segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Conac determina a volta de conexões em Congonhas

A medida ainda autoriza vôos charter e de fretamento aos sábados e domingos.

As novas regras deverão estar em vigor a partir de 16 de março.

O Conselho de Aviação Civil (Conac) baixou resolução, publicada nesta segunda-feira (21), no Diário Oficial da União, determinando à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que regulamente a volta de vôos regulares com escalas e conexões, no aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.

A medida ainda autoriza a operação de vôos charter e de fretamento aos sábados, no horário das 14h às 22h45 e aos domingos entre 6h e 14h. A determinação ainda impõe à Anac a fixação de padrões de segurança, limites de capacidade operacional e autorizações, dentro dos limites, para aquele aeroporto. As novas regras, segundo a resolução, deverão estar em vigor a partir de 16 de março.

Fonte: G1

Ultraleve cai no norte de MT e duas pessoas morrem

Foto: Aparício Cardoso (Show de Notícias)

Duas pessoas morreram após a queda de um ultraleve, modelo avançado, Z-Rans S-6ES/TD Coyote II, prefixo PU-AFQ, em Juara (308km de Sinop), por volta do meio-dia.

O avião havia decolado do aeródromo - aproximadamente 5km da cidade - e pouco tempo depois caiu em uma fazenda.

O proprietário Mauro Frizon (pecuarista, que também tinha brevê) e Eduardo Rodrigues (instrutor de vôo, com 25 anos de experiência) morreram praticamente na hora.

De acordo com o comandante da Polícia Militar da cidade, major Ademar Nascimento, as causas ainda são investigadas.

A aeronave caiu de bico no barranco de uma represa localizada aos fundos do aeroporto. Testemunhas informaram que o piloto ainda tentou fazer pouso forçado, mas, sem sucesso.

Os corpos das vítimas estão em uma funerária e ainda não foram confirmados os horários dos sepultamentos, ou se alguma das vítimas será trasladada para outra cidade. Mauro era empresário no município e diretor da Acrivale.

Em 2007, dois aviões de pequeno porte cairam em Mato Grosso. Na região do Manso, seis pessoas morreram e em Santo Antônio uma pessoa morreu após o avião cair e pegar fogo.

Fontes: Álvaro Sauer / Só Notícias / O Documento - Foto 2: Marcelo Guedes

Monomotor cai em Osório, no RS e piloto morre

Acidente com avião que realizava serviços de publicidade causou a morte do piloto


Piloto teria informado a torre sobre problemas na aeronave antes de cair

Foto: Juan Barbosa

Um avião monomotor caiu, às 11h15min, em cima da mureta que separa os quintais de duas casas na Rua Barra do Ouro, no bairro Primavera, em Osório, no Rio Grande do Sul. A asa chegou a tocar a parede da casa, mas não houve grandes danos materiais. No momento do acidente, não havia ninguém na residência.

O piloto Rodrigo Lucimar Wasen, 32 anos, natural de Novo Hamburgo, RS, havia informado à torre de comando que estava com problemas no motor da aeronave Piper PA-18 de prefixo PT-CBO e que tentaria fazer um pouso de emergência.

Após dois minutos de vôo, o avião, que realizava serviço de carregar faixas publicitárias pelo litoral gaúcho, caiu.

O piloto Wasen morreu no acidente.

Moradores alegam ainda que teriam ouvido o motor da aeronave ligar e desligar diversas vezes.

Após a queda, oficiais de resgate ainda tiveram que conter um vazamento de combustível de dois tanques. O local foi isolado.

Segundo os bombeiros que atenderam a ocorrência, ninguém mais ficou ferido.

Fontes: Diversos Jornais do RS

Choque de dois aviões mata cinco na Califórnia

Policial caminha ao lado de asa de avião acidentado, em Corona (Foto: AP)

Pelo menos cinco pessoas morreram neste domingo (20) quando dois pequenos aviões Cessna se chocaram no ar nos arredores de Los Angeles, Estado da Califórnia, informaram fontes oficiais. A colisão ocorreu quando as aeronaves sobrevoavam o subúrbio de Corona, cerca de 40 km a leste de Los Angeles, disse o porta-voz da Administração Federal da Aviação (FAA), Allen Kenitzer.


Um dos aviões, um Cessna 172, está registrado em nome de William A. Reinke do La Habra, Calif. O outro, um Cessna 150, está registrado em nome da Air Corona, Inc., baseado em Dover, Delaware.

Os escombros também caíram sobre várias concessionárias de veículos, indicou Kenitzer. As vítimas não foram identificadas e as autoridades informaram que as causas do acidente ainda são desconhecidas.

Fonte: EFE / ABC

Reencontro: Tragédia na Floresta Amazônica

Assista a reportagem do Fantástico "Reencontro emocionado"

Fevereiro de 1968. Um hidroavião catalina da Força Aérea Brasileira sobrevoa a Floresta Amazônica. A bordo, 44 pessoas - 38 passageiros e seis tripulantes.

“Eu ia para o Acre, com minhas duas filhas, a de cinco meses e uma de um ano”, conta a aposentada Maria Édna Oliveira.

O trajeto do avião: do Forte Príncipe da Beira, um pelotão do Exército, em Roraima, para a cidade de Guajará-Mirim. De repente, um dos motores começa a falhar e o avião cai em região de mata fechada.

“Quando acordei, minha filha de um ano estava perto de mim, mas a de cinco meses não”.

Quatro passageiros morrem. Para os 40 sobreviventes, começava um drama que marcaria para sempre a vida de todos.

“Um garoto que sobreviveu estava bastante ferido nas pernas e à noite as formigas o atacavam. Ele reclamava, pedia ao pai pra fazer alguma coisa, mas o pai também não conseguia fazer”, lembra Lauro Eduardo Souza Pinto, piloto do avião.

“Tinha gente com perna quebrada, bacia quebrada, fêmur quebrado, coluna quebrada. Tinha gente com ferimentos generalizados e tinha gente perfeitamente sã”, conta Jadir Camops Albuquerque, co-piloto.

Jadir e Lauro eram os dois jovens pilotos do catalina. A passageira Maria Édna tinha apenas 18 anos. Nas revistas e jornais da época, a guerra do Vietnã era assunto de todo dia. Mas o desastre de Roraima também ganhou destaque.

O caso mais comentado na imprensa era o de dona Maria Édna, a jovem mãe que conseguiu sobreviver com as duas filhas pequenas. Na queda, Simone, de cinco meses, havia sido jogada para fora do avião.

“Ouvi o choro muito distante. Comecei a gritar quando eu não vi minha filha. Aí eu disse que era minha filha, e o rapaz foi lá apanhar”.

Os sobreviventes passaram dois dias e duas noites na selva, rezando para serem localizados pelos aviões de salvamento.

“As saúvas comeram toda a minha roupa no meu corpo. Aí um soldado me deu a camisa dele. A gente já estava com 24 horas, tava só de calcinha porque era muita saúva no meu corpo. E não dava tempo, porque eu tirava das meninas e esquecia de mim. Eu cuidava muito bem delas, fiz o que pude, parece que eu tava anestesiada”.

O soldado que deu a própria camisa para dona Maria Édna e ajudou a cuidar dos feridos até hoje é lembrado como um herói.

“Esse soldado ajudou muito. Ele cortava o cipó e botava as gotinhas na boca das meninas, aquela água bem roxinha do cipó”, conta Maria Edna.

O Fantástico foi encontrar Francisco Martins do Nascimento, o soldado Leão, em Guajará-Mirim, onde vive com a família. Aos 60 anos de idade, tem oito filhos, 21 netos e oito bisnetos. Até hoje ele se emociona ao recordar o drama da jovem mãe.

“Essa senhora dizia pra mim só assim: ‘Leão, Leão, salva minha filha, eu sei que eu vou morrer, mas salva minha filha’”.

O avião foi localizado, no dia 10 de fevereiro de 1968, graças às fogueiras feitas pelo soldado Leão.

“O avião passou já olhando pra gente, acenando. Foi uma gritaria, foi uma alegria tão grande...”, conta o solado.

“Estávamos voando mais ou menos há uma hora, uma hora e pouco, e nós vimos uma fumaça pelo lado esquerdo, se elevando da floresta. Nesse momento nós tivemos certeza que era o avião”, recorda o coronel Torres Júnior, piloto do avião de busca.

O helicóptero do Pára-Sar, serviço de salvamento e resgate da Aeronáutica, foi logo acionado. Alguns soldados desceram e abriram uma clareira na mata para o aparelho pousar.

“No momento em que nós providenciamos o resgate, nós demos prioridade a essa criança que tinha cinco meses. Me parece que foi a primeira a ser içada pelo guincho do helicóptero”, diz Doc Santos, médico da operação de resgate.

Ainda hoje o coronel Jadir lembra, impressionado, da reação de dona Maria Édna, no momento em que a filha de cinco meses foi resgatada.

“Ela entregou a criança nos braços de alguém e desmaiou”.

Quarenta anos depois, o ex-piloto ainda quer terminar uma última missão.

“Faz parte do meu projeto de vida localizar essa criança e eu acho que vou localizar”.

Demorou muito tempo, mas finalmente chegou a hora.

No aeroporto de Brasília, dona Maria Édna chega para o encontro com a filha Simone, o bebê que tinha cinco meses em 1968. Hoje ela tem três filhos e mora em Itapema, Santa Catarina.

Logo depois chega o coronel Jadir, que mora no Recife.

“A minha vida toda eu comecei a acreditar que não era verdade e sim era um sonho, não tinha acontecido”, diz Simone Castro de Azevedo, filha de Maria Édna.

“Sua imagem nunca saiu da minha cabeça. Você me ajudou muito, muito obrigada, nas minhas orações eu nunca esqueci”, diz Maria Édna para o soldado Leão.

Simone fica impressionada ao ver, pela primeira vez, a foto do momento do resgate.

Esquecido durante tantos anos, o soldado Leão não tem, na sua ficha de serviço, nenhuma referência ao episódio de 68. Mas diz que, ainda assim, se sente recompensado.

“O maior estímulo disso tudo é saber que pelas minhas ações eu sou amado, eu sou admirado, eu sou respeitado. Então eu acho que esse é o melhor presente para o ser humano”.

Fonte: Fantástico - 20/01/08 (TV Globo)

Problema em avião termina em discussão a bordo

Passageiros se recusaram a decolar com problemas e desceram da aeronave. Minutos depois da decolagem, piloto fez pouso de emergência e dois pneus estouraram.

Problemas em um avião Boeing 767 da United Airlines causaram transtorno a passageiros e funcionários do aeroporto do Galeão, no Rio, na madrugada deste domingo (20). Segundo relato de passageiros a funcionários da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), houve discussão a bordo e viajantes quiseram descer do avião. A aeronave decolou, mas teve que fazer pouso de emergência. Na manobra, dois pneus estouraram.

Ainda de acordo com os relatos dos passageiros, a aeronave iria seguir rumo a Nova York, nos EUA, quando o comandante falou aos passageiros que teriam tido um problema de motor, mas que, por já ter sido resolvido, poderiam continuar a viagem.Com medo, um grupo de passageiros levantou pedindo para descer, se recusando a permanecer a bordo. Houve discussão com a equipe de bordo e uma aeromoça e dez passageiros desceram do avião, que seguiu viagem.

Dois pneus furados

Poucos minutos depois de levantar vôo, o piloto percebeu um problema na turbina e pediu permissão à torre de controle para retornar ao Galeão. Como havia fumaça a bordo, o comandante resolveu pousar imediatamente a aeronave, contrariando uma medida padrão que exige que os aviões gastem combustível antes de descer. Na descida, com a aeronave ainda pesada para a manobra, dois pneus estouraram.

Segundo funcionários da Anac, o mesmo vôo já havia sido cancelado no dia anterior por problemas técnicos.O caso foi registrado na Polícia Federal do aeroporto e na Anac. O G1 tentou entrar em contato com a United Airlines, mas ainda não obteve resposta.

Fonte: G1

Infraero garante entrega de documentos na quarta

Os familiares das vítimas colocaram flores no local onde ficava o prédio da TAM Express


A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) garantiu na noite deste domingo que entregará na próxima quarta-feira os documentos que faltam para a conclusão do inquérito que apura as responsabilidades pelo acidente com o Airbus da TAM. O prazo está dentro do limite determinado pela polícia, segundo a Infraero. A garantia foi dada após o protesto de familiares das vítimas na tarde deste domingo no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, a procuradora-geral da empresa comparecerá ao 27° Distrito Policial (Campo Belo) pessoalmente para fornecer a documentação complementar solicitada pela investigação policial.

A Infraero não esclareceu quais documentos lhe cabe fornecer à polícia, mas o delegado que preside o inquérito disse na semana passada que faltava à empresa, entre outras coisas, apresentar o responsável pela liberação da pista de Congonhas no dia 17 de julho.

Fonte: Terra - Foto: Hermano Freitas