terça-feira, 12 de abril de 2011

Avião bate com a asa em cauda de outro; assista ao incidente em Nova York

Um Airbus A380 da Air France bateu em um avião, de menor porte, de uma companhia aérea regional operada pela Delta Air Lines. O incidente aconteceu quando o Airbus realizava a manobra de decolagem no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York.

O acidente não deixou feridos. O A380, com destino a Paris e capacidade para mais de 500 passageiros, chocou a asa esquerda contra a cauda de outro avião quando estava a ponto de realizar a manobra de decolagem.

As autoridades federais da aviação americana investigam o incidente, que envolveu um avião da Comair, uma empresa aérea regional que opera voos da Delta Air Lines. A aeronave procedia de Boston (Massachusetts) e no momento do acidente se dirigia a um portão de desembarque.


Fontes: Extra Online / nydailynews.com - Fotos: Reuters

Após 3 décadas, Nasa define destino final dos ônibus espaciais

O Atlantis ficará em exibição no Centro Espacial Kennedy

O ex-astronauta e administrador da Nasa Charles Bolden emocionou-se ao anunciar o que será feito com a frota após o último voo

A data dos 50 anos do voo de Yuri Gagarin também celebra os 30 anos do primeiro lançamento de um ônibus espacial, o Columbia, que decolou para o espaço em 12 de abril de 1981.

Após três décadas de uso e dois desastres que mataram 14 pessoas – o Challenger explodiu durante o lançamento, em 1986, e o Columbia se desintegrou na reentada da atmosfera terrestre, em 2003 –, os ônibus espaciais serão aposentados agora em 2011.

O Discovery vai para o Museu Nacional de ar e Espaço

A Nasa aproveita o aniversário da estreia do veículo espacial reutilizável para anunciar o destino final das naves restantes de sua frota. Vinte e uma instituições, entre museus e centros turísticos, disputavam o privilégio de receber uma das naves.

O administrador da Nasa, ex-astronauta Charles Bolden – que realizou quatro missões a bordo de ônibus espaciais, incluindo duas como comandante da nave, entre 1986 e 1994 – ficou com a voz embargada durante o anúncio oficial da aposentadoria da frota e da destinação final dos veículos.

Restam apenas dois voos a serem feitos, pelo Atlantis e pelo Endeavour, antes que o programa seja encerrado.

O primeiro ônibus espacial a ser construído, o Enterprise – que nunca foi ao espaço, tendo realizado apenas voos de teste – será retirado do Museu Nacional de Ar e Espaço, em Washington, e transferido para o Museu Intrepid, de Nova York.

O Intrepid, montado num velho porta-aviões, já possui um avião Concorde.

O Endeavour ficará num museu da Califórnia

Já o Museu Nacional, que perde o Enterprise, será mais do que recompensado: a Nasa reservou-lhe o ônibus espacial Discovery, que não só é a nave espacial mais utilizada de todos os tempos – com um total de 365 dias no espaço – como ainda foi a responsável por instalar o Telescópio Espacial Hubble em órbita.

Já o ônibus espacial Atlantis – o penúltimo a ser construído – ficará no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, onde será colocado em exibição num centro de recepção de turistas. Atlantis será a última nave da frota a ir ao espaço, com sua missão derradeira marcada para junho.

E o Endeavour, “caçula” da frota, construído para substituir o Challenger e única nave da família de ônibus espaciais a realizar o voo inaugural já na década de 90, será enviado ao Centro de Ciência da Califórnia, um museu dedicado a temas científicos.

Fonte: iG - Fotos: NASA

Mundo celebra 50 anos da primeira viagem do homem ao espaço

Gagarin entra na Vostok antes de partir para sua missão espacial

Há exatos 50 anos, quando o cosmonauta Yuri Gagarin partiu da União Soviética na nave Vostok, ele seguia em direção ao espaço e à eternidade da História, na qual ficou marcado como o primeiro homem a orbitar a Terra. Nesta terça-feira, o mundo inteiro celebra a data. Filmes, sites, festas, tudo para lembrar o primeiro passo da humanidade para desvendar os mistérios do universo.


A Nasa e a Agência Espacial Europeia lembram em seus sites a importância da conquista do soviético. A ESA disponibiliza online uma coleção de artigos, vídeos e entrevistas, enquanto a Nasa conta como o mundo ficou sabendo da viagem de Gagarin e como ele se tornou uma celebridade internacional quando retornou à Terra. A importância de sua marca, inclusive, estrapolou os limites impostos pela Guerra Fria e a corrida espacial, com os Estados Unidos reconhecendo quão significativa foi a viagem.

Cena do filme First Orbit, que conta a viagem de Yuri Gagarin ao espaço

Hoje também aconteceu a estreia de "First Orbit", filme que tenta recriar a experiência de Gagarin e está disponível no Youtube. Com aproximadamente 1 hora e 40 minutos de duração, o filme remonta o voo - que começou com a frase do cosmonauta "Vamos lá" -, combinando o áudio original no qual ele relatou o que via - no momento em que via - com imagens feitas recentemente na Estação Espacial Internacional (ISS). Elas foram gravadas em alta definição e recriam o percurso de Gagarin. O projeto é do astronauta Paolo Nespoli e do diretor Christopher Riley.

Vídeo: Clique aqui para assistir ao filme

Para marcar a estreia do filme - que já pode ser visto no link acima - acontece no mundo inteiro nesta terça a Yuri's Night. São centenas de encontros ao redor do globo nos quais "First Orbit" será exibido para os mais fissurados na exploração do espaço pelo homem. Também vão acontecer exposições, competições, debates e festas em bares. No Brasil, estão marcados eventos em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Você pode ter acesso à lista no site da Yuri's Night. Quem não encontrar uma festa por perto pode reunir os amigos para assistir ao filme e cadastrar seu evento na lista.

Vídeo: Minidocumentário sobre a vida do cosmonauta

Já o Google faz homenagem em sua página inicial com um desenho do cosmonauta e da Vostok, a nave na qual a missão foi realizada. Ao clicar sobre a imagem, o internauta tem acesso ao resultado de uma pesquisa do nome de Gagarin, a partir da qual pode se informar sobre sua experiência, vida e carreira. No site Space.com, um infográfico mostra como funcionou tecnicamente a viagem.

Também nesta terça-feira, a Sotheby vai leiloar a cápsula Vostok 3KA-2, que foi enviada ao espaço semanas antes do voo de Gagarin, para realizar os últimos testes. Espera-se arrecadar até US$ 10 milhões com a venda. No último domingo, a réplica de um foguete foi lançada em São Petersburgo, Rússia, em comemoração ao 50º aniversário do feito.

Painel de controle da Vostok

A Vostok partiu da União Soviética no dia 12 de abril de 1961. O mundo foi informado do voo e os Estados Unidos, em plena Guerra Fria, ficaram espantados. Apesar da corrida espacial, enviaram parabéns à URSS pelo feito. Gagarin, que na época tinha apenas 27 anos e é considerado um herói, orbitou a Terra por 108 minutos. Dois dias após retornar ao planeta, ele apareceu em Moscou, ao lado de Khrushchev.

O cosmonauta nunca mais voltou ao espaço. Ele chegou a participar da preparação para um novo voo, mas os comandantes soviéticos não quiseram arriscá-lo numa nova aventura. Morreu em 1968, aos 34 anos, num acidente de aeronave, durante treinamento de rotina. Na ocasião, surgiram teorias sobre uma conspiração, mas nada ficou provado além de um acidente. Em homenagem, uma cratera lunar recebeu seu nome, assim como um asteroide, descoberto em 1772.


Fonte: O Globo - Fotos: Divulgação/Nasa/AP

Veja o novo voo de teste da aeronave Solar Impulse, que usa energia do sol

A aeronave experimental Solar Impulse, que usa apenas energia solar, fez seu primeiro voo de teste em 2011 nesta quarta-feira, na base aérea de Payerne, na Suíça. Sob o comando do piloto alemão Markus Scherdel, o avião fez um sobrevoo na região.

As asas do Solar Impulse têm 61 metros de uma ponta a outra. A aeronave possui quatro motores elétricos com baterias de alta performance que funcionam a partir da energia captada do sol. Ele foi projetado para voar inclusive à noite, graças às 12 mil células solares em placas localizadas sob as asas do avião.


Fonte: Extra Online - Fotos: AP

‘Caixa-preta da cauda tem todas as informações’, diz especialista em voo

Equipamento registra entre 50 a 100 últimas horas de dados sobre avião.

Memória do dispositivo plugada em computador gera vídeo de simulação.

As caixas-pretas dos aviões ficam instaladas na cauda das aeronaves e possuem todos os dados das últimas 100 horas de voo e 36 horas de gravação de voz e sons da cabine dos pilotos, segundo Jorge Barros, piloto e especialista em segurança de voo. A localização, nesta segunda-feira (11), da cauda do Airbus A-330 que caiu com 228 pessoas em 2009, no Oceano Atlântico, pode permitir que autoridades descubram as possíveis causas do acidente.

Os restos do avião foram encontrados a 3.900 metros de profundidade no Oceano Atlântico, em uma área relativamente plana, com 600 metros de extensão. A informação foi confirmada pela Associação de famílias das vítimas, que foram informados pelo BEA (sigla que em francês significa o Escritório de Investigação e Análises).

“O robô localizou a cauda onde ficam localizadas as caixas-pretas”, disse Marinho. Ele explicou que a previsão é que nas próximas três semanas uma nova empresa entre nos trabalhos de buscas com uma espécie de guindaste para retirar a cauda e, nela, as caixas-pretas.

Segundo Barros, a cada projeto de avião posiciona as caixas-pretas em lugares diferentes. "Na grande maioria, as empresas colocam esse equipamento na cauda do avião, sob o leme, perto dos estabilizadores horizontais. Este é o local que menos sofre danos em um acidente aéreo. As equipes de resgate, normalmente, quando fazem buscas, procuram pela cauda do avião."

Ele disse que, no Ocidente, todos os aviões têm caixa-preta na cauda, na parte traseira do avião. "Pelo menos a Boeing e a Air-France, desde que começaram a instalar esses equipamentos nas aeronaves, têm colocado as caixas-pretas na cauda."

Dados de voo e voz dos pilotos

O especialista disse ainda que, dependendo do tipo da caixa-preta, cada avião pode ter até dois desses equipamentos. "Uma é ativa e a outra é de back up. Uma mantém a mesma informação em dois lugares diferentes. O Flight Data Recorder (FDR) é o gravador de dados de voo, que registra cerca de 600 parâmetros de voo, como velocidade, pressão, potência de motor, tensão elétrica, altitude, consumo de combustível. Depedendo do fabricante, esse equipamento pode ter duas unidades, que gravam em duas memórias na mesma caixa-preta ou grava os dados em duas peças separadas, posicionadas em locais diferentes no avião."

Barros afirmou que Cockpit Voice Recorder (CVR) é o gravador de voz na cabine e captura, por meio de diversos microfones instalados na cabine. "Os sons que se passam na cabine, sejam ruídos ou vozes são gravados digitalmente em módulos na cauda."

Ele explicou ainda que a equipe de resgate deve encontrar duas fontes de informação do FDR e outras duas memórias do CVR. "É bem provável que ela tenha acesso a informações preservadas, pois são gravadas em memória flash, dentro de cilindros de titânio, que resiste a fogo, impacto e são cápsulas muito resistentes, que parecem couraças de submarino."

Segundo Barros, o FDR engloba os dados do CVR. "Se for encontrada a caixa-preta da cauda será suficiente para ter todas as informações do voo."

Simulação do acidente

Barros disse que a memória da caixa-preta é plugada em um computador que tem um software, que vai ler esses dados e reproduzir o que ocorreu com o avião. "Vai gerar uma simulação de voo na tela do computador, comk o avião voando. As panes vão sendo apresentadas na tela e, ao mesmo tempo, é possível ouvir a voz dos pilotos durante o voo."

Essas informações podem vir em tabelas para análise técnica. E a equipe de investigação será multidisciplinar e cada uma fará um relatório de acordo com cada especialidade. "Ao final, eles terão um vídeo de simulação, uma animação, que mostra se o avião gira para a direita, se a asa cai, dando para saber se o avião caiu de bico ou planou, a sequência de eventos catastróficos, qual o primeiro evento que aconteceu para o evento ocorrer", disse o especialista em segurança de voo.

"Os dados de voz da cabine gravam as últimas 36 horas continuamente. O FDR grava entre 50 a 100 horas de voo antes do evento. Dá para saber se a aeronave apresentou algum tipo de problema em outros vôos. Dá para saber se a pane que derrubou o avião já tinha aparecido em outros voos, dá para saber se uma peça específica vinha apresentando vícios e os padrões de manutenção da empresa aérea", disse Barros.

Fonte: Glauco Araújo (G1)

Temperatura e profundidade da água evitam decomposição de corpos do voo 447

Expedição vai tentar recuperar as caixas-pretas do avião da Air France.

Outro assunto que ficou em evidência esta semana: o resgate do avião da Air France que caiu na costa brasileira, dois anos atrás. O repórter Marcos Uchôa mostra os detalhes da expedição que vai tentar recuperar as caixas-pretas do avião.

Em 25 de março de 2011, parte do Porto de Suape, na costa brasileira, a quarta expedição tenta achar, no fundo do mar, os destroços do avião da Air France, quase dois anos depois do acidente. Era a última tentativa e os investigadores estavam preparados para ficar quatro meses procurando. Mas já no oitavo dia, encontraram o alvo, em um local um pouco ao norte da trajetória do voo.

Na escuridão do fundo do Oceano Atlântico, finalmente ficou claro o destino do avião. São milhares de fotografias tiradas pelo submarino, mas poucas foram divulgadas. Turbinas, trem de pouso, fuselagem.

No norte de Paris, fica a BEA (sigla que em francês significa o Escritório de Investigação e Análises). O diretor Jean Paul Traodec recebeu o Fantástico. Especialista do aspecto técnico do acidente, Traodec fica desconfortável quando se trata do assunto dos corpos achados junto ao avião. O número não foi divulgado.

Até hoje, 80% dos corpos das pessoas mortas não foram encontrados. Quantos ainda estão lá? E em que condições?

Traodec diz que a água está a 2ºC, e que a 3900 metros de profundidade quase não tem oxigênio que permita reações químicas para a decomposição dos corpos.

Ainda assim, a ideia de tirar as pessoas desse túmulo gelado é algo que para famílias na França e no Brasil é muito delicado. Traodec diz que eles não têm opção porque existe um processo judicial e que vão pegar todos os corpos que puderem pegar.

No Brasil, o líder da associação das famílias vítimas do acidente está resignado com essa decisão. “Algumas famílias, até por sentimento, achavam deveriam ficar lá no fundo do mar. Mas sabemos que não pode ser feito isso por causa da lei”, esclarece Nelson Faria Marinho, presidente da Associação Brasileira de Vítimas do voo 447.

Três navios foram pré-selecionados para essa última viagem que deve começar em duas ou três semanas. Um deles está atracado no Porto de Brest, na França.

O Fantástico foi conhecer o que faz um barco desses ser tão especial. O comandante explica que um cablier normalmente é um navio que coloca e conserta cabos submarinos utilizados para comunicação. E que, no mundo todo, só existem uns 30 com todos esses equipamentos. É fundamental ter um robô para fazer o trabalho no fundo do mar, cortar, pegar, recolher, tudo monitorado lá de cima.

O navio estava sendo carregado, e vários tripulantes disseram estar na expectativa de fazer esse trabalho. Mas, no dia seguinte, o governo francês escolheu outro barco, igual, por estar nas Ilhas Canárias, já mais próximo do local.

Cerca de 60 pessoas, entre tripulantes, peritos, médicos legistas e funcionários da polícia judiciária, vão participar dessa última expedição que deve demorar cinco semanas para completar todo o trabalho. Além do barco principal, haverá outro menor, da Marinha francesa, responsável por trazer para a França,o mais rápido possível, as caixas-pretas e todos os instrumentos mais importantes para a investigação.

Philipe de Hugues é chefe do laboratório que vai analisar as caixas-pretas. Ele explica que o nome ficou, mas que há décadas que elas são laranjas para serem mais fáceis de serem encontradas. São duas caixas, e o que importa são os cilindros. Em um, estão as últimas duas horas das conversas dos pilotos. No outro, os dados técnicos das últimas 25 horas de voo do avião.

Philipe mostra a gravação de uma aterrissagem normal. O que aconteceu com o voo 447 é o mistério que todos querem esclarecer.

Fonte: Fantástico (TV Globo)

Saiba mais sobre os veículos usados para achar destroços do Air France

Partes do Airbus do voo AF 447 foram achadas a 3.900 m de profundidade.

Máquinas 'Remus 6000' funcionam sem operadores humanos.


O anúncio feito pelo governo francês da descoberta de destroços do avião da Air France - acidente ocorrido em 31 de maio de 2009, matando 228 pessoas -, encontrados nesta semana no Oceano Atlântico, só aconteceu graças ao trabalho de três veículos usados como submarinos para vasculhar o fundo do mar.

Os três Remus 6000 são veículos autônomos - que não precisam de um operador humano para funcionarem. Veja abaixo uma lista de perguntas e respostas sobre a operação de detecção das partes da aeronave:

A tecnologia do submarino existe desde quando?

O primeiro veículo da série de submarinos Remus foi feito em 1995 pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole, nos Estados Unidos. Já o uso comercial começou em 2001, quando os inventores do equipamento criaram a empresa Hydroid. A marca foi posteriormente adquirida pela norueguesa Kongsberg.

Em que outras operações esse tipo de submarino já foi usado?

Veículos submarinos autônomos podem ser usados para monitoramento costeiro, missões de pesca, mapeamento de relevo oceânico e até para coleta de amostras científicas. Em 2003, veículos Remus foram usados na detecção de minas no Golfo Pérsico por parte da marinha norte-americana, durante a invasão ao Iraque.

Ele foi usado antes?

Ele foi usado nas fases anteriores da busca aos destroços do voo AF 447, segundo informações do Escritório de Investigações e Análises da França (BEA, na sigla em inglês).

A área em que foram achados os destroços é a mesma que foi vasculhada no início das buscas?

A área de 10 mil km2 ainda não havia sido vasculhada.

Quantos submarinos foram usados?

Durante a nova busca, foram usados três equipamentos Remus 6000.

Quais as medidas?

Cada submarino Remus 6000 pesa 862 kg. Com o formato de um foguete, o equipamento tem 71 cm de diâmetro e 3,84 m de comprimento.

Quais equipamentos possui ou pode conter?

Sensores de velocidade, sistemas de GPS, medidores de sanilidade da água, detectores de cardumes e sonares para vistorear o fundo do oceano e encontrar objetos como as peças do avião da Air France.

A que profundidade ele pode chegar?

O veículo atinge até 6.000 m e pode ficar debaixo da água durante 22 horas, sobrevivendo com baterias de alta densidade – capazes de armazenar mais energia que as convencionais.

Como é controlado?

As informações que um veículo submarino autônomo segue são definidas por um computador a bordo. Esses equipamentos podem ser lançados ao mar a partir de embarcações pequenas. No caso do Remus 6000, existe um braço mecânico chamado LARS que ajuda o submarino a entrar na água.

De quem são?

Dois dos submarinos são do Instituto Waitt e um é do instituto oceanográfico alemão IFM-Geomar. A operação dos equipamentos ficou por conta do Instituto Oceanográfico Woods Hole, que criou e desenvolveu o equipamento na década de 1990. Atualmente, a construção dos submarinos fica por conta da Hydroid. Ao instituto cabe continuar a desenvolver a tecnologia.

De onde é controlado?

O Remus 6000 é um equipamento autônomo. A direção e os trabalhos a serem seguidos são definidos antes da entrada na água. Ele foi lançado ao mar pelo navio norte-americano Alucia, que partiu do porto de Suape, em Recife.

Qual deve ser o próximo passo das investigações?

Segundo o BEA, após a identificação dos destroços, novas buscas deverão ser feitas na área para coletar mais detalhes sobre os destroços e recolher o que for possível. Um dos objetivos é procurar pelas caixas-pretas da aeronave, que registram os parâmetros de voo e o diálogo dos pilotos.

Fonte e Artes: G1

Saiba como partes do avião da Air France foram encontradas


O governo francês encontros partes do avião Airbus da Air France que caiu durante o voo AF 447 em 31 de maio de 2009, matando 228 pessoas. Para achar os destroços, os investigadores utilizam robôs-submarinos de tecnologia norte-americana.

Especialistas afirmam que o relevo plano da região onde os destroços estão aumentam as chances das caixas-pretas da aeronave serem encontradas. As caixas-pretas registram as conversas dos pilotos e os parâmetros do voo.

Foi a quarta expedição atrás dos restos do avião da Air France. Imagens divulgadas pelo governo francês mostram as duas turbinas, o trem de pouso, parte de uma asa e de uma fuselagem do avião. As fotos foram tiradas pelo Remus 6000, um submarino-robô que chegou a dez metros de distância dos destroços.

Os restos do avião foram encontrados a 3.900 metros de profundidade no Oceano Atlântico, em uma área relativamente plana - o que pode facilitar outras buscas. As imagens mostram que os destroços encontrados estão em uma área com 600 metros de extensão.

O chefe das investigações francês também revelou que corpos foram encontrados. Quando jornalistas pediram mais detalhes, uma ministra do país interrompeu a coletiva que anunciou a descoberta dos destroços - em respeito aos familiares das vítimas.

Para os especialistas em oceanografia, o avião caiu exatamente na região onde agora foi encontrado. Nessa região, as correntes marinhas profundas são lentas - demoram até 500 anos para dar uma volta no planeta.

Tecnologia antiga

A tecnologia de varredura usada pelo Remus 6000 não é nova. É usada rotineiramente pela indústria do petróleo e para a confecção de mapas submarinos.

Desde a Guerra Fria, russos e norte-americanos já usavam veículos submarinos para pesquisar o fundo do mar. São máquinas com autonomia tanto de energia como de operação.

Ettore Barros, professor de robótica da USP, explica que veículos para rastrear o fundo do mar usam coordenadas dadas pelos especialistas para executar manobras com um sistema automático de navegação.- sem intervenção do homem.

Durante a operação, é possível registrar fotos da região investigada. As imagens são produzidas por meio de um sonar emitido pelo Remus 6000. Para Paulo Sumida, professor de oceanografia da USP, os franceses teriam tecnologia suficiente para desenvolver rastreadores, sem precisar recorrer à tecnologia norte-americana.

Até o começo de abril de 2011, foram encontrados apenas 50 dos 228 corpos dos passageiros que estavam a bordo do voo AF 447. Parentes das vítimas brasileiras ainda não foram oficialmente comunicados sobre a localização de novos corpos.

Fonte: G1, com informações do Bom Dia Brasil - Arte: Veja.com

Achada peça que leva caixa-preta do AF 447, diz entidade

Escritório de investigação francês fez comunicado em reunião com famílias.

Acidente com avião da Air France aconteceu em 2009 e matou 228 pessoas.

As equipes de buscas localizaram a parte do avião na qual avaliam estar preservada a caixa-preta do voo 447, afirma Nelson Faria Marinho, presidente da Associação de Famílias das Vítimas. O representante da entidade disse ter sido informado da descoberta em reunião na segunda-feira (11) pelo BEA (sigla que em francês significa o Escritório de Investigação e Análises).

O acidente com o avião da Air France aconteceu em junho de 2009 e matou 228 pessoas. As causas da tragédia ainda não foram esclarecidas.

“O robô localizou a cauda onde ficam localizadas as caixas-pretas”, disse Marinho. Ele explica que a previsão é que nas próximas três semanas uma nova empresa entre nos trabalhos de buscas com uma espécie de guindaste para retirar a cauda e, nela, as caixas-pretas.

No domingo (3), foi realizado o anúncio de que as equipes de busca localizaram destroços do Airbus A 330-203 concentrados em uma área específica do Oceano Atlântico. Imagens divulgadas pelo governo francês mostraram duas turbinas, o trem de pouso, parte de uma asa e de uma fuselagem do avião.

Além das peças e fuselagem, corpos também foram encontrados. Entretanto, não foram informados detalhes sobre o assunto. Até hoje, só foram recuperados os corpos de 50 dos 228 passageiros.

A quarta fase de buscas teve início no dia 25 de março, quase dois anos depois do acidente. Três navios foram pré-selecionados para a viagem, que conta ainda com robôs-submarinos. Os restos do avião foram encontrados a 3,9 mil metros de profundidade, em uma área relativamente plana, com 600 metros de extensão.

Segundo o piloto e especialista em segurança Jorge Barros, as caixa-pretas dos aviões ficam instaladas nas caudas das aeronaves e guardam todos os dados das últimas 100 horas de voo e 36 horas de gravação de voz e sons da cabine dos pilotos. Ele acredita que os dados devem ser recuperados.

"É bem provável que ela tenha acesso a informações preservadas, pois são gravadas em memória flash, dentro de cilindros de titânio, que resiste a fogo, impacto e são cápsulas muito resistentes, que parecem couraças de submarino", disse.

Processos contra empresas

O presidente da associação de vítimas avalia que a localização das caixas-pretas vai auxiliar as famílias em processos movidos contra Air France, que operava o voo, e contra a Airbus, fabricante do avião.

“Com isso, a esperança dobra. Houve irresponsabilidade do fabricante da aeronave e houve problema de manutenção da Air France. Isso vai confirmar o que vem sendo dito”, afirmou.

Equipamento


O robô-submarino Remus 6000, que chegou a dez metros de distância dos destroços, foi o responsável pela captação das primeiras imagens dos destroços no fundo dos oceanos. Três unidades do veículo autônomo - que não precisa de um operador humano para funcionar - foram usados na missão.

Fonte e Arte: G1