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domingo, 30 de março de 2025

Pouso no gelo, pista na areia e mais: veja 7 aeroportos bizarros pelo mundo

Aeronave Airbus A321neo da Wizz Air pousando em ilha na Grécia (Imagem: Reprodução/Youtube)
Um vídeo de uma aterrissagem de um avião Airbus A321neo da Wizz Air (abaixo) chamou atenção na última semana por ser considerado "o pouso mais baixo de todos os tempos". A cena foi gravada no aeroporto da ilha de Skiathos, na Grécia, um local famoso por ter a cabeceira muito próxima ao mar, fazendo com que os aviões passem a poucos metros de pedestres.


Apesar de surpreender muitas pessoas, o aeroporto grego não é o único que tem uma estrutura pra lá de inusitada. Confira outros setes aeroportos que dão o que falar!

Aeroporto de Barra


Placa pede para que pedestres fiquem longe da praia quando o aeroporto está funcionando
 (Imagem: Wikipedia/Creative Commons)
Localizado na baía de Traigh Mhòr, na ponta norte da ilha de Barra, nas Novas Hébridas, Escócia, o Aeroporto de Barra tem uma estrutura diferente de todos os aeroportos do mundo. O motivo? A pista de pouso e decolagem fica na areia, já que toda a estrutura está localizada em uma praia.

A operação depende do nível da maré e voos de emergência operam ocasionalmente à noite — mas o local não opera regularmente com voos noturnos.

Pistas de gelo da Antártica


Avião da companhia aérea Icelandair chegando na Antártica (Imagem: Reprodução/Fluggblog)
Não é apenas na areia que pousos e decolagens impressionam. O "Troll Airfield" é uma das cinco pistas no polo sul que podem acomodar aeronaves de grande porte. Em março de 2021, a pista recebeu um voo da da companhia aérea Icelandair, da Islândia.

Ao todo, segundo o Instituto Norueguês Polar, há cinco pistas no continente e as operações não são muito comuns.

Aeroporto Internacional de Kansai


O aeroporto é considerado o primeiro flutuante do mundo (Imagem: Wikipedia/Creative Commons)
Localizado a quase 5 km da costa de Osaka, o Aeroporto Internacional de Kansai, no Japão é considerado o primeiro aeroporto flutuante do mundo. Estima-se que ele tem o tamanho de dois campos de futebol e meio.

Ele foi inaugurado em 4 de setembro de 1994 com o intuito de escoar a superlotação no Aeroporto Internacional de Osaka. Em 2020, ele recebeu os prêmios por melhor equipe de aeroporto na Ásia, melhor equipe de aeroporto do mundo e melhor aeroporto do mundo para entrega de bagagem.

Aeroporto de Gibraltar


Avenida cruza aeroporto e tem que ser fechada quando há operação (Imagem: Wikipedia/Creative Commons)
Localizado no território do Reino Unido de Gibraltar, este aeroporto poderia ser considerado igual a outro qualquer — se não fosse por um detalhe: a Avenida Winston Churchill, a principal da cidade, cruza a pista do aeroporto e, consequentemente, deve ser fechada toda vez que há operação.

Por esse fato inusitado, o programa Most Extreme Airports, do History Channel, já chegou a colocá-lo entre os mais "extremos" do mundo.

Altiporto de Courchevel


Altiporto de Courchevel não tem estrutura plana (Imagem: Wikipedia/Creative Commons)
Nos Alpes Franceses, o Altiporto de Courchevel chama atenção por dois motivos: ter uma pista curta e nada plana. A extensão da estrutura para pousos e decolagens tem apenas 537 metros — com descidas.

Ele está localizado em uma estação de esqui, onde há condições climáticas extremas. Considerado o altiporto da região mais antigo, por lá, não é possível realizar procedimentos de arremetidas. A decolagem e aterrizagem têm que ser perfeitas!

Aeroporto Internacional Princesa Juliana


Aviões passam muito próximo de banhistas na ilha de São Martinho
(Imagem: Wikipedia/Creative Commons)
Considerado o segundo aeroporto com maior movimento no Caribe, o Aeroporto Internacional Princesa Juliana está na ilha de São Martinho, do Reino dos Países Baixos. As aterrizagens ganham destaque por ocorrerem muito próximo dos banhistas da Praia Maho. Estima-se que os aviões passam a 10 metros da areia.

Uma tragédia já foi registrada no local. Em 2017, no dia 12 de julho, uma turista da Nova Zelândia morreu aos 57 anos após ter sido atingida por uma forte rajada de vento que foi ocasionada por um avião. De acordo com a polícia, a vítima estava pendurada numa cerca que permite a observação de pousos e decolagens quando foi derrubada pelo vento, causada pela força dos motores.

Aeroporto de Lukla


Aeroporto é considerado o mais perigoso do mundo (Imagem: Wikipedia/Creative Commons)
Principal acesso para os visitantes do monte Everest, o Aeroporto de Lukla, localizado no Nepal, ganhou fama mundial por ser considerado o mais perigoso do mundo por mais de 20 anos pelo programa "Most Extreme Airports", do History Channel.

A curta pista do aeroporto é construída de forma que o final dela se dá para um penhasco de quase 600 metros. Não é à toa que o local já registrou diversos acidentes. Devido às dificuldades de pouso, a Autoridade de Aviação Civil do Nepal estabelece altos padrões de exigência para os pilotos que devem aterrizar ou decolar no local.

Via UOL

sexta-feira, 28 de março de 2025

Veja alguns dos maiores aviões militares do mundo


As forças armadas têm alguns das melhores invenções conhecidas pela humanidade, e isso definitivamente conta quando estamos falando de seus meios de transportes. Os aviões comerciais estão prestes a parecerem incrivelmente pequenos depois de você ver o tamanho desses aviões militares.

De layouts de dois andares a envergadura de asas maiores que campos de futebol que servem de base para seis motores – é incrível que algumas dessas aeronaves possam decolar. Quando um avião é mais alto que um prédio de cinco andares, não é mais um avião, é um espetáculo. Aqui estão as maiores aeronaves militares que já atingiram o céu.

Lockheed C-5 Galaxy


O C-5 Galaxy é um avião absolutamente incrível que fornece à Força Aérea dos Estados Unidos uma ponte aérea intercontinental capaz de transportar cargas de grandes dimensões e pesadas com facilidade.

(Foto: Michal Fludra/NurPhoto via Getty Images)
É uma das maiores aeronaves militares do mundo e é extremamente caro de construir um avião desses. O modelo mais barato do C-5 custa cerca de US$ 100,37 milhões, mas pode chegar a US$ 224,29 milhões. Este avião cargueiro permanece ativo hoje, mas foi originalmente introduzido em 1970.

Boeing C-17 Globemaster III


O C-17 Globemaster III é um dos maiores aviões militares a atingir o céu. O Globemaster III foi entregue pela primeira vez em 1991 e produzido até 2015 antes de ser descontinuado. O custo por unidade era de cerca de US$ 218 milhões e foi criado pela McDonnell Douglas.

(Foto: Marina LystsevaTASS via Getty Images)
Era usado para missões estratégicas e táticas, que frequentemente incluíam transporte de tropas ou cargas, lançamento de paraquedistas e evacuação aeromédica.

Lockheed C-130 Hercules


O Lockheed C-130 Hercules é um avião com quatro turbopropulsores cuja função principal é a de transporte aéreo em várias forças armadas em todo o mundo. Capaz de pousar ou decolar em pistas pequenas ou improvisadas, foi concebido com o intuito de transporte de tropas e carga. Atualmente desempenha uma larga gama de papéis, incluindo transporte de pára-quedistas, reconhecimento climático, reabastecimento aéreo, combate aéreo a incêndios e evacuação médica. Existem mais de 40 modelos do Hercules utilizados em mais de 50 nações. Com mais de 50 anos de serviço, a família C-130 estabeleceu um sólido recorde de confiabilidade e durabilidade, participando em missões militares, civis e de ajuda humanitária.

(Foto: Sgt. Howard Blair/U.S. Air Force)
A família C-130 detém o recorde de mais longo ciclo de produção de aviões militares em toda a história. O primeiro protótipo, o YC-130 voou a 23 de agosto de 1954 decolando nas instalações da Lockheed em Burbank, na Califórnia. O protótipo, número de série 53-3397, foi pilotado por Stanley Beltz e Roy Wimmer. Uma vez construídos os dois protótipos, a produção foi trasladada para Marietta, Geórgia, onde foram construídos mais de 2.000 aeronaves.

Embraer C-390 Millennium


O Embraer C-390 Millennium é um avião para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo, desenvolvido e fabricado pela Embraer Defesa e Segurança, subsidiária do grupo brasileiro Embraer. Sua designação de projeto, desenvolvimento e até o início de produção era Embraer KC-390. Em novembro de 2019, recebeu da Embraer a nova designação Embraer C-390 Millennium.

Embraer KC-390 no Paris Air Show 2019 (Foto: Matti Blume)
A aeronave estabelece um novo padrão para o transporte militar médio, visando atender os requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira, em substituição ao C-130 Hercules. O custo de desenvolvimento do projeto do C-390 girou em torno de R$ 2 bilhões de reais.

A fabricante pretende ainda alçá-lo como substituto para as demais Forças Aéreas que possuem em sua frota essa classe de cargueiro militar. É também o maior avião produzido na América Latina.

Boeing KC-135 Stratotanker

Não há nenhuma maneira fácil de reabastecer bombardeiros estratégicos, mas essa é exatamente a tarefa do KC-135 Stratotanker. Este avião-tanque foi muito usado durante a Guerra do Vietnã pelos americanos e se tornaria uma enorme vantagem estratégica na Guerra do Golfo.

(Foto: aviation-images.com/UIG via Getty Images)
É interessante notar que o KC-135 e o Boeing 707 foram desenvolvidos a partir da mesma aeronave (o Boeing 367-80). A aeronave de 1957 tornou-se revolucionária na medida em que foi o primeiro tanque de reabastecimento da Força Aérea dos Estados Unidos.

Antonov An-124


A aeronave de 226 pés foi construída pelo Antonov Design Bureau na década de 1980 e desde então se tornou sinônimo de aviação militar e comercial. Possui características interessantes como portas na cauda e 24 rodas, o que permite operações de pouso em asfalto, terra, grama e neve.

Antonov An-124 (Foto: Wikimedia/Bushman787)
Foi desenvolvida para transportar tanques, tropas e lançadores de mísseis e até outros aviões. Por anos foi a aeronave de carga mais pesada do mundo, sendo superada pelo Antonov AN-225, que foi destruída em ataque russo durante a Guerra na Ucrânia.

Convair XC-99


É interessante notar que um dos maiores aviões do mundo também é um dos mais antigos. O Convair XC-99 foi desenvolvido com capacidade de carga de 100 toneladas ou de 400 para-quedistas totalmente equipados em seus decks duplos. O XC-99 voou pela primeira vez em 1947 e foi aposentado em 1957.

(Foto: @historylvrsclub)
A Força Aérea dos Estados Unidos o usou como um avião de carga pesada e foi o maior avião de transporte terrestre com motor de pistão já construído.

Ilyushin Il-76


Esta aeronave foi construída durante os momentos mais tensos da Guerra Fria e ainda permanece ativa até hoje. De fato, existem mil delas em operação em todo o mundo.

Ilyushin Il-76 (Foto: Marina LystsevaTASS via Getty Images)
Originalmente desenvolvido para a URSS, o Ilyushin II-76 era um avião turbofan de quatro motores que deveria ser um cargueiro comercial, mas acabou sendo adotado pelos militares russos. É capaz de entregar algumas das máquinas e veículos militares mais pesados do mundo.

HK-1 - “Spruce Goose”

O HK 1, ou “Spruce Goose”, como era mais conhecido por ser quase inteiramente feito de madeira bétula, foi originalmente concebido para ser um avião de transporte transatlântico durante a Segunda Guerra Mundial. O único problema é que ele não ficou pronto a tempo de realmente ser colocado em serviço.

(Foto: Frederic Lewis/Getty Images)
As forças armadas dos EUA acabaram voando nesta aeronave apenas uma vez, em 1947, e apenas um protótipo foi construído. Ela está agora em exibição no Evergreen Aviation and Space Museum.

Blohm & Voss BV 238


O Blohm & Voss BV 238 foi um hidroavião alemão construído durante a Segunda Guerra Mundial. Era a aeronave mais pesada de todos os tempos quando voou pela primeira vez em 1944. O BV 238 tinha um peso vazio de 120.769 libras, mas apenas uma aeronave foi construída por causa dos recursos necessários para montá-la.

(Foto: @lasungundaguerra)
Ele possui o título de ser a maior aeronave produzida por qualquer uma das potências do Eixo durante a guerra também.

Kalinin K-7

O Kalinin K-7 foi uma aeronave experimental pesada projetada e testada na União Soviética na década de 1930. Tinha barras duplas e grandes vagens submersas que abrigavam trem de pouso fixo e torres de metralhadora.

(Foto: Domínio Público)
Originalmente deveria haver uma versão para passageiros, com assentos dispostos dentro das asas. Ele voou pela primeira vez em 1933 e, no sétimo voo, caiu devido a uma falha estrutural no final daquele ano. O acidente acabou matando 14 pessoas a bordo e uma no chão.

Convair B-36 Peacemaker


O Convair B-36 Peacemaker foi operado pela Força Aérea dos Estados Unidos de 1949 a 1959. Ele teve uma vida útil bastante curta, mas ainda continua sendo a maior aeronave de pistão produzida em massa já construída.

(Foto: Universal History Archive/ UIG via Getty Images)
Tinha 70 metros de envergadura de asas, maior que qualquer outra aeronave de combate quando foi construída. O B-36 era especial por ser capaz de entregar qualquer arma nuclear nos arsenais dos EUA na época, sem modificações. Acabou sendo substituído pelo Boeing B-52 Stratofortress perto do final dos anos 50.

Zeppelin-Staaken R.VI


Vamos voltar à Primeira Guerra Mundial com o Zeppelin-Staaken R.VI, que foi um dos maiores aviões de madeira produzidos no início do século XX. Era um bombardeiro estratégico de quatro motores, construído na Alemanha e com uma das primeiras cabines de pilotagem fechada.

Zeppelin-Staaken R.VI (Foto: @plaenut27)
Apenas seis dos 18 acabaram sobrevivendo à guerra, enquanto quatro foram abatidos, seis outros foram destruídos em acidentes e outros dois tiveram dificuldades técnicas.


Kawanishi H8K

O Kawanishi H8K era um hidroavião da Marinha Imperial Japonesa usado principalmente para tarefas de patrulha marítima. Foi uma aeronave construída para voos de longas distâncias e geralmente voava sozinha sem qualquer apoio sobre o oceano.

(Foto: @ron_eisele)
Os americanos apelidaram o H8K de “Emily” durante a guerra. Se alguém dizia “Emily” pelo rádio, era sempre uma referência a esse avião de patrulha. Não foi totalmente funcional durante a Segunda Guerra Mundial, pois só foi usada pela primeira vez em 1942.

Martin JRM Mars


O Martin JRM Mars é um hidroavião de quatro motores que foi popularizado durante a Segunda Guerra Mundial. Foi o maior hidroavião usado pelos americanos e outras forças aliadas durante a Guerra.

(Foto: Education Images/UIG via Getty Images)
Apenas sete deles foram construídos, apesar de impressionantes e eficazes. Quatro dos hidroaviões sobreviventes passaram para uso civil após o fim da guerra. Eles se transformaram em bombardeiros de água de combate a incêndios, o que os tornou ainda mais úteis. Esses modelos já foram aposentados.

NASA Super Guppy

Esta foi a primeira aeronave a ser fabricada pela Aero Spacelines. O avião foi projetado para carga, o que é possível notar apenas com uma rápida olhada. Foi o sucessor do Pregnant Guppy, e todos os Super Guppys atualmente permanecem em serviço.

(Foto: Jeff Gritchen/Digital First Media/Orange County Register via Getty Images)
Cinco Super Guppy foram construídas e ajudaram no transporte de componentes de missões como Gemini, Apollo e Skylab. Foi utilizado também pela fabricante europeia de aviões Airbus, para transportar peças e partes de outros aviões. Atualmente o Super Guppy é utilizado pela NASA, no transporte de componentes e pequenos veículos espaciais.

KM (Korabl Maket) - "Caspian Sea Monster"

O KM (Korabl Maket), conhecido como Monstro do Mar Cáspio, foi desenvolvido pela União Soviética na década de 1960 e foi continuamente testado até 1980, quando foi destruído em um acidente de testes. Na época, era a maior e mais pesada aeronave do mundo há cerca de 20 anos.

(Foto: @strangecraft)
Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos tiveram muitas missões que tinham como único objetivo descobrir o que o Monstro do Mar era capaz de fazer. Era quase indetectável para muitos sistemas de radar, pois voava consistentemente abaixo da altitude mínima de detecção. Apesar de ser uma aeronave, foi atribuída à Marinha Soviética e operada pela Força Aérea Soviética.

Xian H-6 Bomber


O H-6 Bomber foi entregue pela primeira vez ao exército chinês em 1958 e desfrutou de uma carreira impressionante e bem-sucedida. Embora os chineses não tenham se aproveitado muito disso, as Forças Aéreas do Iraque e do Egito certamente exploraram bem suas funcionalidades. De fato, a Força Aérea Iraquiana retirou o avião em 1991, enquanto a Força Aérea Egípcia retirou o avião em 2000.

Xian H-6 Bomber (Foto: Marina LystsevaTASS via Getty Images)
É uma variação do bombardeiro bimotor Tupolev Tu-16 que foi originalmente construído para a Força Aérea do Exército de Libertação do Povo Chinês.

Boeing E-3 Sentry


O Boeing E-3 Sentry é um avião americano de alerta e controle aéreo. É usado pela Força Aérea dos EUA para fornecer vigilância, comando, controle, comunicações e atualizações constantes em qualquer clima.

(Foto: Diane S. Robinson/U.S. Air Force/Getty Images)
O E-3 é facilmente distinguido pela sua cúpula de radar rotativa acima da fuselagem. Havia 68 deles construídos antes de interromperem a produção em 1992. Os radares usavam a tecnologia Doppler de pulso, que desempenhou um papel crucial no direcionamento de aeronaves da coalizão contra o inimigo na Guerra do Golfo.

Junkers JU-390


O Junkers JU 390 ocupa um lugar único na categoria de aeronaves militares pesadas. O avião construído na Alemanha só voou por dois anos durante a Segunda Guerra Mundial (1943-1945) para a Luftwaffe. Tinha seis motores que tornaram o design bastante icônico e foi a razão pela qual esta aeronave conquistou um lugar único na história militar.
(Foto: @classicwarbirds)
O JU-390 foi projetado para servir como uma aeronave de transporte pesado, um bombardeiro de longo alcance e um avião de patrulha para os alemães. Foi revolucionário para a época.

quarta-feira, 19 de março de 2025

C-130 Hércules: Conheça cinco versões especiais do clássico avião

De avião-radar à guerra psicológica, conheça cinco variantes incríveis do cargueiro C-130 Hércules
Dentre todas as aeronaves militares modernas, o Lockheed C-130 Hércules é certamente uma das mais famosas, estando presente em 74 países em diferentes variantes, inclusive no Brasil. Cerca de 3000 unidades já foram fabricadas e o modelo segue em produção.

Apesar da idade (o primeiro C-130 fez seu primeiro voo em 1954), o Hércules se mantém competitivo no mercado mundial mesmo com a presença de modelos projetados muito mais recentemente, como KC-390 Millennium da Embraer, desenvolvido justamente pra substituí-lo.

O C-130 foi desenvolvido como um turboélice cargueiro, mas foi adaptado para inúmeras missões ao longo de seus 66 anos de serviço. Neste artigo, vamos conhecer cinco destas adaptações curiosas do venerável Hércules.

C-130K W.2 XV208 Snoopy


Começamos nossa lista com esse que certamente é um dos Hércules mais esquisitos de todos os tempos. Este é um C-130K fabricado para a Força Aérea Real Britânica (RAF), sendo entregue em setembro de 1967 com a matrícula XV208 como Hercules C.1.

Poucos anos após a entrega, o XV208 foi modificado para realizar missões de reconhecimento meteorológico com a Ala de Pesquisa Meteorológica (MRF) da RAF. Para isto, a aeronave recebeu uma instrumentação nova, sendo a mais notável uma enorme sonda listrada no nariz, usada para capturar amostras atmosféricas.

O XV208 Snoopy foi usado em pesquisas meteorológicas (Foto: Mike Freer – Touchdown-aviation)
O radar original foi movido para o topo da cabine, deixando o avião ainda mais estranho. Nas pontas das asas, mais antenas foram instaladas e a aeronave foi redesignada como Hercules W.2, mas manteve a sua matrícula.

O nariz enorme rendeu ao XV208 o apelido de Snoopy, e assim ele voou pelo MRF de 1973 até sua primeira aposentadoria em 2001, registrando cerca 11,800 horas de voo durante 28 anos. A aeronave foi armazenada na base de testes de Boscombe Down, no sudeste da Inglaterra, ainda com sua bela pintura cinza, azul e branca.

O XV208 durante sua missão: testar o motor do A400. Foto: Marshall Aerospace
Em 2005 ele foi retirado de Boscombe Down e reconfigurado pela Marshall Aerospace para ser usado como plataforma de testes do motor Europrop TP400-D6 usado Airbus A400M. Em 2015 o Snoopy chegou ao fim de sua vida, sendo sucateado em Cambridge.

EC-130 Commando Solo


Dentre as inúmeras variantes do Hércules em serviço nos EUA, um deles tem uma missão bastante delicada e sensível: as operações psicológicas. Para isso, a Guarda Aérea Nacional (ANG), um braço reserva da Força Aérea dos EUA (USAF), opera o EC-130J Commando Solo II.

EC-130E da Guarda Aérea da Pensilvânia (Foto: Rob Schleiffert (CC BY-SA 2.0))
Segundo a definição do Ministério da Defesa, “Operações Psicológicas são procedimentos técnico-especializados, operacionalizados de forma sistemática para apoiar a conquista de objetivos políticos e/ou militares e desenvolvidos antes, durante e após o emprego da Força, visando a motivar públicos-alvo amigos, neutros e hostis a atingir comportamentos desejáveis.”

Dito isso, voltamos à década de 1970, com a introdução do EC-130E Coronet Solo, um C-130E altamente modificado para transmitir sinais de rádio e televisão durante operações de influência e controle de massas.

As aeronaves participaram de missões na Líbia, Haiti, Iraque e na Invasão de Granada, transmitindo sinais para estações de rádio e TV, orientando e as populações, e até mesmo para os rádios do inimigo, urgindo-os à rendição.

(Foto: Military Analysis Network)
Ao longo dos anos a missão do EC-130E permaneceu a mesma, mas o avião foi recebendo modificações até atingir sua configuração mais famosa e característica, com duas antenas enormes nas pontas de cada asa (uma vertical e outra em forma de pod), bem como um conjunto de antenas em formato de X, instaladas no estabilizador vertical. A aeronave executa a grande maioria de suas missões especiais durante à noite para diminuir os riscos de detecção.

O EC-130E foi aposentado, mas os EUA seguem operando o EC-130J Commando Solo II, baseado no C-130J Super Hercules mais moderno. Sua suíte de equipamentos secretos foi modernizada e agora o EC-130J é capaz de modificar formatos de transmissão em faixas AM e FM, frequências VHF e UHF e de televisão e telefonia móvel.

EC-130J Commando Solo II (Foto: Sgt. Tia Schroeder/USAF)
Os EUA operam três EC-130J através da 193ª Ala de Operações Especiais, que possui o “infame” lema “Nunca visto, sempre ouvido.”

JC-130 – Capturando as estrelas


No final da década de 1950, o então presidente Eisenhower anunciou que os EUA iriam usar seus satélites para missões de reconhecimento fotográfico (espionagem). Com isso, surgiu o desafio: como recuperar os filmes fotográficos do espaço?

O problema foi parcialmente resolvido com os satélites sendo preparados para lançar o filme fotográfico em “baldes” especiais, que desciam até a atmosfera terrestre e depois eram desacelerados com um paraquedas.

JC-130B prestes a capturar o paraquedas de um treinamento em 1963 (Foto: USAF)
A solução completa estava na força aérea. Uma aeronave de carga C-119 foi modificada com um sistema de guincho para pescar o paraquedas no ar e levar o balde com as fotos até uma base.

Não demorou muito para o C-119 dar lugar ao C-130 Hércules. Os primeiros C-130B modificados para a missão foram designados JC-130B e eram operados pelos 6593º e 6594º Esquadrão de Testes, da base aérea de Hickam, no Havaí. Seus membros tinham orgulho das perigosas e delicadas missões, tanto que se apelidaram de “Apanhadores de Estrelas”.

JC-130B durante testes na Base Aérea de Edwards em 1969 (Foto: USAF)
O equipamento de recuperação consistia em duas lanças de alumínio de 10 metros que se estendiam e esticavam uma série de laços de nylon ou aço com 1,10 cm de espessura, e ganchos de quatro pontas. O piloto manobrava a aeronave para voar a cerca de 2 metros acima do paraquedas do balde, altura ideal para que ele fosse pescado no ar.

No momento em que fosse capturado, um cabo se estenderia e depois era recolhido para o interior do avião. A operação toda envolvia não só o “avião-pescador”, mas sim outros quatro JC-130, quatro helicópteros de resgate e dois aviões de reabastecimento.


Entre 1963 e 1986, o esquadrão capturou e recuperou quase 170 baldes com filmes fotográficos com imagens da União Soviética, China, Coreia do Norte, Sudeste Asiático e Oriente Médio.

YMC-130H Credible Sport


Em 1979 ocorria a Revolução Islâmica no Irã, que deu origem à crise dos 52 reféns americanos que ficaram presos na embaixada dos EUA em Teerã. Em abril de 1980 os EUA conduziram a malfadada Operação Eagle Claw, que terminou com oito mortos, duas aeronaves destruídas e cinco helicópteros capturados no Irã.

Um dos protótipos do YMC-130H recebendo as modificações para a Operação Credible Sport
(Foto via C-130 Credible Sport)
Em seguida à humilhante missão falha, os EUA deram início à Operação Credible Sport. A ideia era modificar um C-130 para que a aeronave fosse capaz de pousar e decolar de dentro do estádio Amjadiyeh, decolasse com 150 passageiros (reféns + equipe de resgate) e pousasse em um porta-aviões (!!!)

De fato, o C-130 já havia operado a partir de um porta-aviões antes, mas pousar e decolar de um estádio era uma ideia completamente inédita. E assim o Governo seguiu com a operação.

Foguetes instalados na frente do YMC-130H (Imagem: Reprodução)
Três C-130H (74–1683, 74-2065 e 74–1686) foram usados nos ensaios. Os aviões foram extremamente modificados, recebendo um conjunto de trinta foguetes instalados e desenvolvidos pela Marinha.

Oito foguetes RUR-5 ASROC virados para a frente foram instalados logo atrás do cockpit, nas porções inferior e superior da fuselagem, para frear a aeronave em solo; Oito foguetes Shrike foram instalados nas laterais acima do trem de pouso, a fim de desacelerar a velocidade de descida no pouso; oito foguetes Mk.56 do míssil antiaéreo RIM-66 virados para trás foram instalados na fuselagem traseira para auxílio na decolagem; mais dois pares de Shrikes foram instalados nas asas para corrigir o efeito de guinada durante a decolagem e outros dois ASROC foram instalados na cauda virados para baixo para evitar um tailstrike.


Além dos conjuntos de foguetes, o Hércules recebeu barbatanas ventrais e dorsais, antena FLIR, novo radome com radar de acompanhamento de solo, contramedidas para mísseis guiados por calor e radar, ailerons maiores, novos flaps, sistema de navegação por doppler/GPS/INS e um gancho de parada para pousar no porta-aviões.

Os testes seguiram bem até um acidente em 29 de outubro de 1980. Após uma série de ensaios de decolagem bem-sucedidos, uma falha na sequência de acionamento dos foguetes fez o avião perder sustentação e colidir violentamente contra o solo, fazendo a asa direita quebrar e se incendiar. Apesar da gravidade do evento, todos saíram bem.

Restos do YMC-130H 74–1683 após o acidente (Foto: Reprodução)
Por ser uma aeronave de um projeto secreto o YMC-130H 74–1683 foi descartado e enterrado na própria base de testes. O projeto de resgate foi cancelado após uma resolução na crise, mas um dos protótipos ainda foi usado no projeto Credible Sport II, que deu origem ao MC-130H Combat Talon II. O C-130H 74-2065 segue em operação, enquanto o 74–1686 foi preservado.

EC-130V “avião-radar”


Em 1986 a Guarda Costeira dos EUA (USCG) adquiriu oito aeronaves de alerta antecipado e controle (AEW&C, também chamados de ‘aviões-radar’) Grumman E-2C Hawkeye para detectar aeronaves transportando entre o Caribe e os EUA.

No entanto, o E-2C não atendia os requisitos de autonomia e alcance que a USCG precisava. Dessa forma, os E-2 foram devolvidos em 1992 e no mesmo ano a USCG recebeu uma proposta da General Dynamics para modificar um dos seus HC-130 de busca e resgate com os mesmos sistemas do E-2C.

O HC-130H modificado como EC-130V com o radar APS-145 instalado
(Foto: OS2 John Bouvia/Marinha dos EUA)
Designado EC-130V, o Hércules recebeu o radar de vigilância AN/APS-145 montando sobre uma plataforma rotativa. As estações de missão e descanso para os tripulantes foram montadas em um pallet que era facilmente instalado no compartimento de cargas do C-130.

Os testes com EC-130V USCG 1721 foram satisfatórios. Além da vigilância do espaço aéreo, o Hércules seria usado para missões de busca e salvamento, patrulha marítima, controle de pesca, missões de controle de zona econômica exclusiva e até mesmo apoio às missões com os ônibus espaciais.

O NC-130H/EC-130V a serviço da Marinha dos EUA (Foto: Marinha dos EUA)
Porém, cortes orçamentários obrigaram a Guarda Costeira a abandonar o projeto. A aeronave foi transferida à Força Aérea, onde recebeu a matrícula 87-0157 e designada como NC-130H, sendo empregado para voos de testes.

Posteriormente o NC-130H foi enviado à Marinha, que reinstalou o radar APS-145 para testes de atualização nos E-2C. Finalizadas as avaliações, o Hércules radar-voador voltou à Guarda Costeira com sua designação HC-130H, que o operou até 2014.


Desta vez, o Hércules foi doado ao Serviço Florestal dos EUA, recebendo a matrícula civil N118Z e tornando-se um avião de combate a incêndios florestais, equipado com o sistema MAFFS II. O C-130 foi transferido uma última vez para o Departamento Florestal e Proteção contra Incêndios da Califórnia – Cal Fire, onde segue atuando como avião-bombeiro.

terça-feira, 18 de março de 2025

Top 5: As aeronaves militares mais estranhas de todos os tempos

(Foto: USAF/Wikimedia Commons)
As listas Top 5 certamente geram controvérsia, seja pelos itens que estão incluídos nas listas e/ou pelos que estão excluídos das listas. Meu artigo recente sobre o "Top 5 Historic Military Aircraft That Changed Aviation" é uma prova viva disso.

Dito isso, talvez esta lista mais recente não seja tão controversa, embora ainda haja algumas dificuldades em reduzi-la subjetivamente: as 5 aeronaves militares mais estranhas de todos os tempos. "Estranho" não significa necessariamente "ruim" em termos de qualidade ou sucesso operacional, e não necessariamente "feio" também; afinal, "a beleza está nos olhos de quem vê", como diz o provérbio (ou como Kinky Friedman disse uma vez, "a beleza está nos olhos de quem vê").

Mas não se engane, e essas aeronaves certamente pareciam diferentes, fora do comum, não convencionais (escolha seu rótulo). Vários dos artigos de origem têm mais de cinco candidatos, então farei o meu melhor para restringir as coisas aos warbirds que me dão o maior sentimento de "Whoa, WTF?".

5. Sukhoi Su-47 Berkut (Сухой Су-47 Беркут; "Golden Eagle") (NATO Reporting name: "Firkin")


O que diabos é um "firkin?!?!"

(Foto: Dmitry Pichugin/Wikimedia Commons)
Esta me chamou a atenção, não só pelo nome, mas pelo apelido. Quer dizer, é verdade. Não há nada de incomum em um pássaro de guerra com o apelido de ave de rapina (viu o que eu fiz?). Mas para mim. A palavra russa " Berkut " também se destaca para mim porque era o título de um romance de ação e aventura igualmente estranho de 1987, escrito por Joseph Heywood , ambientado no final da Segunda Guerra Mundial, com a premissa de que Adolf Hitler fingiu sua morte naquele banqueiro e foi "fugitivo"; o título é o codinome do protagonista, o líder de uma equipe de elite de agentes soviéticos escolhidos a dedo por Joseph Stalin para caçar o Führer.

(Enquanto fazia a pesquisa para este artigo, também descobri que " Berkut " era o nome do sistema ucraniano de polícia especial (polícia de choque) da Milícia Ucraniana dentro do Ministério de Assuntos Internos de 1992 a 2014; a unidade foi incorporada à Rússia após a anexação da Crimeia por Vladimir Putin.)

De qualquer forma, em relação a Berkut, o avião de guerra esquisito, MiGFlug a descreve assim: "O Su-47 Berkut é um jato de caça experimental construído pela empresa russa Sukhoi em 1997, ele apresenta um par de asas fixas que se movem para a frente. A alta razão sustentação-arrasto do design da asa fornece manobrabilidade aprimorada em velocidades supersônicas."

Quão rápidas são essas "velocidades supersônicas?" 1.400 mph (2.200 kph/1.200 kn/Mach 2,21) em altitude (59.000 pés/18.000 m). O problema? Apenas uma fuselagem foi construída — fazendo seu voo inaugural em 25 de setembro de 1997 — antes do programa ser cancelado. O Su-47 foi desenvolvido a partir do Su-37 "Flanker-F" também conhecido como "Terminator".


E o que diabos é um "Firkin", alguns de vocês podem estar se perguntando? O Merriam-Webster nos fornece duas definições: "1: um pequeno recipiente ou barril de madeira; 2: qualquer uma das várias unidades britânicas de capacidade, geralmente igual a ¹/₄ barril".

4. Hiller X-18 "Propelloplane"


Infelizmente, este avião/helicóptero híbrido não valeu nada

Esta foi a única entrada que meus editores me pediram especificamente para incluir (daí a foto artística no topo deste artigo) e, como eu realmente gosto de ser pago para escrever, estou mais do que feliz em atender!

(Foto: Fxer/Wikimedia Commons)
Esta aeronave recebeu o nome de seu designer, o Sr. Stanley Hiller (15 de novembro de 1924 – 20 de abril de 2006), fundador da homônima Hiller Aircraft Company, sediada em Firebaugh, Califórnia. Em um artigo de julho de 2023 para We Are the Mighty apropriadamente intitulado "9 das aeronaves militares mais estranhas que realmente voaram", a autora Jessica Evans escreve: "Frequentemente considerado o protótipo do Osprey, o Hiller X-18 foi o primeiro banco de testes para a tecnologia tilt-wing e VSTOL [decolagem e pouso curto vertical] . No entanto, o X-18 não lidava muito bem com rajadas de vento e, como os motores não eram reticulados, cada falha do motor resultava em um acidente."

O Sr. Hiller, por sua vez, como um testamento de sua criatividade e habilidades de RP, apelidou sua invenção de Propelloplane. Concebivelmente. ele poderia facilmente ter chamado a nave de "Frankenplane" ou "Frankencopter", já que ela era o equivalente em máquina voadora do monstro de Frankenstein: como observado no vídeo do YouTube a seguir, ela foi construída a partir de peças recuperadas, incluindo uma fuselagem Chase YC-122C Avitruc e turboélices dos programas de caça experimental Lockheed XFV-1 e Convair XFY-1 Pogo. A justificativa de Hiller por trás dessa miscelânea aeronáutica era acelerar o tempo de construção e reduzir os custos.


Infelizmente, as improvisações de Hiller acabaram sendo em vão, pelos motivos citados no artigo da Sra. Evans. Apenas um foi construído, fazendo seu voo inaugural em novembro de 1959; ele foi desmantelado em 1964.

3. Avro Canada VZ-9 Avrocar


"A verdade está lá fora, Scully"

Certo, você sabe que qualquer aeronave do mundo real que se assemelhe a um disco voador (ou se preferir, "OVNI", "UAP" etc.) e tenha um nexo com a Área 51 tem que estar nesta lista. (Dê uma olhada em David Duchovny como o agente especial do FBI Fox Mulder em " Arquivo X ": "A verdade está lá fora, Scully"; "Eu quero acreditar"). 

Um artigo para The Grizzled (sem autor ou data de publicação listados) intitulado "50 aeronaves mais estranhas já feitas" (isso mesmo, pessoal, incríveis 50, não apenas 5) elabora: "Este disco voador foi uma das primeiras aeronaves de decolagem e pouso vertical (VTOL) bem-sucedidas do mundo. Desenvolvido como um projeto militar secreto dos EUA em 1959, em parte no lendário complexo da Área 51, o Avrocar estava muito à frente de seu tempo."

O voo inaugural do Avrocar em 1959 (coincidentemente o mesmo ano do X-18) ocorreu 12 anos após o infame incidente de Roswell (que até hoje é oficialmente atribuído a um balão meteorológico).


Se a parte "Avro" do nome soa familiar, deveria: Avro Canada era a subsidiária canadense do fabricante britânico de aeronaves que produziu bombardeiros famosos como o Lancaster da Segunda Guerra Mundial e o Vulcan da Guerra Fria. Então, com uma marca tão prestigiosa e histórico histórico, o Avrocar foi um sucesso garantido, oui?

Er, bem... os números de produção do Avrocar igualaram os do Su-47 e do X-18 combinados, ou seja, incríveis **dois**. Infelizmente, essa aeronave de aparência alienígena também estava destinada ao fracasso, sendo aposentada em setembro de 1961. O(s) problema(s)? Problemas sérios de empuxo e estabilidade não resolvidos que degradaram seriamente seu desempenho.

2. North American F-82 Twin Mustang


Duas cabeças de Mustang são melhores que uma, certo?

Cobras de duas cabeças existem na Mãe Natureza, mas não cavalos de duas cabeças, no entanto, no mundo da aviação. Um cavalo mecânico de duas cabeças certamente existiu: o North American F-82 Twin Mustang. Já que meu último artigo da Lista dos 5 Melhores incluiu o avião de caça Mustang original, ou seja, o North American P-51D, é lógico incluir a "sequência" (por assim dizer) nesta lista dos 5 Melhores.

Ao contrário de seu ancestral direto, o Twin Mustang não viu combate na Segunda Guerra Mundial, nem atingiu o mesmo grau de sucesso. Dito isso, o F-82 *atingiu* um grau muito maior de sucesso do que as três aeronaves anteriores desta lista, pois ele realmente passou do estágio de protótipo (fazendo seu voo inaugural em 26 de junho de 1945) e entrou na fase de produção, com um total de 272 sendo construídos.
  • Velocidade máxima: 461 mph (742 km/h, 401 kn) a 21.000 pés (6.400 m)
  • Velocidade de cruzeiro: 286 mph (460 km/h, 249 kn)
  • Alcance: 2.240 milhas (3.600 km, 1.950 NM)
  • Teto de serviço: 38.900 pés (11.900 m)
Para completar, embora o Twin Mustang tenha ficado de fora da ação da Segunda Guerra Mundial, ele compensou o tempo perdido durante a Guerra da Coreia, vencendo a primeira batalha aérea americana daquele conflito ao abater um Yak-11 e dois Lavochkin La-7s. Na época da assinatura do armistício, os pilotos do F-82 foram oficialmente creditados com 20 abates ar-ar contra aeronaves norte-coreanas.

Infelizmente, sem culpa própria, o Twin Mustang tornou-se obsoleto devido ao combate jato-a-jato durante a mesma guerra, e a Força Aérea dos EUA o aposentou oficialmente em 12 de novembro de 1953. Ele teve a distinção adicional de ser o último caça americano com motor a pistão encomendado para produção pela USAF.

(Foto: TheG3NERAL João 3:16/Wikimedia Commons)
Cinco dessas aves de guerra estranhas e maravilhosas sobrevivem até hoje, incluindo um exemplar em condições de voar, número de série 44-83887, atualmente emprestado ao Museu de Aves de Guerra do Comando Aéreo Valiant no Aeroporto Regional da Costa Espacial em Titusville, Flórida.

1. Aero Spacelines B377PG Super Guppy AKA "Pregnant Guppy"


O avião mais duradouro desta lista


Deixando o melhor para o final, com "melhor" neste contexto, significando ter a carreira mais duradoura e duradoura. Além disso, sendo esta uma lista assumidamente subjetiva, afinal, algum sentimentalismo pessoal está entrando em jogo aqui: este é o único avião na lista que entrou em operação durante minha vida (1980), e mais, como eu era um aspirante a biólogo marinho na época (com a tenra idade de cinco anos), achei bem legal que um avião tivesse o nome de um peixe.


O Guppy deixou uma impressão suficiente para ser incluído nos artigos MiGFlug e The Grizzled . Sobre o que eu disse sobre este avião ter sucesso a longo prazo, MiGFlug observa o seguinte: "No entanto, nem todas essas aeronaves de ponta estavam destinadas a ser jogadas na lata de lixo da história... O enorme avião de carga Super Guppy Turbine está em operação desde 1980 e foi adquirido pela NASA em 1997."


"Ele foi apelidado de 'Guppy grávido' pelos engenheiros devido ao seu formato bulboso – criado ao aparafusar uma fuselagem inteiramente nova em cima de um avião existente... De acordo com a NASA, a aeronave superdimensionada, projetada para transportar grandes cargas, como outras aeronaves e componentes da estação espacial, continua a atrair espanto por onde passa."

Um total de cinco desses enormes "peixes voadores" mecânicos (por assim dizer) foram construídos; um da variante SG e quatro da variante SGT.

Com informações de Simple Flying