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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Vídeo mostra momento em que piloto da Azul faz pouso de emergência em aeroporto em SC

Passageiros passam bem e pista foi liberada após inspeção; vídeo revela comunicação com a torre.


O avião Embraer ERJ-190-200LR (E195AR), prefixo PR-AXP, da Azul Linhas Aéreas, precisou realizar um pouso de emergência na tarde desta terça-feira (2) no Aeroporto Internacional de Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina.

A aeronave, identificada como voo 4630, havia decolado às 14h47 com destino ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), mas retornou ao terminal pouco depois por precaução.

Segundo a nota oficial divulgada pela administração do aeroporto, o piloto solicitou reserva de pista logo após a decolagem. A medida acionou o protocolo de emergência, com bloqueio temporário da pista para pousos e decolagens. O pouso foi realizado às 15h28 com acompanhamento dos bombeiros e da equipe operacional.

Pouso de emergência foi acompanhado por bombeiros


Avião da Azul com destino a Campinas faz pouso de emergência em SC
(Foto: @chumbinho.aviacao.nasnuvens/Reprodução/ND Mais)
O vídeo da comunicação entre a cabine e a torre de controle, obtido através do página Chumbinho nas Nuvens, mostra o momento em que o piloto do voo Azul 4630 declara “Mayday” — código internacional de emergência — e solicita inspeção externa da aeronave. Durante a checagem, os bombeiros relataram um pequeno gotejamento no motor 2, considerado de baixa gravidade.

“O bombeiro informou que está havendo um pequeno gotejamento no motor. Ele falou que é coisa mínima”, relatou a torre ao piloto, conforme o vídeo.

Apesar do incidente, não houve feridos entre os passageiros e tripulantes. A pista foi liberada às 15h50, após inspeção técnica, e as operações no aeroporto seguiram normalmente.

Azul ainda não informou se voo será reprogramado


A Azul Linhas Aérea ainda não divulgou detalhes sobre a reprogramação do voo ou se os passageiros seguiram viagem em outra aeronave. A empresa também não confirmou a causa exata do problema técnico.

O pouso de emergência foi realizado com segurança, sem necessidade de evacuação.

Via ND Mais e flightradar24

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Baixa visibilidade provoca acidente durante pouso no Aeroporto Regional de Blumenau (SC)

Situação ocorreu na manhã desta segunda-feira (1°) na cabeceira 01 do Aeroporto Quero-Quero.


Na manhã desta segunda-feira (1°), às 11h18, um acidente envolvendo a aeronave Embraer EMB-711T Corisco II, prefixo PT-NVF, da BL Serviços de Gestão Ltda., que saiu de Itajaí foi registrado no Aeroporto Regional de Blumenau, o Quero-Quero. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).


De acordo com a SMTT, o acidente ocorreu devido às condições de visibilidade reduzidas na cabeceira 01 da pista, o que fez com que a aeronave perdesse o ponto ideal de toque, reduzindo a distância disponível para a desaceleração completa após o pouso.


A aeronave transportava apenas o piloto, que não teve ferimentos. As equipes da SMTT foram acionadas imediatamente e prestaram assistência completa, garantindo a segurança tanto do piloto quanto da área operacional do aeroporto. "Todas as medidas cabíveis foram adotadas de forma imediata e coordenada", informou em nota a Secretaria.


Via AJ Notícias, ND+, ASN e ANAC - Fotos: Divulgação

domingo, 30 de novembro de 2025

Passageiro morre e avião desvia pouso para o aeroporto de Palmas (TO)

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), homem morreu após se sentir mal durante o voo. Avião tinha saído de Manaus com destino a Belo Horizonte.

Avião fez pouso em Palmas após passageiro passar mal (Foto: Instagram Palmas TOP/ Divulgação)
O avião Airbus A320-253N, prefixo PR-YRQ, da Azul, que seguia para Belo Horizonte (MG) precisou fazer um pouso em Palmas, na noite desta sexta-feira (28), após um passageiro sofrer uma emergência médica a bordo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Fred Alexey Santos, de 46 anos, morreu após se sentir mal durante o voo.

A aeronave da Azul saiu de Manaus (AM) com destino ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). A administração do Aeroporto de Palmas informou que o voo foi alterado para o Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues e, assim que acionada, a equipe do terminal mobilizou todos os recursos necessários para o atendimento.

O passageiro chegou a ser socorrido por médicos que estavam a bordo do avião. A Polícia Militar informou que, após o pouso, socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) seguiram com as manobras de reanimação, mas, sem êxito, constataram a morte no local.

(Imagem via flightradar24.com)
A companhia aérea lamentou o ocorrido e afirmou que está prestando toda a assistência necessária aos familiares. "Posteriormente, o voo seguiu para o seu destino", informou.

Depois, a Polícia Militar realizou o isolamento da área até a chegada da Perícia Técnica e do Instituto Médico Legal (IML), que realizou a remoção do corpo.

Segundo a SSP, o IML de Palmas recebeu o corpo de Fred Alexey neste sábado (29). Inicialmente, a suspeita é de que ele tenha tido um choque cardiogênico, uma vez que era cardiopata. O corpo passou por exames de praxe para confirmar as causas da morte.

Fred Alexey era morador de Manaus (AM) e o corpo será liberado assim que familiares apresentarem a documentação necessária.


Íntegra da nota da Azul

A Azul informa o voo AD4163 (Manaus-Confins), desta sexta-feira (28), precisou alternar para o aeroporto de Palmas (TO), devido a um Cliente enfermo a bordo. Após a aterrissagem, ele foi prontamente atendido por médicos do aeroporto, mas não resistiu e veio a óbito no local. A Azul lamenta o ocorrido e ressalta que está prestando toda a assistência necessária aos familiares. Posteriormente, o voo seguiu para o seu destino.

Via Patrício Reis, g1 Tocantins e flightradar24

sábado, 29 de novembro de 2025

Veja as rotas aéreas nacionais e internacionais com mais atrasos no Brasil

Avião decolando do Aeroporto de Guarulhos (Imagem: Alexandre Saconi)
Perto do fim do ano, os aeroportos costumam ficar mais lotados, causando uma série de transtornos. O aumento na operação também leva a eventuais atrasos na operação.

Você sabe quais são os voos mais atrasados do Brasil? A pedido do UOL, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) fez um levantamento com dados como atrasos, cancelamentos e duração total dos atrasos em rotas dentro do Brasil ou internacionais ligando o país a outro mundo afora.

Nesta reportagem, compilamos a lista dos 10 voos domésticos e os 10 voos internacionais mais atrasados. Veja a seguir.

Voos domésticos


Veja o ranking dos voos domésticos com mais atrasos proporcionais:
  1. Florianópolis - Santa Maria (RS): 58,82% dos 68 voos realizados decolaram com atraso
  2. Manaus - Apuí (AM): 44,05% dos 84 voos realizados decolaram com atraso
  3. Florianópolis - Pelotas (RS): 34,78% dos 69 voos realizados decolaram com atraso
  4. Apuí (AM) - Manicoré (AM): 32,14% dos 84 voos realizados decolaram com atraso
  5. Confins (MG) - Paracatu (MG): 29,07% dos 86 voos realizados decolaram com atraso
  6. São Paulo (Congonhas) - Santana do Paraíso (MG): 27,74% dos 155 voos realizados decolaram com atraso
  7. Parnaíba (PI) - Barreirinhas (MA): 27,27% dos 33 voos realizados decolaram com atraso
  8. Confins (MG) - Salinas (MG): 25,71% dos 140 voos realizados decolaram com atraso
  9. Santana do Paraíso (MG) - São Paulo (Congonhas): 25,16% dos 155 voos realizados decolaram com atraso
  10. São Paulo (Congonhas) - Presidente Prudente: 24,91% dos 82 voos realizados decolaram com atraso

Voos internacionais


Veja, agora, o ranking com os voos internacionais com mais voos atrasados:
  1. Rio de Janeiro (Galeão) - Dallas, Texas (EUA): Todos os 123 voos realizados decolaram com atraso
  2. Cochabamba (Bolívia) - Guarulhos (SP): 69,12% dos 136 voos realizados decolaram com atraso
  3. Madrid (Espanha) - Campinas (SP): 58,97% dos 78 voos realizados decolaram com atraso
  4. Paris (França) - Fortaleza: 50% dos 190 voos realizados decolaram com atraso
  5. Salvador - Paris (França): 47,86% dos 140 voos realizados decolaram com atraso
  6. Rio de Janeiro (Galeão) - Nova York (EUA): 43,9% dos 246 voos realizados decolaram com atraso
  7. Porto (Portugal) - Campinas (SP): 41,18% dos 51 voos realizados decolaram com atraso
  8. Lisboa (Portugal) - Campinas (SP): 41% dos 600 voos realizados decolaram com atraso
  9. Newark, Nova Jersey (EUA) - Guarulhos (SP): 40,46% dos 351 voos realizados decolaram com atraso
  10. Chicago, Illinois (EUA) - Guarulhos (SP): 35,8% dos 352 voos realizados decolaram com atraso

Quais foram os critérios adotados?


O levantamento levou os seguintes critérios para ser elaborado pela agência:
  • Voo atrasado é aquele que chega ao destino com 30 minutos ou mais de atraso em relação ao horário programado;
  • O índice é calculado sobre o total de voos realizados, ou seja, os planejados desconsiderando os cancelados;
  • O período abrangido se refere aos últimos 12 meses;
  • As informações foram compiladas pela Anac com dados fornecidos pelas próprias empresas nos sistemas da agência.
Para isso, foram considerados apenas:
  • Voos regulares de passageiros com ligação direta entre os aeroportos (sem escalas);
  • Mínimo de 52 operações anuais por sentido (média superior a um voo por semana);
  • Apenas um sentido (não foi considerado a ida somada à volta).
Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)

Entenda como as novas regras de bagagem vão afetar suas viagem de avião

Nova lei já aprovada na Câmara e no Senado garantirá ao passageiro o direito de transportar uma mala de até 23 kg no avião, sem custo adicional.

(Foto: Adobe Stock)
Quem viajou de avião nos últimos anos viu as companhias aéreas tendo cada vez mais liberdade para oferecer bilhetes com cobranças diferenciadas para a mala despachada e, mais recentemente, até mesmo a bagagem levada a bordo. Mas um projeto de lei está prestes a reverter essa situação.

O texto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, garante que cada passageiro possa despachar uma mala de até 23 kg sem custo adicional, tanto em voos nacionais como internacionais. Em trechos domésticos, também será proibido cobrar pelo transporte de um item de bagagem de mão de até 12 kg, conforme a proposta.

Esse movimento do Poder Legislativo veio como uma resposta aos consumidores, insatisfeitos com bilhetes cada vez mais restritivos e, pior, sem a esperada contrapartida de preços mais baixos. Caso o texto seja mantido pelo Senado e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os passageiros poderão, ainda, fazer a marcação de assento na aeronave sem pagar por isso.

Outra mudança será o fim do cancelamento automático do trecho de volta quando o consumidor deixa de embarcar no voo de ida, como ocorre hoje.

Mas, se a promessa no passado era de que menos benefícios possibilitariam tarifas mais baratas, será que impor coberturas obrigatórias pode ter o efeito inverso, fazendo os preços subirem ainda mais? O Viva conversou com especialistas para entender como essas mudanças poderão impactar a experiência dos passageiros, dos valores cobrados pelas companhias aéreas à qualidade do serviço prestado.

O que muda na vida dos passageiros?


Caso o PL seja sancionado pelo presidente Lula, o consumidor passa a ter direitos garantidos por lei, com força maior que a de resoluções administrativas. O texto prevê:Despachar gratuitamente uma mala de 23 kg;

Levar na cabine uma bagagem de mão de até 12 kg e mais um item pessoal (bolsa ou mochila);

Além disso, na reserva ou no check-in, escolher um assento comum sem pagar por isso - a cobrança será possível apenas sobre os chamados "assentos conforto", mais espaçosos.

“Esses pontos reduzem práticas consideradas abusivas e tiram do passageiro o medo da cobrança surpresa no portão de embarque”, afirma o advogado Marco Antonio Araújo Júnior, que preside a Comissão Especial de Direito do Turismo, Mídia e Entretenimento do Conselho Federal da OAB.

Ao mesmo tempo, haverá um efeito colateral: com a proibição da cobrança de taxas pelas malas, o volume de bagagem levado pelos passageiros vai aumentar drasticamente. “Quanto mais bagagem, maior o tempo em solo e maior o custo da operação. Isso exige mais tempo de carregamento e descarga, pode gerar atrasos e pressiona os custos operacionais das companhias”, acrescenta Araújo.

Os preços das passagens vão subir?


Em um primeiro momento, a tendência é que sim, e por duas razões. Uma, já apontada acima, é a elevação de custos causada pelo aumento na quantidade e peso de volumes embarcados e transportados.

Outro impacto financeiro que as aéreas sentirão é justamente o fim da receita que elas até então ganhavam cobrando para transportar as malas. “Elas ganharão menos dinheiro vendendo bagagens despachadas. E repassarão esse prejuízo para todo mundo, diluindo-o nas passagens de todos. Assim, ficaremos com tarifas ainda mais caras”, prevê Rodrigo Alvim, advogado especialista em direitos dos passageiros aéreos.

Regras para voos domésticos e internacionais


Se o texto passar sem alterações, haverá uma diferença em relação ao transporte da bagagem de mão. Isso porque o projeto impõe o transporte sem custo em voos domésticos, mas não nos internacionais. O que dá uma brecha para que, nesses últimos, ainda existam tarifas em que a bagagem de mão seja cobrada à parte.

Para Araújo, um cenário como esse traz pouca clareza, penalizando o consumidor pela complexidade e aumentando o risco de questionamentos na Justiça. “Nesse cenário, o passageiro pagaria bagagem em um trecho e teria gratuidade no outro. Regras diferentes para rotas diferentes criam insegurança jurídica e afastam o princípio da transparência. O consumidor tem direito a saber exatamente o que está contratando”, justifica.

Alvim defende que levar bagagem de mão sem custo adicional é um direito básico de todo passageiro; já mala despachada, não.

Nem todo mundo viaja com uma mala despachada. Não acredito que seja essencial que todos tenham direito a despachar mala sem custo. Se você quer levar mais coisas, o normal é que você pague a mais, não é? Isso ocorre porque você está ocupando um espaço em uma aeronave que obtém a maior parte de sua receita transportando carga e não pessoas”, pondera o advogado.

As novas mudanças são boas para o mercado?


Se, por um lado, o projeto de lei se empenha em proteger o passageiro, por outro é incompleto em relação à sustentabilidade do setor, explica Araújo. “O projeto atende ao consumidor, mas não apresenta mecanismos de equilíbrio econômico. Não há previsão de indicadores de eficiência, transparência tarifária obrigatória ou acompanhamento de custos pela ANAC. Ou seja, o risco é a companhia aérea jogar o custo de volta na tarifa. Direito sem viabilidade econômica vira fraude regulatória: a regra existe, mas é compensada por outro lado”, alerta o especialista.

Outro grande problema das novas regras é que, ao impor coberturas obrigatórias, elas acabam tornando impossível a operação no País de companhias aéreas do tipo low cost. Para oferecer passagens a preços realmente baixos, essas empresas precisam ter flexibilidade para desenhar suas tarifas, enxugando ao máximo o que é oferecido no bilhete básico e cobrando à parte por serviços adicionais. É justamente isso o que está sendo tirado das aéreas com as mudanças na legislação.

“Quando a lei determina que a bagagem deve ser incluída [sem custo extra], ela uniformiza o modelo de negócios, reduz a competitividade e desestimula a entrada de novas empresas. É difícil atrair companhias low cost para um mercado em que a tarifa vem com serviços embutidos por obrigação legal”, explica o presidente da comissão de turismo da OAB.

A consequência disso é que, sem a possibilidade de ter novos entrantes, o mercado brasileiro de aviação continuará nas mãos dos três grandes players que hoje dominam o mercado, sem concorrentes que os pressionem a reduzir seus preços. “O Brasil já tem um mercado oligopolizado, e amarrar o modelo tarifário tende a preservar o status quo [a realidade atual]. A concorrência não nasce por decreto. Ela nasce quando o ambiente regulatório permite inovação no modelo comercial”, conclui Araújo.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Um ano após pegar fogo, avião que levava carga dos Correios será desmontado

Avião da Total Linhas Aéreas que pegou fogo durante voo em 2024 (Imagem: Alexandre Saconi)
Em 9 de novembro de 2024, quase acontecia uma tragédia sobre os céus de São Paulo. Por poucos instantes, uma avião cargueiro com destino ao aeroporto de Guarulhos não pegava fogo nos céus, correndo o risco de cair sobre áreas densamente povoadas.

Hoje, um ano após o fato, o avião que foi tomado pelas chamas logo após pousar está parado em uma área restrita do aeroporto e começará a ser desmontado nos próximos dias segundo a operadora.

O acidente


No dia 8 de novembro de 2024, o avião Boeing 737-400 de matrícula PS-TLB, pertencente à Total Linhas Aéreas, decolou do aeroporto de Vitória com destino a Guarulhos, em São Paulo. A bordo, uma carga dos Correios, que contratou a empresa aérea para realizar algumas de suas rotas aéreas de entregas.

A previsão era de que o voo durasse cerca de uma hora e meia, pousando em um horário onde o aeroporto não estaria tão movimentado. Quando sobrevoavam a cidade de São José dos Campos, faltando poucos quilômetros para o destino, um alarme de fumaça soou na cabine.

Ele partiu de detectores instalados no compartimento de carga principal do avião, que estava voando a cerca de 11 km de altitude. Diante do cenário, os pilotos pediram para realizar um pouso de emergência em Guarulhos, que era o aeroporto mais viável naquele momento.

Avião da Total ainda na pista após incêndio ocorrido em 2024: Aeronave teve perda total (Imagem: Reprodução)
A fuselagem do avião foi aberta pelas chamas durante o voo, enquanto os pilotos lutavam para conseguir pousar em segurança diante dos diversos avisos de perigo que surgiam nos painéis da aeronave.

Minutos depois, os pilotos conseguiram pousar e saíram pelas janelas da cabine de comando, já que a parte traseira do avião estava tomada pelas chamas. Imediatamente, os bombeiros do aeroporto, que já estavam de prontidão, realizaram o combate ao incêndio, exterminando as chamas.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado à FAB (Força Aérea Brasileira), iniciou as investigações no mesmo dia, liberando a aeronave e a pista logo depois.

A polêmica


Embora a investigação oficial sobre as causas da queda ainda estejam em andamento, acredita-se que o incêndio tenha sido iniciado por baterias eletrônicas que estavam sendo transportadas. Essa hipótese, entretanto, ainda deverá ser confirmada.

Sobre o transporte de itens de risco, há uma disputa de responsabilidades: quem deveria saber o que estava sendo transportado e garantir a segurança?

Questionado pelo UOL, os Correios responderam que "realizam diariamente procedimentos de fiscalização da carga, para identificar e separar objetos considerados perigosos para o transporte". Ainda complementam que, "Em 50 anos de existência do transporte aéreo de carga, esse foi o primeiro acidente grave envolvendo aeronave a transporte de carga dos Correios".

Os pacotes postais são entregues fechados para as transportadoras, que se incubem de realizar o transporte. Quanto à responsabilidade de fiscalizar a carga, se a empresa aérea teria autorização para isso, já que é crime violar correspondência alheia, os Correios enviaram a seguinte resposta:

"Conforme o Código Brasileiro de Aeronáutica, o operador aéreo tem total autonomia para recusar o transporte de determinado objeto, caso entenda que represente risco à segurança operacional ou que não esteja em conformidade com as normas aplicáveis. Portanto, mesmo não podendo violar a embalagem, em virtude do sigilo postal, a empresa aérea pode recusar o transporte daquela embalagem".

O proprietário da empresa, Paulo Almada, em entrevista ao UOL, questionou qual a sua real capacidade de fiscalização, já que está lidando com itens entregues pelos Correios. "Como que eu posso fazer isso [fiscalizar as encomendas], sendo que tudo é feito no centro de distribuição deles [os Correios]. Eu sou obrigado a receber o palete de acordo com o que eles fazem", questiona o executivo.

Qual o destino da aeronave?


A aeronave está em uma área restrita do aeroporto de Guarulhos, entre o pátio de operações VIP e a Base Aérea, do lado oposto do terminal de passageiros. Segundo Almada, ela começará a ser desmontada nos próximos dias.

Avião da Total Linhas Aéreas no aeroporto de Guarulhos: Empresa continuou operação com outras aeronaves mesmo após outra aeronave ter pego fogo durante voo (Imagem: Alexandre Saconi)
Após o seguro ter sido pago, o empresário adquiriu os restos salvados da aeronave, já que ainda há diversas partes úteis, como os motores e os aviônicos, que podem ser usados em outros aviões da companhia. O valor da negociação não foi revelado.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Air Transat: melhor aérea de lazer do mundo é autorizada a voar ao Brasil

Air Transat: Empresa aérea de lazer canadense obteve autorização para voar ao Brasil e deve iniciar rota ligando Toronto e Montreal ao Rio de Janeiro em 2026 (Imagem: Divulgação/Air Transat)
A empresa canadense Air Transat foi autorizada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a operar voos internacionais regulares de passageiros e de carga no Brasil. A permissão vale apenas para rotas com origem ou destino no país, e a companhia não está autorizada a realizar voos domésticos.

No site da empresa, há oferta de voos partindo do Rio de Janeiro, pelo aeroporto do Galeão, com destino a Toronto, no Canadá. O preço inicial é de 698 dólares canadenses (R$ 2.646) por trecho, com datas a partir de fevereiro de 2026. As decolagens no Brasil estão previstas para quartas, quintas e sábados, enquanto os voos saindo do Canadá ocorrerão às quintas, sextas e domingos.

Brasil é estratégico


Em entrevista ao UOL, Sebastian Ponce, Diretor de Receitas da Air Transat, disse que a prioridade da empresa neste momento é "lançar com sucesso nossos novos serviços Rio de Janeiro-Toronto e Rio de Janeiro-Montreal".

"Além disso, os viajantes podem se conectar facilmente a vários destinos no Canadá por meio de nossa parceria com a Porter Airlines, garantindo conexões perfeitas. Avaliamos continuamente as oportunidades de crescimento no Brasil e em toda a América do Sul, mas não temos anúncios adicionais de rotas relacionadas ao Brasil para compartilhar neste momento", afirma o Ponce.

O executivo diz que os brasileiros poderão se beneficiar dos preços competitivos da companhia, que tem serviço "premiado e acolhedor".

"A Air Transat foi reconhecida sete vezes pela Skytrax como a Melhor Companhia Aérea de Lazer do Mundo, refletindo nosso compromisso em proporcionar uma experiência de viagem superior", diz.

O executivo ainda completa: "O Brasil é um importante mercado em crescimento para nós. Há uma demanda forte e crescente por viagens para o Canadá, e a entrada no Rio de Janeiro representa um marco importante em nossa expansão na América do Sul", conclui.

Prêmios e destinos


Nos últimos anos, a empresa despontou como uma das mais premiadas do segmento de lazer. Nos anos de 2023, 2024 e 2025 a empresa ganhou o prêmio Skytrax, considerado o Oscar da aviação, como a melhor companhia aérea de lazer do mundo, além de já ter atingido essa conquista outras vezes.

Hoje, a frota da companhia é pelas seguintes aeronaves:
  • Airbus A321-200 (A321ceo)
  • Airbus A321 LR
  • Airbus A330-200
  • Airbus A330-300
Entre os principais destinos, se destacam:
  • Marrocos
  • Senegal
  • Cuba
  • República Dominicana
  • Haiti
  • Costa Rica
  • França
  • Itália
  • Espanha
  • Suíça
  • Alemanha
  • Irlanda
  • México
  • Colômbia
  • Peru
  • Estados Unidos (Flórida)

A empresa


(Imagem: Imagem renderizada/Divulgação/Air Transat)
A Air Transat foi fundada em 1986 no Canadá, e está sediada em Montreal (Quebec). Fundada por ex-executivos da Quebecair, seu primeiro voo ocorreu em novembro de 1987, ligando Montreal a Acapulco, no México.

O destino, considerado de turismo de lazer, marca o segmento adotado como central pela empresa até hoje, de levar passageiros para destinos de entretenimento.

Na década de 1990, absorveu parte da extinta Nationair, permitindo a expansão para novas rotas internacionais e consolidando a empresa como uma das principais do Canadá. Em meados dos anos 2000, passou a investir pesado na modernização de sua frota, buscando aviões mais eficientes e com menor consumo de combustível.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)

sábado, 22 de novembro de 2025

História: Piloto ajudou a pousar avião no mar em 1957, salvando 38 pessoas

Heinz Eric Springsklee viu motor em chamas e sugeriu ao comandante descer no mar de São Sebastião, em SP.

Em 1957, aos 23 anos, Heinz Eric Springsklee era copiloto da extinta Real Aerovias e viajava na primeira fila do avião DC4 na rota Buenos Aires - Miami.

No trajeto de São Paulo ao Rio de Janeiro, que fazia parte da rota, ele percebeu que um dos quatro motores estava pegando fogo. Após avisar o comandante, Dalvaro Ferreira Lima, ele indicou que o melhor seria pousar o avião no mar, uma vez que o tanque de combustível, que ficava na asa, poderia explodir.

Com o fogo, o motor caiu, como é programado nesses casos, mas as chamas não se apagaram. Assim, cerca de meia hora depois de levantar voo no aeroporto de Congonhas, a aeronave descia no mar de São Sebastião, no litoral norte paulista, a cerca de 300 metros da praia da Baleia, diante da ilha das Couves, em paralelo às ondas, para minimizar o impacto.

Heinz Eric Springsklee (1935 - 2025)
A rápida decisão do pouso de emergência e a habilidade do comandante fizeram com que todos os 30 passageiros e oito tripulantes sobrevivessem, algo pouco comum em acidentes aéreos.

Eles foram resgatados por pescadores da região em barcos a remo e levados para a praia, onde tiveram de esperar por horas até um navio levá-los ao porto de Santos, uma vez que naquela época não havia estradas na região.

Depois do acidente, Eric continuou na aviação, passando a comandar voos nacionais nos oito anos seguintes. Com a crise da Real Aerovias, no fim da década de 1960, decidiu ir para a Alemanha cursar engenharia mecânica.

Na volta para o Brasil, cinco anos depois, passou a trabalhar na área de mecânica industrial e virou gerente de engenharia da fábrica internacional de motores ZF, em São Paulo, onde ficou por 33 anos até se aposentar.

Avião DC4, da extinta Real Aerovias, boia no mar de São Sebastião após pouso de emergência
em 1957, salvando todos os 30 passageiros e 8 tripulantes (Reprodução jws.com.br)
Então, ele se mudou com a família para onde costumava reunir os antigos amigos da aviação. Ele ainda tinha uma casa em Witmarsum, colônia de antigos imigrantes alemães perto da capital paranaense.

Além da engenharia mecânica e da pilotagem, Eric também lia muito e gostava de pintar e de assistir a documentários na TV. No passado, instalou uma grande antena parabólica em Witmarsum para ver documentários e jornais internacionais, hábito que manteve até o final.

Nos últimos tempos, mantinha uma rotina saudável, com caminhadas de cinco quilômetros por dia. Recentemente caiu em casa e passou a ter problemas de locomoção. Foi levado para viver em um retiro em Pirabeiraba, perto de Joinville (SC), e morreu lá menos de um mês depois, no dia 6 de novembro, aos 90 anos.

Ele deixa a mulher, Karin Springsklee, os filhos Markus e Martin e os netos Lukas, Isabella, Cora e Louis, que moram na Alemanha.

"Heinz Eric Springsklee era um homem de grande cultura e solidariedade, ajudando a outros moradores conhecidos que tinham dificuldades, mas sem demonstrar. Lia muito e tinha um grande conhecimento sobre a história mundial e também sobre o Brasil. Foi um homem incomum com o seu permanente aprendizado, conhecimentos, lucidez e boa vontade com todos com quem convivia", diz o jornalista José Wille, que é casado com uma parente de Eric.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Avião suspeito de tráfico vindo da Venezuela é interceptado pela FAB e destruído na Terra Yanomami

Piloto ignorou ordem de pouso, desceu em pista clandestina em Surucucu e fugiu. Avião tinha matrícula adulterada.

Forca Aérea destruiu avião após invasão a espaço aéreo brasileiro na Terra Yanomami (Foto: FAB/Divulgação)
Um avião vindo da Venezuela suspeito de tráfico de drogas entrou no espaço aéreo brasileiro na manhã desta quarta-feira (19) e acabou sendo destruído após pousar na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O piloto fugiu após pousar e não foi preso.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião voava sem plano de voo, não respondeu aos órgãos de controle e ignorou todas as ordens da Defesa Aeroespacial. Foram dados tiros de aviso por caças para interceptar o avião invasor, de acordo com a FAB.


O avião foi identificado por radares por volta das 7h, logo após cruzar a fronteira. Por não informar rota e não estabelecer comunicação, passou a ser tratado como "aeronave suspeita" -- condição atribuída a aviões usados por organizações criminosas.

Caças foram acionados para realizar a interceptação. Os pilotos tentaram, em diferentes etapas, confirmar a identidade do avião e determinar que seguisse para um aeródromo indicado. Mesmo após tiros de aviso, o piloto manteve o voo e o avião foi reclassificado como "hostil".

O avião só pousou ao chegar à região de Surucucu, em uma pista clandestina de terra. Quando militares chegaram ao local em um helicóptero, o piloto já havia fugido para a mata.

(Foto: FAB/Divulgação)
A equipe constatou que a matrícula estava adulterada e, mais tarde, militares do Comando Conjunto Catrimani II realizaram a destruição da aeronave.

As forças responsáveis afirmam que a ação seguiu os protocolos previstos para proteção do espaço aéreo e de áreas sensíveis da Amazônia, como a Terra Yanomami.

(Foto: FAB/Divulgação)
Via g1

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Avião agrícola faz pouso forçado em lavoura às margens da MT-242

Conforme os bombeiros, o fato de a aeronave ter tocado o solo em meio à plantação ajudou a amortecer o impacto e evitou danos maiores.

Avião agrícola faz pouco em lavoura (Foto: Reprodução)
Um avião agrícola realizou um pouso forçado, nesta terça-feira (18), em uma lavoura às margens da MT-242, próximo ao trevo de acesso ao distrito de Nova Ubiratã, a 506 km de Cuiabá. Ninguém ficou ferido, e a causa ainda é investigada.

Um vídeo gravado no local mostra a aeronave parada no meio da plantação, aparentemente sem grandes danos estruturais (veja aqui).

Segundo o Corpo de Bombeiros, uma equipe passava pelo local no momento do acidente e prestou os primeiros atendimentos da ocorrência. De acordo com os militares, o piloto havia acabado de realizar a aplicação de defensivos agrícolas na plantação, e iria retornar para a sede da fazenda no momento que teve uma intercorrência.

Ao chegarem à área do pouso, porém, os militares não encontraram o piloto, que já havia saído do local. Segundo o gerente da fazenda informou para equipe, o piloto não teve ferimentos e iria procurar atendimento médico por conta própria para a realização de exames.

Ainda conforme os Bombeiros, o fato de a aeronave ter tocado o solo em meio à plantação ajudou a amortecer o impacto e evitou danos maiores.

Via Beatriz Schaffer, g1 MT

Avião da Iberia que seguia para Madri retorna a Guarulhos após suspeita de fumaça a bordo

Equipes do Corpo de Bombeiros do GRU Airport se aproximaram do avião logo após a aterrissagem para checagem da situação.


A aeronave Airbus A330-202, prefixo EC-MNL, da companhia Iberia que havia decolado do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde de terça-feira (18), com destino a Madri, precisou retornar ao Brasil após a suspeita de fumaça a bordo.

O voo IB268 decolou às 15h56 e, quando sobrevoava a região de Igaratá, no Vale do Paraíba, iniciou o procedimento de retorno. A aeronave pousou às 16h22.

Pelo áudio da conversa entre o controlador de voo e o piloto do momento do retorno a Guarulhos, o piloto informa não haver mais fumaça a bordo e que a situação parece estar sob controle, mas ainda precisam verificar todas as rodas antes de prosseguir.


O controlador então pergunta se é possível confirmar a segurança das rodas. O piloto responde afirmando que sim e diz que, após essa checagem, estarão prontos para seguir com a decolagem.

Equipes do Corpo de Bombeiros do GRU Airport se aproximaram do avião logo após a aterrissagem para checagem da situação.

Em nota, a GRU Airport, administradora do Aeroporto Internacional de Guarulhos, informou que, “a aeronave teve de retornar para a pista por suspeita de problemas. Foi acionado o protocolo do Plano de Emergência do aeroporto, mas a aeronave pousou e taxiou por meios próprios até a posição, e a equipe de bombeiros faz a averiguação”.

Questionada, a Iberia não havia respondido até a última atualização desta reportagem.

Via Eliezer dos Santos, Juliana Furtado, Renata Bitar, TV Globo, g1 e flightradar24

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Avião agrícola perde potência e piloto faz pouso forçado em fazenda de Campo Florido (MG)

Acidente ocorreu na tarde desta quinta-feira (13). O piloto foi levado para o Hospital São Domingos, em Uberaba, e está estável.

Piloto foi resgatado consciente e orientado após acidente (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
O avião agrícola Air Tractor AT-502B, prefixo PS-TBE, da Aeroagrícola Chapadão Ltda. sofreu um acidente no início da tarde desta quinta-feira (13), na Fazenda Bela Vista, em Campo Florido, no Triângulo Mineiro. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o piloto, de 35 anos, foi resgatado consciente e orientado, sendo levado para o Pronto Socorro do município.

"Segundo o relato de testemunhas, o piloto notou que o avião perdeu a potência e perdeu a altitude. Ao chegarmos ao local, encontramos uma aeronave, que realizou um pouso forçado em uma plantação de cana-de-açúcar próxima à rede de alta tensão", explicou o Corpo de Bombeiros.

À TV Integração o Pronto Socorro de Campo Florido informou que o estado de saúde do piloto era estável, mas foi transferido para o Hospital São Domingos de Uberaba.

A aeronave permanece no local para início da investigação da causa do acidente.

Acidente ocorreu após piloto notar que avião estava perdendo potência
(Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Avião Civil (Anac), o avião é do modelo AT-502B, fabricado pela empresa Air Tractor, em 2023. A situação do avião é considerada normal, com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) tendo validade até agosto de 2026.

Em nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que "profissionais qualificados e credenciados aplicam técnicas específicas para coleta e confirmação de dados, preservação de elementos, verificação inicial dos danos causados à aeronave ou pela aeronave, além do levantamento de outras informações necessárias à investigação. A conclusão da investigação será disponibilizada posteriormente."


As investigações feitas pelo CENIPA têm como objetivo principal evitar novos acidentes aéreos. O órgão busca entender o que aconteceu, compartilhar o que foi aprendido e, quando necessário, fazer recomendações para melhorar a segurança dos voos.

Via Gabriel Reis, Allana Lima, g1 Triângulo, TV Paranaíba e ANAC

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Aeroporto em São Paulo passa a usar reconhecimento facial em tempo real

Congonhas passa a ter câmeras integradas ao Smart Sampa (Foto: Reprodução/TV Globo)
A Prefeitura de São Paulo e a concessionária Aena Brasil anunciaram na terça (11) que as câmeras do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foram integradas ao Smart Sampa, o sistema de monitoramento inteligente da capital paulista. O objetivo é utilizar reconhecimento facial e a análise de imagens em tempo real para reforçar a segurança nas áreas de embarque, desembarque e calçadas externas do terminal.

O aeroporto de Congonhas recdebe quase 100 mil pessoas por dia e tem o apoio de mais de 600 câmeras de vigilância. O que muda agora é que, com a nova parceria, as imagens vão ser transmitidas para a central do Smart Sampa.

Ali, o material vai ser cruzado com bancos de dados de segurança pública. Essa integração vai permitir a identificação automática de pessoas procuradas, veículos com restrição e outras ocorrências para aumentar a segurança do terminal.

Câmeras do Smart Sampa na cidade de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)
A novidade faz parte de um investimento de R$ 150 milhões em melhorias imediatas e não obrigatórias no terminal para melhorar a experiência dos passageiros e promover a integração do aeroporto com a cidade. Estas medidas vêm como complemento ao projeto de ampliação em curso, que prevê investimentos totais de R$ 2,4 bilhões.

Outra mudança importante é a gestão da passarela em frente ao aeroporto. A Aena e a Prefeitura firmaram um termo de cooperação de três anos, com possibilidade de renovação, para que a concessionária assuma a reforma, manutenção e conservação da estrutura, com um investimento previsto de mais de R$ 1 milhão. As câmeras ali também vão fazer parte do Smart Sampa.


Via Danielle Cassita (Canaltech) e g1

Veja imagens inéditas do famoso avião de Taguatinga

Sem turbina e trem de pouso, que foram retirados, o avião é sustentado por 12 estacas de aço às margens da pista da Avenida Elmo Serejo.


A enorme carcaça de um Boeing 767-200 , da falida empresa aérea Transbrasil, chama a atenção de quem passa na Avenida Elmo Serejo. Pichada e vandalizada, a aeronave ocupa um terreno baldio há 11 anos, próximo ao Parque Ecológico Saburo Onoyama, em Taguatinga.

A intenção dos empresários Almir Lopes, Charles Maryoshi e João Batista de Souza, que compraram o avião e o levaram para o local em 2014, era transformar o espaço em um restaurante, mas o projeto nunca chegou a sair do papel.

O Metrópoles visitou o local onde fica o avião e encontrou a estrutura completamente deteriorada, enferrujada e vandalizada. Na parte de fora é possível ver o interior da aeronave através dos buracos. Há muito entulho e fios desencapados.


Sem turbina e trem de pouso, que foram retirados, o avião é sustentado por 12 estacas de aço às margens da pista, onde cerca de 200 mil pessoas passam por dia.

As inscrições em inglês na fuselagem deram lugar a pichações. Não há escadas de acesso para o interior do avião e algumas janelas estão quebradas, como a da cabine do piloto. Quando o vento sopra forte, é possível ouvir o barulho das chapas de aço das asas. Durante o tempo que a reportagem permaneceu no local, foi possível avistar também algumas corujas.

Na área onde está a sucata também funcionam uma floricultura e uma loja de açaí. Segundo um funcionário da loja de plantas, é permitido se aproximar do avião e muitos curiosos costumam visitar o local. “Muitas famílias vêm aqui, principalmente alguns pais com os filhos que querem mostrar o avião”, contou.

Tradicional avião vendido como sucata


A carcaça do Boeing de 82 toneladas pertencia à Transbrasil, empresa aérea que faliu em 2001. Em 2013, a aeronave foi vendida por cerca de R$ 100 mil pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que decidiu leiloar três aviões da companhia que estavam abandonados há mais de uma década em aeroportos do país, inclusive em Brasília. Os veículos foram colocados à venda inteiros ou aos pedaços, como sucata, a 1,75 real o quilo.


No dia 3 de julho de 2014, técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), tiveram que retirar peças de um material radioativo que faziam parte da sucata da aeronave.

Na época, o Cnen divulgou que foram retiradas das asas do avião duas peças com amerício-241. Instalados nos tanques, os equipamentos retirados medem a densidade do combustível e são comuns em aeronaves. Apesar da operação de retirada, a Comissão destacou que o elemento tinha baixa radioatividade e oferecia pouco risco.

Novos planos?



O restaurante já teve ao menos três datas de inauguração marcadas, as primeiras no primeiro semestre de 2016 e a outra no início de 2017. O estabelecimento nunca foi inaugurado e nenhum alvará de funcionamento foi solicitado à Administração Regional de Taguatinga.

O avião-restaurante chegou a passar por reformas, mas o negócio não teria decolado devido à uma crise financeira na época, que impediu que os donos avançassem com o negócio.

O Metrópoles apurou que, atualmente, o empreendimento pertence apenas ao empresário Charles Maryoshi, dono do Grupo Kireibara, que é dono da área onde o avião está estacionado e tem uma loja de plantas no local.


Segundo informações repassadas por Charles, os outros dois sócios, João Batista e Almir, teriam deixado o empreendimento, mas podem seguir no negócio como inquilinos no futuro.

O futuro do avião planejado para ser um restaurante ainda é uma incógnita, mas o empresário revelou que ainda existe um plano que irá revelar em breve.

Via João Paulo Nunes (Metrópoles)

Embraer cancela projeto de novo turboélice

Após encerrar o projeto do turboélice regional, a Embraer avalia novas plataformas de longo prazo, com foco em propulsão elétrica e híbrida.

Turboélice da Embraer dependia do desenvolvimento de novos propulsores
para se destacar no mercado (Imagem: Embraer)
A Embraer decidiu encerrar de forma definitiva o desenvolvimento de um novo turboélice regional. O modelo, concebido para competir com a europeia ATR, não avançou por falta de motores de nova geração capazes de atender às metas de eficiência propostas.

O cancelamento foi anunciado por Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer, durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, e marca o fim de uma das iniciativas mais aguardadas da indústria — um programa que chegou a gerar conceitos e renderizações públicas entre 2020 e 2021, mas que não atingiu viabilidade técnica.

Segundo Gomes Neto, a decisão encerra o programa de forma definitiva. “O projeto não está em pausa, foi cancelado”, disse. Desde 2023, a Embraer já vinha classificando a proposta como “congelada”, aguardando avanços em novos propulsores. O desenvolvimento estava diretamente condicionado ao surgimento de novos motores capazes de reduzir consumo e emissões.

Propulsão elétrica e híbrida


Com o cancelamento, a Embraer redireciona esforços para novas frentes tecnológicas e de mercado. Os estudos em andamento focam em plataformas de longo prazo — com horizonte de cinco a dez anos — voltadas a soluções de propulsão elétrica e híbrida, além de eventuais aeronaves de maior porte que a atual família E-Jet E2.

No mercado, há expectativa de que a Embraer possa, no momento adequado, avançar para um projeto capaz de disputar o mercado dominado pelos Airbus A320 e Boeing 737 MAX — programas que somam quase quatro décadas de operação e representam as últimas gerações de seus respectivos projetos.

“A Embraer está investindo em novas tecnologias para preparar futuros produtos”, disse Gomes Neto, indicando que qualquer novo anúncio deverá ocorrer no longo prazo.

Perspectivas comerciais


Apesar da interrupção do projeto turboélice, a Embraer mantém uma carteira confortável de pedidos na divisão comercial. Em outubro, o backlog somava 490 aviões da família E-Jet, avaliadas em US$ 15,2 bilhões (R$ 82 bilhões) — aumento de 37% em relação ao mesmo período de 2023.

Com base nesse volume, a empresa prevê crescimento expressivo até o final da década, impulsionado por entregas comerciais e expansão de sua presença internacional na aviação regional e de negócios.

Via Marcel Cardoso (Aero Magazine)

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Entenda o ‘pouso-caranguejo’, procedimento feito com avião da Latam em SC que viralizou nas redes

Forte ventania, com ventos cruzados, obrigou o piloto da aeronave a realizar uma manobra. Caso ocorreu na quarta-feira, 5, no Aeroporto Internacional de Navegantes.


Uma manobra espetacular durante o pouso de um Airbus A320 da Latam no Aeroporto Internacional de Navegantes, em Santa Catarina, na quarta-feira, 5, viralizou nas redes sociais. O avião vinha do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo e pousou em Navegantes às 16h26.

Uma forte ventania, com ventos cruzados, obrigou o piloto da aeronave a realizar uma manobra conhecida como “pouso-caranguejo”, em que o avião realiza o procedimento de descida de lado. Ou seja, o piloto aponta o nariz do avião para a direção do vento durante a aproximação com a terra e o alinhamento da aeronave com a pista acontece quando o avião está prestes a tocar o solo.


A manobra é considerada um procedimento dentro da normalidade na aviação, sem risco para os passageiros, especialmente em aeroportos localizados perto do mar, como é o caso de Navegantes.

O gerente do Aeroporto Internacional de Navegantes, Wilson Rocha, afirmou que esse tipo de manobra é mais comum do que se imagina: “O piloto recebe as informações do vento e, com base na performance da aeronave e nos limites previstos, decide se é seguro pousar”, explica.

No momento do pouso, as rajadas de vento na região chegaram a quase 70 km/h, segundo informou a Motiva, concessionária responsável pela administração do Aeroporto de Navegantes.

Via Estadão

domingo, 9 de novembro de 2025

Piloto morre após queda de avião agrícola em zona rural de MT

A aeronave pegou fogo pouco depois da batida, e as chamas se alastraram na região. Incêndio foi contido pelos bombeiros, que atuam no local.

(Foto: Reprodução / CBM-MT)
O piloto, identificado como Graciel Eduardo Toniazzo, morreu neste sábado (8) após o avião agrícola em que pilotava perder altitude e bater contra o solo na na Fazenda Estância Gaúcha, na zona rural de Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá.

Os bombeiros foram acionados por volta de 13h25. Após a queda, a aeronave pegou fogo, que se espalhou na região. As chamas, segundo os bombeiros, já foram contidas.

Os bombeiros trabalham para retirar a vítima das ferragens queimadas do que restou da aeronave.

Equipes da Perícia Oficial e Identificação Técnica atuam no local junto com os bombeiros.


Via g1 e vgnoticias.com.br

Dois corpos são resgatados após queda de avião no interior do Amazonas

Destroços foram encontrados após buscas da FAB; equipe trabalha na remoção dos corpos, e o número de vítimas ainda não foi divulgado.

Corpos resgatados após queda de avião (Foto: Divulgação)
Dois corpos foram localizados nesta sexta-feira (7) após a queda do avião que desapareceu em 31 de outubro, quando decolou de Tefé com destino a Atalaia do Norte, no interior do Amazonas.

Na quinta-feira (6), o Serviço de Aéreo de Resgate da Aeronáutica contou com equipamentos do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) de Tabatinga, que nesta sexta foi acionado pela Polícia Civil para auxiliar na remoção dos corpos.

(Foto: Divulgação)
Os corpos foram levados ao aeroporto internacional de Tabatinga e encaminhados ao hospital local para reconhecimento. Segundo apuração da Rede Amazônica, a direção do hospital informou que ambos eram homens. 

Um deles era Clemilson Duarte, de 43 anos. O irmão dele, um empresário de Manacapuru (a 86 quilômetros de Manaus), relatou o caso nas redes sociais. O avião havia saído de Tefé. O outro é Matheus de Sena Silva, de 29 anos.

“Esse avião saiu de Tefé para Fonte Boa e no trajeto aconteceu essa tragédia. Só eram duas pessoas e um desses pilotos era meu irmão”, disse Clenilton Lira Duarte.

O desaparecimento do avião foi comunicado à FAB em 4 de novembro, quando o Esquadrão Pelicano iniciou as buscas. Até a última atualização desta matéria, o modelo da aeronave não havia sido divulgado.

“No momento, um helicóptero H-60, do Exército Brasileiro, juntamente com a equipe de resgate da FAB, está no local para a remoção dos corpos das vítimas”, informou a Força Aérea.

Via Lucas Macedo, Rôney Elias (g1 AM e Rede Amazônica) e Amazonas Atual

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Quer ser piloto? Governo fornece material gratuito para estudar em casa

Setor da aviação comercial deve demandar quase 700 mil novos pilotos nas
próximas décadas (Imagem: Westwind Air Service)
O mercado para profissionais da aviação está aquecido mundialmente. Segundo estimativas da Boeing, até 2044 serão necessários 660 mil novos pilotos na aviação comercial global, sem levar em conta os pilotos privados e da aviação geral (como aeromédico, táxi-aéreo, segurança pública, entre outras).

No Brasil, o primeiro passo para ser piloto pode ser feito em casa. Os estudos teóricos para a certificação de piloto privado não precisam ser realizados em escolas homologadas, ao contrário da formação prática.

Quem quiser conhecer mais da profissão, do mundo aeronáutico ou, de fato, dar o primeiro passo na carreira de piloto pode contar com material disponibilizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Ainda, quem está fazendo o curso em escolas de formação pode usar o material para reforçar os estudos antes da prova oficial para obter a certificação de piloto privado, que, posteriormente ainda terá de contar com as horas práticas em voo antes da obtenção definitiva da autorização para voar.

Onde baixar o material?


A Anac mantém em seu site uma biblioteca digital gratuita chamada Asas do Conhecimento, com conteúdo voltado a quem deseja compreender melhor a aviação ou iniciar a formação como piloto.

O material foi elaborado por especialistas da agência e segue o conteúdo programático exigido para a obtenção do certificado de piloto privado (PP), primeira etapa na carreira de piloto.

As apostilas estão disponíveis em formato PDF e abordam desde princípios básicos de voo, construção de aeronaves, aerodinâmica e sistemas das aeronaves entre outros. Qualquer pessoa pode baixar o conteúdo, sem necessidade de cadastro, e utilizá-lo tanto para estudo próprio quanto como reforço para os cursos presenciais em aeroclubes e escolas de aviação.

Veja as apostilas disponíveis:
O conjunto cobre praticamente toda a parte teórica exigida para quem pretende prestar o exame da Anac e iniciar o curso prático de piloto privado.

Pilotos do Semiárido


Em 2024, a Anac lançou uma iniciativa inédita para ampliar o acesso à formação de pilotos no país. É o projeto Pilotos do Semiárido, que oferece bolsas de estudos integrais para formação de pilotos comerciais, sediado em Mossoró (RN). O projeto inclui tanto as disciplinas teóricas quanto a parte prática em voo (a mais cara), contemplando todo o conteúdo exigido para a certificação de piloto.

O objetivo é democratizar o ingresso na aviação civil, reduzindo o impacto do alto custo da formação que, em escolas particulares, pode ultrapassar R$ 250 mil até a licença de piloto comercial. Metade das vagas da iniciativa são destinadas a mulheres, e o projeto faz parte do programa Asas para Todos, que é formado por 34 projetos que visam aumentar a capacitação e fomentar a diversidade e a inclusão no setor.

O processo seletivo da primeira turma ainda está em andamento após atraso devido a problemas encontrados durante o processo seletivo. Atualmente, já foi publicada a lista final de aprovados e feito um ajuste no cronograma de início das aulas.

O projeto é voltado a candidato


A formação de um piloto civil é dividida em diversas etapas, que combinam teoria e prática. O primeiro certificado é o de piloto privado (PP), que autoriza o voo recreativo, sem fins comerciais, e é preciso ser maior de 18 anos, ter o ensino médio completo e aprovação em exames teóricos e práticos da Anac.

A etapa teórica pode ser estudada por conta própria, como no material gratuito da agência, ou em escolas de aviação homologadas. Já a parte prática deve obrigatoriamente ser feita em aeroclubes ou escolas credenciadas, com no mínimo 40 horas de voo supervisionadas por um instrutor, devendo ser realizado um voo solo para se obter a certificação.

Após o PP, quem deseja seguir carreira deve buscar a licença de piloto comercial (PC), que permite voar profissionalmente, transportando passageiros ou cargas. Para isso, o candidato precisa acumular pelo menos 150 horas de voo e cumprir uma nova bateria de provas teóricas e cumprir exigências médicas mais rigorosas que para o PP.

O passo seguinte costuma ser a realização de voos para se obter uma quantidade mínima de horas de voo para, por exemplo, se candidatar a uma vaga em companhias aéreas. Ainda pode ser necessário possuir habilitação em aeronaves multimotor e o curso de voo por instrumentos (IFR), dependendo da circunstância.

A progressão pode levar alguns anos e exige investimento significativo, mas o retorno tende a compensar: pilotos comerciais de companhias aéreas no Brasil recebem, em média, entre R$ 10 mil e R$ 20 mil mensais, dependendo da empresa e do tipo de aeronave.

Assim como globalmente, no Brasil, o ritmo de contratações também vem crescendo, especialmente com a retomada de voos regionais e o aumento de operações de aviação executiva.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)