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sábado, 11 de janeiro de 2025

Caixas-pretas de avião que caiu na Coreia do Sul pararam de gravar 4 minutos antes da explosão

Acidente aéreo matou 179 pessoas em 28 de dezembro do ano passado. Piloto reportou colisão com pássaros, segundo informações do Ministério dos Transportes sul-coreano.


As caixas-pretas do Boeing 737-800, que caiu na Coreia do Sul em 29 de dezembro, pararam de funcionar quatro minutos antes de a aeronave atingir um barranco no fim da pista do aeroporto de Muan e explodir. A informação do Ministério dos Transportes sul-corenano foi divulgada pela agência de notícias Reuters na madrugada deste sábado (11).

A aeronave da Jeju Air levava 181 pessoas; 179 morreram e as outras duas saíram com vida. A aeronave partiu de Bangkok, na Tailândia, em 28 de dezembro, e sofreu o acidente por volta das 9h no horário local (21h de sábado, no Brasil) ao pousar em Muan.

As caixas-pretas gravam registros do voo e de voz da cabine. Agora, as autoridades sul-coreanas tentam descobrir o que levou os equipamentos a pararem de gravar, informou o ministério em um comunicado.

O gravador de voz foi inicialmente analisado na Coreia do Sul e, ao ser constatada a ausência de dados, foi enviado para um laboratório do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos, segundo o ministério.

Já o gravador de dados de voo, também danificado, foi levado aos Estados Unidos para análise em cooperação com o regulador de segurança americano, acrescentou o ministério.

A tripulação do voo declarou emergência após receber um alerta da torre de comando sobre o risco de colisão com pássaros. O piloto reportou a colisão com pássaros dois minutos depois de receber o alerta, segundo informações do Ministério dos Transportes sul-coreano.

'Mayday, colisão com pássaro'


O piloto do Boeing 737-800 da Jeju Air declarou emergência e emitiu avisos de "mayday" e de colisão com pássaros aos controladores de voo da Coreia do Sul minutos antes do avião se chocar contra um muro de concreto e explodir, no sábado (29).

Esta foi a primeira vez desde o acidente que há a confirmação de que a aeronave colidiu contra pássaros. O sinal de "Mayday" é um termo universalmente conhecido para comunicar situações de emergência. A palavra faz parte do Código Internacional de Sinais e do Código Fonético Internacional e tem origem no termo francês "venez m'aider", que significa "socorra-me" em português.

No aviso à torre de comando do aeroporto, o piloto falou a palavra "mayday" três vezes, e "bird strike" (colisão com pássaros) duas vezes.

Linha do tempo da queda


Veja como foram os momentos anteriores ao acidente na linha do tempo abaixo, começando às 8h54 de domingo no horário local (20h54 de sábado, no horário de Brasília):

8h54 - O controle de tráfego aéreo do aeroporto de Muan autoriza a aeronave a pousar na pista 01, orientada a 10 graus a leste do norte.

8h57 - O controle de tráfego aéreo emite um alerta de "cuidado - atividade de pássaros".

8h59 - O piloto do voo 7C2216 relata uma colisão com pássaros e declara emergência com o chamado "Mayday, Mayday, Mayday (...) colisão com pássaros, colisão com pássaros, arremetendo".


9h00 - O voo 7C2216 inicia a manobra de arremetida e solicita autorização para pousar na pista 19, localizada na extremidade oposta da única pista do aeroporto.

9h01 - O controle de tráfego aéreo autoriza o pouso na pista 19.

9h02 - O voo 7C2216 toca a pista aproximadamente no ponto de 1.200 metros de uma pista com 2.800 metros de extensão.

9h02m34s - O controle de tráfego aéreo ativa o "sinal de acidente" na unidade de resgate e combate a incêndios do aeroporto.

9h02m55s - A unidade de resgate e combate a incêndios do aeroporto conclui a implantação dos equipamentos de resgate.

9h03 - O voo 7C2216 colide com o barranco após ultrapassar o final da pista.

9h10 - O Ministério dos Transportes recebe o relatório do acidente das autoridades aeroportuárias.

9h23 - Um homem é resgatado e transportado para uma instalação médica temporária.

9h38 - O aeroporto de Muan é fechado.

9h50 - O resgate de uma segunda pessoa é concluído; ela foi encontrada dentro da seção da cauda do avião.


O avião aterrissou com o trem de pouso recolhido, mas ainda não está claro se isso tem relação com a possível colisão com pássaros.

A Coreia do Sul iniciou nesta segunda uma "inspeção especial e completa" de todos os aviões Boeing 737-800 utilizados por companhias aéreas do país. São 101 aviões do modelo operados por linhas aéreas sul-coreanas.

Uma investigação sobre o acidente também foi aberta para apurar exatamente o que aconteceu. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês) participará das investigações.

A caixa-preta do avião que explodiu foi recuperada e será transferida para o Centro de Testes e Análises do Aeroporto de Gimpo, onde será verificada a possibilidade de análise, segundo o ministério dos Transportes sul-coreano.

O novo presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, afirmou que a prioridade no momento é recuperar todos os corpos das vítimas e fazer suas identificações, para que possam ser devolvidos às famílias.

Questões ainda sem resposta


Uma aterrissagem "de barriga" (sem o trem de pouso acionado) e indícios de uma colisão com pássaros levantam questões ainda sem resposta sobre o que causou a explosão de um Boeing 737-800 da Jeju Air, na Coreia do Sul.

Uma das dúvidas, por ora, é: tanto o pouso com o trem recolhido quanto a colisão com pássaros são ocorrências comuns na aviação comercial mundial e, isoladamente, não costumam resultar em mortes.

Esses dois pontos suscitam outras questões: um avião cujo trem de pouso não abaixa normalmente joga combustível fora antes de tentar a aterrissagem —o que não ocorreu no voo da Jeju Air. Isso porque um avião com menos combustível fica menos propenso a explosões. E a colisão com pássaros não tem relação aparente com o não funcionamento do trem de pouso.

Outra incerteza está na velocidade em que o avião atingiu o solo. Vídeos mostram o Boeing 737-800 com dificuldade para frear e aparentemente sem o funcionamento dos flaps, superfícies aerodinâmicas usadas para aumentar a sustentação.

"Neste momento, há muito mais perguntas do que respostas. Por que o avião estava tão rápido? Por que os flaps não estavam abertos? Por que o trem de pouso não estava acionado?", disse à Reuters Gregory Alegi, especialista em aviação e ex-professor da academia da força aérea italiana.

Christian Beckert, especialista em segurança de voo e piloto da Lufthansa, disse que as imagens sugerem que, além dos reversores, a maioria dos sistemas de frenagem do avião não foi ativada, criando um "grande problema" e resultando em um pouso em velocidade alta.

Beckert afirmou que uma colisão com pássaros era improvável de ter danificado o trem de pouso enquanto ele ainda estava recolhido, e que, se tivesse ocorrido com o trem acionado, seria difícil o recolher novamente.

"É realmente muito raro e incomum não baixar o trem de pouso, porque há sistemas independentes que permitem baixá-lo com um sistema alternativo", disse ele.
Acidentes aéreos geralmente são causados por uma combinação de fatores e que pode levar meses para reconstruir a sequência de eventos dentro e fora da aeronave.

As autoridades sul-coreanas disseram que estão investigando a causa do acidente do voo 7C2216 da Jeju Air, incluindo a possibilidade de colisão com pássaros.

Um porta-voz da Jeju Air não preferiu não comentar. A empresa se recusou a especular sobre a causa do acidente durante entrevistas coletivas, afirmando que uma investigação está em andamento.

De acordo com regras globais de aviação, a Coreia do Sul vai liderar a investigação sobre o acidente e automaticamente envolverá o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) dos Estados Unidos, onde o avião foi projetado e fabricado.

O gravador de dados de voo, também conhecido como "caixa preta", foi encontrado cerca de duas horas e meia após o acidente, e o de voz da cabine foi localizado quase três horas depois, segundo o Ministério dos Transportes da Coreia do Sul.

"Esses gravadores fornecem todos os parâmetros dos sistemas do avião. O 'batimento cardíaco' da aeronave está no gravador de dados de voo", disse Geoffrey Thomas, editor da Airline News. "O gravador de voz provavelmente fornecerá a análise mais detalhada sobre o que aconteceu nesse trágico acidente."


Com informações de g1, UOL e CNN

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Duas pessoas são achadas mortas em trem de pouso de avião da JetBlue nos EUA

A aeronave operou o voo 1801 do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, para Fort Lauderdale, de acordo com a JetBlue.


Duas pessoas foram encontradas mortas no compartimento do trem de pouso de um avião da JetBlue em Fort Lauderdale, no sul da Flórida, em um voo vindo de Nova York; Segundo informou a companhia aérea, o caso ocorreu na noite de segunda-feira durante uma “inspeção rotineira de manutenção pós-voo”.

Segundo a NBC, agentes do escritório de Xerife do Condado de Broward (BSO) responderam à ocorrência por volta das 23h30 desta segunda-feira (6) e declararam as duas pessoas mortas no local. As identidades não foram divulgadas.

“Neste momento, as identidades dos indivíduos e as estatísticas de como eles acessaram a aeronave estão sob investigação”, disse a Jet Blue.

O Instituto Médico Legal do Condado de Broward realizará autópsias para determinar as causas das mortes, informaram as autoridades. Agentes do BSO e peritos do Instituto Médico Legal foram vistos investigando as mortes no local. O aeroporto informou que o incidente não causou impacto nas operações.

Via O Globo - Foto via @aviationbrk

domingo, 29 de dezembro de 2024

Avião com 77 a bordo sofre colapso no trem de pouso e chamas externas assustam passageiros no Canadá

As pessoas a bordo foram evacuadas e levadas para um hangar no aeroporto Halifax para serem examinadas por paramédicos.


O aeroporto de Halifax no Canadá foi fechado temporariamente na noite de sábado (28) depois que o avião Bombardier DHC-8-402Q Dash 8, prefixo C-GPNA, da PAL Airlinesque operava para a Air Canada Express, chegava de St. John’s sofreu um colapso no trem de pouso, o que fez a aeronave derrapar na pista. O contato direto com o asfalto fez parte da fuselagem emitir chamas, levando apreensão entre os passageiros.

A aeronave da PAL Airlines, modelo de Havilland Dash 8-400, que operava em nome da Air Canada, realizava o voo AC-2259 de St. John’s para Halifax, no Canadá, com 77 pessoas a bordo. O pouso foi na pista 23 de Halifax. A ocorrência levou a tripulação a declarar Mayday, um pedido de ajuda.

Após o trem de pouso principal esquerdo ter colapsado, a asa esquerda arrastou no solo, faíscas e fogo foram brevemente visíveis, também mencionados pela torre, como informa o Avherald. A aeronave foi evacuada.


A passageira Nikki Valentine fez relatos à imprensa local: “O avião começou a ficar em um ângulo de cerca de 20 graus para a esquerda e, quando isso aconteceu, ouvimos um barulho bem alto — que quase parecia um barulho de colisão — quando a asa do avião começou a derrapar no pavimento, junto com o que presumo ser o motor”, disse ela.

Valentine disse que o avião então derrapou pela pista por uma distância “razoável”: “O avião balançou bastante e começamos a ver fogo no lado esquerdo do avião e fumaça começou a entrar pelas janelas”, relatou.


As pessoas foram evacuadas e levadas para um hangar para serem examinadas por paramédicos.

Do Hangar, Valentine afirmou que os ferimentos em todos pareciam ser superficiais, mas que as pessoas estavam abaladas.

Via Luiz Fara Monteiro (R7) e ASN

Avião sai da pista e explode em aeroporto na Coreia do Sul; 179 pessoas morreram

Boeing 737-800 tinha 181 ocupantes a bordo e fazia rota entre Bangkok e Muan. Acidente aconteceu na manhã deste domingo (29), pelo horário local. O desastre aéreo é o mais mortal já registrado em solo sul-coreano e o pior envolvendo uma companhia local desde 1997.


A aeronave Boeing 737-8AS (WL), prefixo HL8088, da empresa sul-coreana Jeju Air, transportando 175 passageiros e seis tripulantes saiu da pista, bateu em um muro do Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, e explodiu no domingo (29), noite de sábado no Brasil. Até a última atualização desta reportagem 179 mortes haviam sido confirmadas.

O acidente ocorreu às 9h03 deste domingo, pelo horário local, no aeroporto da cidade de Muan (21h03 de sábado, no Brasil). 

O Boeing 737-800 da Jeju Air havia decolado de Bangkok, na Tailândia, com destino a Muan, no sul da Coreia do Sul, realizando o voo JJA 2216.

O acidente é o mais mortal já registrado em solo sul-coreano e o pior envolvendo uma companhia aérea local desde 1997, quando a queda de um avião da Korean Air Lines, em Guam, matou mais de 200 pessoas.

De acordo com a imprensa local, uma falha no trem de pouso da aeronave é a principal hipótese para o acidente, provavelmente causada por uma colisão com um bando de pássaros.

Antes de tentar pousar, os pilotos do avião foram alertados pela torre de controle sobre as aves, disse um funcionário do Ministério dos Transportes sul-coreano à agência Reuters.

A Reuters informou ainda que um passageiro chegou a enviar uma mensagem para um parente relatando que um pássaro estava preso na asa. A mensagem final dizia: "Devo dizer minhas últimas palavras?".

Segundo a agência de notícias da Coreia do Sul Yonhap, testemunhas relataram ter visto o motor da aeronave pegando fogo e ouviram várias explosões antes do pouso (veja no vídeo abaixo).


Também chamou a atenção dos analistas, segundo a Yonhap, o fato de a aeronave ainda estar em alta velocidade no trecho final da pista.

Além disso, segundo os investigadores ouvidos, o piloto do Boeing havia feito outra tentativa de pouso em Muan, mas, sem sucesso, arremeteu. O incidente ocorreu na segunda tentativa, portanto.

Uma emissora de TV local obteve um vídeo que mostra o momento em que a aeronave tenta pousar sem o trem de pouso baixado, ultrapassa a extensão da pista e se choca contra um muro, em alta velocidade, provocando uma explosão.

Pelo menos 80 bombeiros foram enviados para o local do acidente.


Entre os mortos estão 84 mulheres, 82 homens e 11 outros cujos gêneros não foram imediatamente identificados porque os corpos estão carbonizados.

Trabalhadores de emergência resgataram duas pessoas vivas, um homem e uma mulher e ambos membros da tripulação. Autoridades de saúde disseram que os sobreviventes estão conscientes e não correm risco de vida.

As caixas-pretas do avião sul-coreano foram recuperadas, de acordo com as autoridades. Elas armazenam dados de voo e gravação de voz.


Entre os corpos encontrados, as autoridades identificaram ao menos 57 deles, disse a agência de bombeiros local.

Segundo a Yonhap, entre os passageiros estão 173 sul-coreanos e 2 tailandeses.

Todos os voos no Aeroporto de Muan foram cancelados após o acidente. Além disso, as autoridades informaram que já iniciaram as investigações para apurar o caso.

A Jeju Air pediu desculpas pelo acidente e disse que está adotando todas as medidas necessárias.

O Aeroporto Internacional de Muan relatou 10 incidentes de colisão com pássaros nos últimos cinco anos. Segundo a Yonhap, o dado é da KAC (Corporação de Aeroportos da Coreia, do inglês Korea Airports Corporation). Ainda conforme o órgão, todos os 14 aeroportos sul-coreanos tiveram aumento nas colisões com pássaros —foram 76 em 2020; 109 em 2021; 131 em 2022; e 152 em 2023.


O Boeing 737-800 é um avião comercial amplamente utilizado em todo o mundo e considerado extremamente seguro. No Brasil, sua principal operadora é a Gol Linhas Aéreas.

O presidente em exercício Choi Sung-mok, nomeado líder interino do país na sexta-feira (27) depois que o presidente em exercício anterior sofreu impeachment em meio a uma crise política em curso, ordenou que todos os esforços sejam concentrados no resgate, disse seu gabinete.

Com informações do g1, UOL, Daily Mail e ASN

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

'Interferência externa' causou queda de avião que matou 38 no Cazaquistão, aponta investigação preliminar

Agências afirmam que sistema de defesa russo pode ter atingido a aeronave em meio a relatos de drones ucranianos na região. Rússia não confirmou participação no incidente e disse aguardar conclusões da investigação. Vídeo mostra buracos na fuselagem do avião.


A Azerbaijan Airlines, companhia aérea nacional do Azerbaijão, afirmou nesta sexta-feira (27) que uma "interferência externa e técnica" causou a queda do avião Embraer ERJ-190AR, prefixo 4K-AZ65, no Cazaquistão, segundo investigação preliminar da empresa sobre o incidente que matou 38 pessoas.

A companhia aérea disse também que anunciou suspensões de voos do Azerbaijão para oito cidades russas "por potenciais riscos de segurança", em decisão tomada em conjunto com a Autoridade estatal de Aviação Civil do país.

As cidades russas que tiveram as vias aéreas fechadas para voos a partir de Baku são Sochi, Mineralnye Vody, Volgogrado, Ufa, Samara, Saratov, Nizhny Novgorod e Vladikavkaz. A Azerbaijan Airlines já havia suspendido voos para outras duas cidades russas, Grozny e Makhachkala, na quarta (25), dia do incidente.

Avião fabricado pela Embraer cai no Cazaquistão no dia 25 de dezembro de 2024
(Foto: Azamat Sarsenbayev/Reuters)
"A decisão [de suspender voos] foi tomada com base nos resultados preliminares da investigação sobre o acidente do Embraer 190, que operava o voo J2-8243 de Baku para Grozny, causado por interferência física e técnica, e considerando os potenciais riscos à segurança de voo", afirmou comunicado da companhia aérea.

A queda de avião da Embraer, que voava de Baku, capital do Azerbaijão, para a cidade russa de Grozny, é atribuída ao sistema de defesa aéreo russo, que teria abatido a aeronave após confundir com drone ucraniano, segundo agências.

Imagens divulgadas nesta sexta-feira mostram buracos na fuselagem da parte traseira do avião. (Veja no vídeo aqui)

Novas imagens mostram buracos na fuselagem de avião da Embraer que caiu no
Cazaquistão em 25 de dezembro de 2024 (Foto: Reprodução/Lada.kz via AP)
A Rússia não assumiu a autoria pela queda do avião. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta sexta-feira que uma investigação russa sobre o incidente está em andamento e ofereceu ajuda ao Azerbaijão nas investigações do país vizinho. A agência responsável pela aviação civil da Rússia disse que o avião tentou pousar durante ataque de drones ucraniano.

Segundo a Reuters, quatro integrantes da investigação que está sendo feita pelo Azerbaijão, de onde o voo saiu, afirmaram à agência que um sistema de defesa russo fez disparos que atingiram o avião — havia relatos de que drones militares ucranianos sobrevoavam a região onde houve a queda, perto do sul da Rússia. (Leia mais abaixo)

A aeronave, da Azerbaijan Airlines, caiu perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão. Das 67 pessoas a bordo, 38 morreram e 29 sobreviveram. (Veja o momento da queda no vídeo abaixo)


Um oficial do governo dos Estados Unidos afirmou à Reuters que "indicações preliminares" apontam para o sistema de defesa russo como causa do incidente.

Segundo resultados preliminares da investigação dos EUA, o avião foi atingido por um Pantsir-S, um sistema de defesa aéreo russo, disseram ainda as fontes à Reuters. Além do choque, o GPS do avião também foi paralisado por sistemas de guerra eletrônica na aproximação de Grozny, também de acordo com a agência.

As fontes afirmaram ainda que o ataque ao avião não foi intencional, e que militares russos achavam se tratar de drones ucranianos.

Questionado sobre a hipótese, o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão disse que seu governo "não confirma nem nega" que o míssil russo tenha sido a causa da queda.

Imagens do avião divulgadas na quarta-feira mostraram orifícios na cauda, e um site de monitoramento de voos indicou também que a aeronave sofreu interferência no GPS que a fez oscilar de altitude por mais de uma hora.


Na quarta-feira, a Rússia chegou a dizer que o avião se chocou contra pássaros e, depois, que enfrentou forte neblina.

O chefe do Parlamento do Cazaquistão, Ashimbayev Maulen, também afirmou nesta quinta-feira que as causas da queda seguiam desconhecidas, mas prometeu que nenhum dos três países ocultará informações.

"Nenhum desses países está interessado em esconder informações. Todas as informações serão disponibilizadas ao público," afirmou Maulen.

O que se sabe sobre a queda


Especialistas periciam no dia 26 de dezembro de 2024 destroços do avião da Embraer que caiu perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão (Foto: Ministério de Emergências do Cazaquistão/Reuters)

➡️ Do total de pessoas a bordo, 62 eram passageiros e cinco eram membros da tripulação. Entre eles, havia cidadãos do Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia e Quirguistão, informou a agência de notícias russa Interfax.

➡️ De acordo com o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão, Bozymbaev, ao menos 38 pessoas morreram no acidente.

➡️ O avião havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino a cidade russa de Grózni, capital da Chechênia. A companhia aérea declarou que a aeronave Embraer 190, que realizava o voo J2-8243, foi forçada a realizar um pouso de emergência a aproximadamente 3 km da cidade cazaque de Aktau.
A aeronave havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino
 a cidade russa de Grózni, capital da Chechênia (Foto: Arte/ g1)
O órgão regulador de aviação da Rússia disse, em comunicado, que informações preliminares apontam que o piloto decidiu fazer um pouso de emergência após uma colisão com um pássaro.

“Preliminarmente: após uma colisão com pássaros, devido a uma emergência a bordo, o comandante decidiu ir para um aeródromo alternativo – Aktau foi escolhido”, afirmou o órgão, no Telegram.

Apesar disso, a queda ocorreu pouco depois que ataques de drones atingiram o sul da Rússia. Inclusive, o aeroporto russo mais próximo da rota de voo do avião havia sido fechado na manhã desta quarta-feira.

As autoridades do Cazaquistão informaram que uma comissão governamental foi criada para investigar o ocorrido, e que seus membros foram designados para voar até o local e garantir que as famílias das vítimas e dos feridos recebam apoio. O Cazaquistão afirmou que cooperaria com o Azerbaijão na investigação.

Após a queda, a Azerbaijan Airlines suspendeu todos os voos para Grozny, na Rússia, até que a investigação sobre o acidente seja concluída.

O site de monitoramento Flighradar24 mostrou que a aeronave chegou a oscilar de altitude por 74 minutos. Veja o gráfico abaixo:

Avião oscilou de altitude antes de cair no Cazaquistão (Imagem: Flighradar24/Reprodução)
Os passageiros que ficaram feridos foram vistos saindo de uma parte da fuselagem que permaneceu intacta.

Um vídeo mostrou o avião pegando fogo antes de atingir o solo. O Ministério de Emergências do Cazaquistão informou em comunicado que os bombeiros controlaram o incêndio e que os sobreviventes foram levados para um hospital próximo.

(Foto: Azamat Sarsenbayev/Reuters)
Em nota, a Embraer informou que lamenta o acidente e que está apoiando as autoridades.

"Estamos profundamente tristes com a ocorrência de hoje, próximo a Aktau, no Cazaquistão. Os nossos pensamentos e sinceras condolências vão para as famílias, amigos, colegas e entes queridos afetados pelo ocorrido. Estamos acompanhando de perto a situação e continuamos totalmente empenhados em apoiar as autoridades competentes", escreveu a empresa.

Drone mostra o local da queda de um avião de passageiros da Azerbaijan Airlines perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão, em 25 de dezembro de 2024 (Foto: Azamat Sarsenbayev/Reuters)
O presidente russo Vladimir Putin expressou suas condolências a Ilham Aliyev, presidente do Azerbaijão, pela perda de vidas no acidente, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

"Infelizmente, o presidente do Azerbaijão, Aliyev, foi forçado a deixar São Petersburgo (onde participava de uma cúpula). Putin já ligou para ele e expressou suas condolências em relação ao acidente do avião azeri em Aktau", disse Peskov, do Kremlin.

"Simpatizamos profundamente com aqueles que perderam seus parentes e amigos neste acidente aéreo e desejamos uma rápida recuperação a todos que conseguiram sobreviver."

Via g1, Record, ASN

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Malásia vai retomar buscas por avião que desapareceu com 239 pessoas a bordo após 10 anos

Voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu 40 minutos após a decolagem, em março de 2014. Sumiço da aeronave é um dos maiores mistérios da aviação mundial.

Buscas por avião da Malaysia Airlines se estendem por mais de mês
(Foto: Australian Defence Force/ Reuters)
O governo da Malásia informou nesta sexta-feira (20) que vai retomar as buscas pelos destroços da aeronave que desapareceu com 239 pessoas a bordo, em março de 2014, de acordo com a agência de notícias Reuters. A informação foi confirmada pelo ministro dos Transportes do país, Anthony Loke.

O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu 40 minutos após a decolagem, em Kuala Lumpur, na Malásia — as condições meteorológicas eram consideras boas no momento. O sumiço repentino do avião, ainda hoje, é um dos maiores mistérios da aviação mundial.


Segundo o ministro, a proposta para buscar em uma nova área no sul do Oceano Índico foi apresentada pela empresa de exploração Ocean Infinity, que também conduziu a última busca pela aeronave, encerrada em 2018.

A empresa receberá US$ 70 milhões caso os destroços encontrados sejam substanciais, disse Loke em uma coletiva de imprensa.
“Nossa responsabilidade, obrigação e compromisso são com os familiares das vítimas”, afirmou ele. “Esperamos que desta vez seja positivo, que os destroços sejam encontrados e que possamos dar um desfecho às famílias.”

Os investigadores malaios inicialmente não descartaram a possibilidade de que a aeronave tenha sido desviada deliberadamente de sua rota. Destroços, sendo alguns confirmados, foram encontrados ao longo da costa da África e em ilhas do Oceano Índico.

Mais de 150 passageiros chineses estavam no voo, e seus parentes exigem indenização da Malaysia Airlines, da Boeing, da fabricante de motores Rolls-Royce e do grupo de seguros Allianz, entre outros.

A Malásia contratou a Ocean Infinity em 2018 para buscar no sul do Oceano Índico, oferecendo pagar até US$ 70 milhões caso a aeronave fosse encontrada, mas a empresa falhou em duas tentativas.

Antes disso, foi realizada uma busca submarina por Malásia, Austrália e China em uma área de 120 mil km² no sul do Oceano Índico, baseada em dados de conexões automáticas entre um satélite Inmarsat e a aeronave.

CARENAGEM DO MOTOR, PEDAÇOS DE ASA E PAINEL DO ASSENTO: os rastros deixados pelo avião que desapareceu em 2014; veja INFOGRÁFICO

Via g1

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Passageira morre em voo que saiu de Brasília para Miami

Uma passageira morreu em um voo que saiu do Aeroporto de Brasília com destino à Miami, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (10). A companhia aérea Gol confirmou a morte.


"A GOL se sensibiliza pelo ocorrido e informa que todos os procedimentos previstos para casos como este foram realizados de acordo com o preconizado pelos órgãos reguladores internacionais", diz nota enviada pela companhia aérea.

Segundo relato divulgado em uma rede social, a mulher passou mal durante a viagem e foi atendida por dois médicos passageiros a bordo do Boeing 737-8 MAX, prefixo PS-GRA, da Gol, mas ela não resistiu. De acordo com o passageiro, o avião pousou no aeroporto de Miami com a mulher já sem vida.

Relatos de passageiros indicam que os comissários de bordo solicitaram ajuda de algum passageiro que fosse médico. Duas pessoas que estavam no voo se apresentaram para o resgate e realizaram os procedimentos de emergência,


O que diz a Gol

"A GOL informa que durante o voo G3 7748, entre Brasília (BSB) e Miami (MIA), realizado nesta terça-feira (10/12), uma passageira passou mal e, infelizmente, faleceu a bordo. A aeronave pousou na cidade americana às 15h55 (hora local). A GOL se sensibiliza pelo ocorrido e informa que todos os procedimentos previstos para casos como este foram realizados de acordo com o preconizado pelos órgãos reguladores internacionais.”

Via g1 e O Globo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Pouso muito duro obriga empresa aérea a construir hangar apenas para dar manutenção do avião envolvido


A companhia aérea dinamarquesa Sunclass Airlines está em processo de montagem de um hangar de manutenção temporário na ilha grega de Skiathos, com o objetivo de reparar uma aeronave Airbus A321, registrada como OY-TCG.

A aeronave sofreu um pouso duro em 15 de setembro devido a ventos fortes, resultando em danos significativos no trem de pouso, o que a deixou incapacitada de continuar suas operações. A história foi repercutida pelo AEROIN, na época (vídeo abaixo).

Conforme relataram fontes do portal de aviação Check-in, o hangar especial será montado especificamente para facilitar a substituição do trem de pouso danificado. Espera-se que o processo de reparo leve vários meses, com a companhia aérea se comprometendo a atender a todos os requisitos técnicos necessários para que o avião possa voltar a voar.


Embora operações de manutenção em locais temporários sejam raras na aviação, a Sunclass Airlines não é a primeira a adotar essa abordagem. Um caso semelhante ocorreu em 2022, quando a companhia aérea alemã Condor utilizou um método igualmente inusitado para reparar um Airbus A320 danificado em Kavala, na Grécia.

Esse tipo de iniciativa é essencial para minimizar o impacto dos danos e garantir a segurança e operacionalidade das aeronaves, especialmente em destinos onde o acesso a instalações de manutenção adequadas pode ser limitado.

A Sunclass Airlines está trabalhando para garantir o retorno seguro e eficiente de sua aeronave ao serviço, mantendo seu compromisso com a segurança dos passageiros e a conformidade com as exigências da aviação civil.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Veja momento em que avião cai sobre carro em rua movimentada no Equador

Aeronave pertencia a escola de aviação militar e caiu em via de La Libertad, cidade da província de Santa Elena, no sudoeste do país. Piloto e copiloto morreram.


O avião de pequeno porte Diamond DA20C-1 Eclipse, prefixo FAE1064, da Fuerza Aérea Ecuatoriana, caiu no meio de uma rua movimentada no sudoeste do Equador atingindo um carro que trafegava em uma das pistas. Piloto e copiloto, que estavam na aeronave, morreram na queda.


O acidente ocorreu na terça-feira (26) na cidade de La Libertad, que fica na província de Santa Elena, perto de Guayaquil. Nesta quinta-feira (28), imagens de um circuito de câmeras de um dos estabelecimentos que registraram o momento da queda foram divulgadas.


Segundo autoridades locais, o avião pertencia a uma escola de aviação militar. A Força Aérea do Equador não informou o que causou a queda.

Apesar de o avião ter caído sobre um carro, o motorista não sofreu ferimentos graves. A aeronave atingiu apenas o capô do carro. Já um motociclista que trafegava no sentido contrário foi atingido por parte de uma das asas e foi hospitalizado, segundo a imprensa local.


Via g1 e ASN

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Avião da NASA encontra base militar da Guerra Fria escavada no gelo do Ártico

Radar de avião da NASA localiza base militar usada na Guerra Fria, com mísseis nucleares
(Imagem: NASA Earth Observatory)
Em missão para medir a profundidade das camadas de gelo na Groenlândia, cientistas da NASA encontraram acidentalmente uma base militar do exército dos EUA que foi usada durante a Guerra Fria. Os sinais da base Camp Century, projeto ultrassecreto que envolvia mísseis nucleares enterrados na ilha do Ártico, foram captados pelo radar do avião que sobrevoava o local.

“Não sabíamos o que era no começo [a base militar da Guerra Fria escavada no gelo]”, conta Alex Gardner, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em nota.

Inclusive, localizar as instalações abandonadas pelo exército não era o objetivo da viagem feita com a aeronave Gulfstream III, com um moderno sistema de radares. Este seria usado para mapear a profundidade da camada de gelo e as camadas de rocha abaixo dele.

Base militar com mísseis nucleares


No momento em que a “cidade secreta” foi descoberta, os pesquisadores estavam a mais de 440 km de distância da Base Espacial Pituffik, localizada na porção norte da Groenlândia.

De um lado, a foto da janela do avião mostra uma vasta e árida extensão de gelo no horizonte, em abril deste ano. Por outro lado, naquela extensão praticamente toda branca, o radar UAVSAR detectou algo enterrado no gelo. Era a primeira evidência da base militar que abrigou armas nucleares durante a Guerra Fria, que poderiam ser direcionados para a antiga União Soviética.

“Nos novos dados, estruturas individuais na ‘cidade secreta de gelo’ são visíveis de uma forma que nunca foram observadas antes”, afirma Chad Greene, outro cientista envolvido na missão.

"Cidade secreta" da Guerra Fria


Para entender a história da base militar, ela está ligada ao Project Iceworm. Este buscou transformar o norte da Groenlândia em um ponto para o lançamento de mísseis nucleares, através de uma rede de túneis escavados no meio do gelo do Ártico, com 4 mil km de extensão.

Escavada no gelo do Ártico, "cidade perdida" era parte de um projeto secreto na Guerra Fria
 (Imagem: National Archives/USA)
A construção da base militar começou em 1959, mas o projeto ultrassecreto foi abandonado em 1967. Entre os principais motivos, estavam: os custos elevados e o desafio de impedir que os túneis desabassem devido ao acúmulo de neve na superfície. Hoje, as instalações estão soterradas a pelo menos 30 m de profundidade.

É provável que armas, combustível e outros contaminantes tenham sido abandonados junto à instalação do exército. Neste caso, o degelo do Ártico (em processo de aceleração por causa das mudanças climáticas) poderá revelar outros segredos esquecidos no local.

Com informações de Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela (Canaltech)

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Motor de avião de passageiros pega fogo após pouso na Turquia

Todos os 89 passageiros e seis tripulantes foram retirados com segurança da aeronave.


Um vídeo compartilhado nas redes sociais pelo site de notícias Airport Haber (acima) mostrou unidades de emergência no local do incêndio, com chamas e fumaça saindo do motor da aeronave Sukhoi Superjet 100-95LR, prefixo RA-89085, da Azimuth Airlines.

Vídeos compartilhados pelo Ministério dos Transportes após o incidente mostraram a aeronave com espuma extintora de incêndio enquanto os bombeiros tentavam resfriar o motor do lado esquerdo.

Bombeiros combatem fogo em avião na Turquia
A Azimuth Airlines pontuou que o avião fez um pouso difícil devido ao “cisalhamento” do vento. A Autoridade Federal de Aviação da Rússia, Rosaviatsiya, destacou que está investigando o caso.

O site de rastreamento de voos FlightRadar24 informa que a aeronave tinha sete anos. A Rússia está com falta de aeronaves devido às sanções ocidentais impostas em conexão com a invasão da Ucrânia por Moscou em 2022.


Via Reuters, CNN e ASN

Inteligência lituana investiga possível sabotagem na queda de avião cargueiro; câmera mostra Boeing virando de lado

Arunas Paulauskas, comissário-geral da polícia da Lituânia, disse em uma entrevista coletiva que a aeronave estava “completamente destruída”.


Um avião de carga da DHL caiu numa área residencial perto do Aeroporto de Vilnius, na Lituânia, matando uma pessoa a bordo e incendiando uma casa, informaram as autoridades, que investigam a possibilidade de sabotagem. Uma câmera próxima ao aeroporto capturou o momento do acidente. Como imagens mostram as luzes de um avião descendo cada vez mais, o avião vira completamente de lado, seguido de uma explosão que ilumina o céu escuro e gera uma coluna de fumaça.

O avião, um Boeing 737, havia decolado de Leipzig, na Alemanha, e caiu próximo ao Aeroporto de Vilnius por volta das 5h30 da manhã, segundo um comunicado do aeroporto. As autoridades lituanas declararam que a causa do acidente está sob investigação. Darius Jauniškis, chefe da inteligência lituana, afirmou que entre as possibilidades investigadas está a sabotagem, embora tenha destacado que não há provas disso até o momento. “Sem dúvida, não podemos descartar as hipóteses de terrorismo”, acrescentou.

Com base nas informações atuais, as autoridades norte-americanas acreditam que o acidente foi resultado de um problema técnico e não de sabotagem russa. Eles falaram sob condição de anonimato para tratar de informações provisórias.

Esta fotografia tirada em 25 de novembro de 2024 mostra produtos em chamas após a queda
do avião de carga perto do Aeroporto Internacional de Vilnius (Foto: Petras Malukas/ AFP)
A aeronave pegou fogo e incendiou uma casa de dois andares, de acordo com Renata Liaudanskiene, porta-voz do Departamento de Bombeiros e Resgate da Lituânia. Ela informou que ninguém na casa ficou ferido, mas três pessoas foram resgatadas dos destroços do avião e levadas para o hospital.

Uma quarta pessoa que estava a bordo do avião morreu no acidente, conforme reportaram as autoridades lituanas. Arunas Paulauskas, comissário-geral da polícia da Lituânia, declarou em uma coletiva de imprensa que a aeronave ficou “completamente destruída”. “A carga que estava sendo transportada está espalhada por uma área extensa”, disse ele, segundo uma transcrição de suas declarações.

Um médico lituano tirou uma foto com seu celular dos destroços do avião de carga após
sua queda perto do Aeroporto Internacional de Vilnius (Foto: Petras Malukas/AFP)
Fotografias do local, tiradas mais tarde na segunda-feira, mostram equipes de emergência entre árvores sem folhas perto da área do acidente. Partes do que parece ser a lateral amarela do avião estão visíveis, e pacotes de pacotes estão espalhados pelo chão coberto de neve.

Um porta-voz da DHL confirmou que uma aeronave operada pela empresa através de um transportador terceirizado, a Swiftair, realizou um “pouso convocado” próximo ao Aeroporto de Vilnius. “A causa do acidente ainda é desconhecida, e uma investigação está em andamento”, afirmou o porta-voz, Nicholas Leong, em um e-mail.

Via O Globo com agências internacionais 

Vídeo: veja momento em que avião de carga cai na capital Lituânia

Acidente deixou uma pessoa morta; autoridades investigam o que pode ter causado a queda da aeronave.


O avião de carga Boeing 737-476 (SF), prefixo EC-MFE, da Swiftair, operado pela DHL (empresa de transporte aéreo) caiu pouco antes de pousar no aeroporto de Vilnius, capital da Lituânia, na manhã desta segunda-feira (25), atingindo uma casa e matando uma pessoa que estava a bordo.

As outras três pessoas que estavam na aeronave ficaram feridas, mas ninguém no solo se machucou, relataram autoridades.

O voo programado era operado pela companhia aérea Swiftair em nome da DHL, e decolou de Leipzig, Alemanha.

A aeronave caiu por volta das 03h30 (horário local) enquanto se aproximava do aeroporto de destino para pouso, informou um porta-voz do Centro Nacional de Gerenciamento de Crises da Lituânia.

Veja o momento da queda:


A polícia e os promotores estão investigando o caso, mas não havia nada que sugerisse que uma explosão precedeu o acidente, declarou a autoridade.

Os serviços de resgate disseram que a aeronave atingiu o solo, se partiu em pedaços e deslizou mais de 100 metros antes de atingir casa.

A polícia disse em uma entrevista coletiva que 12 pessoas foram retiradas da casa atingida pelo avião. Não houve vítimas no solo.

O que causou o acidente?

(Foto: Andrius Sytas/Reuters)
Um porta-voz do Centro Nacional de Gestão de Crise da Lituânia afirmou que a polícia e os promotores estão investigando o caso, mas não há nada que sugira que uma explosão precedeu o acidente.

O chefe de contrainteligência da Lituânia, Darius Jauniskis, pontuou a repórteres em uma entrevista coletiva que “não podemos rejeitar a possibilidade de terrorismo”.

Ainda assim, destacou que não poderiam “fazer atribuições ou apontar dedos, porque não temos essas informações”.

O chefe da Polícia Lituana, Arūnas Paulauskas, destacou que a queda foi “muito provavelmente devido a uma falha técnica ou erro humano”, mas que o terrorismo “não pode ser descartado”, de acordo com a LRT.

“Esta é uma das versões do acidente, que será investigada e verificada. Há muito trabalho pela frente. A coleta de evidências pode levar a semana inteira, não haverá respostas rápidas”, comentou Paulauskas.


Marius Baranauskas, chefe da Autoridade Nacional de Aviação da Lituânia, destacou, de acordo com a Reuters, que “na gravação da conversa entre os pilotos e a torre, os pilotos até o último segundo não contaram a torre sobre nenhum evento extraordinário”.

“Precisamos examinar as caixas-pretas para saber o que estava acontecendo na aeronave”, adicionou.

O que disse a DHL?

A DHL disse que o avião “fez um pouso forçado a cerca de um quilômetro do Aeroporto VNO”. Ela confirmou que quatro pessoas estavam a bordo. “A causa do acidente ainda é desconhecida e uma investigação está em andamento”.

Dispositivos russos podem ter causado queda?

O Wall Street Journal informou que autoridades ocidentais da área de Segurança disseram que dispositivos incendiários que explodiram na Alemanha e no Reino Unido em julho faziam parte de uma operação secreta russa que visava iniciar incêndios a bordo de voos de carga e passageiros com destino aos EUA e Canadá.

(Foto: Mindaugas Kulbis/AP)
Um porta-voz do Ministério do Interior alemão pontuou que não há indícios de que o acidente tenha sido conectado a um aviso das autoridades alemãs no início deste ano sobre pacotes contendo dispositivos incendiários, de acordo com a Reuters.

“Teremos que esperar que as investigações sejam concluídas”, ressaltou o porta-voz do Ministério do Interior.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou que a Administração Federal de Aviação dos EUA e o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes “estão cooperando na investigação” e fornecendo suporte e conhecimento para a Lituânia.

Ele se recusou a opinar sobre a possibilidade de envolvimento russo no acidente, dizendo: “certamente não vamos nos adiantar nessa investigação e para onde os fatos os levarão, mas estamos contribuindo com alguma experiência sobre esse tipo de coisa para ajudá-los nisso”.


Via Wang JiaweiYvonne e BellMussab Al-Khairalla (Reuters/CNN), g1 e ASN