, Helios Capital, SpaceFund, Gaingels, The Non-public Shares Fund, Explorer 1 Fund e Sort One Ventures.

Via techcrunch.com

sábado, 21 de setembro de 2024

Avião supersônico pode voar de Sydney a Londres em 2 horas a 14 mil Km/h

Empresa australiana Hypersonix Launch Systems inicia testes com avião supersônico.


A Hypersonix Launch Systems, fabricante australiana de veículos hipersônicos, em parceria com a Southern Launch, anunciou um ambicioso projeto que promete encurtar o tempo de voo entre Sydney e Londres para apenas 2 horas. Para o feito, a empresa trabalha no desenvolvimento de uma aeronave que poderá atingir velocidades de até 14.817 km/h — cinco vezes a velocidade do som.

O cronograma de testes está marcado para começar em 2025. O veículo, batizado de Dart AE, será lançado ao espaço suborbital e, após se separar de um foguete, ativará seus próprios motores scramjet, capazes de operar em altíssimas velocidades.

O Dart AE é uma aeronave de 3,5 metros de comprimento, impulsionada por um motor scramjet Spartan, projetado com ligas metálicas de alta temperatura e construído com a ajuda de impressoras 3D. Utilizando hidrogênio como combustível, o veículo deve realizar voos a Mach 7 (sete vezes a velocidade do som), com o objetivo de alcançar até Mach 12. Após atingir sua velocidade máxima, o Dart retornará à Terra como um avião convencional.

Voos comerciais


Empresa usa produtor reutilizáveis movidos a hidrogênio (Foto: Divulgação/Hypersonix Launch Systems)
O uso de motores hipersônicos também está sendo estudado para a futura geração de aviões de passageiros, o que poderia transformar radicalmente a aviação comercial. A rota Sydney-Londres, por exemplo, poderá ser reduzida de 20 horas para apenas 2, trazendo uma nova era para o transporte global.

Enquanto isso, a Qantas, outra gigante da aviação australiana, está planejando lançar o voo comercial mais longo do mundo em 2025. Utilizando aviões Airbus A350-1000, a rota Sydney-Londres levará 20 horas e transportará até 238 passageiros.

Via Redação Byte / Terra

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Curiosidade: Hotel voador pode ficar no ar por anos e transportar 5 mil passageiros

Com 20 motores movidos a energia nuclear, um sistema para realizar reparos em voo e
um sistema de voo totalmente automatizado (Imagem: Reprodução/Divulgação)
Com a crise climática em andamento, juntamente com condições sociais incertas e turbulência política, continuamos vendo representações de desenvolvimento futuro que podem dar esperança de um amanhã melhor. No entanto, sempre há algumas representações que oscilam a linha tênue entre a melhoria bem-vinda e a distopia intrigante. Uma dessas representações é a aeronave movida a energia nuclear que permanece nas nuvens por anos.

O New York Post publicou recentemente um vídeo surpreendente que mostra o enorme hotel no céu, um conceito que combina a conveniência de um hotel e a funcionalidade de um avião em um só. O vídeo promocional do Sky Cruise pilotado por IA inclui uma maquete notável de Hashem Alghaili, revelando os meandros sutis e não tão sutis do design do Sky Cruise. A aeronave foi construída para acomodar 5.000 passageiros com facilidade.

Com 20 motores movidos a energia nuclear, um sistema para realizar reparos em voo e um sistema de voo totalmente automatizado, Alghaili descreve a enorme aeronave como o “futuro do transporte”. Ele diz: “Toda essa tecnologia e você ainda quer pilotos? Acredito que será totalmente autônomo.” No entanto, a aeronave ainda exigirá pessoal a bordo para atender à multidão de passageiros que a cápsula aérea pode transportar.

Definitivamente uma aeronave para as pessoas, bem como para a tecnologia, o vídeo promocional mostra instalações promissoras a bordo, que vão desde um enorme shopping center, uma piscina, uma academia e até um teatro. A aeronave também pode ser utilizada como local de casamento, transformando o grande espaço em festa para um casamento feito no céu, literalmente. O Sky Cruise também contém um amplo salão panorâmico, permitindo que os passageiros desfrutem de uma visão de 360 ​​graus da natureza abrangente do lado de fora.

Embora o céu pareça ser o limite para esta aeronave, nenhum projeto ambicioso se concretiza sem uma preocupação. Condenado a um resultado semelhante ao do malfadado Titanic, muitos apontaram as falhas no projeto da aeronave. A principal preocupação envolve a estrutura e o layout da aeronave, que está longe de ser aerodinâmica e, portanto, teria problemas para voar. Outros expressam seu nervosismo sobre os motores movidos a energia nuclear, já que a possibilidade do Sky Cruise cair condena seus arredores a serem destruídos também.

Um comentarista incerto diz: “Ótima ideia colocar um reator nuclear em algo que pode funcionar mal e cair do céu”. Preocupações também foram levantadas sobre os elevadores expostos a bordo, criando arrasto irregular, bem como as imprecisões técnicas na maquete animada também. Como um comentarista resume: “Se a física e a aerodinâmica não existissem, então esta nave poderia realmente decolar”.

Sem surpresa, os comentaristas também foram rápidos em apontar a inacessibilidade de tais projetos de desenvolvimento para as massas, contribuindo para a crescente divisão econômica. Para alguns, o conceito também parecia ser uma realidade imaginada de como o futuro deveria ser, sem considerar as circunstâncias atuais. Um comentarista afirmou: “É como se alguém entrasse em uma máquina do tempo, viajasse para 2070, encontrasse um vídeo retrofuturismo baseado em nossa época (em oposição aos anos 1950 ou 1800) retratando como as pessoas de nossa época pensavam que seria nosso futuro”.

Enquanto o Sky Cruise vem com sua própria variedade de preocupações, é um conceito que está realmente à frente de seu tempo. Com muitos exibindo uma ânsia de estar entre o primeiro conjunto de passageiros, uma data formal de lançamento do Sky Cruise ainda não foi anunciada.


Via IstoÉ Dinheiro

Novo avião híbrido é revelado em tamanho real

Modelo demonstrativo do avião híbrido-elétrico ES-30 deve ser lançado em seu primeiro voo em 2025 pela Heart Aerospace.

(Imagem: Heart Aerospace)
A sueca Heart Aerospace revelou, na semana passada, o primeiro demonstrador em escala real do avião híbrido-elétrico ES-30. O modelo foi quase inteiramente construído dentro das instalações da fabricante em Gotemburgo, e, além de ser utilizado em testes no solo, também está previsto para realizar seu primeiro voo no segundo trimestre de 2025.
  • A Heart Aerospace divulgou o primeiro demonstrador em escala real do avião híbrido-elétrico ES-30;
  • Além de testes no solo, o modelo também deve realizar seu primeiro voo no segundo trimestre de 2025;
  • A aeronave conta com quatro motores elétricos e dois turbogeradores, podendo voar até 200 km no “modo elétrico” ou 400 km no “modo híbrido”;
  • O avião comporta até 30 passageiros;
  • Um protótipo de pré-produção deve ser lançado no futuro, com base nos aprendizados do novo modelo.
Primeiro voo do modelo do avião híbrido deve acontecer em 2025 (Imagem: Heart Aerospace)
O modelo Heart Experimental 1 (Heart X1) possui envergadura de 32 metros, e, inicialmente, vai ser usado pela empresa para testar “operações de carregamento, taxiamento e procedimentos de retorno”, conforme dito no comunicado. A Heart ainda deve executar testes de hardware dentro e fora do avião.

Relembre detalhes do avião híbrido da Heart Aerospace


A aeronave é alimentada por quatro motores elétricos, podendo voar até 200 quilômetros no “modo elétrico” ou 400 quilômetros no “modo híbrido”, que conta com dois turbogeradores ativados em casos que demandam um impulso adicional em rotas maiores.

Avião híbrido-elétrico pode comportar até 30 passageiros (Imagem: Heart Aerospace)
Além de uma cabine espaçosa que possui três assentos localizados lado a lado, o avião também possui um banheiro, uma cozinha e compartimentos superiores espaçosos. O ES-30 tem capacidade para acomodar até 30 passageiros.

Agora, a empresa se prepara para a próxima etapa do desenvolvimento do avião híbrido-elétrico ES-30: a construção do Heart X2, protótipo de pré-produção que deve aprimorar ainda mais os métodos aprendidos com o Heart X1.

Via Ana Julia Pilato, editado por Bruno Capozzi (Olhar Digital)

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

O Boeing 797: Tudo o que se sabe até agora

(Foto: Thiago B Trevisan/Shutterstock)
O chamado Boeing 797 Midsize Aircraft gerou muito debate sobre sua aparência e se ele será construído. Um anúncio recente da Boeing sugere que "os thunderbirds estão prontos", ou pelo menos talvez - eventualmente. Um recente comunicado à imprensa da Boeing celebrando um acordo histórico com seus funcionários afirma que "o próximo novo avião da Boeing" será construído em Washington - uma referência amplamente considerada como se referindo ao Boeing 797. Aqui está o que sabemos do Boeing 797 até agora.
Substituindo o Boeing 757

O Boeing 757 é geralmente considerado uma aeronave excelente (pelo menos pelos pilotos). Mas a produção terminou em 2004, depois que pouco mais de 1.000 aeronaves foram construídas, enquanto a Boeing se concentrava em sua família menor, a 737. Isso deixou uma lacuna percebida no mercado entre a família menor, a Boeing 737 Max, e a família maior, a Boeing 787 Dreamliner.

(Foto: First Class Photography/Shutterstock)
A Boeing investigou a viabilidade de projetar um jato desse tipo para substituir seus Boeing 757s e 767s. Estimativas de terceiros sugerem que a demanda por um jato de médio porte entre o 737 e o 787 está entre 2.000 e 4.000 aeronaves (a Boeing acredita que a demanda esteja na extremidade superior). A Boeing decidiu que o mercado era grande o suficiente para perseguir o conceito em 2015 e, em 2017, várias companhias aéreas expressaram seu interesse.

"E é por isso que estamos entusiasmados que, como parte do contrato, nossa equipe na região de Puget Sound construirá o próximo avião da Boeing." - Boeing

O conceito do jato Boeing 797 de médio porte
  • Capacidade: 225-275 passageiros
  • Alcance: 4.500 a 5.000 milhas náuticas
  • Demanda: Até 4.000 jatos
  • Substituir: Boeing 757 / Boeing 767
  • Corredores: Possivelmente corredor único (não finalizado)
  • Compósitos: Uso extensivo de materiais compostos na fuselagem e nas asas
O jato foi idealizado para oferecer maior conforto aos passageiros, com compartimentos superiores maiores, assentos mais largos e uma cabine mais espaçosa. No entanto, o projeto foi afetado negativamente pela pandemia da COVID-19 e pela intensa competição da Airbus.

Um jato de médio porte com dois corredores


Inicialmente, havia relatos de que a Boeing estava investigando a construção de um jato maior de médio porte, com dois corredores, sete em fila e uma seção transversal elíptica.

Cronograma do jato de médio porte Boeing 797:
  • 2015: Boeing avalia demanda significativa por aeronaves de médio porte
  • 2017: Várias companhias aéreas manifestam interesse
  • 2020: Boeing coloca desenvolvimento em espera e volta à prancheta
  • 2021: A Boeing parece reviver a ideia de uma aeronave de corredor único
  • 2022: Boeing indica que levará alguns anos para que haja progresso nos motores de última geração
  • 2024: Boeing parece anunciar que o jato será feito em Washington
  • Década de 2030: Período previsto para a entrada em serviço do Boeing 797
Os primeiros relatórios sugeriram que o 797 teria duas versões — uma versão de 225 assentos com alcance de 5.000 milhas navegáveis ​​e uma de 275 assentos com alcance de 4.500 milhas navegáveis. Esperava-se que o jato custasse cerca de US$ 65 ou US$ 75 milhões cada e gerasse cerca de 30% mais receita do que os narrowbodys existentes. Esperava-se que fosse equipado com motores turbofan de 50.000 lbf. da Pratt & Whitney ou GE Aviation/CFM International.

Notavelmente, o jato usaria extensivamente materiais compostos e vantagens tecnológicas, reduzindo os custos de viagem em cerca de 40% em relação aos widebodies que ele substituiria. Ser mais eficiente não só ajuda a reduzir custos, mas também ajuda as companhias aéreas a reduzir suas emissões de carbono.

Um jato de médio porte com corredor único


Em janeiro de 2020, o CEO da Boeing, David Calhoun, anunciou que estava colocando os planos do jato em espera e voltando à prancheta. Isso foi motivado em parte pelo lançamento bem-sucedido do Airbus A321XLR no segmento de mercado em 2019. A Icelandair anunciou que aposentará seus 757s e os substituirá por A321XLRs .

A Boeing e a Airbus tendem a não competir diretamente entre si pelo mesmo mercado — em vez disso, elas tentam oferecer aeronaves de tamanhos diferentes, adaptadas a diferentes segmentos de mercado. Um excelente exemplo foi o A380, que oferece um double-deck completo, enquanto o Boeing 747 oferece um double-deck meio superior.

(Foto: Lukas Souza/Simple Flying)
Em 2021, a Boeing pareceu ter revivido o projeto, mas como um jato de corredor único, era um pouco maior do que o 737 MAX. Os desastres da Boeing com os acidentes do 737 MAX também destacaram os riscos e a dificuldade de colocar novas aeronaves em serviço. Alguns sugeriram que a Boeing não tem escolha a não ser desenvolver uma nova aeronave de médio porte se quiser evitar perder participação de mercado para a Airbus.

Se o jato entrar em produção, provavelmente não estará em serviço antes da década de 2030. Os custos de desenvolvimento de um novo jato são formidáveis ​​— estima-se que o Boeing 797 custe até US$ 25 bilhões para ser desenvolvido. A Boeing pode adiar o jato até que outras novas tecnologias (como motores de última geração) amadureçam. A Boeing também pode achar que seu dinheiro é melhor gasto para colocar seus MAXs em ordem. A empresa também está ocupada desenvolvendo o programa 777X (com previsão de entrada em serviço em 2026) .

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu com informações de Simple Flying

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

IA pilotando? Veja como tecnologia pode revolucionar aviação

Especialistas asseguraram: IA não deve substituir pilotos tão cedo, mas já está sendo usada na aviação em outras funções.

(Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)
Pode ser que os aviões não sejam pilotados por inteligência artificial (IA) tão cedo, mas a tecnologia já está mudando como as companhias aéreas operam. Nomes do setor se reuniam na 80ª reunião da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) em Dubai (Emirados Árabes) na segunda-feira (3) para discutir as aplicações da IA na aviação nos próximos anos.

As empresas concordam que não, a IA não substituirá os pilotos, mas a tecnologia já está ajudando a se comunicar melhor com passageiros e melhorar o fluxo dos aeroportos.

IA já está beneficiando a aviação


O evento discutiu novidades do setor de aviação, incluindo o que a IA pode acrescentar. Como lembrou o TechXplore, as companhias aéreas e outras empresas do setor se acostumaram às baixas margens de lucro e, agora, veem a tecnologia como uma forma de aumentar produtividade.

Geoffrey Weston, consultor-chefe do setor aéreo da empresa norte-americana Bain & Company, explicou a ideia: "Quando você tem muita incerteza… o que a IA é realmente útil é acelerar enormemente a entrega das informações certas às pessoas certas o mais rápido possível."

Já o especialista aeroespacial Jerome Bouchard afirmou que, à medida que as viagens de avião voltam a crescer, uma das prioridades é reduzir o tempo de espera. Ele menciona o uso de reconhecimento facial na área de segurança dos aeroportos, mas que isso exige esquema de coordenação e sincronização de dados – algo que a IA pode ajudar.

Comunicação e logística são o foco da tecnologia

  • A Air France-KLM é uma das que já aderiu à IA. A companhia aérea está usando ferramenta que responde clientes em idiomas diferentes, a ser instalada no tablet dos agentes em aeroportos;
  • A novidade está prevista para começar a ser usada em 2025, no aeroporto Charles de Gaulle em Paris (França);
  • Já a empresa operadora de aeroportos Groupe ADP lançou programa que usa reconhecimento de voz para atender chamadas telefônicas ao aeroporto, reduzindo a quantidade de chamadas não-atendidas de 50% para 10%;
  • A intenção é agilizar processos de embarque e desembarque, bem como a logística do local.
IA na aviação já é tendência, mas não deve substituir pilotos tão cedo
(Imagem: Vitória Gomez via DALL-E/Olhar Digital)

IA vai substituir pilotos?


Não tão cedo – e, talvez, nunca. Segundo o CEO da empresa aeroespacial Thales, Patrice Caine, a responsabilidade pela tomada de decisões ainda é dos humanos. Caine menciona “inteligência assistida”, tecnologia que auxilie os humanos ao invés de substituí-los.

Os testes para substituir pilotos no controle de aeronaves, contudo, é algo realizado pela Força Aérea dos EUA, que vem testando, desde o ano passado, aviões de combate 100% controlados pela IA. O Olhar Digital falou sobre o tema nesta reportagem.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Mini helicóptero elétrico será solução de mobilidade em breve; entenda

Helicóptero elétrico de um ou dois assentos será meio de locomoção na capital da Arábia Saudita já no começo da próxima década.

(Imagem: Fly Now/Reprodução)
A Arábia Saudita está em uma competição informal firme contra os Emirados Árabes Unidos para ver quem sai na frente no quesito tecnologia de ponta. Entre arranha-céus imensos e construções no meio do deserto, a Arábia deu um passo a frente com a implantação de uma solução de mobilidade já nos próximos anos: helicópteros elétricos individuais.

O CEO da empresa de gestão de investimento Saudi Arabia Holding Company, Mohammed AlQahtani, anunciou o uso de uma frota dos veículos para transportar visitantes pelo Expo Internacional em Riad, na capital do país, em 2030.

O projeto do helicóptero elétrico será da startup austríaca FlyNow, que está abrindo unidades de fabricação na Arábia Saudita.

Mini helicóptero elétrico individual será meio de locomoção no evento


O helicóptero elétrico da FlyNow vem em assento único ou duplo, e tem um custo relativamente baixo.

O veículo promete bateria com autonomia de 50 km (o suficiente para rodar na cidade saudita), capacidade de peso de 200 kg (para a versão de assento duplo) e velocidade máxima de 130 km/h.

A estrutura é relativamente simples:
  • O helicóptero elétrico é formado por uma cabine simples com um par de rotores superiores empilhados;
  • Eles são projetados para contra-rodar e equilibrar o troque um do outro, eliminando a necessidade de uma cauda (comum em helicópteros tradicionais);
  • O helicóptero elétrico completo pesa apenas 210 kg para a versão em assento único (sem ninguém a bordo), bem menos do que um carro;
  • Como as hélices são curtas, a promessa é que o ruído seja baixo;
  • O veículo pode chegar a até 150 metros de altitude.
Helicóptero elétrico vem em versão individual e de dois assentos (Imagem: Fly Now/Reprodução)

Helicóptero elétrico poderá voar como um helicóptero comum


Devido ao layout, o helicóptero elétrico da empresa FlyNow deve poder voar nos céus de Riad sob as regras de regulamentação de um helicóptero comum.

Algumas restrições devem ser feitas, como a velocidade de voo na cidade e a altura permitida, mas o enquadramento em uma regulação já existente facilita a implementação do projeto.

Helicóptero elétrico da Fly Now passou por um teste no solo em fevereiro (Imagem: Fly Now/Reprodução)

Ainda deve demorar para que helicóptero elétrico individual vire realidade


Apesar de já ter uma data para ficar pronto, por ora, o helicóptero elétrico da companhia sequer entrou em produção em escala comercial.

Conforme o New Atlas, em fevereiro deste ano, a máquina estava passando por testes no solo em um modelo de prova de conceito. Ou seja, ainda nem chegou a voar.

Segundo o post do CEO, o contrato prevê “milhares” de unidades do helicóptero elétrico da FlyNow para a frota, que deve estar pronta para uso em 2030.

sábado, 3 de agosto de 2024

Novo avião da Boeing dobrará asa para caber em aeroportos; vídeo mostra como funciona aeronave


A Boeing iniciou os testes de certificação do novo avião 777-9. Essa é uma marca para o projeto 777X, anunciado em 2013 e que sofreu atrasos significativos em meio às crises que a fabricante dos EUA tem enfrentado nos últimos anos.

Via UOL