
Foto: Olaf Wagner (Airliners.net)
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A Nasa divulgou na segunda-feira (25) um ‘autorretrato’ feito pelo engenheiro de voo russo Oleg Kotov durante caminhada espacial para manutenção da estação espacial internacional.
Kotov, assim como o engenheiro de voo japonês Soichi Noguchi, faz parte da tripulação de seis membros que ocupa atualmente a ISS. A foto mostra com nitidez imagem refletida no visor do capacete de Kotov. Ela revela vários componentes da ISS, com o planeta Terra ao fundo.
O russo e seu colega Maxim Suraev prepararam o Minimódulo de Pesquisa 2 (MRM2), batizado de Poisk, para futuras acoplagens de naves russas. Suraev e o comandante da expedição número 22, o americano Jeffrey Williams, foram os primeiros a usar a nova porta de ancoragem, em um recente reposicionamento da nave Soyuz TMA-16.
Fonte: G1 - Foto: Oleg Kotov/Nasa
Helicóptero do Corpo de Bombeiros do DF: contrato suspeito de direcionamento em favor da Helibras
No domingo, o Correio mostrou que o Ministério Público Federal (MPF) investiga a negociação de R$ 123,7 milhões para a compra e venda de helicópteros para pelo menos 14 estados. A suspeita é de fraude nos processos licitatórios, incluindo direcionamento para que uma empresa, a Helibras(1), fosse vencedora dos pregões e superfaturamento. Os recursos para a compra das aeronaves são do Ministério da Justiça e foram transferidos para os "estados responsáveis pela aquisição" por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública (Funsp) e Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
No DF, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios questionou a aquisição dos helicópteros, para o Corpo de Bombeiros e para o Detran-DF. A ação considerou que os pregões em que a Helibras foi vencedora teriam sido direcionados. Segundo o MP, os editais foram redigidos de forma a favorecer a empresa. Primeiro porque incluiu cláusula que impedia participação de concorrentes estrangeiras. O texto do edital foi alterado: onde previa a participação de empresas estrangeiras, passou a ser proibida a inclusão daquelas que não funcionassem no país. Apenas a Helibras poderia concorrer.
E, de fato, foi isso que aconteceu nos dois casos. "O termo aparentemente inofensivo inserido no texto do edital em comento, a rigor, tem sim, consequências legais muito mais amplas do que alegam os réus", diz o juiz, referindo-se ao fato de que o Governo do Distrito Federal alega que várias empresas poderiam participar e que a preocupação era com a manutenção das aeronaves. Já a Helibras reconhece a cláusula restritiva à concorrência e justifica, em razão da necessidade de hangares, serviços e treinamentos no país. Esse argumento é questionado pelo juiz. O Brasil, diz o texto, tem uma das três maiores frotas de helicópteros do mundo, que passam periodicamente por manutenção e não precisam ser levados para o exterior.
Licitação
O MP alega que o governo usou a modalidade licitatória ilegal. Na sentença, o juiz concorda com a afirmação. Segundo ele, "soa estranho um helicóptero de busca e salvamento ser considerado um bem comum, como prevê a legislação que trata dos bens passíveis de aquisição por pregão". Esse instrumento, completa ele, é destinado a descomplicar as licitações, para a aquisição de bens simples. Isso significa bens corriqueiros, de fácil acesso e fornecimento. O pregão deve servir como meio de mais empresas participarem do certame, pois podem apresentar documentos depois da proposta. Porém, o prazo oferecido foi de apenas oito dias.
"Não me soa coerente esperar que uma empresa sediada no exterior se apronte para fazer proposta de vários milhões de reais e junte documentos técnicos relativos ao helicóptero a oferecer, em tão pouco tempo. Nos dois casos em tela apenas e Helibras apresentou propostas", aponta o juiz. O pregoeiro nem cogitou saber o motivo da baixa adesão à concorrência. Ao contrário, diz a sentença, houve confessa intenção de privilegiar empresa sediada no Brasil.
Para o juiz, há evidência sim, de direcionamento de licitação, já que, entre as fabricantes mundiais de helicópteros, apenas a Helibras preenchia o requisito de instalação no Brasil. Antes mesmo da aquisição das aeronaves, o Tribunal de Contas do Distrito Federal apontava irregularidades no edital. Dizia que a limitação às concorrentes estrangeiras era "descabida" e que não havia motivos para não se usar a concorrência internacional. Alegava também que a restrição violaria o direito à livre concorrência previsto na Constituição. Também afirmou que os dois pregões para a compra de aeronaves causaram prejuízos aos cofres públicos.
A reportagem procurou a Procuradoria do Distrito Federal e a assessoria de imprensa do governo. Porém, ninguém respondeu. Os valores dos dois contratos também não foi informado. O Correio também ligou para a assessoria do ex-governador Joaquim Roriz, que afirmou que as compras foram feitas de acordo com a legislação e que eram de responsabilidade do Corpo de Bombeiros e do Detran. Já a Helibras informou que não iria se pronunciar sobre o caso, pois o processo ainda está na Justiça. Ontem, a empresa apresentou recurso ao TJDF.
Faturamento
A empresa mineira é a única fabricante de helicópteros na América do Sul. Com mais de três décadas de atuação, o capital da Helibras está dividido entre a francesa Eurocopter Participacions, a Bueinvest Representações Comerciais, do banqueiro Edmond Safdié, e a MGI Minas Gerais Participações, do governo mineiro. Já entregou cerca de 500 helicópteros no Brasil, sendo 70% do modelo Esquilo, comprado por pelo menos nove estados com recursos do Ministério da Justiça. No ano passado, o faturamento foi de US$ 112,1 milhões.
Compra apurada
Valores repassados pelo Ministério da Justiça aos governos para a compra de helicópteros e que são fontes de apuração do Ministério Público Federal:
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Fonte: Alana Rizzo (Correio Braziliense) - Foto: Rafael Ohana (CB/DA Press)
A Embraer vai apresentar, amanhã, à AICEP e a um conjunto de empresas e instituições nacionais, um projecto para a fabricação de diversas estruturas e componentes para o novo cargueiro militar KC-390 (imagem acima), um aparelho destinado a concorrer com o Airbus A400M e o Hércules C-130J. A empresa ainda não revelou os montantes de investimento previstos.
No entanto, o construtor brasileiro já detém uma participação de 65% na OGMA (Indústria Aeronáutica Nacional) e assinou, em 2008, um acordo com o Estado português para a construção de duas fábricas de componentes e materiais compósitos em Évora, um investimento de 148 milhões de euros, que prevê a criação de 500 postos de trabalho especializados.
A confirmar-se o interesse de Portugal aderir ao programa de desenvolvimento deste avião militar brasileiro, assegurando a compra de algumas unidades do KC-390, a Embraer poderá escolher Portugal para a montagem final do aparelho, elevando os postos de trabalho a cerca de 3000.
Recorde-se que a empresa reservou um terceiro terreno (por sinal, o maior em área) junto do espaço onde vai construir as suas novas fábricas, com acesso directo à pista do actual aeródromo de Évora. "Comprar os aviões não é uma condição essencial para a concretização do projecto em Portugal, mas pode ser um contributo decisivo", admite uma fonte próxima do processo.
Cluster aeronáutico nacional
O encontro agendado para amanhã, em Lisboa, visa contribuir para a formação de um cluster aeronáutico em Portugal. É promovido pela AICEP, mas a iniciativa partiu do ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, em carta dirigida ao seu homólogo português, Nuno Severiano Teixeira. O projecto será apresentado por quatro responsáveis da Embraer, entre os quais o vice-presidente para a área de engenharia, Waldir Gonçalves e o gerente sénior do programa do KC-390, Teixeira Barbosa, e contará ainda com a presença de um brigadeiro do Comando Aeronáutico Brasileiro (COMAER).
Além de atender as necessidades da Força Aérea Brasileira (cuja encomenda inicial já viabilizou a construção do novo avião), o Embraer KC-390 vai preencher um nicho de mercado criado pelo potencial de substituição de uma frota mundial de mais de 1600 aeronaves de transporte militar, actualmente com mais de 25 anos de operação. Chile e Polónia são os países que já manifestaram o seu interesse no novo avião.
O KC-390 foi concebido de raiz como um jacto de transporte táctico e logístico na classe das 20 toneladas de carga. Tem capacidade para transportar os mais variados tipos de carga - incluindo veículos blindados e evacuações médicas - e será dotado dos mais modernos sistemas de manuseio e lançamento de cargas. Contará, igualmente, com as tecnologias e sistemas que representam o estado-da-arte na indústria aeronáutica mundial.
Fonte: Alexandre Coutinho (Exame Expresso - Portugal) - Imagem: Divulgação/Embraer
Fontes: WCBD / South Carolina Now / WMBF News / Aviation Herald - Fotos: Curtis Graham (News 13) / @NBCjoe via Twitter
A imagem acima mostra um técnico fazendo uma inspeção com um boroscópio. Qualquer semelhança com um endoscópio usado por cirurgiões não é mera coincidência.
O boroscópio é um instrumento usado para fazer inspeções visuais remotas e é composto de duas partes principais:
1- Um longo e fino tubo que é inserido dentro do motor através de uma pequena abertura. Esse tubo pode ser rígido ou flexível.
2- Um conjunto de lentes e controle manual que fica fora do motor e mostra imagens do interior do motor.
A ponta do boroscópio ilumina a área que vai ser inspecionada no interior escuro do motor e através de “relay lens” transporta a imagem para a lente (ou monitor) que está do lado de fora.
Qual a função principal do Boroscópio?
Permitir que você possa “olhar” e procurar danos na parte interna do motor e da turbina sem que precise desmontá-los. Isso ocasiona uma grande economia de tempo e dinheiro para as empresas aéreas.
Acima a foto do controle do boroscópio, onde a gente vê o que tem dentro do motor
O técnico acima está olhando a área da câmara de combustão do motor, pois dá pra ver os bicos injetores. A câmara de combustão é um dos lugares mais difíceis de analisar os danos quanto a serem normais de uso ou fora dos limites. Depois da câmara, vem a inspeção das paletas da turbina, e temos que saber o significado de cada parte dela, já que cada parte possui um limite diferente de tolerância aos danos.
A foto acima mostra dois tipos comuns de paleta de turbina, com e sem “shroud”
Outro uso comum do boroscópio para inspeção é quando há suspeita de ingestão de pássaro ou qualquer outro objeto estranho pelo motor (F.O.D.).
Nesses casos a inspeção interna se foca mais na área dos primeiros estágios do compressor, se houver danos, estes são avaliados, medidos e aí a gente sacramenta: pode voar sem problema, pode voar por algumas horas ou não pode voar e tem que trocar o motor.
A foto abaixo é uma vista do segundo estágio da turbina de um motor Pratt & Whitney de Boeing 777, e essa é mais ou menos a vista que temos ao usar o boroscópio.
Como dá pra notar, uma das paletas está com rachadura e sinais de “inner sulfidation”, mas nem sempre os problemas são tão visíveis assim.
Da próxima vez que ouvir um motor acelerando com potência máxima para a decolagem, lembre-se que tem algum mecânico olhando lá dentro em intervalos regulares de tempo pra se certificar que está tudo certo.
Fonte: Lito (Aviões & Música) - Imagens: P&W e Aviation Learning
Um modelo de boroscópio - Foto: generalaviationnews.com
Fonte: Aviation Herald
Equipes de resgate começam a vasculhar nesta quarta-feira (27) o local em que um helicóptero chocou-se contra o gelo em um fiorde próximo a Horten, a uma hora de Oslo, na Noruega
O helicóptero Robinson R44, da empresa MidtNorsk Helikopterservice, caiu a tarde em meio a um clima nebuloso com visibilidade de 500 pés (150 metros) próximo a Horten, uma cidade ao sul de Oslo.
Einar Knudsen, porta-voz da Norway Central Rescue, disse que mergulhadores ainda não haviam encontrado os destroços do helicóptero e, apesar de prejudicada pela água escura e correntes fortes, continuavam "à procura de sobreviventes."
No entanto, ele reconheceu que o helicóptero estava "provavelmente" descansando no fundo do mar a cerca de 66 pés (20 metros) de profundidade em águas geladas a 4ºC.
Uma empresa norueguesa não identificada havia contratado dois helicópteros Robinson R44 de propriedade da Midtnorsk Helicopter Service para transportar cinco funcionários para Tonsberg, a 60 milhas (100 quilômetros) ao norte de Oslo, quando um caiu, informou John-Erik Sogn, porta-voz da Midtnorsk Helicopter Service.
O piloto do segundo helicóptero, que pousou em segurança em Horten, viu "o outro de repente começar a girar no ar - a 800 pés (240 metros) acima da água - antes que ele caísse", informou Sogn à Associated Press.
Ele disse que a Midtnorsk, que opera excursões e voos charter na Noruega, nunca teve um acidente como esse antes.
Por enquanto não está claro o que causou o acidente. "Não há nenhuma razão para acreditar que isso foi causado por um defeito no helicóptero", disse Sogn.
Segundo o Accident Investigation Board da Noruega, houve nove acidentes na Noruega envolvendo o helicóptero modelo Robinson R44 desde 1998, nenhum deles com vítimas fatais.
Fontes: cnews.canoe.ca / G1 / ASN - Fotos: AFP
Uma embarcação da Marinha dos Estados Unidos localizou nesta quarta-feira, 27, a caixa preta do avião da Ethiopian Airlines que caiu no Mar Mediterrâneo do Líbano na segunda-feira, 25, com 90 pessoas a bordo, afirmou um oficial da segurança.
"O navio dos EUA localizou a caixa preta a 1.300 metros de profundidade e a 8 km a oeste do aeroporto de Beirute", disse o oficial à Reuters.
O avião tomou a direção contrária à indicada pela torre de controle em meio a uma tormenta após a decolagem, segundo o governo libanês. Até agora, 14 corpos foram encontrados.
Não estava claro o motivo de o piloto mudar abruptamente a rota. Como na maioria das outras aeronaves, o Boeing 737 possui um radar meteorológico que o piloto pode usar para evitar voar em meio a raios, possivelmente ignorando ordens da torre de controle.
Testemunhas e o Exército libanês afirmaram que o avião pegou fogo pouco após decolar. Um funcionário da Defesa afirmou que, segundo algumas testemunhas, o avião quebrou em três pedaços.
Fonte: Reuters via Estadão - Fotos: AP
O avião Embraer EMB 810-C Seneca II, prefixo PR-UGO, com dois ocupantes, o piloto José Andrei Ferreira dos Santos, 32 anos, e a mãe do dono do avião, Maria Leonor Salgueiro Galiasi, 69 anos, caiu na manhã desta quarta-feira na zona rural de Iperó, na região de Sorocaba, a 121 quilômetros de São Paulo. Viaturas e bombeiros de Sorocaba estão no local e as causas do acidente são apuradas.
Os escombros da aeronave se encontram dentro de uma fazenda, na estrada do Cagerê, bairro Bananal. O local é de mata fechada e difícil acesso.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a informação do acidente chegou por volta das 10h. O avião monomotor partiu de Sorocaba com destino a uma fazenda de Goiás.
O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) já havia sido informado do desaparecimento do avião e fez o alerta.
Fontes: Carla de Campos (Agência Bom Dia) / SPTV (com informações TV Tem)- Fotos: Epitácio Pessoa (Agência Bom Dia)