A aviação venezuelana bombardeou na sexta-feira (28) uma pista de pouso usada por traficantes para trazer cocaína da Colômbia. Há poucas semanas, os Estados Unidos acusaram a Venezuela de se empenhar pouco no combate às drogas.
Um jornalista da Reuters viu dois caças e um helicóptero lançando foguetes e disparando rajadas de metralhadora contra a pista de pouso.
O relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre narcóticos, divulgado neste mês, acusa a Venezuela de ser "um importante país para o trânsito de drogas, com um nível desenfreado de corrupção".
O presidente Hugo Chávez diz que essa avaliação dos EUA é inverídica e se destina a desacreditá-lo. Embora ele se recuse a assinar um acordo de cooperação antidrogas com Washington, a Venezuela habitualmente extradita para os EUA colombianos acusados de tráfico.
O governo local cita a prisão do traficante colombiano Hermágoras González, em 9 de março, como prova de seu progresso no combate às drogas. Os EUA ofereciam 5 milhões de dólares por informações que levassem à sua captura ou morte.
Em fevereiro, o corpo de outro importante traficante colombiano, Wilber Varela, foi achado crivado de balas num hotel Venezuela. A recompensa dos EUA por ele também era de 5 milhões de dólares.
A Venezuela tem uma extensa fronteira com a Colômbia, maior produtor mundial de cocaína. Em 2005, o governo de Chávez, de esquerda, rompeu a cooperação com os EUA, acusando Washington de espionagem.
O Exército informou que pretende destruir dezenas de pistas clandestinas nos próximos dias. Os locais são usados no trânsito da cocaína para EUA e Europa.
Fonte: Estadão - Foto: Reuters
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