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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Como transportar a tocha olímpica em uma aeronave


Em operação especial iniciada em 1º de maio de 2016, a LATAM Airlines (LA) transportou com sucesso a Tocha Olímpica de Genebra para Brasília, dando início à contagem regressiva de 95 dias para o início dos XXXI Jogos Olímpicos que serão celebrados no Rio de Janeiro de 5 a 21 de agosto do mesmo ano.

Hoje, quando estamos prestes a iniciar as Olimpíadas de Tóquio 2020, damos uma olhada na logística de transporte da tocha olímpica a bordo de uma aeronave comercial.

A LATAM escolheu um Boeing 767-300ER (PT-MSY) para ser a primeira aeronave a usar a nova pintura da companhia aérea consolidada. Para destacar o evento, títulos especiais do Olympic Dream Onboard foram aplicados na fuselagem, juntamente com um logotipo especial colocado na frente. 

A aeronave já ostentava as novas cores da LATAM, além de títulos olímpicos especiais (Foto: Daniel Carneiro)

O voo


O voo para Genebra identificado como JJ9750 saiu no início da noite do Rio de Janeiro/Galeão, chegando a Genebra no dia seguinte pela manhã. Lá, o Comitê Olímpico Brasileiro liderado por Carlos Nuzman recebeu a chama, que era acesa em quatro lâmpadas fechadas movidas a querosene. Cada lâmpada foi acompanhada por um membro da Comissão Organizadora.

Uma estrutura de suporte especial foi desenvolvida para fixar a lâmpada no assento da aeronave. A estrutura foi pensada de forma a que a lâmpada nela fosse fixada, impedindo a sua movimentação durante o voo e minimizando o risco de incêndio a bordo.

A lâmpada especial, fixada em banco de passageiro padrão a caminho de Brasília (Foto: LATAM)
O voo de retorno identificado como JJ9751 saiu de Genebra na noite de 2 de maio, e chegou a Brasília, capital do Brasil, na manhã de 3 de maio. Ao entrar no espaço aéreo brasileiro, a aeronave foi escoltada por duas Forças Aéreas Brasileiras (FAB) Caças F-5.

Um dos dois caças FAB F-5 que acompanham a aeronave a caminho de Brasília (Foto: LATAM)

A chegada


Ao chegarem a Brasília, as lâmpadas foram descarregadas e transportadas para o Palácio Presidencial do Planalto, onde a presidente Dilma Rousseff as recebeu, acendendo a tocha ao iniciar sua jornada pelo país.

Carlos Nuzman, chefe do Comitê Organizador do Rio de Janeiro, desembarca a aeronave com
a bandeira brasileira e uma das lâmpadas com a chama olímpica (Foto: LATAM)
O Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016 percorreu 300 cidades do Brasil. Durante o passeio, a LATAM levou a tocha a 13 cidades em uma aeronave Airbus A319, também com a logomarca do Revezamento da Tocha Olímpica: Teresina, Palmas, São Luís, Imperatriz, Belém, Macapá, Santarém, Boa Vista, Manaus, Rio Branco, Porto Velho, Cuiabá e Campo Grande.

No total, cerca de 12.000 pessoas carregaram a chama em sua jornada até o Estádio do Maracanã para a Cerimônia de Abertura.


Para as Olimpíadas de Tóquio 2020, um Boeing 787 Dreamliner JA837J especial foi colocado em serviço com a cooperação da JAL e da ANA.

O tipo realizou uma missão especial para transportar a tocha olímpica de Atenas para a Base Aérea de Matsushima, no Japão, em março de 2020. A pintura especial durou apenas uma semana e depois foi repintada para a pintura normal da JAL.

Via Roberto Leiro (Airways Magazine)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Policiais simulam invasão de avião tomado por terroristas em São Carlos (SP)

Atividade foi feita em parceria com a polícia francesa, experiente na ação.

Treinamento tem como foco a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas.


Policiais militares de São Carlos e Rio Claro (SP) participaram, nesta sexta-feira (4), de um treinamento que simulava a invasão de um avião tomado por terroristas. A atividade foi feita em parceria com a Polícia Militar Francesa e tem como foco a Copa do Mundo e as Olimpíadas, eventos esportivos que serão realizados no Brasil em 2014 e 2016. Segundo os organizadores, 2 mil pessoas participaram do treinamento.

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terça-feira, 21 de maio de 2013

Turistas avaliam aeroportos de cidades-sede de grandes eventos

Fantástico acompanhou turistas estrangeiros para testar a qualidade dos serviços nas seis cidades que vão sediar a Copa das Confederações.


O Brasil se prepara para três grandes eventos que vão mobilizar o país e atrair milhares de turistas estrangeiros. O maior deles é a Copa de 2014, daqui a exatos 396 dias. Mas será que está se preparando mesmo? Será que conseguiremos receber bem toda essa gente que vem pra cá? O Fantástico começa uma série que quer trocar o pessimismo pelo otimismo. Voluntários não faltam e dois desafios começam logo agora: a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude.

Turista se diverte, mas às vezes sofre. Ele está ali, precisa de uma informação, vê alguém, pede um favor...E às vezes, um passeio, que era pra ser tranquilo, pode virar uma gincana. E se está desse jeito agora, imagina na Copa?

Quantas vezes você já não ouviu essa frase? O trânsito está ruim? Imagina na Copa! O avião atrasou? Imagina na copa! A segurança falhou? Imagina na copa! Que tal, em vez de imaginar, não arregaçar as mangas e fazer bonito? Fazer uma coisa útil, bacana, tem gente que já começou!

Disposição para atender bem, o brasileiro tem de sobra. Só na Copa das Confederações serão 13,5 mil voluntários para receber nossos convidados. Não é à toa que a hospitalidade é o quesito mais bem avaliado pelos estrangeiros que visitam o país.

Mas só boa vontade não vai ser suficiente para acolher bem os mais de um 1,2 milhão mil estrangeiros que vamos receber nos próximos três anos.

A boa etiqueta manda a gente deixar a casa arrumada para receber os convidados. Organizar, limpar, enfeitar, pois nós vamos receber milhares de turistas, que vão chegar a nosso convite. Temos que fazer de tudo para acolhê-los bem! até porque os olhos do mundo vão estar voltados ao Brasil!

O que ainda dá tempo de fazer? Quem vai nos ajudar a descobrir é nossa consultora de etiqueta urbana, Gloria Kalil. Ela percorreu os lugares mais frequentados pelos turistas para avaliar a infraestrutura e o atendimento.

Ir para um país desconhecido é sempre uma aventura. Mesmo pra aqueles países super organizados pra receber turistas. E nós - bem atrevidos - estamos convidando gente de todos os cantos do planeta para vir nos visitar nos próximos anos.

 Mas será que está tudo arrumado para os nossos convidados? Nós fomos conferir. O Fantástico acompanhou turistas estrangeiros para testar a qualidade dos serviços nas seis cidades que vão sediar a Copa das Confederações, agora em junho.

Clique AQUI para assistir a reportagem.

Fonte: Fantástico (TV Globo) - Imagem: Reprodução de TV

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Esquema de defesa do país para a Copa só ficará pronto para a Olimpíada

O helicóptero Black Hawk terá a mesma função dos caças Super Tucano, a de abordar
 aeronaves indesejadas de baixa velocidade - Foto: Força Aérea Brasileira

Clique AQUI e veja outras aeronaves que serão usadas no esquema de segurança

O governo federal brasileiro está preparando um esquema de defesa aérea para proteger os estádios e praças esportivas do país contra eventuais ataques - terroristas ou não - durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. O plano, porém, só contará com todo o equipamento esperado depois do Mundial de futebol, que ocorre em junho de 2014.

A tarefa está sob responsabilidade do Comdabra, ou Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro, subordinado diretamente à Presidência da República. A operação, similar à que foi montada durante a Rio +20 no ano passado, baseia-se em um sistema de linhas de defesas concêntricas. A última delas deveria ser composta por mísseis guiados por radar, mas este equipamento, que está sendo negociado com a Rússia, não deverá estar pronto para operar até a Copa. Além dos mísseis, a defesa brasileira contará com aviões radar, caças a jato, aviões de ataque leve Super Tucano, helicópteros armados Black Hawk e Ah-2 Sabre e canhões antiaéreos.

Apesar da Fifa não apresentar exigências especificas para a defesa aérea, o governo brasileiro está aproveitando a oportunidade para dar continuidade a um reaparelhamento do sistema de artilharia antiaérea do país, considerado pelos comandantes militares brasileiros como um dos nichos mais defasados das forças armadas nacionais.

De acordo com o especialista norte americano Bill Sweetman, editor-chefe da revista Aviation Week e autor de mais de 50 livros sobre aviação militar, a defesa de um grande evento esportivo em ambiente urbano deve ser planejada em camadas.

A primeira linha tem como função controlar o espaço aéreo; determinar áreas de restrição ao voo nas cercanias dos estádios e usar radares em terra e aviões radar para "saber quem deveria estar lá em cima e quem de fato está".

Então, as informações obtidas nesta operação devem ser concentradas em um só centro de coordenação e decisão. Nessa parte o país está preparado; o controle do espaço aéreo é feito pelos militares, a sua coordenação é unificada e os radares em uso são considerados modernos. Já os aviões radar, modelo E99 da Embraer, tiveram sua modernização contratada junto à fabricante, mas só vão dispor dessas melhorias para a Olimpíada de 2016.

AMEAÇA QUÍMICA

Exemplo de aeromodelo não tripulado que poderia ser carregado com armas químicas.
Helicópteros Black Hawck seriam responsáveis pela neutralização deste perigo.
Foto: Reprodução

A segunda camada é formada pela aviação militar. Ela é composta por aviões e helicópteros armados de diferentes tipos que devem abordar qualquer aeronave que esteja onde não deve, seja um avião comercial fora de rota, um turista perdido em um ultraleve ou terroristas levando armas químicas em um helicóptero pintado com as cores de um canal de notícias.

Cada tipo de ameaça deve ser confrontada por um tipo de aeronave militar especifico, dependendo da sua velocidade. Aeronaves lentas, como aviões a hélice, helicópteros, ultraleves e até mesmo aeromodelos, seriam abordados pelos aviões de ataque leve Super-Tucano e/ou helicópteros.

Jatos comerciais e executivos que adentrassem a área de exclusão, por sua vez, seriam confrontados por caças supersônicos F-5EM, recém modernizados pela Embraer e armados com mísseis israelenses de ultima geração. Essas abordagens teriam função de identificar, orientar, dissuadir e, em último caso, abater as aeronaves em rota proibida.

A última camada de defesa, a mais interna, seria formada por canhões antiaéreos e por mísseis russos modelo Igla, guiados por sensores infravermelho e lançados dos ombros de soldados posicionados ao redor dos estádios em locais estratégicos. O radar Saber M60, com 60 quilômetros de alcance, e o postos de comando e controle COAAE, ambos recém adquiridos e de concepção e fabricação brasileira, deverão ser os olhos e os cérebros dessas baterias.

Dias de jogos

De uma maneira simplificada, o esquema funcionará assim: em dias de jogos, só aeronaves essenciais voam nos arredores do estádio. Nas horas imediatamente anteriores, durante e logo depois do jogo, somente aviões militares e dos serviços de emergência ficam no ar. Radares móveis em terra e aviões radar varrem o espaço aéreo para se certificar de que ninguém está onde não deve.

Se alguma aeronave fugir dos padrões estabelecidos, vai ser questionada. Se não mudar de curso, será abordada por uma caça ou um helicóptero, que vai identificá-la e escoltá-la para fora da área de exclusão. 

Se, em último caso, uma aeronave furar as camadas anteriores e representar perigo iminente, ela será abatida pelos misseis e canhões da artilharia antiaérea. Este equipamento, porém, é considerado obsoleto por especialistas militares, embora isso não signifique que não serão capazes de cumprir a missão.

Para Fernando Valduga, editor do site especializado em aviação Cavok e formado em ciências aeronáuticas pela PUC RS, o sistema disponível no Brasil não é o ideal, mas deverá servir para garantir a defesa das praças esportivas, caso outras áreas de prevenção, como o controle de acesso e movimentação nos aeroportos comerciais e o policiamento das pistas de pouso privadas e clandestinas nas proximidades dos estádio, seja feito de maneira satisfatória.

Fato é, porém, que as defesas antiaéreas brasileiras são de uma geração ultrapassada. A Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro está equipada com canhões Oerlikon Contraves de 35 mm e Bofors 40mm que datam do final da década de 70 e começo dos anos 80, com pouca ou nenhuma modernização.

Em relação a mísseis, o país só irá dispor dos modelos russos Igla. O equipamento é considerado moderno, mas de curto alcance, mais apropriado para defender tropas em movimento do que instalações de importância estratégica, como um estádio recebendo um evento esportivo.

Mísseis de defesa de média altitude não estão disponíveis há mais de dez anos, quando foram desativados os sistemas europeus Roland II. Os equipamentos russos Pantsir, comprados através do Projeto Estratégico Defesa Antiaérea em um pacote que pode chegar a mais de US$ 1 bilhão, não chegarão a tempo da Copa. 

AMEAÇA DISFARÇADA

Modelo de helicóptero contendo armamentos disfarçado de aeronave
 pertencente a um canal de notícias - Foto: Ed Durbin

Ameaças

Em cidades onde o tráfego dos aeroportos passa muito perto do estádio, como o Rio de Janeiro, onde as rotas de aproximação para o Aeroporto Santos Dumont estão a poucos minutos de voo do Maracanã, a falta de uma defesa antiaérea moderna poderia ser um problema. Um avião sequestrado logo depois da decolagem ou pouco antes do pouso teria que ser derrubado por um míssel quase que de imediato, pois não haveria tempo hábil para uma interceptação pelos caças.

De acordo com Bill Sweetman, a defesa antiaérea estaria com a ingrata missão de abater alvos a menos de um minuto para o impacto. Os canhões e misseis de que o Brasil dipõe têm alcance curto demais, e os mísseis guiados por infravermelho poderiam acabar acertando o alvo errado, no caso de haver mais de um avião em locais próximos.

Na opinião do pesquisador Expedito Carlos Stephani Bastos, coordenador especialista em defesa da Universidade Federal de Juiz de Fora, "na falta de meios mais modernos, o Brasil vai ter que se virar com o que tem e torcer para que nada de mal aconteça".

O helicóptero AH 2 Sabre também irá abordar aeronaves indesejadas de baixa velocidade
Uma alternativa para reduzir riscos é a interrupção completa de pousos e decolagens nos horários de jogos, manobra que seria viável na Copa, mas não na Olimpíada, quando eventos esportivos acontecem durante varias horas diariamente.

Além de aviões sequestrados, há outras ameaças sendo levadas em consideração pelas Forças Armadas, como veículos aéreos não tripulados carregados com agentes químicos ou explosivos ou mesmo um ataque com foguetes caseiros dos tipos que o Hamas atira sobre Israel, lançados por um grupo terrorista ou facção criminosa das cercanias do estádio.

AJUDA DO TIO SAM

A embaixadora permanente dos Estados Unidos na ONU (Organização das Nações Unidas), 
Susan Rice, afirmou na tarde desta quarta-feira (17) que os EUA irão colaborar com o Brasil 
na segurança dos grandes eventos mundiais que o país irá receber - Foto: Folhapress

Olimpíadas

De acordo com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, a preocupação maior nessa área é com os Jogos Olímpicos, que apresentam um desafio muito superior ao da Copa Do Mundo, já que o espaço aéreo a ser controlado é muito maior, envolve focos de concentração de público simultâneos e por um período de tempo muito maior.

Nas Olimpíadas de Londres, os ingleses instalaram diversas baterias de mísseis Rapier pela cidade. Em Pequim, os chineses usaram equipamentos de alcance inferior ao do sistema russo Pantsir que o Brasil negocia atualmente, mas da mesma categoria técnica e com tecnologia similar. O Pantsir conta com um conjunto de 12 mísseis guiados por radar, dois canhões automáticos de 30 mm, radar de busca e suíte eletro-óptica em um mesmo veículo. É considerado bastante moderno e já foi exportado para inúmeros países.

De acordo com fontes das Forças Armadas, a compra do equipamento russo Pantsir é uma aquisição acima de tudo necessária. O Exército informa que as verbas para aquisição desses materiais vêm de um fundo específico para a defesa brasileira, não sendo provenientes das reservas criadas para os investimentos do país na preparação para a Copa ou para a Olimpíada.

Fonte: Fernando Cavalcanti (UOL)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Apesar de investimentos para Copa e Olimpíada, nenhum aeroporto brasileiro entra na lista dos cem melhores

Terminais de países asiáticos lideram levantamento de consultoria britânica especializada em aviação.

Vista aérea do Galeão, que ainda não foi licitado: aeroporto internacional de Changi, 
em Cingapura, ficou em primeiro lugar

Apesar de o governo estar investindo mais de R$ 3 bilhões em obras de ampliação e reforma nos aeroportos para a realização da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, nenhum terminal brasileiro atendeu às exigências da consultoria britânica Skytrax, especializada em aviação civil. O país ficou fora do ranking de 2013 com os cem melhores aeroportos do planeta.

Deixando a segunda posição para a liderança da lista, encontra-se o aeroporto internacional de Changi, em Singapura, passando para trás o elogiado aeroporto de Seul, na Coreia do Sul. A Ásia ganhou força no levantamento de 2013 da consultoria. O Japão, sozinho, conta com quatro aeroportos dentro das 20 primeiras posições (Haneda e Narita, em Tóquio, Central Japan e Kansai), seguido de China, com três (Internacional de Hong Kong, Internacional de Pequim e Internacional de Xangai).

A Skytrax, uma empresa britânica de consultoria especializada em pesquisas de qualidade para a indústria da aviação, aplicou questionário com 12 milhões de turistas avaliando aeroportos internacionais e companhias aéreas em mais de 40 critérios, incluindo a cortesia das equipes, limpeza dos aeroportos, eficiência, compras e opções de lazer, qualidade dos serviços, infraestrutura e facilidades de trânsito.

Ano passado, a preocupação sobre as condições dos aeroportos brasileiros e a possibilidade de que não ficassem prontos, adequadamente, a tempo dos eventos esportivos, foi levada para o Senado pelo coordenador de Infraestrutura Econômica da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Campos.

Segundo Campos, as obras de ampliação de nove dos 12 aeroportos em funcionamento nas 12 cidades da Copa de 2014 não deverão ser concluídas até o início do evento esportivo. Na ocasião, sugeriu que se pensasse em um plano B, como a construção de terminais temporários.

O técnico do Ipea reiterava que, dos 20 maiores aeroportos do Brasil, 14 operam acima da capacidade. Entre eles, cinco — Galeão (Rio), Confins (Belo Horizonte) e os de Recife, Curitiba e Fortaleza — atuam no limite da eficiência operacional.

No ano passado, o governo licitou e passou às mãos da iniciativa privada três aeroportos, Cofins, Brasília e Guarulhos. A licitação do Galeão, no Rio, ainda está sendo aguardada.

Fonte: Sérgio Vieira (O Globo) - Foto: Genilson Araújo

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

São Roque, SP, terá aeroporto executivo em megaempreendimento

Aeroporto servirá como suporte durante a Copa e Olimpíadas.

Mercado brasileiro neste segmento é o segundo maior do mundo.

Empreendimento terá um investimento de aproximadamente R$ 1,6 bilhão

O município de São Roque (SP), distante a 55 km de São Paulo, deverá ganhar um aeroporto até a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. O projeto encabeçado pela empresa JHSF em parceria com a CFly Aviation reunirá, além do aeroporto executivo localizado no km 60 da Rodovia Castello Branco, um shopping center, residências e um centro empresarial de alto padrão, centro de convenções, campus universitário até um centro médico-hospitalar.

O empreendimento ocupará uma área de 7 milhões de m2 e terá um investimento de aproximadamente R$ 1,6 bilhão. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informou que recebeu o pedido de autorização prévia de construção do aeroporto, que foi concedida em fevereiro deste ano.

O aeroporto deverá servir de suporte durante os movimentados períodos da Copa do Mundo e Olimpíadas. O empreendimento terá duas pistas: uma de 2.470 metros e outra de 2 mil metros, que atenderão também voos intercontinentais. Segundo a JHSF, a extensão destas pistas permite peso máximo de decolagem de 99% dos modelos dos jatos corporativos existentes.


A empresa estima que serão gerados cerca de cinco mil empregos diretos e indiretos na fase de construção e operação do 'Catarina', nome dado pela empresa ao megaempreendimento. Ainda segundo a construtora responsável pelo projeto, o aeroporto contará com áreas capazes de abrigar diversos hangares de pernoite, oficinas de manutenção, locais para indústria aeronáutica e sistemas que permitem realizar procedimento de instrumentos de aproximação de precisão.

Fonte: Mariana Lanfranchi Do G1 Sorocaba e Jundiaí - Imagem: Divulgação/Assessoria de impresa JHSF

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Copa e Olimpíada usarão avião espião

2014/2016

 Aeronave, operada por controle remoto e com autonomia de 37 horas, será arma antiterrorismo

O governo federal vai utilizar o avião espião Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016.

A partir de uma sala de Brasília, será possível monitorar ações de inteligência antiterroristas e acompanhar delegações. Tudo isso ao vivo e por controle remoto.

Adquirido pela Polícia Federal, o equipamento começou a atuar oficialmente na semana passada, em uma discreta operação na região da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina).

O monitoramento detectou ao menos três rotas usadas por contrabandistas e traficantes de armas e drogas. Uma apresentação oficial está prevista para Foz do Iguaçu nos próximos dias. A PF fará um voo simulado na presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Segundo a Folha apurou, o objetivo é fazer uso dos Vants nos locais dos jogos. Com capacidade para operar por até 37 horas sem interrupções e de filmar com precisão movimentos a 40 km de distância, a aeronave, que voa a 5.000 metros de altitude, consegue fazer a vigilância do local sem se aproximar do espaço aéreo dos estádios.

  

 
Equipada com câmeras superpotentes, tem autonomia para acompanhar grandes multidões na entrada ou na saída das partidas da Copa.
 
A operação com o veículo espião permite utilizá-lo de duas maneiras. Na primeira delas, o equipamento voa em linha reta como um avião normal. Com esse trajeto, é possível acompanhar o deslocamento de delegações consideradas sensíveis ou de autoridades que possam correr algum risco de segurança.
 
A outra maneira de pilotar é percorrer, no ar, a forma do número oito, permitindo que as câmeras filmem como se estivessem estáticas, semelhante a filmagens feitas desde um helicóptero. Atualmente, há oito pilotos da PF treinados para manusear o equipamento.
 
"Para comandar o Vant, não basta saber pilotar avião ou helicóptero. É uma mistura dos dois, mas também é uma coisa diferente dos dois", disse um dos pilotos, sob condição do anonimato por questões de segurança.
 
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Uma das funções tecnológicas do veículo espião é a chamada Locked Target: uma cruz na câmera foca o alvo e passa a acompanhá-lo automaticamente, mesmo que este se desloque.
 
A Polícia Federal estuda enviar representantes para a Olimpíada de Londres, no ano que vem, com o objetivo de estudar como os ingleses farão uso de seu próprio Vant em um megaevento. O avião já foi utilizado na Olimpíada de Inverno do ano passado, em Vancouver (Canadá).
 
Além do Vant recentemente inaugurado, a PF comprou outro, previsto para chegar ao Brasil no próximo mês. As duas aeronaves integram projeto de R$ 650 milhões, entre custos de equipamentos, construção de bases e gastos com satélite para transmissão. Até 2015, antes dos Jogos Olímpicos, portanto, a PF deseja ter 14 em operação.
 
Outros países utilizam o mesmo modelo de Vant que a Polícia Federal comprou em Israel. A Índia, por exemplo, conta com 50 aviões iguais.
 
Fonte: Fernando Mello e Natuza Nery (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: Divulgação via pacovio.blogspot.com

terça-feira, 25 de maio de 2010

Construtores criticam MP que estabelece novas regras para licitação de obras aeroportuárias e das Olimpíadas de 2016

Medida Provisória 489 prevê a realização de pregões para obras comuns, pouca publicidade das concorrências e criação de Autoridade Pública Olímpica para controlar execução das obras

O SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) criticou a Medida Provisória 489, de 13 de maio, que cria um regime especial de licitações para as obras aeroportuárias com vistas à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016. De acordo com opinião emitida pelo sindicato, a "aplicação da MP permitirá o cerceamento da ampla participação das empresas nas licitações públicas".

A principal mudança trazida pela MP é a criação de um consórcio público de regime especial, denominado Autoridade Pública Olímpica (APO), que será dirigido pelo Governo Federal em conjunto com o Estado do Rio de Janeiro e com o Município, sede das Olimpíadas. O órgão cuidaria do planejamento e, excepcionalmente, da administração, execução e fiscalização das obras e serviços necessários

Pelo texto, a Infraero recebe autorização para inverter as fases dos processos licitatórios - que levam de seis a oito meses e começam tradicionalmente pela análise da documentação geral do candidato - e fixam-se então na capacidade técnica das empresas e só posteriormente se detêm no critério de preço. "As licitações são regidas pela Lei nº 8.666 e se a MP inverter os processos, vai contrariar aquilo que está em vigor", opina Renato Romano, assessor jurídico do SindusCon-SP.

A estatal ainda poderá realizar pregões eletrônicos para obras em geral. "A realização de pregões em obras é ilegal, isso não existe, é um absurdo. Pregão só pode ser utilizado para produtos e serviços", reclama Romano.

O texto ainda prevê comunicação de publicidade das licitações diretamente às empresas, dispensando o Diário Oficial, pré-qualificação adotada de forma generalizada, e fixação de prazos exíguos para apresentação de propostas. "Em resumo, a Medida Provisória contraria a lei de licitação e a própria Constituição Federal", finaliza Renato Romano.

O SindusCon-SP emitiu um comunidado sobre a MP. Confira a seguir:

"Apressado come cru"

Discretamente, o governo federal incluiu no texto da Medida Provisória 489, que em 13 de maio criou a Autoridade Pública Olímpica (APO), medidas discutíveis para agilizar as obras destinadas às Olimpíadas de 2016, estendendo-as para as obras de reformas e ampliações de 13 aeroportos já com vistas à Copa de 2014.

O atraso nas obras é especialmente preocupante no Aeroporto Internacional de Guarulhos André Franco Montoro (Cumbica) (foto acima), sob responsabilidade da Infraero. Sem a Copa, a situação já beira o colapso. Imagine-se o que poderá acontecer na Copa, sabendo-se que este aeroporto é o principal ponto de convergência e saída dos vôos internacionais.

A Infraero planeja desembolsar R$ 4,47 bilhões nas reformas dos 13 aeroportos, sendo que a obra mais dispendiosa será em Cumbica (R$ 952 milhões), seguida da reforma do Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão).

O problema está em que, pela MP 489, na contratação das obras, poderá ser adotada inversão de fases e de etapas nas licitações públicas, bem como sistema de registro de preços.

A inversão de fases, pela qual se seleciona primeiro a empresa ou o consórcio que oferecer o menor preço, para só depois verificar se possui a qualificação técnica requerida no edital, é polêmica e não está prevista pela Lei de Licitações.

Além das possíveis impugnações, há sempre o risco de o administrador público não realizar o exame acurado da qualificação técnica depois de ele já ter anunciado publicamente a empresa que ofertou o menor preço.

Outros pontos polêmicos da MP: para contratar "obras comuns", poderá ser utilizada a modalidade do pregão. Poderá haver pré-qualificação parcial ou total, contendo alguns ou
todos os requisitos de habilitação ou técnicos necessários à contratação.

Mais: nas licitações do tipo técnica e preço para aquisição dos bens ou contratação de obras, as propostas apresentadas poderão ser avaliadas e pontuadas conforme "parâmetros objetivos" referentes à sustentabilidade ambiental.

A licitação poderá ser informada diretamente a fornecedores. Prazos exíguos foram definidos para contestação, e a Lei de Licitações se aplicará subsidiariamente às contratações de obras, naquilo que não conflitar com a MP.

Caberá ao Executivo regulamentar todos esses pontos, ou seja, o governo federal vai definir o que seriam "obras comuns" ou "parâmetros objetivos" de sustentabilidade ambiental.

Em outras palavras, serão afrontados princípios constitucionais de impessoalidade, moralidade e publicidade que devem reger as licitações para as obras das Olimpíadas e dos aeroportos com vistas à Copa. A aplicação da MP permitirá o cerceamento da ampla participação das empresas nas licitações públicas.

Sabendo-se dos problemas detectados pela Missão Técnica do SindusCon-SP que viajou em abril à África do Sul - orçamentos de estádios estourados por elevações de custos, obras públicas inacabadas por terem começado tardiamente -, será preciso correr contra o tempo.

Entretanto, se a agilização das obras se originar em retrocessos nas licitações públicas, quem acabará pagando mais será o país. E o Brasil da Copa e das Olimpíadas correrá o risco de se transformar de vitrine em vidraça".


Fonte: piniweb.com.br

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Constrangimento olímpico

Membro do comitê internacional para os Jogos de 2016 teve a máquina fotográfica furtada em aeroporto brasileiro

Gerente dos Jogos Paraolímpicos, o grego Athanasios Kostopoulos, 36 anos, fez teste involuntário sobre a qualidade dos aeroportos brasileiros. Ele recebeu sua mala, no Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, violada e constatou o roubo de máquina fotográfica avaliada em R$ 1.500, segunda-feira. Para melhorar os terminais brasileiros já para a Copa de 2014, o governo federal liberou a Infraero de fazer licitações e agilizar as obras em 13 aeroportos — o Tom Jobim é um deles.

Membro do comitê internacional para os Jogos de 2016 teve a máquina fotográfica furtada em aeroporto brasileiro

Na delegacia da Polícia Civil no aeroporto, onde registrou o furto, Athanasios perguntou a policiais quantos roubos e extravios de bagagens são registrados por dia. Ele não conseguiu a estatística, mas afirmou a um colega, diante dos agentes, que relatará o crime ao Comitê Paraolímpico Internacional.

Titular da delegacia do aeroporto, a delegada Teresa Maria Pezza informou que o roubo aconteceu, provavelmente, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde a comitiva desembarcou de Frankfurt, na Alemanha, antes de pegar a conexão para o Rio. Em depoimento, a vítima afirmou que também suspeita que o crime tenha acontecido lá pois sua mala chegou rapidamente à esteira de bagagem no Rio. Segundo investigadores, são comuns roubos praticados por maleiros do terminal paulista. Eles aproveitam o momento da transferência das bagagens de uma aeronave para outra. A Infraero, responsável pelos dois aeroportos, disse que a responsabilidade é da companhia aérea. A TAM não quis se pronunciar.

Fonte: Maria Mazzei (O Dia Online) - Foto: Carlo Wrede/Agência O Dia

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aeroportos preocupam Sérgio Cabral para 2014 e 2016

O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse nesta terça-feira que a sua maior preocupação para a Olimpíada de 2016 e a Copa de 2014 é a situação dos aeroportos do País, que precisam passar por reformas. Ele cobrou mais investimento do governo federal no setor e voltou a insistir na privatização do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, após reunião com a Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI), num hotel na zona oeste do Rio.

"Essa questão não é só para as Olimpíadas, é para a Copa do Mundo de 2014 também. É o que me deixa muito angustiado, muito preocupado. Nós temos tempo, pois não falo em construir um aeroporto. É a sua adaptação, modernização. Eu acredito que algo tem de ser feito. Do jeito que está...", disse o governador.

"Não só o aeroporto do Rio. O de São Paulo também. Os dois precisam passar por investimentos importantes. E acredito muito que uma concessão [para a iniciativa privada] seria o melhor caminho. Essa é a minha posição. É o que mais me angustia. Maracanã, Maracanãzinho, saneamento, APO [Autoridade Pública Olímpica], metrô, tudo está indo bem", emendou.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou nesta terça, numa maquete, o projeto de mudança de instalações esportivas para a zona portuária, que será revitalizada. Sua intenção é mostrar a viabilidade de se transferir o Centro de Mídia e a Vila de Mídia, além de algumas instalações, da Barra da Tijuca para a região central da cidade.

Segundo o prefeito, o COI vai analisar essa possibilidade e não deve tomar decisões da noite para o dia. "O COI costuma levar em conta o legado dos Jogos para as cidades-sede", argumentou, no intervalo da reunião. Após o encontro, ele não quis dar entrevista.

Sérgio Cabral disse que esse assunto não deu "nenhum estresse" com os membros do Comitê. "O prefeito fez essa ponderação [sobre o projeto de mudanças]. Ele tem razão e ainda vamos chegar a um consenso. O prefeito fez boa exposição sobre o tema". Nesta quarta-feira, membros do COI vão percorrer as instalações que serão utilizadas em 2016.

Fonte: Bruno Lousada (Agência Estado)

terça-feira, 2 de março de 2010

Para ministro, aeroportos são principal desafio para Copa e Olimpíada

O ministro do Turismo, Luiz Barretto, considera que a situação dos aeroportos está entre as principais preocupações para uma realização tranquila da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

Barretto não defendeu um modelo específico de gestão para os aeroportos brasileiros, mas sugeriu a adoção de "medidas emergenciais" até que o governo bata o martelo sobre a solução e as obras que serão feitas nos principais terminais.

"Não pode ter nenhum tipo de preconceito para enfrentar uma solução tão importante para uma indústria que cresce de maneira chinesa", frisou Barretto, que apresentou hoje os resultados da 6ª Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo (Pacet), realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

"Sou a favor que se estudem todos os mecanismos, inclusive os de concessão. O Brasil é um país continental, tem aeroportos lucrativos e aeroportos que não são lucrativos, mas que são importantes para a malha aérea nacional. Não se pode fazer concessão só no filé mignon, tem que pensar o boi inteiro", acrescentou.

Para o ministro, com a taxa de crescimento do setor aéreo nacional, que no ano passado avançou 14%, com mais de 56 milhões de passageiros, medidas emergenciais terão que ser postas em prática para evitar gargalos e novas edições do caos aéreo.

Como exemplo citou a experiência de Florianópolis, onde dois terminais pré-moldados funcionaram por dois anos, enquanto as obras de expansão do aeroporto da cidade estavam embargadas.

"A gente tem que botar a criatividade para trabalhar. As obras de longo alcance são as fundamentais, mas pode-se combiná-las com medidas de curto prazo", disse Barreto.

Em janeiro, o mercado de aviação mostrou que continua com força em 2010. Foram transportados 5,624 milhões de passageiros em voos domésticos, 22,5% a mais que em janeiro do ano passado e 3,46% que o recorde anterior, de outubro de 2009.

Nos desembarques internacionais, Barreto frisou que o recorde de 734,6 mil do mês passado ficou 12,23% acima de janeiro de 2009 e foi 9,08% maior que o recorde anterior, de janeiro de 2005.

Barretto, que se disse otimista em relação à solução para os terminais aeroportuários brasileiros, chamou a atenção ainda para a qualificação profissional para a Copa e a Olimpíada.

"Temos que melhorar a qualificação profissional do nosso receptivo. O tema da língua é importante para ampliar o mercado, o inglês e o espanhol são fundamentais", destacou.

Fonte: Rafael Rosas (Valor Online) via O Globo

domingo, 18 de outubro de 2009

Forças Armadas alistam atletas para Olimpíada de 2016

O espírito olímpico que contagiou o Brasil também tomou conta das Forças Armadas. A exemplo de grandes clubes desportivos do País, Exército, Marinha e Aeronáutica agora recrutam atletas civis para os seus quadros. Além de garantir um bom desempenho das equipes brasileiras nos Jogos Mundiais Militares, que serão realizados em 2011 no Rio de Janeiro, a iniciativa inédita do Ministério da Defesa também visa à preparação dos esportistas para as Olimpíadas de 2016. Incorporados como marinheiros, soldados, cabos e até sargentos, os novos milicos devem ter apenas uma preocupação: conquistar medalhas.

"Nossa intenção é elevar o nível dos esportistas brasileiros. Queremos vê-los fazendo bonito nos Jogos Militares e Olímpicos. E sabemos que pra isso precisam se dedicar exclusivamente aos treinos, sem se preocupar com problemas como a falta de patrocínio", explicou o almirante Bernardo Gamboa, presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, ligada ao Ministério da Defesa.

Até agora, 209 atletas civis foram aprovados nos testes das Forças Armadas. Só a Marinha já recrutou 137. E os oficiais se preparam para anunciar 39 novas vagas em novembro. O Exército divulgou a relação dos aprovados nos exames. Ao todo, 72 dos 230 aspirantes foram escolhidos. Outros 48 serão recrutados em dezembro. A Aeronáutica, única que ainda não incorporou atleta civil, informou que faltam apenas detalhes para o recrutamento.

Para garantir um lugar nesta fábrica de campeões, os atletas são submetidos a uma bateria de testes, que variam de exames psicológicos e físicos a até de habilidade na modalidade esportiva praticada. Os aprovados ainda passam por um treinamento especial de três semanas, com instruções sobre as normas de conduta e a hierarquia militar. Eles ainda aprendem a marchar e até a atirar.

Além de contar com infra-estrutura para os treinamentos, os atletas também recebem uma ajuda de custo. Com vencimentos que variam de R$ 1,2 mil a R$ 2 mil, eles recebem vale-transporte, refeição, assistência médica e odontológica e, para os interessados, alojamento nos quartéis.

Atletas estimulam militares para o esporte

Integrante da comissão organizadora dos Jogos Mundiais Militares do Rio, o general Fernando Azevedo destacou a importância da convivência dos militares com atletas de alto rendimento. "A presença desses esportistas civis em nossos quartéis vai atrair centenas de militares para a prática de esportes", acredita.

Atraída pelas facilidades dos quartéis, a jogadora da Seleção Brasileira de Futebol Feminino Maycon não perdeu tempo. Medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008, ela se alistou na Marinha e, desde maio, tornou-se marinheira especializada. "Fiquei impressionada com a estrutura de treinamento. É melhor do que a de muitos clubes grandes", contou Maycon, que já chegou conquistando títulos.

Um mês depois de ser incorporada, ela liderou a equipe brasileira que conquistou o Mundial de Futebol Feminino Militar, nos Estados Unidos.

Prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, o judoca João Gabriel, que representou o Brasil em Pequim, ano passado, integra o quadro das Forças Armadas. Militar de carreira, João, que é soldado do Exército há seis anos, elogiou a iniciativa do Ministério da Defesa. "Representa avanço não só para o segmento militar, mas também para o esporte brasileiro", afirma.

Fonte: O Dia via Terra

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