sábado, 29 de março de 2008

Exército aprimora missões de combate aéreo noturno

Soldados do Exército se aproximam de helicóptero em Taubaté

O equipamento utilizado pelo Exército permite intensificar em até 3,5 mil vezes a imagem com a luz residual captada pelas lentes

Os soldados usam OVN (Óculos de Visão Noturna) para realizar as operações

O equipamento permite aos pilotos a visualização da topografia, construções e armamentos em condições adversas

Iniciadas de forma isolada em 1997 por conta da participação brasileira na Momep (Missão de Observadores Militares no Equador e Peru), as operações com os OVN ganharam corpo no ano passado

Considerada uma informação de caráter estratégico, o Exército não informa quantos pilotos e mecânicos de vôo estão atualmente habilitados ao emprego desta tecnologia

Com o domínio das técnicas para o vôo, considerado de alto estresse para o piloto, novos treinamentos estão sendo realizados para capacitar os militares no emprego de armamento nas operações aéreas noturnas

Em um cenário de escuridão quase que total, helicópteros do Exército avançam sobre o terreno em uma missão de infiltração com vôos táticos a baixa altura, com o objetivo de surpreender o inimigo.

Estas operações de guerra vêm sendo viabilizadas no Brasil por meio do emprego dos OVN (Óculos de Visão Noturna), que permitem aos pilotos do Exército a visualização da topografia, construções e armamentos em condições adversas.

Iniciadas de forma isolada em 1997 por conta da participação brasileira na Momep (Missão de Observadores Militares no Equador e Peru), as operações com os OVN ganharam corpo no ano passado, por meio de treinamentos ministrados no Ciavex (Centro de Instrução de Aviação do Exército), uma das unidades que compõem o Cavex (Comando de Aviação do Exército) em Taubaté.

Considerada uma informação de caráter estratégico, o Exército não informa quantos pilotos e mecânicos de vôo estão atualmente habilitados ao emprego desta tecnologia. Para se ter uma idéia, somente entre abril e maio do ano passado 14 pilotos e 10 mecânicos de vôo se formaram na pilotagem com os OVN, sendo um piloto e um mecânico de vôo da Marinha do Brasil. Durante o aprendizado no Ciavex, os militares simulam vôos em uma maquete reproduzindo terrenos variados e com a Lua em diferentes posições.

Desgaste

Com o domínio das técnicas para o vôo, considerado de alto estresse para o piloto, novos treinamentos estão sendo realizados para capacitar os militares no emprego de armamento nas operações aéreas noturnas.

O equipamento utilizado pelo Exército permite intensificar em até 3,5 mil vezes a imagem com a luz residual captada pelas lentes. Para se ter uma idéia do desgaste provocado por esse tipo de treinamento, cada hora de vôo com o OVN equivale a 2,3 horas de um vôo comum. A cada 24 horas, o máximo permitido são três horas e meia de vôo com os óculos.

"Nos treinamentos, já conseguimos definir uma proporção entre os disparos traçantes e os tiros das aeronaves. Também buscamos treinar os pilotos contra o ofuscamento provocado pelo lançamento dos foguetes. Participamos de missões de infiltração e, aos poucos, estamos ingressando no apoio ao combate", disse o major André Vinícius Lopes Galvão, 37 anos, da seção de Operações do 2º Bavex (Batalhão de Aviação do Exército).

Segundo o major, a idéia é dar continuidade aos treinamentos em 2008 e ampliar o número de aeronaves equipadas com os sistemas de visão noturna. "Temos hoje oito helicópteros equipados na Amazônia, sendo quatro Cougars e quatro Black Hawks. Em Taubaté, temos quatro Cougars e até o final do ano estaremos com quatro Esquilos equipados."

Sobre os helicópteros que possuem o equipamento, o major disse que a escolha buscou priorizar os modelos utilizados pelo Exército em missões de transporte de tropas e ataque rápido.

O Cougar, por exemplo, tem capacidade para transportar 22 pessoas, além da tripulação. Ele é adequado às missões de transporte tático e apoio logístico, podendo ser equipado com duas metralhadoras laterais 762.

Essas metralhadoras também podem equipar o Black Hawk. Já o Esquilo é uma aeronave ágil, rápida e versátil, ideal para missões de ataque e em reconhecimentos, quando se quer chegar rapidamente até o inimigo, observá-lo e retornar sem ser visto.

Este helicóptero pode receber uma metralhadora calibre .50 e um lançador de foguetes 70 milímetros. Galvão, que é piloto do modelo Cougar e habilitado ao emprego dos OVN, disse que o vôo com esse tipo de equipamento representa uma grande vantagem estratégica e tecnológica para os militares.

"São equipamentos essenciais para privilegiar o combate noturno. Qualquer fonte de luz é utilizada, a exemplo das estrelas e da Lua. O OVN também capta a luz do infra-vermelho. Em um vôo como esse, por exemplo, o que dificulta é o nevoeiro e a chuva, que fraciona os raios de luz."

Estratégia

Especialistas em estratégia militar consideraram de importância fundamental a adequação do Exército brasileiro às técnicas de guerra noturna.

Para o especialista em estratégia militar Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp (Universidade de Campinas), a idéia é aumentar a capacidade de combate dos militares.

"Os exércitos americano e europeu já usam esses equipamentos faz tempo. O objetivo é melhorar a operacionalidade das tropas. Procura-se dotar uma força, em uma operação de guerra, dos melhores meios necessários, para o combatente aumentar sua capacidade."

Cavagnari afirmou que a técnica de vôo com o OVN exige preparo do piloto e uma grande coordenação por parte dos comandantes. "Fica mais difícil o controle do comando sobre as operações."

O pesquisador de assuntos militares da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), Expedito Carlos Stephani Bastos, disse que a técnica dos OVN começou a ser empregada em maior escala nas guerras do Golfo e do Afeganistão, em 1991.

"Para a tropa, é um fator tecnológico significativo. Você combate de noite ou não combate. Isso faz parte tanto na aviação quanto na parte terrestre."

Bastos também destacou a oportunidade representada pelo uso do equipamento em ações humanitárias. "Você tem um outro lado disso. Tanto serve para você se defender quanto para atuar em determinadas catástrofes."

Fonte: Terra - Fotos: Divulgação

FAB dirá causas do acidente da TAM até julho

Os familiares das vítimas do vôo 3054 da companhia aérea TAM, que se acidentou em julho de 2007, se reuniram na tarde de ontem (28) com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ele afirmou que, até julho deste ano, o Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) entregará o relatório apontando as causas da tragédia, que matou 199 pessoas, no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

Os parentes pediram também que o ministro pressione a Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) para que colaborem com as investigações da Polícia Civil de São Paulo, que quer apontar os culpados pelo acidente. A associação também reclamou das mudanças operacionais que o governo propôs para o aeroporto de Congonhas. Segundo eles, o retorno das conexões e escalas ao terminal pode trazer insegurança para os vôos que utilizarem aquelas pistas.

Jobim argumentou que a operação de escalas e conexões em Congonhas não aumentará o risco de acidentes porque foram reduzidos o número de vôos e decolagens que ocorriam na época da tragédia com o Airbus da TAM.

"A nossa preocupação com Congonhas diminuiu depois que o ministro informou que está mantido o atual número de pousos e decolagens no aeroporto. Nossa preocupação é com a segurança dos passageiros. Não queremos que se repita o que aconteceu com os nossos familiares. Ele nos garantiu que não será aumentado o fluxo de vôos no aeroporto", disse o presidente da Associação de Famliares e Amigos das Vítimas do Vôo da TAM JJ3057, Dário Scott.

Apesar de não ser tema da reunião com o ministro, os parentes reclamaram também da demora da TAM em pagar o seguro aos familiares das vítimas. Segundo eles, a companhia tem usado de muita burocracia, inclusive para o cumprimento das exigências legais.

Fonte: Terra

Falta de logomarca da TAM irrita familiares de vítimas em protesto

Área de check-in da empresa em Congonhas não exibia as logomarcas.

Manifestantes também protestaram contra o funcionamento de loja no aeroporto.

Familiares de vítimas dos vôos 1907, da Gol, e JJ 3054, da TAM, protestam diante da área de check-in da TAM, de onde foram retiradas as logomarcas da empresa

Os familiares das vítimas dos vôos 1907 da Gol e JJ 3054 da TAM realizaram uma manifestação conjunta por volta das 17h deste sábado (29) no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital. No final do ato, ao chegarem no setor de check-in da TAM os manifestantes ficaram indignados com a ausência da logomarca da empresa nos estandes. “É essa a transparência que eles pregam? Onde estão as marcas da empresa”, questionaram os participantes.

Além disso, eles não gostaram de ver que a loja da empresa, que fica em frente às posições de check-in, não havia paralisado o atendimento aos clientes durante a manifestação, como havia sido prometido.

Irritados, manifestantes decidiram protestar diante da loja da TAM em Congonhas, que não paralisou o atendimento aos clientes como chegou a ser prometido

De acordo com a assessoria de imprensa da TAM, desde o dia 21 de fevereiro que a empresa está em processo de alteração da logomarca em todas as suas bases, mas que este ainda não foi completado. Além disso, a assessoria explicou que as posições de check-in foram paralisadas durante o ato e que a loja não faz check-ins.

Os cerca de 300 manifestantes chegaram no aeroporto em vários ônibus pela área de desembarque. Aos gritos de “Verdade! Justiça!”, iniciaram uma caminhada pelas dependências do aeroporto. Na área de embarque, estenderam faixas e cartazes de protestos.

Depois, desceram em direção às áreas de check-ins da Gol e da TAM, onde foram feitos vários tipos de protestos. Algumas pessoas se enfiaram em sacos pretos e deitaram no chão, simulando corpos mortos em um acidente. Além disso, leram uma carta aberta e fizeram orações.

Fonte: G1 - Fotos: Marcelo Mora

Parentes de vítimas de acidentes da TAM/Gol protestam

Com a presença de aproximadamente 130 pessoas, familiares e amigos das vítimas dos vôos 1907 da Gol e 3054, da TAM, realizaram uma manifestação pacífica no Aeroporto Salgado Filho, na tarde deste sábado.

A maioria, vestida com sacos de lixo preto, representando como os corpos de seus familiares foram entregues pela Aeronáutica, era de parentes do acidente da Gol, que aconteceu há 18 meses, em Mato Grosso: "Não queremos dinheiro e sim mostrar ao Brasil que, mesmo com muitas promessas, nada foi resolvido. Continuamos sem soluções", reclamou Rosane Gutjahr, de 50 anos, esposa do empresário Rolf Ferdinando Gutjahr, uma as 154 vítimas do vôo da Gol.

No ato, todos cantaram e, após fecharem o check-in das duas empresas, foi lida a carta aberta da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, que vestiam camisas do movimento.

Christopher Haddad, pai da menina Rebecca, que faria 15 anos amanhã (dia 30), não se conforma com a impunidade dos culpados: "Até agora ninguém sabe, oficialmente, o que aconteceu nos dois vôos. Essa impunidade pode provocar a qualquer momento outro acidente, sem saber se o avião foi corretamente vistoriado".

Fonte: Agência Estado

Acordo entre famílias de vítimas e TAM segue indefinido

Os familiares das vítimas do acidente com o vôo da TAM JJ-3054, que se chocou contra um prédio da TAM Express em 17 de julho do ano passado, próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, não conseguiram do presidente da companhia aérea, David Barioni Neto, o compromisso de que a adesão à Câmara de Conciliação Não Judicial não impediria o andamento de processos judiciais no Brasil ou nos EUA. A Câmara de Conciliação foi proposta pela TAM como uma forma extra-judicial de agilizar as indenizações por danos morais e materiais aos parentes da vítimas. A criação da Câmara foi um pedido dos próprios familiares.

O Airbus-A320 que fazia o vôo da TAM JJ-3054 chegou a pousar no aeroporto de Congonhas, mas, como não conseguiu frear, bateu contra um prédio da TAM Express, provocando a morte de 199 pessoas, entre passageiros, tripulantes, pedestres e funcionários da TAM que trabalhavam no edifício. A TAM já fechou acordos indenizatórios com 61 famílias de vítimas e está em processo de negociação com outras 35 famílias, segundo o presidente da companhia. Barioni não revelou os valores desses acordos.

Advogados estrangeiros que representam 59 famílias de vítimas querem da empresa um compromisso de que a TAM não usará a adesão à Câmara de Conciliação como um empecilho para o andamento dos processos que correm na Justiça brasileira e nos EUA. O presidente da TAM não deu essa garantia. Essa falta de compromisso provocou indignação entre os familiares das vítimas, que estiveram reunidos com o executivo da companhia área hoje em um hotel, na zona sul de São Paulo. Barioni solicitou que os advogados encaminhem um pedido por escrito para que este seja levado ao Departamento Jurídico da TAM.

Segundo a promotora de Justiça do Consumidor, Deborah Pieri, a Câmara é uma alternativa mais rápida de solução do conflito. "É uma forma de incentivar soluções alternativas, não impede que as pessoas procurem a Justiça do País ou dos EUA", disse ela. A Câmara de Conciliação conta com a participação de advogados da TAM, representantes do Procon, da Defensoria Pública, Ministério Público do Estado de São Paulo, Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e da seguradora Unibanco/AIG. "O intuito é evitar a demora tão criticada no Judiciário", disse Pieri.

Os advogados estrangeiros, no entanto, acreditam que a Câmara pode engessar os parâmetros da negociação para indenizações. A idéia da Câmara é definir parâmetros de indenização considerando "decisões ótimas" já tomadas em ações judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Porém, os advogados estrangeiros acreditam que alguns casos podem render valores de indenização acima desses parâmetros.

Fonte: Agência Estado

Quinze mil malas ficam "encalhadas" em aeroporto de Londres

Pelo menos 15 mil malas estão 'encalhadas' no aeroporto de Heathrow, em Londres, depois de mais um dia de atrasos e cancelamentos no novo Terminal 5.

Um quinto dos vôos da British Airways (BA) foi cancelado neste sábado - 67 dos 330 programados. Outros 37 vôos programados para o domingo já foram cancelados. A empresa tem uso exclusivo do novo terminal.

Muitos passageiros disseram ter embarcado em seus vôos depois de serem avisados que suas malas não haviam sido encaminhadas para seu destino.

Em meio à confusão, a British Airways acabou com o limite de cem libras esterlinas (cerca de R$ 350) para pagar por hotéis para os passageiros cujos vôos foram cancelados.

A BA confirmou que 15 mil malas estão ainda no aeroporto, mas uma fonte disse à BBC que o número pode estar perto de 20 mil.

As malas estão espalhadas por todos os terminais do aeroporto, em um efeito dominó provocado pelos atrasos e cancelamentos dos vôos da British Airways.

A empresa pediu que outras companhias aéreas que estejam trazendo passageiros para Heathrow para vôos com a British Airways permaneçam com as malas até que o problema seja resolvido.

Ainda não se sabe quanto tempo será preciso para que as malas sejam enviadas a seus donos.

"Nós estamos fazendo tudo o que podemos", disse uma porta-voz da empresa.

A BA processa 75 mil malas por dia no aeroporto de Heathrow.

O Terminal 5 custou mais de U$ 8 bilhões para ser construído e foi inaugurado em meio a grande entusiasmo na quinta-feira, mas os problemas no setor de bagagens logo vieram à tona.

Duzentos e oito vôos previstos para sair ou chegar ao novo terminal foram cancelados nos três primeiros dias.

Fonte: UOL Últimas Notícias - Foto: BBC

Parentes se emocionam ao receber objetos das vítimas de acidente da TAM

Pertences começaram a ser entregues para as famílias na tarde deste sábado em SP.

Acidente com avião deixou 199 vítimas em julho do ano passado.

Familiares das vítimas do vôo JJ3054 da TAM que caiu na Zona Sul de São Paulo no ano passado começaram, na tarde deste sábado (29), a receber os objetos pessoais recuperados dos destroços. Ana Rosa Souto Maior de Queiroz, mãe de Arthur Souto Queiroz, de 27 anos e uma das vítimas do acidente, foi a primeira a receber os pertences das mãos de Aparecido Raucci, chefe dos investigadores da 27º Distrito Policial, em Campo Belo. O encontro aconteceu em um hotel na Zona Sul.

Entre os objetos que Ana conseguiu recuperar havia um cartão de crédito, uma foto do irmão gêmeo que Arthur carregava, medalha do Papa João Paulo II e um bilhete desejando boa sorte. "Estou muito emocionada. É mais um pedacinho para lembrar dele", disse, às lágrimas. Ao todo, são 17 envelopes, com cerca de 400 peças, que serão entregues a familiares neste sábado.

Ana recebe objetos do filho Arthur, de 27 anos, que morreu no acidente com o avião da TAM. "É mais um pedacinho para lembrar dele", disse às lágrimas

Muitos parentes ainda tentam reconhecer os objetos em dois CDs. Entre os que não receberam nada, havia muita frustração e tristeza. Dario Scott, pai da estudante Thais, de 14 anos, vítima do desastre, ficou com R$ 200 queimados. Ele acredita que a filha tenha guardado o dinheiro na bota. "Não recebi nada mais. Um objeto que achei que pudesse ser dela foi reclamado por outra família", afirmou. "Neste momento, meu objetivo é apurar quem matou minha filha", afirmou.

Pedaços de um diário pessoal, de carteiras, documentos, fragmentos de cartões de visita e de crédito, além de jóias e cosméticos, estão na lista de bens recuperados e identificados pela empresa norte-americana BMS Cat. Especializada em gestão pós-catástrofes é a mesma que trabalhou nos destroços das torres gêmeas de Nova York após o ataque de 11 de Setembro de 2001.

Familiares tentam reconhecer os objetos em imagens que estão em CDs

Funcionários da TAM entregaram, no começo do mês, à Polícia Civil as 41 caixas de papelão contendo objetos pessoais de vítimas. Os volumes chegaram em um furgão lacrado e foram colocados em uma das salas do 27º DP. Do total de 41 caixas com objetos, limpos, recuperados e catalogados devolvidos ao delegado Antônio Carlos Menezes Barbosa apenas dez caixas têm objetos relacionados aos passageiros.

Protesto

Com os pertences em mãos, familiares das vítimas da TAM seguiram para Congonhas. Eles pretendem fazer, ao lado das vítimas do vôo 1907 da Gol, um protesto no Aeroporto de Congonhas. Para esta noite está marcado um ato ecumênico.

Fonte: G1 - Fotos: Marcelo Mora

O estranho Lockheed-Martin P-791



O P-791 da Lockheed Martin é uma aeronave híbrida - um conceito que remonta há muitas décadas, mas que só agora está sendo experimentado em uma escala significativa.

O primeiro vôo do P-791 foi realizado em 31 de Janeiro no aeroporto Palmdale Air Force Plant 42. O vôo tripulado durou cerca de cinco minutos. A aeronave deu uma volta em torno do aeroporto e o vôo foi bem sucedido.

O P-791 não faz parte de nenhuma encomenda governamental, mas sim um projeto de investigação e desenvolvimento independente realizado pela empresa Skunk Works.

A "embarcação" foi comandada pelo piloto de testes Eric P. Hansen.

Fonte: Aviation Week - Foto: Divulgação

Mais uma edição da principal Feira de Aeronáutica da América Latina

Mais de 118 aeronaves e 40.000 visitantes profissionais, de cerca de 40 e três países participarão da XV Feria Internacional del Aire y del Espacio (FIDAE 2008), que acontecerá de 31 de março a 6 de abril,na parte norte do Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez.

Os organizadores esperam atrair este ano cerca de 120.000 visitantes, batendo assim o recorde histórico de presença de público.

FIDAE 2008, a feira aeronáutica mais importante da América Latina, se converteu, desde o seu surgimento, em 1980, em um dinâmico centro de negócios congregando a numerosas delegações internacionais, que a cada dois anos acorrem para ver o melhor do mercado aeroespacial e de defesa.

A FIDAE mostrará os últimos avanços em aviação comercial, tecnologia do espaço, sistemas de defesa e de aviação militar, equipamentos e serviços aeroportuários, manutenção e “homeland security”.

Na mostra, mais de oitenta por cento dos expositores são estrangeiros, sendo relevante, em número, a presença de empresas provenientes dos Estados Unidos, Israel, Reino Unido, Alemanha, Espanha e República Checa, entre outras. Airbus, Eurocopter, EADS, Pratt and Whitney e Thales, além de outras empresas de renome, aproveitarão a FIDAE para apresentar suas últimas novidades.

Esta edição também se caracterizará pela presença de novos países expositores como Portugal, Marrocos, Venezuela, Paraguai e Servia.

Além de reunir um grande número de companhias estrangeiras, a Feira também servirá como vitrina para as aeronaves da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), que apresentará o Predator, (veículo aéreo não tripulado – VANT) que tem a maior quantidade de horas vôo da forças armadas americanas. A esta famosa aeronave não tripulada se juntarão, um C-130, um C-17, três F-15, três F-16-C e dois KC-135, entre outros modelos e dois B-1.

A Royal Air Force também estará presente com o E-3 Sentry, avião militar para tarefas de alerta.

Reconhecidas aeronaves da América Latina como o caça AMX da Embraer e a Esquadrilha da Fumaça, com os aviões T-27 Tucano da Força Aérea Brasileira, também estarão presentes durante a Feira.

Dentro da lista de aeronaves que representarão a Fuerza Aérea de Chile estão o Airbus A310, avião de transporte estratégico, que será utilizado como avião presidencial, o B-737-500, BE-200, C-212, E-300, KB-707 Águila, o F-16 B-50 e o F-5 T III. Também se apresentarão a Esquadrilha de Acrobacia "Halcones" com seus aviões Extra 300 L.

No que se refere à aviação comercial destaca-se a presença do Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo.

Na FIDAE 2008 também estarão presentes delegações nacionais do Exército, Armada, Carabineíros e a Policía de Investigações. Seus representantes estarão com os provenientes de Asmar, a Dirección General de Aeronáutica Civil (DGAC), FAMAE, ENAER e a Agência Chilena do Espaço, entre outras.

Site do evento: http://www.fidae.cl/

Fonte: Defesanet

Famílias de vítimas dos vôos 3054 e 1907 protestam hoje

Familiares de vítimas dos vôos TAM 3054 e Gol 1907 realizam manifestações simultâneas hoje (29) em São Paulo, Porto Alegre (RS) e Manaus (AM). A data foi escolhida porque coincide com os 18 meses da queda do avião da Gol.

Os dois acidentes são os maiores já registrados no Brasil matando 353 pessoas. Em 29 de setembro de 2006, o Boeing da Gol que havia saído de Manaus caiu no norte de Mato Grosso matando seis tripulantes e 148 passageiros.

Menos de um ano depois, em 17 de julho de 2007, o Airbus da TAM que vinha de Porto Alegre atravessou a pista do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) e se chocou com um edifício também da TAM. Ao todo, 199 pessoas morreram.

As manifestações vão ocorrer em aeroportos das três cidades - Congonhas, em São Paulo; Eduardo Gomes, em Manaus e Salgado Filho, em Porto Alegre. Nos três terminais será lida uma carta aberta sobre os problemas enfrentados pelas famílias.

Os familiares também protestarão contra a falta de punição dos envolvidos nos acidentes e as dificuldades de acesso às investigações oficiais.

Fonte: Folha Online

Objetos de vítimas da TAM serão devolvidos neste fim de semana

A Polícia Civil vai devolver neste fim de semana aos familiares das vítimas do vôo 3054, da TAM, os objetos que foram encontrados nos destroços do avião em Congonhas, na zona sul de São Paulo. O delegado Antônio Carlos Barbosa, do 27º Distrito Policial, diz que as famílias já identificaram os objetos por CDs e poderão retirá-los das 15h às 17h de sábado e das 16h45m às 19h de domingo. O que não for reconhecido será encaminhado para o poder judiciário. São 41 caixas com jóias, relógios, carteiras, documentos, cartões de banco, anotações de diário e até dinheiro. Estão na lista 255 itens.

- Algumas informações podem ajudar os familiares a identificar contas bancárias, poupança e até seguro de vida das vítimas - disse o delegado.

Familiares e amigos de vítimas dos dois maiores acidentes aéreos, ocorridos no Brasil em setembro de 2006 e julho de 2007, farão um protesto em Congonhas A ação marca os 18 meses da tragédia do vôo GOL 1907 e lembra ainda o acidente com o Airbus da TAM, que matou 199 pessoas no ano passado. Também estão previstas manifestações nos aeroportos de Porto Alegre (Salgado Filho) e Manaus (Eduardo Gomes). O evento começa às 16h e terá o apoio da Federação Internacional das Vítimas de Acidentes Aéreos (FIVVA). Além do protesto dentro do aeroporto, haverá 1 minutos de silêncio pelas vítimas.

Os familiares das vítimas dizem que há descaso das autoridades e falta de informações sobre as investigações dos dois acidentes. Em cada uma das localidades, representantes das associações de familiares de vítimas farão a leitura de uma carta aberta alertando a comunidade sobre os acidentes. Ao todo, são mais de 350 famílias, que destacam a falta de punição dos envolvidos nos acidentes e as dificuldades de acesso às investigações oficiais, promovidas pela Aeronáutica. A Federação Internacional das Vítimas de Acidentes Aéreos (FIVAA) enviará uma carta de apoio aos protestos no Brasil.

O inquérito que apura as causas do acidente ainda não foi concluído. Segundo o delegado, isso ocorrerá no final de maio. O relatório, portanto, deve ser enviado à Justiça apenas em junho. Algumas pessoas ainda não prestaram depoimento. É o caso de Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que será ouvida por carta precatória em Brasília em 20 dias.

Fonte: O Globo Online

Flex faz vôo inaugural para Salvador hoje

A companhia aérea Flex (antiga Varig - Viação Riograndense) realiza hoje (29) seu vôo inaugural entre o Rio de Janeiro e Salvador, partindo às 10h e chegando no Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães, às 12h. Entre os convidados deste primeiro vôo estarão o ministro da Previdência, Luiz Marinho, a presidente da Embratur, Jeanine Pires, o juiz da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayub, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, entre outras autoridades.

Depois da chegada do único da frota, o Boeing 737-300, os 130 passageiros seguem para um almoço no Gran Stella Maris Resort. A volta para o Rio está marcada para as 16h.

A Bahiatursa prepara um receptivo especial com baianas, fitas do Bonfim e camisetas Viver Bahia. O secretário de Turismo, Domingos Leonelli discutirá, durante o almoço, a possibilidade de ampliação de vôos. Inicialmente a linha será feita através de vôos fretados, com possibilidade de regularização.

O representante da Flex, Jorge Pinto, diz que a empresa já encomendou oito aviões, modelo Boeing 737-300 com capacidade para 136 pessoas, e espera recebê-los até dezembro.

Fonte: Mercado e Eventos

Um breve panorama da aviação civil no Brasil

O Brasil caminha para um crescimento efetivo de fluxos nacionais e internacionais, que por força das distâncias entre as principais cidades emissoras do país e os núcleos receptores deve utilizar o transporte aéreo. Verifica-se hoje, também, que nossas tarifas aéreas ainda são extremamente caras, 50 a 60% mais elevadas do que as americanas, por exemplo, o que reduz drasticamente o fluxo nacional de lazer. Por outro lado, isso possibilita promoções com preços tão reduzidos que demonstram a possibilidade de diminuir ainda os atuais valores. O preço da ponte aérea Rio/São Paulo é um exemplo de tarifa fora da realidade e que traz o maior lucro das empresas aéreas.

São aproximadamente 160 milhões de brasileiros que viajam de ônibus, o que significa um mercado potencial para as ligações aéreas e que ainda é possível a entrada de novas empresas no mercado. Hoje, com a futura liberação das tarifas para a Argentina, vamos ainda viver uma situação mais difícil. É de ressaltar que a Argentina já praticava tais preços e que foi apenas, utilizando um termo da moda, reciprocidade.

O país não possui nenhum programa para incentivar os mais desfavorecidos a viajar, pois o "Viaja mais", do governo federal, não pode ser considerado uma meta de turismo social, pois atinge um contingente extremamente pequeno da população. Parece mais um programa político, para ajudar candidatos a prefeito de capitais.

O crescimento dos vôos também não foi acompanhado de uma revitalização da infra-estrutura aeroportuária do país. Se por um lado as regiões Norte e Nordeste ganharam um aprimoramento, que relevamos importante para o turismo nacional, as mudanças no eixo São Paulo-Rio foram tímidas. As obras do Aeroporto Antônio Carlos Jobim não são levadas a cabo em função da falta de interessados.

Algumas empresas aéreas muito ajudaram o Brasil no momento da crise da Varig e até hoje demonstram seu comprometimento com nosso país: referimo-nos à TAP e à American Airlines, que aumentaram freqüências e nos socorreram. No entanto, no tráfego internacional, se desejarmos crescer é preciso aumentar as atuais freqüências para a América do Norte e Europa em plenos 30%, o que não parece viável, pelo menos no curto prazo.

Não podemos ainda esquecer o papel da Gol na revolução do transporte aéreo brasileiro: com sua frota jovem, sua tripulação mais informal e seu serviço de bordo com barrinhas de cereal, ela permitiu que milhares de brasileiros viajassem de avião pela primeira vez. Já a TAM, com seus "Fale com o presidente" do querido comandante Rolim, o tapete vermelho para os passageiros de classe econômica e os primeiros monitores individuais em vôos internacionais em companhias brasileiras também na econômica deu passos importantes para dignificar nossos passageiros.

Os canais de distribuição também são cada vez maiores: os GDS, sistemas globais de distribuição de serviços turísticos, com ênfase para o Sabre, que é o maior do mundo; e os portais de companhias aéreas e consolidadoras, além das próprias agências e operadoras. O Brasil precisa viver uma mudança rápida na venda de bilhetes e as agências não podem pensar que a comissão é a única forma de sobrevivência. Elas precisam ser mais empreendedoras e até cobrar pelos serviços que prestam. Até hoje, nos grandes eventos de turismo, o assunto ainda é comissão de bilhetes aéreos e também das taxas de embarque, o que tira o verdadeiro papel do "trade" turístico de criar novas opções de comercialização, novos pacotes, ou seja, mudar os rumos de uma atividade em constante devir.

Da Anac esperamos que, com as recentes viagens internacionais de sua presidente e staff, possibilite novos rumos para uma agência tão almejada pelo sistema turístico brasileiro. Sentimos às vezes que falta sintonia entre os diversos ministérios e secretários de estado no âmbito do turismo, que não sobrevive sozinho, nem o de lazer e nem sequer o corporativo.

Milton Zuanazzi teve a árdua incumbência de estruturar o novo órgão sem o devido apoio e dentro de uma crise nunca vista até então. Foram muitos fatores externos durante sua gestão que não foram bem compreendidos pelo "trade" turístico. Nosso desejo é que Anac, com gestores técnicos, cumpra seu papel de fiscalização, vital para uma imagem positiva de nossa aviação, que foi construída pela Varig no exterior através de serviço de bordo, atendimento nos aeroportos e escritórios. Ela era a maior promotora do turismo brasileiro no exterior.

Entre os grandes desafios estão priorizar a contratação e capacitação dos controladores de vôos, nossos fiéis escudeiros, além de buscar soluções a curto prazo para melhorar a malha aérea e os horários de pico nos aeroportos, participar da melhoria e auditoria constantes dos equipamentos aéreos e aeroportuários. Temos certeza que o espírito público e de gestão dos que nos acompanham na jornada de crescimento estarão presentes não apenas nos discursos e pronunciamentos em rede nacional.

Por: Bayard Boiteux e Mauricio Werner (O Globo)

Boeing descarta ingressar no mercado de jatos regionais

A norte-americana Boeing prevê forte crescimento na demanda de aeronaves em mercados emergentes como Brasil, China e Índia. Nem por isso, a companhia tem planos de ingressar no mercado de jatos regionais, aviões com 90 ou menos assentos adotados por algumas das empresas aéreas desses países.

Segundo Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da divisão comercial da empresa, a Boeing "não tem intenção de atuar nesse mercado".

"Continuaremos a acompanhar e monitorar os movimentos do segmento, mas ele não está nos nossos planos", afirmou a jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira.

Segundo as estimativas de mercado apresentadas pela Boeing, a demanda por aeronaves na América Latina será de 1,73 mil aeronaves, só perdendo para a China. O número equivale a algo como 120 bilhões de dólares, dos quais 8 por cento representam jatos regionais -a menor fatia dentro da demanda até 2026.

A maior parte, ou 79 por cento dos aviões que serão vendidos, de acordo com a previsão da companhia, será de aeronaves entre 100 e 200 assentos e um único corredor.

Os executivos da companhia também lembraram que a competição no segmento de jatos regionais já é grande e promete se acirrar, com a possibilidade da entrada da Mitsubishi e da russa Sukhoi, além de já ser dominado por Embraer e Bombardier, respectivamente brasileira e canadense.

"Os jatos regionais têm um mercado, mas é um mercado que responde por 8 por cento do total", ressaltou John Wojick, vice-presidente de vendas para América Latina e Caribe.

Além disso, Tinseth afirmou que a visão da Boeing é de que as companhias aéreas vão sofrer cada vez maior pressão por controle de custos, com a alta do combustível de aviação, e por melhor aproveitamento de suas frequências -o que, na avaliação do executivo, deve beneficiar aeronaves maiores.

CRISE NOS EUA

Para Wojick, o crescimento esperado para regiões como Ásia-Pacífico e América Latina deve compensar um período de desaquecimento no mercado norte-americano. Além disso, ele lembra que hoje a Boeing tem um melhor equilíbio entre os países em sua carteira de pedidos, o que a torna menos dependente dos Estados Unidos.

Até 2001, por exemplo, os EUA respondiam por cerca de 60 por cento da carteira de pedidos da Boeing, índice que no final de 2007 era de 11 por cento.

"É claro que uma crise nos Estados Unidos deve ter algum impacto nos demais mercados, mas os países emergentes irão continuar a crescer rapidamente. Essas regiões devem garantir o equilíbrio", disse.

Na projeção da Boeing para 20 anos entre 2007 e 2026, o crescimento médio do tráfego aéreo deve ficar em 5 por cento. Na América Latina, a expansão média esperada é de 6,2 por cento.

"Os economistas afirmam hoje que a crise nos Estados Unidos é moderada", acrescentou Tinseth. Os executivos da empresa acreditam que ela dure algo como dois ou três anos.

Fontes: O Globo / Reuters

Pentágono concede a Lockheed Martin contrato de US$ 766,2 milhões

O Departamento de Estado americano alocou hoje à fabricante aeronáutica Lockheed Martin um contrato de US$ 766,2 milhões para a criação e fabricação de um sistema radiofônico que ligará todos os aviões, naves e estações terrestres das Forças Armadas dos Estados Unidos.

Uma fonte da empresa aeronáutica confirmou à Agência Efe a obtenção do contrato, pelo qual também concorria a Boeing, sem oferecer outros detalhes.

O novo sistema, que também poderá transmitir vídeo e dados, fará parte do Sistema Tático Radiofônico do Pentágono e substituirá os equipamentos de rádio e comunicações com os quais operam atualmente o Exército, a Marinha, a Força Aérea e o Serviço de Infantes de Marina.

Fontes do ministério indicaram que o novo sistema unificará as operações radiofônicas do aparato militar americano, que por ter equipamentos diferentes, em muitos casos não podia assegurar as comunicações.

"O sistema é essencial para apoiar as tarefas destinadas a compartilhar informação e manter a preparação de combate", disse John Mengucci, presidente dos Serviços Globais e Sistemas de Informação de Lockheed Martin.Esta é a segunda vez, em menos de um mês, que a Boeing perde um contrato do Departamento de Defesa americano.

No final de fevereiro, o Pentágono concedeu à Northrop Grumman e à empresa Aeronáutica Européia de Defesa e do Espaço um contrato de US$ 35 bilhões para substituir 179 aviões de combate ar-ar.

Um alto funcionário do Pentágono indicou que a concessão do contrato foi realizada de forma aberta e de acordo com a lei e manifestou sua esperança em que a Boeing não proteste pela decisão.

Fonte: EFE

Venezuela bombardeia pista do narcotráfico perto da Colômbia

A aviação venezuelana bombardeou na sexta-feira (28) uma pista de pouso usada por traficantes para trazer cocaína da Colômbia. Há poucas semanas, os Estados Unidos acusaram a Venezuela de se empenhar pouco no combate às drogas.

Um jornalista da Reuters viu dois caças e um helicóptero lançando foguetes e disparando rajadas de metralhadora contra a pista de pouso.

O relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre narcóticos, divulgado neste mês, acusa a Venezuela de ser "um importante país para o trânsito de drogas, com um nível desenfreado de corrupção".

O presidente Hugo Chávez diz que essa avaliação dos EUA é inverídica e se destina a desacreditá-lo. Embora ele se recuse a assinar um acordo de cooperação antidrogas com Washington, a Venezuela habitualmente extradita para os EUA colombianos acusados de tráfico.

O governo local cita a prisão do traficante colombiano Hermágoras González, em 9 de março, como prova de seu progresso no combate às drogas. Os EUA ofereciam 5 milhões de dólares por informações que levassem à sua captura ou morte.

Em fevereiro, o corpo de outro importante traficante colombiano, Wilber Varela, foi achado crivado de balas num hotel Venezuela. A recompensa dos EUA por ele também era de 5 milhões de dólares.

A Venezuela tem uma extensa fronteira com a Colômbia, maior produtor mundial de cocaína. Em 2005, o governo de Chávez, de esquerda, rompeu a cooperação com os EUA, acusando Washington de espionagem.

O Exército informou que pretende destruir dezenas de pistas clandestinas nos próximos dias. Os locais são usados no trânsito da cocaína para EUA e Europa.

Fonte: Estadão - Foto: Reuters

Mulher acusa aeroporto de obrigá-la a arrancar piercing no mamilo com alicate

Americana conta que funcionários ficaram rindo durante 'tortura'.

Ela exige que órgão do governo faça pedido formal de desculpas.

Uma americana de 37 anos afirma que foi obrigada pela segurança do aeroporto de Lubbock, no Texas, a remover dois piercings nos mamilos com um alicate para embarcar em um vôo. A passageira, Mandi Hamlin, exige um pedido de desculpas formal do governo americano.

"Eu me senti envergonhada, surpreendida, humilhada, assustada e com medo", afirmou Mandi ao lado de sua advogada, Gloria Allred, em Los Angeles. Ela afirma que os funcionários do Departamento de Segurança Interna dos EUA não têm poder para exigir que uma passageira remova acessórios como piercings e brincos.

"A situação ficou competamente fora de controle. Ninguém merece ser tratado assim", afirma Mandi, que tentou embarcar em um vôo no dia 24 de fevereiro. Funcionários responsáveis pela inspeção dos passageiros pararam Mandi no detector de metais.

A passageira foi informada de que precisaria tirar os piercings para garantir que os acessórios estavam disparando o alarme do detector. Segundo a advogada, Mandi foi instruída a retirar os piercings dos dois seios utilizando um alicate, ou seria impedida de embarcar.

A advogada Gloria Allred, à esquerda, e sua cliente Mandi Hamlin, mostram os piercings que Mandi teria sido obrigada a retirar com alicates (Foto: Reuters)

"Enquanto Mandi sofria para tirar os objetos, atrás de uma cortina, ela podia ouvir vários funcionários do aeroporto - homens, a maioria - rindo e fazendo piadas sobre a situação", afirma a advogada.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA, por meio de seu setor de segurança em transportes, afirma que desde os ataques de 11 de setembro de 2001 intensificou a vistoria nos aeroportos. "Nossos funcionários são treinados para procurar por objetos suspeitos levados por passageiros, mas tratando todos com dignidade e respeito", afirmou o departamento em comunicado oficial.

Fonte: G1

Empresa dos EUA oferecerá funeral na Lua em 2009

Uma companhia americana especializada em "funerais espaciais" anunciou nesta sexta-feira que no próximo ano lançará um serviço para quem desejar fazer seu último descanso na Lua.

A Celestis Inc. revelou que fechou acordos com a Odyssey Moon Limited e a Astrobotic Technology Inc. para enviar cinzas humanas à Lua por meio de vôos de foguetes privados.

Na foto a área de impacto da primeira "missão", a Luna Flight 01.

Segundo a companhia, estas missões lunares serão "uma honra especial a todos que compartilham o sonho de estender o alcance da humanidade às estrelas".

O envio de apenas uma grama de cinzas à Lua custará certa de 10 mil dólares.

Odyssey Moon Limited e Astrobotic Technology Inc. estão entre as empresas que competem pelo prêmio de 30 milhões de dólares oferecido pelo Google ao primeiro que enviar à Lua um aparelho capaz de se deslocar ao menos por 500 metros e de enviar à Terra vídeos de alta resolução e dados.

Fonte: AFP - Foto: Lunar Prospector Impact Page

Jovem constrói o próprio avião

Foi observando pipas no céu, na infância, que o agricultor Frederico Wenzel passou a ter o sonho de dominar os céus.

Depois, ele passou a se encantar com aeromodelos, pequenas aeronaves controladas do solo por rádio. Hoje, aos 25 anos, está construindo o próprio avião, na casa da família, no interior de Cerro Largo, nas Missões.

Nos próximos meses, a aeronave artesanal deverá levantar o primeiro vôo, com Wenzel no assento do piloto. Feito de madeira e tecido especial de poliéster, o avião pesará 120 quilos, quando estiver pronto, e poderá atingir a velocidade de 90 km/h. Para decolar a própria criação, ele faz curso de piloto desportivo.

- Quero ter o prazer de pilotar meu avião - diz o rapaz, que se dedica há dois anos à obra.

Para montar a estrutura de 7m50cm de envergadura e 4m20cm de comprimento, o jovem adquiriu uma planta norte-americana, de um Minimax - modelo considerado fácil de ser fabricado e barato. Ele fez curso de construção de avião em alumínio e troca informações pela internet com outros construtores.

A habilidade manual do jovem vem da época em que era criança, quando ajudava a fabricar brinquedos na marcenaria da família. O seu preferido, o aeromodelo, ele mesmo criava.

Foram mais de 20 pequenos aviões elaborados por Wenzel. Para que o maior deles possa decolar, falta, ainda, o painel de instrumentos, importado do Canadá, e alguns ajustes.

A construção inusitada atrai a atenção dos moradores, que querem conferir se o avião é de verdade. Todas as peças da casa da família serviram de oficina.

- Eu acordava à 1h com um barulho de serrinha. Minha área e sala viraram hangar - brinca a mãe do rapaz, Edite, 55 anos.

Wenzel pretende registrar a aeronave na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). E já pensa em outro projeto: um avião maior, com lugar para duas pessoas, para passeios com a mulher, Juliana Jaeschke, 21 anos.

Fonte: Zero Hora

Avião cai no Canadá e mata cinco

Exatamente cinco meses após uma empresa de engenharia em Edmonton perder seu fundador, Allen Williams, em um acidente de avião, uma tragédia no céu oriental de Alberta, no Canadá, ocorrido nesta sexta-feira (28) vitimou mais cinco pessoas, incluindo um filho e dois outros altos funcionários da empresa, em uma região florestal cerca de 200 km ao leste da cidade de Edmonton, no noroeste do Canadá.

Reagan Williams, presidente da A.D. Williams Engenharia, estava entre os mortos quando o avião da empresa, um Piper PA-46-350P Malibu, prefixo C-FKKH, sumiu do radar perto de Wainwright e caiu ao lado de Battle River.

Também morreram Rhonda Quirke, diretora de integração empresarial e estratégia, e Phil Allard, diretor financeiro.

Funcionários da empresa não identificaram os outros dois homens que morreram.

Williams, a 41 anos de idade, casado, um filho, era o piloto. Ele assumiu as rédeas da empresa depois de seu pai, fundador empresa Allen Williams, 65, morreu quando o seu avião Cessna 172 caiu em terreno rochoso em Golden, B.C., em 28 de outubro de 2007.

Essa tragédia foi manchete em todo o país, pois a neta de Allen, de três anos foi encontrada viva pendurada de cabeça para baixo nos destroços do avião sentada em sua cadeirinha infantil tentando alcançar seu brinquedo de estimação, um pinguim de pelúcia chamado Pablo.

Fonte: CNews (Canadá) - Foto: The Canadian Press

Encerrados nas Filipinas exercícios de emergência em aeroporto

Acima um mock-up de treinamento de incêndio

O Aeroporto Internacional Diosdado Macapagal (CIAC), também conhecido como Aeroporto Internacional Clark, nas Filipinas, realizou um período de quatro dias de treinamento em escala total entre 25 e 28 de março.

O exercício visou aumentar a disponibilidade dos serviços de emergência no aeroporto.

Pelo menos 400 bombeiros participaram dos exercícios.

Fonte: Manila Bulletin - Foto: Reuters