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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Embraer cancela projeto de novo turboélice

Após encerrar o projeto do turboélice regional, a Embraer avalia novas plataformas de longo prazo, com foco em propulsão elétrica e híbrida.

Turboélice da Embraer dependia do desenvolvimento de novos propulsores
para se destacar no mercado (Imagem: Embraer)
A Embraer decidiu encerrar de forma definitiva o desenvolvimento de um novo turboélice regional. O modelo, concebido para competir com a europeia ATR, não avançou por falta de motores de nova geração capazes de atender às metas de eficiência propostas.

O cancelamento foi anunciado por Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer, durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, e marca o fim de uma das iniciativas mais aguardadas da indústria — um programa que chegou a gerar conceitos e renderizações públicas entre 2020 e 2021, mas que não atingiu viabilidade técnica.

Segundo Gomes Neto, a decisão encerra o programa de forma definitiva. “O projeto não está em pausa, foi cancelado”, disse. Desde 2023, a Embraer já vinha classificando a proposta como “congelada”, aguardando avanços em novos propulsores. O desenvolvimento estava diretamente condicionado ao surgimento de novos motores capazes de reduzir consumo e emissões.

Propulsão elétrica e híbrida


Com o cancelamento, a Embraer redireciona esforços para novas frentes tecnológicas e de mercado. Os estudos em andamento focam em plataformas de longo prazo — com horizonte de cinco a dez anos — voltadas a soluções de propulsão elétrica e híbrida, além de eventuais aeronaves de maior porte que a atual família E-Jet E2.

No mercado, há expectativa de que a Embraer possa, no momento adequado, avançar para um projeto capaz de disputar o mercado dominado pelos Airbus A320 e Boeing 737 MAX — programas que somam quase quatro décadas de operação e representam as últimas gerações de seus respectivos projetos.

“A Embraer está investindo em novas tecnologias para preparar futuros produtos”, disse Gomes Neto, indicando que qualquer novo anúncio deverá ocorrer no longo prazo.

Perspectivas comerciais


Apesar da interrupção do projeto turboélice, a Embraer mantém uma carteira confortável de pedidos na divisão comercial. Em outubro, o backlog somava 490 aviões da família E-Jet, avaliadas em US$ 15,2 bilhões (R$ 82 bilhões) — aumento de 37% em relação ao mesmo período de 2023.

Com base nesse volume, a empresa prevê crescimento expressivo até o final da década, impulsionado por entregas comerciais e expansão de sua presença internacional na aviação regional e de negócios.

Via Marcel Cardoso (Aero Magazine)

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Vídeo: Por que o Embraer E2 fez a Boeing e a Airbus Tremerem - Dinastia Embraer E2


Imagina um avião brasileiro criado para desafiar gigantes como a Airbus e a Boeing. Um jato que ronrona como uma baleia durante a decolagem, gasta menos combustível do que qualquer concorrente e ainda representa o auge da engenharia nacional.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Vídeo: Como a Embraer dominou o mundo com os E-Jets - Dinastia Embraer


No fim dos anos 1990, Airbus e Boeing ignoravam os jatos regionais enquanto Bombardier e Fairchild-Dornier falhavam em preencher essa lacuna. Foi então que a Embraer ousou com os E-Jets — Embraer 170, 175, 190 e 195 — mudando para sempre a aviação regional. Neste episódio da série Dinastia Embraer você vai conhecer a história, as disputas, as curiosidades técnicas e os dados de desempenho que fizeram desses aviões um sucesso mundial e abriram caminho para a geração E-2.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Hoje na História: 26 de novembro de 1975 - Há 50 anos a Embraer exportava um avião pela primeira vez


A Embraer celebra nesta sexta-feira, 26 de novembro, o marco histórico de 50 anos desde a primeira exportação de aviões da companhia, ocorrida em 1975. O modelo bandeirante, idealizado engenheiros brasileiros, dentre eles Ozires Silva, foi o primeiro produto da empresa a conquistar o mercado internacional.

“É especialmente emblemático que o Uruguai tenha sido o parceiro comercial escolhido para essa primeira exportação. Naquela época, nem mesmo existia o Mercosul, e a confiança depositada pela nação vizinha foi crucial para a Embraer em seus primórdios, quando seu futuro ainda era incerto. Esse apoio foi fundamental para o desenvolvimento e a consolidação da empresa, que hoje é um símbolo de inovação e excelência na aviação”, disse Anderson Correia, presidente do IPT e ex-reitor do ITA, em publicação no LinkedIN.

Atualmente, a Embraer exporta aviões de todos os portes, desde executivos a militares, para diversas partes do mundo, mas suas raízes e primeiros passos se deram aqui na América do Sul e de forma modesta.


Via Carlos Ferreira (Aeroin)

terça-feira, 16 de setembro de 2025

5 características únicas do Embraer A-29 Super Tucano

(Foto: Matt Morgan/Wikimedia Commons)
O Embraer EMB Super Turano (A-29) é uma aeronave multimissão projetada e desenvolvida pela fabricante brasileira Embraer. O A-29 é conhecido por sua flexibilidade e manobrabilidade em todo o espectro de missões, incluindo ataque, reconhecimento e treinamento.

Projetado para suportar ambientes e condições de solo extremos, a presença global da aeronave vem aumentando. Este artigo observa algumas características únicas do A-29 Super Tucano.

1. Projetado para ambientes austeros


Pode suportar condições extremas de solo e ambientais
  • Pistas semi-preparadas
  • Bases operacionais avançadas
  • Ambientes desérticos/arenosos
  • Operação quente e alta
  • Altitudes de alta densidade
  • Condições de alta umidade
O Embraer EMB Super Tucano foi projetado para operar em todos os tipos de ambientes e condições de solo. De altitudes de alta densidade e ambientes desérticos a campos de pouso semipreparados, o A-29 é uma máquina robusta. A aeronave foi certificada para uma variedade de aplicações civis e militares, permitindo aos operadores em todo o mundo mais flexibilidade.

(Foto: Embraer)
Segundo a Embraer, “Atende aos mais rigorosos requisitos civis e militares para uso operacional seguro e econômico. Alta resistência à fadiga, trem de pouso robusto para operações em pistas semipreparadas, para-brisa resistente a impactos de pássaros, protegido contra corrosão para suportar ambientes agressivos.”

2. Uma presença mundial


Usado por 16 forças aéreas
  • Número de aeronaves encomendadas: 260
  • Número de horas de voo: mais de 500.000 horas
  • Número de horas de voo de combate: quase 60.000 horas
A Embraer afirma que o A-29 Super Tucano é o líder mundial em sua categoria, o que é evidente por sua presença mundial. Atualmente, 16 forças aéreas globais usam o tipo e a lista continua a crescer à medida que mais pedidos são atendidos. Um total de 260 aeronaves foram encomendadas e mais de meio milhão de horas de voo foram voadas no tipo.


As características únicas da aeronave a tornam uma escolha flexível, acessível e de baixo risco para as forças aéreas. A aquisição e manutenção de aeronaves de baixo risco permitem maior flexibilidade de missão e otimização da frota. Sua capacidade multimissão, combinada com os mais recentes sistemas de tecnologia, faz uma grande diferença para operações militares em todo o mundo.

3. Uma aeronave altamente sobrevivente


Características de sobrevivência ativa e passiva
  • Alta letalidade e eficácia de ataque
  • Autoproteção abrangente
  • Altamente manobrável
  • Maior consciência situacional
O A-29 Super Turano oferece várias soluções operacionais dentro de uma única plataforma, permitindo mais flexibilidade operacional. A aeronave é altamente sobrevivente devido ao seu desempenho confiável, identificação precisa de alvos e sistemas de comunicação abrangentes.


A filosofia de manutenção sob condição não compromete a segurança da aeronave. Segundo a Embraer: “Infraestrutura mínima e suporte de solo necessários. Identificação rápida de falhas e facilidade de correção. Uso intensivo do conceito de manutenção sob condição. Programa de Manutenção baseado em MSG-3 garantindo Alta Segurança Operacional e Custos Mínimos.”

(Foto: MAS1357/Wikimedia Commons)
A aeronave é equipada com recursos de sobrevivência ativa e passiva que garantem a segurança do voo e aumentam a confiabilidade da missão. Segundo a Embraer: “… A capacidade é aprimorada ainda mais pelo avançado sistema aviônico HMI integrado a uma estrutura robusta capaz de operar em pistas não pavimentadas, com altos níveis de recursos de sobrevivência ativa e passiva.”

4. A única aeronave 3 em 1 por design


Oferece soluções de alto desempenho em três segmentos
  1. Ataque leve
  2. Reconhecimento armado
  3. Treinador tático
A Embraer afirma que o A-29 é a única aeronave projetada para esse propósito com soluções de alto desempenho em três segmentos. Ataque leve, reconhecimento armado e treinamento tático. Como uma plataforma de ataque leve, a aeronave oferece apoio aéreo aproximado (CAS), interdição aérea, patrulha aérea e coordenação aérea tática e avançada.

(Foto: InsectWorld/Shutterstock)
A plataforma de reconhecimento armado oferece vigilância de fronteira, escolta aérea, ISR armado e patrulhamento de zona exclusiva. Como um treinador tático, o A-29 pode realizar missões de treinamento avançado, incluindo treinamento de caça de liderança, treinamento JTAC e FAC e treinamento operacional de pilotos.

5. Operações diurnas e noturnas


Projetado com uma pegada baixa
  • Dificilmente detectável por radares
  • Baixos níveis de ruído
  • Assinatura visual baixa
  • Identificação do alvo
  • Coleta de informações
O A-29 Super Turano é capaz de executar operações diurnas e noturnas de forma eficiente e eficaz. A aeronave é projetada para identificar e detectar alvos com precisão, mesmo à noite. Além disso, sua própria assinatura visual e pegada de ruído dificultam sua detecção.

(Foto: ThalesAntonio/Shutterstock)
A Embraer afirma: “O A-29 Super Turano é, por design, uma aeronave de baixa pegada, dificilmente detectável por radares, com baixo nível de ruído e assinatura visual.”

A Embraer mostra que sistemas eficientes a bordo da aeronave permitem detectar veículos terrestres a até 31 NM (57 km). Os sensores de última geração entregam resultados superiores em missões de reconhecimento.

Com informações do Simple Flying

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Embraer anuncia venda de 50 aviões por US$ 4,4 bilhões para companhia aérea americana

Acordo ainda prevê direito de compra de outros 50 jatos comerciais E195-E2.

E195-E2 com pintura customizada (Foto: Divulgação/Embraer)
A Embraer anunciou na manhã desta quarta-feira (10) um acordo de US$ 4,4 bilhões - equivalente a R$ 23,8 bilhões na cotação atual - para venda de 50 aviões comerciais E195-E2 para a companhia aérea americana Avelo Airlines. O contrato ainda prevê direito de compra de outros 50 jatos do mesmo modelo. As entregas estão previstas para o primeiro semestre de 2027.

Essa é a primeira venda do E195-E2 para uma companhia aérea dos EUA, o que abre novas possibilidades para Embraer no mercado da aviação americana. Até então, as empresas operavam apenas aviões menores da empresa brasileira, como o E-175, com foco na aviação regional.

"Os E195-E2 modernizarão a frota da Avelo, complementando seus Boeing 737NGs, enquanto ampliam a eficiência de custos e o alcance da malha aérea", informou a Embraer em comunicado.


No fim de julho, a aviação comercial ficou de fora da tarifa extra de 40% aos produtos brasileiros exportados aos EUA - elevando o total para 50%. Com isso, as tarifas para vendas de aeronaves civis (não militares) para os americanos seguem com a taxa de 10%, já praticada desde abril.

A Embraer segue defendendo que a alíquota seja zerada.

Os Estados Unidos são o principal mercado da Embraer, com sede em São José dos Campos. Os americanos são responsáveis por 45% das vendas de jatos comerciais e 70% das de jatos executivos da fabricante brasileira.

Na aviação comercial, 52,4% dos jatos que já estão na carteira de pedidos atualizada da Embraer são para seis clientes americanos - são 229 dos 437 aviões encomendados.

Via Carlos Santos (g1 Vale do Paraíba e região)

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Vídeo: O Turboélice mais BONITO é Brasileiro | EMB120 Brasília


Hoje tem o histórico mais completo do EMB 120 Brasília, o avião que abriu as 
portas do mundo para a Embraer. Segundo episódio da DInastia Embraer.

Quantos litros de combustível cabem nos tanques dos aviões de passageiros?


Para atravessarem oceanos, os grandes jatos de passageiros demandam uma enorme quantidade de combustível. Embora os passageiros façam pouca ou nenhuma ideia da sua capacidade, os tanques dos aviões podem carregar até mais de 300 mil litros, como é o caso do Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo.

Para colocar em perspectiva, uma piscina olímpica pode ter até 2,5 milhões de litros, dependendo da profundidade, isso significa que o A380 tem capacidade para levar 12% da capacidade da piscina. Por outro lado, um carro popular tem um tanque de cerca de 45 litros e, assim, um superjumbo poderia levar o equivalente a 7.177 tanques.

As informações foram coletadas junto aos fabricantes das aeronaves e mostram a capacidade do tanque em litros. O peso em quilos considera o que está no manual dos fabricantes.

Airbus



Os dados abaixo foram retirados dos manuais da Airbus e consideram a capacidade máxima de combustível (que varia conforme o motor escolhido pela operadora). A Airbus considera que cada litro pesa 0.785 kg. Está listada a maioria dos modelos ainda voando pelo mundo.
  • A380 – 323.546 litros (253.983 quilos)
  • A350-1000 – 165.000 l (129.500 kg)
  • A350-900 – 138.000 l (108.330 kg)
  • A340-500/600 – 195.010 l (153.082 kg)
  • A340-200/300 – 140.640 l (110.402 kg)
  • A330-200/300/800/900 – 139.090 l (109.185 kg)
  • A321/neo – 32.853 l (25.780 kg)
  • A320/neo – 29.659 l (23.282 kg)
  • A319/neo – 23.859 l (18.729 kg)

Boeing



Da mesma forma, está listada a maioria dos modelos da fabricante e que ainda estão em operação ao redor do mundo. A Boeing considera que cada litro pesa 0.803 kg.
  • B747-8 – 238.610 l (193.280 kg)
  • B747-400 – 215.991 l (173.425 kg)
  • B777-9 – 197.977 l (158.976 kg)
  • B777-200LR/300ER – 181.283 l (145.538 kg)
  • B787-9/10 – 126.429 l (101.522 kg)
  • B787-8 – 126.206 l (101.343 kg)
  • B767-300ER – 91.380 l (73.364 kg)
  • B757-200 – 42.680 l (34.260 kg)
  • B737-700/800/900 – 26.022 l (20.894 kg)
  • B737-7/8 MAX – 25.816 l (20.730 kg)

Embraer



Assim como no caso da Airbus e Boeing, os dados dos jatos da Embraer foram obtidos no site da fabricante brasileira.
  • E190/195 (E1) – 16.029 l (13.100 kg)
  • E190 (E2) – 16.800 l (13.500 kg)
  • E195 (E2) – 17.060 l (13.690 kg)
  • E175 (E1) – 11.625 l (9.428 kg)
Via Carlos Ferreira (Aeroin)

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Hoje na História: 19 de agosto de 1969 - A Fundação da Embraer

A Embraer completa 55 anos e segue como referência na aviação mundial.

Família ERJ 145 se tornou um divisor de águas na aviação regional e deu novo impulso para a Embraer
A Embraer está completando 55 anos hoje, dia 19 de agosto, mantendo a posição de referência nos segmentos de aviação comercial regional, aviação executiva e defesa.

Em 1953, o oficial da Aviação do Exército, Casimiro Montenegro convida o engenheiro aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus engenheiros, para que atuassem no CTA. Isto ocorre após Montenegro tomar conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61 e aeronaves como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.

A Embraer nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.

Neste contexto, foi aprovado em 25 de junho de 1965, o projeto governamental IPD-6504, para a produção de uma aeronave que atendesse as necessidades do transporte aéreo comercial brasileiro, principalmente em pequenas cidades, visando a produção de um avião que se adaptasse à infraestrutura aeroportuária do país na época. A especificação técnica do projeto era para a produção de uma aeronave pequena, com capacidade para oito passageiros, de asa baixa, turbopropelida e bimotor. 

Embraer EMB-100, projeto IPD-6504, primeiro protótipo do Bandeirante, cujo primeiro voo foi em 22 de outubro de 1968. A aeronave foi restaurada e encontra-se preservada no Museu Aeroespacial, na cidade do Rio de Janeiro
O projeto e montagem foram realizados nas instalações do CTA e o primeiro protótipo teve seu voo inaugural em 22 de outubro de 1968. Sua produção envolveu cerca de trezentas pessoas, lideradas pelo engenheiro aeronáutico e então major da FAB, Ozires Silva.

No ano seguinte seria criada a Embraer com a finalidade de produzir o modelo em série, denominado Embraer EMB-110, sendo Ozires Silva o primeiro presidente da empresa, cargo que exerceria até 1986.

Mais dois protótipos foram produzidos pela Embraer, com a denominação EMB 100 Bandeirante, passando depois as aeronaves a receber a denominação EMB 110, para a produção em série.

Além do CTA, criado em 1946, mas que em 30 de abril de 2009 passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), é considerado outro precursor da Embraer, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Criado também por Casimiro Montenegro em 1950, a proposta para sua criação havia sido apresentada por ele em 1945 a um grupo de oficiais do Estado Maior da Aeronáutica.

Fundada no ano de 1969, como uma sociedade de economia mista vinculada ao Ministério da Aeronáutica, seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante.

Criatura e criador: o avião Bandeirante em inspeção com Ozires em primeiro plano
O fabricante brasileiro, criado em 1969, para produzir o Bandeirante em série, foi um dos raros casos de uma empresa criada para viabilizar um avião. Coincidentemente, 1 ano e um mês depois, a Airbus foi criada com o mesmo objetivo, produzir um avião em desenvolvimento, no caso, o A300.

Inicialmente, a maior parte de seu quadro de funcionários formou-se com pessoal oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que fazia parte do CTA. De certo modo, a Embraer nasceu dentro do CTA. 

No ano de 1980, adquiriu o controle acionário da Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária, atual divisão de aviação agrícola. Durante as décadas de 1970 e 1980, a empresa conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.

A Embraer e Bandeirante ainda hoje se destacam como um dos mais ambiciosos projetos brasileiros, especialmente na área do transporte aéreo, assim como no segmento industrial de tecnologia de ponta.

O EMB-110 Bandeirante foi o primeiro avião produzido pela Embraer
Ao longo de cinco décadas a Embraer desenvolveu diversos aviões que se tornaram referência ao redor do mundo, como o EMB-120 Brasília, EMB-312 Tucano, as famílias ERJ-145 e E-Jet, Phenom 300, Praetor 600, entre outros.

Em dezembro de 1994, a Embraer foi privatizada e iniciou um novo ciclo de crescimento, fortalecendo sua presença e competitividade nos mercados de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. Por duas décadas a Embraer foi líder mundial na aviação comercial, com aviões a jatos de até 150 assentos. Atualmente, o Phenom 300 segue sendo o avião executivo leve mais entregue do mundo, título que mantém há dez anos consecutivos. Por vários anos ainda foi o jato executivo mais vendido, entre todos os segmentos e modelos.

O EMB-110 Bandeirante e o EMB-120 Brasília foram referência na aviação regional, viabilizando o crescimento do segmento nos Estados Unidos, Europa e Brasil. Na Europa, o Bandeirante foi o avião que deu início a gigante de ultrabaixo custo Ryanair.

Na segunda metade da década de 1990 a família ERJ-145 protagonizou uma intensa disputa pela liderança do mercado de aviação regional norte-americano, levando ao embate internacional entre Brasil e Canadá, que se acusavam mutuamente se apoio ilegal a seus respectivos fabricantes aeronáuticos. Na ocasião, a Embraer liderava a balança comercial brasileira, como a empresa com maior valor de exportação.

E-Jet se tornou líder no mercado de aviação comercial regional em todo o mundo
Nos anos 2000 o lançamento da família E-Jet se tornou um divisor de águas para a Embraer e para a própria aviação comercial. O E175 se tornou o jato de até 80 lugares mais vendido dos Estados Unidos, onde lidera praticamente sozinho o mercado de aviação regional. O período foi marcado pelo surgimento de diversos projetos similares, mas a crise criada pelos atentados de 2001, nos Estados Unidos, levou ao fim da totalidade dos futuros concorrentes, mantendo os E-Jets sozinhos no mercado por mais de 15 anos.

Outra mudança importante ocorreu no início dos anos 2000, com o lançamento do Legacy, o primeiro jato executivo da Embraer, baseado na plataforma do ERJ-135. O modelo abriu o caminho para a criação da Embraer Aviação Executiva, que em 2005 lançou a família Phenom, que revolucionou o mercado e se tornou referência entre jatos leves.

Há 10 anos o Phenom 300 é o avião executivo leve mais entregue do mundo
O Tucano, lançado na década de 1980, por vários anos estabeleceu os padrões no treinamento avançado entre forças aéreas de diversos países, incluindo Brasil, Egito, França e Reino Unido. O Super Tucano, lançado dez anos depois, viabilizou o avanço dos aviões turboélices de ataque leve e de treinamento avançado ao redor do mundo. O mais ambicioso projeto da Embraer, o C-390 Millennium, surgiu para rivalizar com nada menos que o veterano e bem-sucedido C-130 Hercules, da Lockheed Martin e que é empregado por mais de 60 países e conta com aproximadamente 2.600 aviões produzidos. O avião sofreu uma redução no pedido formalizado com a Força Aérea Brasileira, mas obteve vendas simbólicas no exterior, com Portugal, Holanda e Hungria se destacando por sua presença na Otan.

Criado para a FAB, o C-390 disputa o mercado mundial de cargueiros táticos e
obteve vendas na Holanda, Portugal e Hungria
Mais recentemente, a Embraer estabeleceu uma estrutura dedicada para a área de Serviços e Suporte, criou a EVE, especializada no conceito de aeronaves urbana elétricas (eVTOL, em inglês) e atua também áreas de radares, embarcações, espaço e ciberespaço.

Em 2022, após 53 anos, a Embraer entregou aproximadamente 8.000 aviões. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

Durante o ano todo de 2024, 206 aviões foram entregues ou 14% acima das 181 aeronaves de 2023.

Via Edmundo Ubiratan (Aero Magazine), Forbes e Wikipédia

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Saiba como é o KC-390, avião que Embraer pode produzir nos EUA para zerar tarifas de exportação

Avião só deve ser produzido nos EUA caso seja selecionado pela Força Aérea Americana. Se compra se confirmar, unidades adquiridas podem ser produzidas em solo americano.

Avião da FAB KC-390 Millennium, que leva ajuda humanitária para Ucrânia (Reprodução/TV Globo)
Para driblar tarifas de exportação, o cargueiro KC-390 da Embraer, maior avião produzido na América Latina, está sendo ponte para uma negociação entre a empresa brasileira fabricante de aviões e o governo dos Estados Unidos.

Nesta terça-feira (5), a Embraer anunciou que pretende investir até US$ 500 milhões para produzir o KC-390 nos EUA, caso o país compre o avião cargueiro militar. O presidente da companhia, Francisco Gomes Neto, sinalizou como "oportunidade de investimento local para a tarifa retornar para zero".

Se a compra for confirmada, apenas as unidades de KC-390 que os Estados Unidos adquirirem devem ser produzidas em solo estadunidense.

Mesmo com aviões civis isentos do adicional de 40% que eleva para 50% a tarifa sobre produtos brasileiros nos EUA, o presidente da Embraer afirma que as taxas americanas (de 10% desde abril) "continuam sendo uma grande preocupação" -- leia mais abaixo.

E o cargueiro é uma das frentes usadas pela Embraer em busca de zerar as tarifas. Avião de defesa multimissão, o KC-390 pode ser usado para busca e salvamento, evacuação médica, ajuda humanitária, operações especiais, faz lançamento de cargas em voo, lançamento de paraquedistas, reabastecimento em voo, combate aéreo a incêndios, entre outros.

No Brasil, por exemplo, o cargueiro foi usado para combater incêndios no Pantanal do Mato Grosso Sul e em Ribeirão Preto (SP) em 2024, além de transportar urnas funerárias com algumas das vítimas mortas do acidente aéreo de Vinhedo (SP) até cidades do Paraná.

Por meio de ações da Força Aérea Brasileira, o avião também já levou ajuda humanitária para a Ucrânia e o Líbano, e fez transporte de cestas básicas para os povos indígenas Yanomami, entre outras operações.


O modelo vem ganhando mercado na Europa. Ao todo, 11 países selecionaram o KC-390 para integrar o aparato militar nacional, entre eles estão membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar ocidental. Lituânia, Portugal, Eslováquia, Hungria, Holanda, Áustria, República Tcheca e Suécia, por exemplo, são países que compraram o cargueiro.

Para o combate a incêndios, o cargueiro conta um sistema especial, com um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até 3 mil galões - aproximadamente 12 mil litros - de água em áreas de incêndios.

O KC-390 tem 35 metros de extensão do bico até a cauda. A mesma extensão vai da ponta de uma asa até a outra.

Dentro da aeronave, tudo é exposto. O motivo é simples: o acabamento poderia trazer mais peso para o KC-390. Com o avião mais leve, fica mais fácil a manutenção.

Avião KC-390 leva cestas básicas para terra Yanomami (Foto: Caíque Rodrigues/g1 RR)
O KC-390 não tem poltronas e possui uma disposição lateral para caber as tropas das Forças Aéreas. O avião pode levar até 80 soldados ou 64 paraquedistas.

Segundo a Embraer, o avião cargueiro é capaz de transportar até 26 toneladas a uma velocidade de 470 nós (870 km/h), com capacidade de operar em pistas não pavimentadas ou danificadas.

A fuselagem acomoda cargas de grandes dimensões, com acesso por meio da rampa. A aeronave, cuja produção ocorre na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, pode ser reabastecida em voo.

O KC-390 é um projeto da Força Aérea Brasileira (FAB) que, em 2009, contratou a Embraer para realizar o desenvolvimento da aeronave. Foram dez anos de desenvolvimento, até que a primeira unidade do cargueiro foi entregue pela Embraer em 2019.

Proposta para zerar tarifas


Em busca de zerar as tarifas de exportação para aviação, a Embraer anunciou nesta terça-feira (5) que pretende investir até US$ 500 milhões para produzir o KC-390 nos EUA, caso o país compre o avião cargueiro. Um montante do mesmo valor será investido nos próximos cinco anos na expansão das instalações da empresa na Flórida.

O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou que a produção do avião militar nos Estados Unidos pode gerar 2,5 mil empregos adicionais no país.

"Estamos em conversas avançadas com um parceiro relevante nos Estados Unidos para esse projeto. Continuamos acreditando e defendendo firmemente o retorno à política de tarifa zero para a indústria aeroespacial global", afirmou.

Em balanço divulgado ao mercado, inicialmente a companhia havia anunciado um prejuízo líquido de R$ 53,4 milhões no 2° trimestre. Mais tarde, porém, corrigiu a informação apontando um lucro de R$ 675 milhões, resultado melhor do que no mesmo período de 2024, quando obteve lucro de R$ 415,7 milhões.


A Embraer segue esperando uma receita total no ano de US$ 7 bilhões a US$ 7,5 bilhões, com uma margem Ebit ajustada de 7,5% a 8,3% e um fluxo de caixa livre ajustado de pelo menos 200 milhões de dólares.

"Até o momento, temos 20% do impacto das tarifas já sendo sentidas no nosso fluxo de caixa -- e é por isso que esperamos um impacto maior no segundo semestre deste ano. Por isso que temos um Ebit moderado só para reafirmar nossas estimativas", disse Neto.

Recorde de receita


A Embraer destacou que registrou receita de R$ 10,3 bilhões no segundo trimestre de 2025. O valor representa uma alta de 30,9% na comparação com o mesmo período de 2024.

De acordo com fabricante brasileira, o valor da receita no segundo trimestre deste ano representa um “recorde histórico” para o período.

Na apresentação do balanço, a companhia também reiterou previsões de entregas de aviões para este ano, com expectativa de envio a clientes de 77 a 85 aeronaves comerciais e entre 145 e 155 jatos executivos.

Avião KC-390 Millennium é o maior fabricado e desenvolvido no Hemisfério Sul
(Foto: TV Globo/Reprodução)
Via g1 Vale do Paraíba e Região

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Vídeo: Dentro do KC-390: o avião multimissão mais moderno do mundo!


No vídeo de hoje, acompanhe Lito Sousa mostrando o avião multimissão KC-390 da Embraer. E confira uma entrevista exclusiva com Walter Pinto Junior, COO da Embraer Defense & Security, enquanto eles falam sobre as funcionalidades dessa máquina, fruto da engenharia brasileira.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Vídeo: Veja de perto detalhes do Phenom 300E

Veja de perto detalhes do Phenon 300E - No vídeo de hoje acompanhe Lito Sousa em um voo exclusivo do Phenom 300 da Embraer, com direito a detalhes exclusivos, e até uma decolagem de alta performance!

00:00 - Intro 00:59 - Apresentando o Phenom 300e 07:07 - Decolagem de alta performance 08:26 - Primeiras impressões do voo 09:16 - Apresentando todos os detalhes do Phenom 300e 14:30 - Entrevista com Ricardo Carvalhal 19:03 - Entrevista com os pilotos 22:05 - Aterrisagem com sistema ROAAS 23:58 - Despedida

Via Canal Aviões e Músicas com Lito Sousa

sábado, 5 de julho de 2025

Vídeo: História - Embraer EMB-312 Tucano


Colocado em serviço na Força Aérea Brasileira em 1983, este treinador avançado militar, com capacidades acrobáticas, foi fruto de um projeto 100% nacional e revolucionou a formação de pilotos militares pelo mundo todo, ao oferecer uma aeronave capaz de preparar um piloto para um caça a jato, mas com os custos reduzidos de aquisição e operação de um turboélice – criando assim um novo padrão, por até então, o último nível da formação de tais pilotos de combate era feito com treinadores a jato, sempre de custo mais elevado. E assim foi o avião que tornou a indústria aeronáutica brasileira reconhecida mundialmente no campo de aeronaves militares!

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Hoje na História: 14 de maio de 1952 - Esquadrilha da Fumaça - 73 anos de legado na aviação brasileira

A Esquadrilha da Fumaça faz parte da história de muitos brasileiros incentivando e abrindo caminhos para a aviação.

A-29 Super Tucano é o mais mais moderno que já operou nas cores da fumaça
Ao logo destes 73 anos, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, colecionou muitas histórias e aeronaves. Tudo começou quando instrutores de voo da FAB, em suas horas de folga, treinavam acrobacias nos lendários T-6 Texan para incentivar os jovens cadetes da força aérea.

Coronel Braga, um dos pioneiros da fumaça, colecionou recorde mundial em horas voados no T-6
No dia 14 de maio de 1952, aconteceu a primeira exibição dos lendários T-6 pilotados por experientes pilotos. A partir dali uma história ímpar na aviação militar brasileira começava. Nesta época surgiram nomes que hoje regem a história como Mário Sobrinho Domenech, Martins da Rosa e o lendário Coronel Braga.

A iniciativa deu certo e logo começaram as primeiras apresentações e no ano seguinte foi instalado nos aviões um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça, surgindo assim o nome de Esquadrilha da Fumaça.

Com o passar dos anos a Esquadrilha ganhou destaque não só no Brasil, mas também no exterior onde realizou diversas demonstrações. Em 1969, houve a primeira troca de aeronaves, passando para a celebrada Era ado Jato, quando foram utllizados os aviões franceses Fouga Magister.

Porém, o desempenho limitado dos jatos, incluindo uma autonomia baixa para as apresentações, levaram o Magister ser retirado de serviço em poucos anos.

Jato francês foi o único avião a reação utilizado pela equipe
O já lendário T-6 voltou para a Esquadrilha no ano de 1974, e voou na fumaça até 1976, após 1.272 demonstrações.

Após um período inativo, o EDA retornou com um novo avião, o brasileiro T-25 Universal, usado ainda hoje na formação básica dos cadetes. Assim como o Magister o Universal era limitado, mas neste caso por um desempenho fraco, o que tornava as apresentações lentas.

Após nova pausa, em 1983 a Esquadrilha da Fumaça voltou a pleno e com uma aeronave que consagrou o time, o icônico T-27 Tucano. O avião de treinamento avançado havia sido recém-lançado pela Embraer e na Esquadrilha se tornaria o maior garoto propaganda do genial projeto nacional. Até hoje o Tucano foi responsável pelo maior número de apresentações do EDA.

Na época do Universal a fumaça ficou conhecida como "Cometa Branco'
Nos anos 2000, as aeronaves ganharam novas cores, substituindo o vermelho e branco por cores inspiradas da bandeira nacional, com destaque para o azul que se tornou a cor predominante.

Os T-27 Tucano ficaram à frente do EDA até 2013, quando houve a troca para o A-29 Super Tucano, que entraram em operação na Fumaça em 2015. O novo avião teve uma pintura repaginada, com destaque para a bandeira brasileira pintada na cauda. Com o Super Tucano a Esquadrilha da Fumaça refez parte de seu show, tornando ainda mais complexo para os pilotos e mais empolgante para o público.

T-27 Tucano representou um grande salto para o EDA e foi o primeiro avião brasileiro no EDA
A equipe de habilidosos pilotos militares têm a companhia dos mecânicos que são carinhosamente chamados de Anjos da Guarda. O EDA tem um grupo oficial de médicos, oficial de relações públicas e demais servidores que coordenam áreas administrativas.

Ao todo, o EDA realizou 3.946 demonstrações desde sua criação em 14 de maio de 1952, que ao longo de 70 tem encantando o público no Brasil e no exterior, cumprindo a missão de incentivar a aviação aos mais jovens, divulgar o trabalho da FAB e ressaltar a eficiência dos aviões fabricados no Brasil.

Saiba Mais...


A Esquadrilha da Fumaça está há quase vinte anos no Guiness Book. Em 2006, doze T-27 Tucano fizeram um voo com o maior número de aeronaves voando em formação de dorso (investido) simultaneamente. Foram utilizados 12 aviões, superando a própria marca anterior da Esquadrilha, feito ainda hoje não superado por nenhuma outra força aérea do mundo.

O voo de doze aeronave em dorso e próximas exigiu muita técnica dos pilotos
"A margem de erro era menor e era necessário um trabalho mais preciso nos comandos e motor, por isso, a maior exigência nos treinamentos”, relatou Marcelo Gobett, ex-piloto da fumaça, em 2019.

Via André Magalhães (Aero Magazine) - Fotos: Arquivo FAB

domingo, 23 de março de 2025

Curiosas cenas mostram avião Embraer 195-E2 envolto por diversos dutos

Cena do vídeo apresentado abaixo
Uma empresa especializada em prevenção de mofo e corrosão publicou um vídeo mostrando como ela faz para proteger as aeronaves Embraer 195-E2 da KLM Cityhopper, enquanto elas estão estocadas por causa do problema com os motores Pratt & Whitney.

“Já se perguntou como manter uma aeronave em perfeitas condições, mesmo durante armazenamento prolongado?”, questiona a empresa Cocoon Holland B.V., ao publicar o seguinte vídeo:


Na legenda do vídeo, a empresa explica o seguinte:

O armazenamento de aeronaves não se trata apenas de estacionar um avião – é sobre preservar sua integridade para operações futuras. Desde a Primeira Guerra Mundial, as pessoas aprenderam que apenas colocar as coisas em qualquer lugar resulta em nunca mais poder usá-las novamente.

Aqui estamos nós, no local, instalando nosso Sistema de Armazenamento Cocoon – garantindo que os componentes críticos deste Embraer permaneçam secos, livres de corrosão e prontos para ação a qualquer momento.

O Sistema de Armazenamento Cocoon é um sistema que permite que equipamentos valiosos sejam armazenados, por assim dizer. Este sistema cria um casulo plástico hermeticamente selado ao redor do equipamento.

Dentro dessa camada de plástico, há um clima condicionado (possibilitado pelo sistema de circulação de ar seco da Munters e pelo sistema de monitoramento de dados da ELPRO Global) que controla a umidade e a mantém estável em cerca de 38%. Ferrugem, mofo e desidratação de borrachas e plásticos são assim eliminados.

Nosso sistema também remove o ozônio do ar. Isso é importante porque há ozônio em tudo.

Ao aplicar o sistema de armazenamento, os clientes se beneficiam do fato de que:

– Nenhuma desmontagem é necessária;

– A circulação de ar é mantida abaixo do ‘limite de ferrugem’;

– É uma solução sob medida para cada tamanho.

quarta-feira, 12 de março de 2025

Hoje na História: 12 de março de 2004 - O voo inaugural do jato Embraer E190

No dia 12 de março de 2004, a aeronave Embraer E190, prefixo PP-XMA, do conglomerado aeroespacial brasileiro, voou pela primeira vez.

O modelo original Embraer E190, nas cores da JetBlue
A Embraer viu uma lacuna no mercado para uma aeronave regional com recursos de linha principal e surgiu com o ERJ-190, ou E190. O tipo não era uma aeronave nova para a empresa, mas sim uma evolução de uma conhecida família de aeronaves que começou sua vida em 1997 sob a denominação de E170, formalmente apresentada no Paris Air Show de 1999.

Os dois modelos foram posteriormente renomeados como Embraer E170 e E190 e evoluíram para as aeronaves E175 e E195. Em essência, os modelos E190/195 são trechos maiores dos modelos E170/175 equipados com uma nova asa maior, um estabilizador horizontal maior, duas saídas de emergência sobre as asas e dois motores turbofan GE 34-8E-10 montados embaixo.

Cliente de Lançamento


O cliente lançador do E190 foi a JetBlue (B6), que encomendou 100 aeronaves e levou 100 opções, opinião não compartilhada por outros portais como a Wikipedia, que cita a companhia aérea suíça Crossair como cliente lançador com um pedido de 30 aeronaves.

O site de monitoramento FlightRadar24 indica que 596 E190s estão ou estiveram em serviço com várias companhias aéreas grandes ou menores, incluindo Qantas (QF), Breeze (MXY), Myanmar Airways (8M), Guizhou Airlines (G4) e WDL Aviation (WL).

Mais sobre o Embraer E190


A brasileira Azul Linhas Aéreas também opera esse modelo de aeronave
O E190 é uma aeronave de fuselagem estreita e corredor único com envergadura de 28,72 mt, comprimento de 36,24 mt e altura de 10,57 mt. Ele é alimentado por dois motores turbofan General Electric CF34-10E que fornecem uma confiança de 18500 libras.

Os pesos operacionais da aeronave são: máximo de decolagem 51800kg (114199lbs), peso vazio 13063kg (28800lbs), combustível máximo 12971kg (28596lbs). A velocidade máxima chega a Mach 0,82 (871 km/h ou 541 mph) a 41.000 pés (12.000 mt), e o alcance máximo é de 2.450 milhas náuticas (4.537 km). Requer uma corrida de 2100mt (6890ft) para decolagem e 1244mt (4081ft) para pousar.

O E190 pode acomodar de 100 a 114 passageiros em uma configuração de classe única ou 96 em uma configuração de classe dupla, oito na primeira/executiva ou premium e 88 na classe econômica.

Em 7 de março de 2022, a Embraer confirmou sua intenção de entrar no mercado de carga, oferecendo E-190 e E-195 convertidos em cargueiros. O fabricante de aeronaves espera que os primeiros façam seus primeiros voos em 2024.

Por Jorge Tadeu com informações do Airways Magazine