sábado, 2 de janeiro de 2010

EUA usam vídeo para estimular alunos a voar na gravidade zero

Antes de mostrar um vídeo aos alunos da 11ª e 12ª séries na aula de física, Glenn Coutoure, professor do Colégio Norwalk, avisou que ele apareceria com a boca aberta, como num espanto infantil, quase o tempo inteiro. O professor, então, começou a passar o DVD, que mostrava ele e outros professores de ciências flutuando em um avião durante um voo em setembro. Voando para cima e para baixo como uma montanha russa gigante ao longo de trajetos parabólicos, o avião simulou a gravidade reduzida da lua e de Marte, bem como a ausência de peso em intervalos de 30 segundos.

Em setembro, educadores - a bordo de um Boeing 727 modificado - experimentaram a gravidade zero

Os professores desempenharam uma série de experimentos e brincadeiras, como realizar flexões com os outros sentados em suas costas e abocanhar confetes que flutuavam em linha reta, na esperança de que isso ajudasse a explicar melhor aos alunos as leis do movimento que Isaac Newton deduziu séculos atrás. "Vejam que a bola simplesmente paira", disse Coutoure. "Isso é demais", um aluno afirmou.

A Fundação Northrop Grumman tem enviado professores de ciências a esses voos que simulam a ausência de peso nos últimos quatro anos para despertar o entusiasmo de professores e alunos em relação à ciência e à matemática. "De repente, esse professor se torna um super-herói", disse Sandra Evers-Manly, presidente da fundação.

Quando a fundação fez uma pesquisa com 205 professores que voaram em 2005 e 2006, quase 92% relataram um aumento no interesse geral por ciências entre os alunos. Cerca de 75% disseram que mais alunos expressaram desejo em continuar estudando matemática e ciências.

O voo de 29 de setembro, a bordo de uma nave 727 modificada e operada pela ZeroGravity Corp., que oferece voos comerciais que simulam a ausência de peso ao custo de US$ 5 mil por cabeça, decolou do aeroporto internacional Stewart em New Windsor, Nova York, e rumou em direção ao sul. No litoral de Nova Jersey próximo a Atlantic City, o jato começou a fazer seus movimentos circulares para cima e para baixo - uma parábola em gravidade marciana, duas na gravidade inferior da lua e então doze simulações de ausência de peso.

Qualquer um pode sentir a ausência de peso numa queda. Durante a porção de gravidade zero do voo, o avião voa em direção ao solo à mesma velocidade e aceleração de queda livre dos passageiros. O avião possui poucas janelas que permitem observar sua aproximação do solo e os passageiros sentem como se estivessem flutuando nos ares e não em uma queda livre. Quando o avião ascende do mergulho, os passageiros, que são instruídos deitarem-se no chão rapidamente, sentem o dobro de seu peso normal.

Para a maioria dos professores como Coutoure, essa experiência "boquiaberta" é o mais próximo que eles chegarão do espaço. No entanto, a professora do ginásio Rachael Manzer, de Suffield, Connecticut, pode conseguir viver a experiência espacial. Ela foi escolhida como candidata a voar em uma nave suborbital projetada e construída por companhias privadas.

Como fez o presidente Barack Obama no mês passado ao anunciar US$ 260 milhões em iniciativas público-privadas na educação para gerar interesse em matemática e ciências, os professores no voo falaram repetidas vezes sobre se envolver e inspirar os alunos. Eles falaram especificamente sobre os alunos da 6ª à 8ª séries, que tipicamente parecem perder interesse e proficiência.

Geoffrey Bergen, do Ginásio Whisconier, em Brookfield, Connecticut, um dos professores no voo, disse que era difícil prender o interesse dos estudantes com os métodos tradicionais de ensino na era dos videogames e da tecnologia de ritmo acelerado. "É realmente difícil ensinar com um livro didático quando pensamos no mundo em que vivemos", disse Bergen. O voo de gravidade zero, ele disse, "nos dá uma nova ferramenta para as leis de Newton."

Ao ver seus professores desempenhando atividades de astronautas, os alunos, ele afirmou, "certamente se envolvem."

Depois do voo, Adrienne Manzone, professora da Escola Captain Nathan Hale, em Coventry, Connecticut, estava radiante. "Minha imagem de descolada vai aumentar 100%", disse ela.

Francis Q. Eberle, diretor-executivo da Associação Americana dos Professores de Ciências, disse que programas como os voos de gravidade zero da Northrop Grumman ajudam a melhorar o ensino de ciências. "Isso ajuda a revitalizar a paixão por ciências dos educadores", disse Eberle. "O objetivo é ajudá-los a levar esse entusiasmo de volta e trabalhar isso com seus alunos."

Porém, outros, como Grover J. Whitehurst, membro sênior da Instituição Brookings e ex-chefe do Instituto Federal de Ciências da Educação, questionam se a ênfase no envolvimento e inspiração dos estudantes é realmente adequada. "Certamente, não há mal em fazer isso", disse Whitehurst sobre o programa da Northrop Grumman. Contudo, ele afirmou, os US$ 5,1 milhões que a fundação gastou no programa nos últimos quatro anos talvez pudessem ter sido mais efetivos em outra coisa. "Se eles tivessem me contratado como consultor, não teria imaginado gastar isso em voos de gravidade zero", ele disse. "A pergunta é, isso realmente melhora o ensino? Isso tem um impacto? Essas perguntas não são feitas e respondidas com frequência suficiente."

Whitehurst disse que as iniciativas para fazer com que matemática e ciências sejam mais atraentes aos estudantes poderiam ser contraprodutivas se isso enfraquecer a mensagem de que é preciso se esforçar para aprender as matérias. Ele mencionou os testes chamados Tendências na Matemática e no Estudo de Ciências Internacionais, ou Timss, na sigla em inglês. Países nos quais uma fração maior de alunos disse gostar de matemática em geral tiveram desempenho ruim, enquanto outros países como Coreia, em que os estudantes não gostavam de matemática, tiveram as melhores pontuações. (Existem algumas exceções, como Cingapura, onde os estudantes gostam de matemática e também vão bem na matéria)

A noção de que o ensino americano de ciências e matemática esteja em crise é exagerada, segundo Whitehurst. Nos testes Timss mais recentes, os alunos americanos tiveram um desempenho muito acima da média e melhoraram ao longo da última década, embora algumas das demais comparações internacionais mostrem que os alunos americanos estejam na média.

Na turma de Coutoure, o vídeo sobre o voo de ausência de peso foi mostrado no final da aula, depois que ele já havia falado sobre a física do movimento, partindo da crença equivocada de Aristóteles de que objetos em queda têm a mesma velocidade e chegando às observações e deduções mais rigorosas de Galileu. Ele também realizou demonstrações simples para ilustrar os conceitos, deixando cair uma bola de softball e um pedaço de papel, então amassando o papel e fazendo uma bola para mostrar que ela caía com a mesma rapidez que a bola de softball.

Jamie Heverin, um dos alunos, disse, "Estou curioso para ver o que ele vai inventar da próxima vez."



Fonte: Kenneth Chang (The New York Times) via Terra - Tradução: Amy Traduções - Foto: Damon Winter / The New York Times

Cheiro de fumaça faz avião da Delta voltar para o aeroporto

Um avião McDonnell Douglas MD-88 da Delta Airlines, que realizava o voo DL-1379, de Boston para o Aeroporto La Guardia, em Nova York, teve que retornar ao aeroporto de origem neste sábado (2).

A aeronave estava a 6000 pés de altitude quando a luz indicativa de presença de fumaça acendeu na cabine e a tripulação sentiu cheiro de fumaça. O MD-88 retornou ao Aeroporto Internacional Logan, onde pousou em segurança na pista 33L cerca de 15 minutos após a partida.

O porta-voz do aeroporto, Matthew Brelis, disse que o voo 1379 decolou em direção ao aeroporto de LaGuardia, em Nova York, por volta das 10h45 (horário local), levando 34 pessoas, incluindo a tripulação. Ele disse que o piloto retornou após cerca de oito minutos de voo.

O porta-voz da Delta Airlines, Carlos Santos, disse que a empresa investiga a causa do cheiro de fumaça. Os passageiros da aeronave foram realocados num voo marcado para o início da tarde, disse ele.

Fontes: Luana Rodrigues (GAZ) / Associated Press / Aviation Herald

Sob forte chuva, Boeing sai da pista na República Democrática do Congo

Um Boeing 727, operado pela Compagnie Africaine d'Aviation (CAA), sofreu danos consideráveis na sequência de um escape da pista ao pousar no Aeroporto N'Djili (FIH), em Kinshasa, na República Democrática do Congo, na manhã deste sábado (2).

Na foto acima, o Boeing envolvido no incidente fotografado em 09/09/2006

O Boeing 727-231/Adv(F/RE) Super 27, prefixo 9Q-CAA, realizava um voo de carga de Kinshasa para Kananga (ambas cidades da República Democrática do Congo, quando sofreu um problema hidráulico logo após a decolagem, o que levou a tripulação a regressar ao Aeroporto N'Djili, em Kinshasa.

A aeronave teria aterrissado na pista 06 do aeroporto sob chuva muito pesada e, ao tocar na pista 06, coberta por água parada, saiu lateralmente dessa pista.

A matrícula do avião foi confirmada como 9Q-CAA (ex-N54354), prefixo usado anteriormente pela aeronave Ilyushin IL-18B - retirada de serviço - da mesma companhia.

Os relatórios iniciais sugerem, a asa direita pode ter quebrado e se separado também.


Fontes: ASN / Aviation Herald / Flyafrica.info - Foto: Guido Potters (Airliners) - Mapa: Cortesia/Google Earth

Robô explorador "Spirit" completa seis anos em Marte

O robô "Spirit" da Nasa inicia neste domingo seu sétimo ano de investigação em Marte, junto com o outro robô "Opportunity", e seguem surpreendendo os cientistas.

"Spirit" desceu na cratera Gusev do planeta vermelho em 3 de janeiro de 2004 e o outro robô explorador "Opportunity" pousou no outro lado de Marte, nas planícies de Meridiani Planum, em 25 de janeiro.

Pelos cálculos dos cientistas, os equipamentos deveriam funcionar por três meses. "Spirit" e "Opportunity" seguem funcionando passados 3,2 anos marcianos (um ano marciano equivale a 687 dias na Terra).

Durante o período, indicou neste sábado a Nasa, "Spirit" encontrou provas de um ambiente com vapor e turbulências no passado de Marte, muito diferente da área úmida e ácida documentada por "Opportunity", que andou mais de 17 quilômetros e enviou mais de 132 mil imagens de sua região de expedições.

Em maio passado, "Spirit" chegou a uma região arenosa onde suas rodas atolaram e os técnicos da Nasa temem que o robô não possa posicionar-se de modo que seus painéis que transformam a luz solar em energia acumulem carga suficiente para que o explorador sobreviva outro inverno marciano.

A roda da frente do "Spirit" deixou de funcionar em 2006 e a roda direita atolou há um mês. Mas, para surpresa dos técnicos, a roda da frente voltou a funcionar, embora de maneira intermitente.

As tentativas de movimentar o "Spirit" com quatro ou cinco rodas que seguem funcionando não deram muito resultado para retirar o aparelho da área arenosa e, na realidade, o robô afundou um pouco mais no solo.

"Spirit" está no hemisfério sul de Marte, onde agora é outono e a cada dia é menor a incidência de luz solar, energia que alimenta os painéis do robô.

Fonte: EFE via EPA - Imagem: NASA

Próxima missão da Nasa na Lua, em Vênus ou num asteróide

A Nasa acaba de seleccionar três propostas para a sua próxima missão no sistema solar, informa a agência espacial norte-americana em seu site. Poderá ser na Lua, no planeta Vênus ou num asteróide, mas só saberemos em meados de 2011, quando a Nasa escolher um dos projetos. Todos têm por objetivo fornecer uma melhor compreensão da formação da Terra ou, mesmo, da origem da vida no nosso planeta.

A primeira proposta sugere sondar a atmosfera e a crosta de Vênus (o segundo planeta do sistema solar em ordem de distância do Sol), a segunda opta por recolher um pedaço de um asteróide próximo da Terra para análise. Já a terceira propõe enviar uma sonda robótica para uma bacia no pólo sul da Lua para recolher rochas lunares e estudá-las na Terra.

Até a decisão final da Nasa, os cientistas que submeteram as candidaturas vão fazer estudos sobre os custos e as tecnologias que cada proposta envolve. É que a missão selecionada, que deverá ser lançada até 30 de Dezembro 2018, não poderá custar mais de 650 milhões de dólares (cerca de 453 milhões de euros).

"São projetos que inspiram e estimulam os jovens cientistas, os engenheiros e o público", considerou o administrador da Direção da Missão da Ciência na sede da Nasa, em Washington. "Estas três propostas proporcionam o melhor valor científico entre as oito que a Nasa recebeu este ano”, concluiu Ed Weiler.

Fonte: Sandra Pereira (I-Online - Portugal) - Imagem: NASA

MAIS

Para mais informações sobre o 'New Frontiers Program', visite: the New Frontiers program site.

Plano brasileiro de lançar foguete enfrenta atraso

O Programa Espacial Brasileiro entrou em seu último ano sob o governo Lula com dificuldades para cumprir uma promessa feita pelo presidente: colocar um foguete em órbita.

Os dois projetos que podem conseguir isso provavelmente só terão voos de qualificação após o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e alguns especialistas dizem que as duas empreitadas acabarão competindo uma com a outra.

Quando o VLS (Veículo Lançador de Satélites) explodiu em 2003, matando 21 pessoas no CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão, Lula afirmou que ajudaria o projeto da Aeronáutica a se recuperar a tempo de lançar o foguete no ano seguinte. Não foi tão rápido. O VLS - que pretende colocar satélites de até 400 kg em órbita baixa (cerca de 800 km) - foi retomado, mas só terá um primeiro lançamento experimental em 2011.

Consórcio

O outro foguete a ser lançado do Maranhão é o Cyclone-4, projetado pela binacional ACS (Alcântara Cyclone Space), criada pelos governos de Brasil e Ucrânia. O projeto - capaz de levar 1.600 kg a órbitas de 35 mil km de altitude - mantém o cronograma com lançamento em 2010, mas está com dificuldades de financiamento.

As empresas ucranianas do consórcio que constrói o veículo reconheceram que precisam de US$ 200 milhões para finalizá-lo. Até o Natal, não anunciaram ter conseguido o dinheiro.

Especialistas ouvidos pela Folha que não estão envolvidos nos projetos, porém, afirmam que os problemas de curto prazo são os menos graves.

"Não será possível o país manter o foco em veículos com a capacidade do VLS, pois não existe nicho [de mercado] de satélites de pequeno porte", afirma José Nivaldo Hinckel, engenheiro do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) especialista em satélites. "Se o Brasil quiser contar com um programa autônomo, ele vai ter de fazer um veículo que competirá com o Cyclone-4."

A AEB (Agência Espacial Brasileira), encarregada de dar unidade às ações fragmentados que hoje compõem o programa espacial brasileiro, rejeita essa visão. O presidente da agência, Carlos Ganem, porém, já escreveu, em um artigo para o jornal "Correio Braziliense", que o uso do Cyclone-4 em Alcântara é "uma solução intermediária".

Ganem, contudo, disse à Folha que se tinha se expressado mal. "Não estudei semiologia, e o português é uma língua rica", disse. "Falei intermediário porque temos com eles [ucranianos] uma relação de grande expectativa e, até que ela se efetive, será intermediária."

Ainda que o discurso oficial da AEB e da ACS seja de cordialidade, a relação entre as duas entidades já mostrou sinais de desgaste. Em agosto, uma reunião com autoridades do programa espacial acabou em briga, após uma discussão entre Roberto Amaral, diretor da ACS, e o major-brigadeiro Antonio Hugo Chaves, que representava a AEB no encontro.

Uma versão do caso, publicada pelo jornal "O Globo", descrevia cena na qual Amaral teria esmurrado a mesa e arremessado um copo na direção de Chaves. Em carta pública, o diretor da ACS negou o ataque.

Amaral, porém, reconhece que houve discussão sobre o cronograma de obras em Alcântara. A Folha apurou que a Aeronáutica estava resistindo à pressão para empreender recursos na reforma de uma pista de pouso em Alcântara, obra que é essencial para a ACS.

O presidente da AEB não revela o teor do encontro que acabou em discussão, mas afastou Chaves de seu cargo na agência. Ganem diz que "a Aeronáutica tinha se comprometido a realizar essa obra, mas só pôde terminá-la depois de uma incisiva cobrança" de sua parte.

Hoje, enquanto Brasil e Ucrânia pretendem investir US$ 485 milhões para capitalizar a ACS, o projeto VLS, exclusivamente brasileiro, tenta avançar com um orçamento de cerca de R$ 35 milhões/ano.

Apesar da diferença, o coronel Francisco Pantoja, diretor do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que desenvolve o VLS, evita críticas. "Com o que recebemos, dá para trabalhar dentro do cronograma."

Justificativas

O volume maior de verba destinado ao Cyclone-4 se justifica, em parte, por se tratar de um foguete de porte mais competitivo no mercado de lançamento. Mas a política adotada tem críticos. "A justificativa para o desenvolvimento de um veículo [foguete lançador] próprio é de caráter estratégico, o que exclui algo produzido por uma parceria oportunista e sujeita a restrições", diz Hinckel.

Outro engenheiro do setor aeroespacial, que conversou com a Folha sob a condição de anonimato, disse ter dúvidas sobre a viabilidade da ACS.

"É complicado pensar um projeto de longo prazo desses sem apoio forte dos militares", diz. "Mesmo que você tenha todo o apoio do governo, o presidente alguma hora vai embora, mas os militares ficam."

Fonte: Rafael Garcia (Folha de S.Paulo)

Aeroporto de Joinville tem quatro desafios para o ano de 2010

Etapas já começam na próxima semana: a Aeronáutica fará uma vistoria para ver se é viável a instalação do ILS

Para a ampliação ser realizada, ficou acertado que o município deve fazer as obras de retificação do entorno do rio Cubatão

Convênio com Prefeitura

Para que a pista do aeroporto seja ampliada de 1.640 para 1.940 metros é necessário que o convênio entre Prefeitura e Infraero seja retomado. O documento venceu em janeiro de 2007. A Prefeitura e a Infraero começaram no ano passado as negociações para o novo acordo.

Para a ampliação ser realizada, ficou acertado que o município deve fazer as obras de retificação do entorno do rio Cubatão, desapropriar as 72 áreas necessárias e desenhar um novo contorno rodoviário. Esta é a primeira etapa do projeto de desenvolvimento do aeroporto estimado para 20 anos.

Depois das obras prontas, vem a segunda fase, a ampliação da pista, prevista no plano elaborado em 2003. Tudo isso é necessário para que o aeroporto tenha capacidade de receber aviões de carga e seja instalado um equipamento que facilite os pousos e decolagens em dias de tempo ruim, o ILS.

Garantia de voos

2010 começa com a promessa de que o joinvilense terá mais opções de voos a partir do Aeroporto de Joinville. Hoje, seis aeronaves decolam do terminal com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo e o número de viagens poderá subir em fevereiro.

A Trip aguarda liberação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para colocar em operação quatro frequências diárias de ida e volta com destino a Guarulhos, Navegantes, Criciúma e Porto Alegre. O pedido foi encaminhado ao órgão em novembro do ano passado e continua em análise.

Com a ampliação da oferta de voos, a expectativa é que o terminal recupere o movimento de passageiros que caiu 15,98% no acumulado de janeiro a novembro de 2009, em comparação ao mesmo período de 2008. Segundo a Infraero, 191,3 mil pessoas passaram pelo terminal.

Cargas

O projeto para a construção de um novo terminal de cargas e de um prédio para abrigar a seção contra incêndios no Aeroporto de Joinville está em fase de finalização. No total, a Infraero irá desembolsar R$ 9 milhões nas melhorias. A nova estrutura terá 4,2 mil m² em um terreno de 11,8 mil m² e a capacidade de operação de cargas pelo aeroporto pode aumentar em dez vezes. A TAM já manifestou interesse em operar por meio do terminal. De janeiro a novembro a movimentação de cargas foi de 721.023 quilos.

Fonte: an.com.br - Foto:Salmo Duarte

Itália estuda implantar scanner corporal em aeroportos de Milão e Roma

O ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, afirmou que a intenção do Executivo italiano é a de implantar o scanner corporal nos aeroportos de Malpensa, em Milão, e de Fiumicino, em Roma, imediatamente.

Em entrevista ao jornal "Corriere della Sera" publicada neste sábado, Maroni disse que é "favorável" à incorporação deste sistema de segurança e afirmou que a Itália já dispõe dos recursos para adquirir os aparelhos de scanner.

"A ideia é começar com testes que contemplam o uso do scanner só no caso de alguns voos de alto risco, e determinar que, na sala onde são projetadas as imagens (recopiladas pelo aparelho), haja apenas uma pessoa para controlar", disse.

No entanto, disse que é preciso "superar a posição dos defensores da privacidade europeus que se mostraram contra" a instalação deste sistema.

"Estou em contato com o presidente da autoridade de defesa da privacidade, Francesco Pizzetti, e convoquei uma reunião com o Ente Nacional de Aviação Civil (Enac) italiana em 7 de janeiro para encontrar uma solução", acrescentou.

Este tipo de tecnologia foi rejeitada por organizações de consumidores na Europa, já que pode oferecer uma imagem muito detalhada do corpo nu dos passageiros.

O Parlamento Europeu considerou, em 24 de dezembro, que esse tipo de scanner corporal pode ter um "sério impacto" sobre os direitos fundamentais dos cidadãos.

Fonte: EFE via EPA

Expedição acha restos que seriam do primeiro avião a tentar voar na Antártida

Peças de aço foram encontradas em Boat Harbour.

Aeronave teria tentado voo polar em 1911.


A Austrália procurou por anos pelo velho monomotor Vickers REP Air Tractor em Cabo Denison, onde o mais famoso explorador polar do país, Douglas Mawson, o abandonou durante expedição entre 1911 e 1914.

"A sorte esteve do nosso lado, e esse é um grande episódio na história da aviação na Antártida", afirmou Tony Stewart, líder da expedição, depois da descoberta no primeiro dia do ano.

Douglas Mawson

Francis Howard Bickerton, 22, engenheiro mecânico, responsável pelo Vickers REP Air Tractor

As peças do Vickers REP Air Tractor na água

Peças tubulares de aço que percenceriam ao primeiro avião que voou na Antártida são fotografadas nesta sexta-feira (1º) em Boat Harbour

O achado foi fruto do acaso. Um outro membro da expedição, que se dedica a restaurar o chalé de madeira original de Mawson em Cabo Denison, tropeçou em pedaços de metal enferrujado em meio a pedras nas margens da Baía de Commonwealth, durante maré baixa.

"A sexta-feira foi possivelmente o único dia em anos que as rochas estavam suficientemente expostas e a maré suficiente baixa", afirmou Stewart.

O sonho de Mawson de ser o primeiro homem a voar sobre a Antártida ruiu mesmo antes da sua expedição sair da Austrália. O avião sofrera uma batida num voo de demonstração, o que danificou as suas asas.

Sem tempo para o conserto, o explorador retirou as asas e levou o resto do avião para usar no transporte terrestre de equipamento.

Mesmo como uma espécie de trator, o motor do avião não funcionou no frio.

Fonte: G1 (com agências internacionais) - Fotos: Reuters / Huts Mawson's Foundation

MAIS

Interativo: Seguindo os passos de Douglas Mawson (em inglês).

Assista aos vídeos:



Obama culpa Al Qaeda no Iêmen por tentativa de ataque a avião

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, atribuiu ao ramo iemenita da Al Qaeda a tentativa de um jovem passageiro nigeriano de detonar explosivos a bordo de um avião comercial no último dia 25.

Em seu discurso semanal transmitido aos sábados por rádio e internet, cujo conteúdo foi antecipado à imprensa, Obama prometeu fazer tudo o que for necessário para vencer "a guerra contra uma estendida rede de violência e ódio".

O presidente americano afirmou que o jovem nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab filiou-se no Iêmen ao grupo Al Qaeda na Península Arábica.

Obama disse que este grupo "treinou, forneceu os explosivos e incentivou (Abdulmutallab) a atacar esse avião que se dirigia aos Estados Unidos", em alusão ao voo da Northwest Airlines que cobria a rota entre Amsterdã e Detroit no dia 25 de dezembro.

O governante lembrou que a Al Qaeda na Península Arábica perpetrou uma série de atentados, e ressaltou a colaboração dos EUA com o Governo do Iêmen na luta antiterrorista.

Além disso, lembrou que ao assumir como presidente dos Estados Unidos, em janeiro do ano passado, deixou muito claro que seu país "está em guerra contra uma estendida rede de violência e ódio" e que fará "o que for necessário para vencê-los e defender o país".

Obama afirmou que isso foi feito por seu Governo, e que por isso mudou "o enfoque da luta, pondo um fim responsável à Guerra do Iraque, que não tinha nada a ver com os ataques de 11 de Setembro, e aumentando enormemente os recursos na região onde a Al Qaeda realmente tem suas bases, no Afeganistão e Paquistão".

Fonte: EFE via EPA

Gaúchas relatam voos para os EUA sob novas regras de segurança

Passageiras contam por quais procedimentos passaram em suas viagens para cidades americanas

Passageiros têm bagagens revistadas por policiais, com auxílio do cão Baxo, em aeroporto de Los Angeles

Depois do atentado frustrado ao voo da Delta Airlines do dia de Natal, o governo americano reforçou ainda mais a segurança nos aeroportos para evitar outros incidentes. Algumas das novas medidas, porém, não estão sendo aplicadas por todas as companhias aéreas que fazem voos para os Estados Unidos.

– Foi uma viagem bem tranquila, bem diferente do que eu imaginava – contou a gaúcha Amanda Cheuiche, 19 anos, estudante de Medicina.

Confira os relatos que Amanda e Nádia Gandini, outra passageira gaúcha, deram no final da tarde de ontem a Zero Hora:

Amanda Cheuiche São Paulo-Los Angeles:

“No procedimento de embarque, além do detector de metais, todos passaram por outra revista antes de ir pelo corredor que leva ao avião, com um bastão detector de metais. Além disso, as bagagens de mão foram abertas e revistadas rapidamente. Não foi demorado nem pediram para ninguém tirar sapato. No início do voo, pediram que não houvesse aglomeração de pessoas em pé, senão iriam mandar todos sentarem. Além disso, disseram que seguiriam as regras de segurança dos EUA, mas não especificaram nada. Havia um boato de que não mostrariam a posição do avião, mas conseguimos ver o trajeto pela TV da aeronave o tempo inteiro. Não houve nenhuma proibição, mesmo na última hora de voo: podíamos ficar com casaco no colo, bagagem de mão nos pés... As pessoas estavam tranquilas.”

Nádia Gandini Manaus-Miami:

“A viagem foi tranquila. Antes de fazermos o despacho das malas, um atendente da companhia nos orientou sobre as novas medidas. A bagagem de mão passou normalmente pelo raio-X. Até esse ponto nada de diferente. Quando o embarque foi anunciado começou a bagunça: antes de entrarmos no avião, passamos por três vistorias. Primeiro os tênis: uma menina muito educada revistou os nossos de cabo a rabo. Depois as malas de mão: abriram e olharam tudo! Nesse ponto teve muita gente que ficou para trás, tendo que se desfazer de remédios e coisas do tipo. Na porta do avião, fomos novamente inspecionados com um bastão detector de metais. As revistas não levaram mais do que 20 minutos. A viagem foi absolutamente normal. Não houve nenhum procedimento especial na última hora de voo.”

Medidas revistas

- A própria TSA, a agência que trata da segurança na área de transportes nos EUA, alerta que nem todas as novas medidas anunciadas pelo governo americano depois do Natal são obrigatoriamente aplicadas em todos os aeroportos com voos com destino a cidades americanas.

- A agência ressalta que tem autorização para implementar novas regras de segurança com rapidez – por isso, essas medidas estão sendo constantemente revisadas e podem mudar.

As novas regras

Confira alguns dos procedimentos de segurança aos quais os passageiros com voos para os EUA podem ser submetidos:

- Além de passar pela esteira de bagagens e pelo detector de metais, todos os pertences de mão e os sapatos dos passageiros podem ser inspecionados no finger (tubo que conecta o avião ao terminal de passageiros).

- Ainda no finger, os passageiros podem passar por outro detector de metais.

- Funcionários podem pedir que os passageiros tirem os sapatos.

- Enquanto a aeronave estiver sobrevoando o espaço aéreo dos EUA, a tripulação tem autorização para não informar os passageiros sobre a trajetória do voo nem sobre a posição da aeronave em relação a cidades.

- Pode haver a proibição do uso do sistema de comunicação, como telefone, internet, GPS e programação de TV ao vivo antes do embarque e durante todas as fases do voo.

- O comandante tem autorização para proibir os passageiros de levantar-se do assento e segurar travesseiros e cobertores no colo em alguns momentos do voo.

- Em alguns aeroportos, são realizadas revistas com ajuda de cães capazes de detectar explosivos.

Fonte: Zero Hora - Foto: Nick Ut/AP

O retorno do medo dos céus

Década nascida sob o signo da ameaça terrorista se encerra com atentado frustrado e reaviva temores coletivos nos EUA

Vem de Susan Sontag, uma das principais pensadoras do século passado, o diagnóstico preciso sobre o futuro que chegou em 11 de setembro de 2001 e ainda não acabou.

“Guerras verdadeiras têm início e fim. Quando o governo declara guerra contra o terrorismo – e o terrorismo é uma rede multinacional de inimigos, em larga medida clandestina –, significa que o governo pode fazer o que quiser. Quando ele quiser intervir em algum lugar, vai intervir. Não vai tolerar limite ao seu poder”, escreveu, prevendo um pavor sem fim a partir do olhar arguto com o qual testemunhou desde a II Guerra Mundial – o conflito que deu os contornos do século 20 – até o atentado que delineou o medo difuso na primeira década do século 21.

E o medo, efetivamente, parece não ter fim. No último dia 25, um episódio fez o mundo conter a respiração. A rede terrorista Al-Qaeda tentou explodir um avião que levava 290 pessoas de Amsterdã para Detroit. Depois de superar as barreiras de segurança, Umar Abdulmutallab não conseguiu detonar como queria o explosivo que levava consigo. Mas foi um alerta: os dias são de segurança máxima nos voos para os Estados Unidos.

Quase todos os analistas ouvidos por Zero Hora consideram o 11/9 um marco, daqueles que repartem a cronologia em antes e depois. Fica por conta de André Woloszyn, analista de Inteligência Estratégica e especialista em terrorismo pelo Colégio Interamericano de Defesa, dos EUA, uma visão mais pungente do que significou como cena de abertura do milênio.

– O 11 de Setembro inaugurou uma nova fase de insegurança global, com o recrudescimento de ações de grupos extremistas islâmicos, redução de direitos e garantias individuais com a nova lei sobre imigração aprovada pela União Europeia e as guerras – diz Woloszyn.

Desde então, os EUA invadiram dois países, o Afeganistão e o Iraque, sob promessas de uma guerra rápida. Tais guerras, como se sabe, estão longe de se encerrar.

Woloszyn atribui ainda “às prisões de Abu Ghraib e Guantánamo e aos interrogatórios onde era permitida a tortura” o aumento da insegurança internacional.

– Dois fatores têm desafiado a segurança global: o fortalecimento dos talibãs no Paquistão e no Afeganistão e a possibilidade de armas nucleares caírem em mãos terroristas – enumera.

O 11/9 é um dos mais trágicos, analisados e simbólicos fatos da história. As Torres Gêmeas, com seus 110 andares desabando em Nova York após terem sido atingidas por dois Boeings pilotados por terroristas, ingressaram na abertura do século como sua pior fotografia. Desde então, surgiram conflitos, expansão do extremismo islâmico, caça a terroristas onde estejam, derrota das liberdades individuais, falência de companhias aéreas, o enfraquecimento do politicamente correto, a crise econômica que fomentou a desconfiança de acionistas, derrubou impérios financeiros e debilitou a visão econômica liberal. E sobrou para o Brasil, com suspeitas a respeito de células terroristas na Tríplice Fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai), negadas pelo Itamaraty, e até a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, em 2005, ao ser confundido com um homem-bomba pela polícia londrina.

Tanto dramatismo ensejou um discurso construído tijolo a tijolo pelo ex-presidente americano George W. Bush (2001-2005 e 2005-2009), do bem contra o mal. Por outro lado, o historiador britânico Tony Judt nomeia o maniqueísmo justificado pelo genuíno e oportuno sentimento de insegurança: “islamifascismo”, mescla de religião e fascismo. Outro britânico, o também historiador Kenneth Maxwell, teme o legado de Bush:

– É verdade que o 11 de Setembro foi um ataque chocante. Mas foi desastroso, e não apenas para os EUA, usar esse assalto como forma de justificar a guerra contra o Iraque.

Quem tenta relativizar o 11/9 como marco é o sociólogo Marcos Nobre:

– Três ideias me vêm: 1) olhando a partir do fim de 2009, o 11 de Setembro parece bem menos importante, não parece de fato um marco histórico (como é o caso da queda do Muro de Berlim, em 1989); 2) mas legitimou uma escalada preocupante do controle social de cidadãs e cidadãos, que só começou a ser contestada e combatida nos dois últimos anos; e 3) deu sobrevida (bastante artificial) ao anticomunismo e ao belicismo americanos.

O custo disso? Na ponta do lápis, o Nobel de Economia de 2001, Joseph Stiglitz, calculou as guerras no Afeganistão e no Iraque: US$ 3 trilhões. E no aspecto emocional? Especialistas chegam a falar em estresse coletivo.

– Em alguns casos, é para toda a vida – diz o psicanalista Emílio Salle, do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre.

Fonte: Leo Gerchmann (Zero Hora) - Imagem: gettyimages

Aeroporto dos EUA instala 150 scanners para inspeção de segurança

Um oficial da Administração para Segurança no Transporte do Departamento de Segurança Territorial dos Estados Unidos informou que a entidade irá instalar 150 scanners em todos os aeroportos do país para reforçar a segurança do local.

A rede de televisão norte-americana CNN citou o oficial, dizendo que a Administração havia adquirido 150 detectores de metal no valor de US$ 170 mil a unidade, antes do dia 25 de dezembro, e planejava comprar mais 300 em 2012.

Ao passar pelo scanner, a imagem do rosto do passageiro é processada virtualmente. Depois da verificação, as imagens são destruídas. Além disso, os passageiros não são obrigados a passar pelo scanner.

Fonte: CRI - China Radio International

Turista grava curioso acidente de avião

Vídeo publicado no site UOL nesta semana




Em 23 de maio de 2009, um Piper Aztec (PA-23) da Air America Inc., iniciou a aproximação para a pista do Aeroporto Gustaf III (SBH/TFFJ), também conhecido como Aeroporto Saint Barthélemy, localizado na Vila St. Jean, na ilha caribenha de Saint Barthélemy. A aeronave fez a abordagem muito alta, com vento de través. O Piper flutuou muito e tocou a pista apenas ao se aproximar da segunda interseção. Sem condições de parar, a aeronave correu para fora da pista em direção ao mar, onde caiu. Não houve feridos. Acredito que uma arremetida e uma nova tentativa de aterrissagem seriam os procedimentos corretos.

O mesmo vídeo numa versão maior:




Veja uma foto do aeroporto:


Mais informações sobre o aeroporto, AQUI (em inglês).