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terça-feira, 22 de julho de 2025

Vídeo: Operação Spiderweb: Por que este Ataque Mudou o Mundo em que Vivemos!?


Em 1º de junho deste ano de 2025, as Forças Armadas da Ucrânia lançaram uma operação baseada no emprego de drones contra as principais bases de bombardeiros da Rússia, obtendo um enorme sucesso! Muito além das implicações diretamente ligadas à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, entretanto, este ataque, chamado de Operação Spiderweb, teve características inéditas e que merecem ser analisadas com profundidade, pois anunciam um padrão totalmente novo de operações de ataque com drones, diferente de tudo já visto até então, e não apenas aplicável à guerras convencionais, mas também para conflitos assimétricos, ações terroristas e até mesmo de grupos criminosos, facções e milícias. Neste episódio, detalhamos como foi feita a Operação Spiderweb, a sua natureza disruptiva em tática e doutrina, e as mudanças que ela traz para o mundo em que vivemos. Porque pensar, faz bem! Com Claudio Lucchesi e Kowalsky, no Canal Revista Asas, o melhor do Jornalismo de Aviação, e da História e Cultura Aeronáutica no YouTube! 

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Aconteceu em 16 de julho de 2022: Incêndio no motor causa a queda e explosão do voo Meridian 3032


Em 16 de julho de 2022, o avião de carga Antonov An-12BK, prefixo UR-CIC, da empresa Meridian (foto abaixo), realizava o voo 3032 (MEM3032), um voo cargueiro que transportava 11,5 toneladas (11.500 kg; 25.000 lb) de munições, levando a bordo oito tripulantes, todos cidadãos ucranianos.

A aeronave envolvida voou pela primeira vez em 1971. Ela foi adquirida pela transportadora de carga ucraniana Aviation Company Meridian em janeiro de 2022 e registrada novamente como UR-CIC.

O Antonov An-12BK, prefixo UR-CIC, da Meridian, envolvido no acidente
De acordo com o ministro da Defesa sérvio, Nebojša Stefanović , a carga da aeronave era de 11,5 toneladas de armas e munições de fabricação sérvia, incluindo morteiros.

O voo partiu de Niš, na Sérvia, com destino a Dhaka, em Bangladesh, com escalas na Jordânia, Arábia Saudita e Índia.

Às 19h09 UTC, a aeronave entrou na FIR grega através do waypoint RUGAS no FL198. Às 19h25, um dos tripulantes informou o ATC da necessidade de desligar o motor nº 4 devido a um visível vazamento de combustível. 

Após uma breve discussão entre a tripulação, eles decidiram retornar ao aeródromo de partida. Às 19h30, a aeronave girou 180º. Às 19h40, a tripulação desligou o motor nº 4, que pegou fogo. A tripulação iniciou o procedimento de combate ao incêndio do motor, que não teve sucesso.

Às 19h42, no FL143, a tripulação declarou Mayday devido ao incêndio no motor nº 4 e solicitou um voo para o aeroporto de Kavala e uma descida imediata do ATC. A tripulação fez uma curva à direita para um rumo de 090°. 

Às 19h46, a estação de radar registrou a última posição da aeronave a uma altitude de 5.600 pés, com velocidade de 222 nós. Antes do impacto com o solo, a aeronave colidiu com a copa de uma árvore, cabos de energia elétrica e um poste de linha de energia aérea, perto de Kavala, na Grécia. Todas as oito pessoas a bordo da aeronave morreram.


Relatos de testemunhas oculares e vídeos mostraram que o avião já estava pegando fogo antes de cair. Explosões secundárias foram ouvidas por até duas horas após o acidente. 


Moradores em um raio de dois quilômetros (1,2 mi) foram aconselhados a fechar as janelas e ficar em casa, enquanto equipes de emergência, especialistas em explosivos e funcionários da Comissão de Energia Atômica da Grécia não puderam inspecionar os destroços devido à incerteza sobre a natureza e o estado de qualquer carga e resíduos remanescentes. Em vez disso, drones foram usados ​​para examinar os destroços.


Em meio a especulações de que as armas eram destinadas à Ucrânia, o ministro da Defesa da Sérvia, Nebojša Stefanović, afirmou que o carregamento de armas não estava relacionado à Guerra Russo-Ucraniana, e as Forças Armadas de Bangladesh confirmaram que eram os destinatários pretendidos das armas, que eles compraram de uma empresa bosnia de propriedade polonesa BA-METALEXPORT.


Dada a política da Sérvia de oscilar entre o Ocidente e a Rússia e a indústria de armas e corrupção política da Sérvia, o cientista político Vuk Vuksanovic continuou a questionar se o avião estava de fato transportando armas sérvias para a Ucrânia.


A investigação constatou que em 19 de junho de 2022 (um mês antes do acidente), enquanto taxiava no aeródromo de Rzeszów (Polônia) seguindo o veículo de rastreamento FOLLOW ME, a fim de mudar de estacionamento, o AN-12B UR-CIC desviou para a direita da rota indicada pelo veículo FOLLOW ME e colidiu com o mastro direito das luzes de pátio. Como resultado do incidente, o bordo de ataque direito da asa foi danificado. A investigação está em andamento.


Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipedia, ASN e baaa-acro

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Tupolev: hackers ucranianos alegam ter roubado dados da fabricante russa de aviões

A marca é responsável por fabricar os bombardeiros destruídos durante o ataque de drones da Ucrânia que causou grande prejuízo a Moscou.


A fabricante de aviões e sistemas de armamento Tupolev sofreu um ataque cibernético liderado pela Ucrânia que resultou no roubo de mais de 4 GB de arquivos dos seus sistemas, de acordo com informações do Ministério da Defesa ucraniano. Detalhes da campanha foram divulgados nessa quarta-feira (4).

Fundada em 1922, a empresa de defesa e aeronáutica russa é a responsável pela fabricação dos bombardeiros estratégicos destruídos no ataque de drones ocorrido no último domingo (1º). A ofensiva histórica danificou ao menos um terço da frota desse tipo de aeronave armazenada por Moscou.

O que foi roubado no ciberataque à Tupolev?


A página oficial de Tupolev apresenta a imagem de uma coruja segurando uma aeronave russa (HUR)
No ataque cibernético à Tupolev, os hackers ucranianos roubaram um total de 4,4 GB de informações confidenciais da companhia, conforme uma fonte ligada à Diretoria Principal de Inteligência (HUR) do Ministério da Defesa da Ucrânia. O conjunto de dados é bastante amplo.
  • Os invasores teriam coletado dados pessoais de funcionários da empresa de aviação, bem como currículos de engenheiros e projetistas;
  • Parte do material inclui comunicações internas da fabricante russa, como mensagens trocadas por executivos;
  • Documentos de aquisição e atas de reuniões realizadas por diretores da marca também foram acessados;
  • Além de roubar essas informações, os hackers modificaram a página inicial do site da Tupolev, adicionando a imagem de uma coruja gigante com um avião sob as suas garras;
  • No momento, os visitantes estão sendo redirecionados para o site da United Aircraft Corporation, estatal criada em 2006 para reunir diferentes marcas do setor aeronáutico.
Ainda conforme a fonte, os invasores estavam na rede da Tupolev há muito tempo, sem serem notados, coletando informações que podem ser úteis em futuros ataques contra outras organizações do setor de defesa da Rússia. Não foi informada a data em que aconteceu a violação.Saiba mais: Hackers russos miram ativistas e apoiadores da Ucrânia em nova campanha de phishing

“Agora temos informações abrangentes sobre indivíduos diretamente envolvidos na manutenção da aviação estratégica da Rússia. Os efeitos desta operação serão sentidos tanto no solo quanto nos céus”, alertou o informante, cujo nome não foi revelado.

Via André Luiz Dias Gonçalves (Techmundo) e cybernews.com

Por que Rússia colocou pneus em aviões que foram alvo de drones da Ucrânia?

Serviço de Segurança da Ucrânia divulgou vídeo em que é possível ver objetos em cima dos tetos e asas das aeronaves.´


O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) divulgou novas imagens dos ataques com drones contra aviões dentro do território russo, realizados no final de semana.

No novo vídeo, que tem cerca de quatro minutos, é possível ver os drones se aproximando de alguns tipos de avião antes de explodirem.

Segundo o SBU, as aeronaves atingidas incluíam o A-50, os bombardeiros estratégicos Tu-95, Tu-22 e Tu-160, bem como os aviões de carga militar An-12 e Il-78.

Pneus na fuselagem e na asa de avião em aeródromo da Rússia; aeronave foi atingida
por drone ucraniano (Foto: Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU))
Também é possível ver no vídeo que a Rússia posicionou pneus e outros objetos em cima dos tetos e asas das aeronaves.

Sandro Teixeira, professor de Ciências Militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, explicou à CNN que os pneus são "uma solução de baixo custo e improvisação contra os drones ucranianos".

Entre outros fatores, os objetos servem para amortecer eventuais impactos dos drones contra as aeronaves, visto que muitos deles usam explosivos que só detonam com contato.

Imagem aérea de drone mostra pneus na fuselagem e asa de avião da Rússia
(Foto: Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU))
Além disso, Teixeira explica que os pneus são uma tentativa de confundir os sensores dos drones ucranianos.

Outro ponto é que, com a intensificação do uso de drones no campo de batalha, a inteligência artificial foi empregada no treinamento desses dispositivos para identificação de alvos e evitar que sejam bloqueados pelos inimigos.

Pneus posicionados na asa de avião da Rússia (Foto: Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU))
Drone ucraniano se aproxima de avião na Rússia (Foto: Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU))
Segundo o professor, é possível que, dependendo dos sensores que alimentam a inteligência artificial dos drones, os pneus sejam uma tentativa de atrapalhar a identificação de pontos vulneráveis nas aeronaves.

Leandro Consentino, especialista em Relações Internacionais e professor do Insper, reforça esse ponto, adicionando que também é uma tentativa de dificultar a identificação por satélites.

Drone da Ucrânia atinge aeronave dentro do território da Rússia • Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU))
A CNN noticiou anteriormente que os russos usam essa tática de cobrir aviões com pneus pelo menos desde 2023.

Imagens de satélite da empresa Maxar mostraram ao menos dois bombardeiros estratégicos Tu-95 -- um dos tipos de aeronaves que foram alvo do ataque ucraniano deste final de semana -- com pneus de carro sobre a fuselagem na Base Aérea de Engels, no interior da Rússia.

Imagens de satélite mostram danos a aviões militares em bases aéreas russas
(Imagem: 2025 PLANET LABS PBC / CAPELLA SPACE)
Especialistas ouvidos pela CNN à época afirmaram que, além da tentativa de adicionar uma camada de proteção contra drones ucranianos, isso também poderia ser uma maneira de tentar reduzir a visibilidade da aeronave, especialmente à noite, incluindo a detecção por sistemas de orientação de mísseis.

Entretanto, mesmo naquele momento da guerra, os analistas alertaram que essa medida poderia ter resultado limitado. Mesmo que os objetos reduzissem a "assinatura térmica" dos aviões, eles poderiam ser captados por câmeras infravermelhas.

Drones empilhados antes de ataque contra aviões dentro da Rússia (Foto: Reuters)
Além disso, desde então, a tecnologia usada nos drones recebeu grandes avanços, os tornando ainda mais poderosos e mortais.

Via Tiago Tortella (CNN) com informações da CNN e da Reuters

sábado, 22 de março de 2025

An-225: 3 anos após destruição, retomada do maior avião do mundo é incerta

Antonov An-225, que foi o maior avião de carga do mundo, destruído no aeroporto de
Gostomel, na Ucrânia, em 2022 (Imagem: Facebook/Polícia Nacional da Ucrânia)
Em fevereiro de 2022, a aeronave Antonov An-225 foi destruída no começo da guerra entre a Ucrânia e Rússia. O avião, que foi o maior do mundo por décadas, estava no aeroporto de Gostomel, em Kiev (capital ucraniana), quando o local foi atacado.

Até hoje, a reconstrução do avião é incerta, e, mesmo com uma segunda estrutura preservada em suas instalações, a Antonov não deixa claro se conseguirá ou não concluir o projeto de voltar a ter o maior avião do mundo nos céus.

Promessas de reconstrução


No mesmo dia em que a destruição do An-225 foi comunicada, o governo ucraniano postou nas redes sociais que iria refazer a aeronave. "Vamos reconstruir o avião. Cumpriremos nosso sonho de uma Ucrânia forte, livre e democrática", dizia a publicação à época.


No final de 2022, a fabricante também havia dito que já teria iniciado a reconstrução do avião em um local secreto, justamente para afastar os riscos de novos ataques russos. Segundo Eugene Gavrylov, presidente da empresa à época, esse segundo exemplar custaria cerca de 500 milhões de euros (cerca de R$ 3,1 bilhões). Esse valor, entretanto, não seria exato, e precisaria ser atualizado.

Menos de um ano após a destruição, 30% dos materiais para a fabricação do novo avião estavam prontos.

No aniversário de um ano do ataque, a Microsoft disponibilizou um modelo virtual do An-225 para o jogo Flight Simulator, o qual teria todo o lucro da sua venda revertido para a fabricante reconstruir o exemplar.


Segunda carcaça


A empresa possui desde a década de 1980 uma segunda carcaça do An-225 não terminada em suas fábrica. Devido ao alto custo, optou-se em manter o avião não finalizado, aguardando um momento mais oportuno para a construção.

Em 2024, um oficial ucraniano confirmou as intenções de reconstrução do An-225. A afirmação foi feita durante a cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em julho daquele ano.

Estrutura do segundo AN-225, que nunca foi concluído, na fábrica da Antonov, na Ucrânia
(Imagem: Divulgação/Antonov)
O estágio da reconstrução, entretanto, permanece um total mistério.

No fim de 2024, a empresa celebrou o primeiro voo do avião, realizado em 1988. Mas, desde então, não há mais novidades sobre a reconstrução do Mriya, nome do An-225, que significa, 'sonho'.

Ficha técnica


Avião Antonov AN-225 decola do aeroporto de Gostomel, na Ucrânia, em 2021
(Imagem: Reprodução/Dmytro Antonov/YouTube)
  • Dimensões: 84 m de comprimento por 88,4 m de envergadura (distância de uma ponta da asa à outra) e altura de 18,2 m
  • Área da asa: 905 m²
  • Velocidade de cruzeiro: 800 km/h
  • Distância máxima de voo: 15,4 mil km, quando está vazio, ou cerca de 4.000 km, com carga máxima
  • Peso máximo de decolagem: 640 toneladas
  • Peso máximo da carga transportada: 250 toneladas
  • Altitude máxima de voo: 9.000 metros
  • Seis motores ao todo
  • O trem de pouso tem 32 pneus (quatro no trem dianteiro e 28 no trem principal). Por ser um modelo único, tem de transportar pneus reservas em cada voo caso ocorra algum problema.
  • O avião tem um guindaste interno para a movimentação de cargas
  • O modelo foi baseado no seu irmão menor, o AN-124 Ruslan

Curiosidades


Em 2016, o avião transportou um transformador de São Paulo para o Chile, com o peso total de 182 toneladas. Segundo o fabricante, foi a segunda maior peça transportada por via aérea no mundo e a mais pesada entregue por meio de uma aeronave na América do Sul.

O trem de pouso tem 32 pneus (quatro no trem dianteiro e 28 no trem principal). Por ser um modelo único, tem de transportar pneus reservas em cada voo caso ocorra algum problema.

O avião tem um guindaste interno para a movimentação de cargas.

Se não tivesse sido destruído, o avião teria vida útil até 2033, quando completaria 45 anos de serviço e poderia ter operado 20 mil horas em 4.000 voos.

Recorde de aeronave mais pesada de todos os tempos: O avião conseguia decolar com um peso total de 640 toneladas. Seu projeto inicial conseguia sair do chão com até 600 toneladas, mas, após a reforma entre os anos de 2000 e 2001, sua capacidade foi aumentada.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)

segunda-feira, 10 de março de 2025

Vídeo: A GUERRA na UCRÂNIA vai ACABAR? F 16 e Mirage 2000 no CONFLITO


No dia 24 de fevereiro de 2025, a Guerra na Ucrânia completou três anos. A grande questão agora é: a Ucrânia conseguirá resistir por mais um ano? Neste vídeo, trazemos uma atualização completa sobre o conflito, com foco na aviação militar de ambos os países.

O conflito ainda não tem um fim à vista, mas entender como a aviação militar está impactando essa guerra é essencial para compreender os próximos passos do confronto.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Hoje na História: 6 de fevereiro de 2022 - O último voo do gigante Antonov An-225


Em 4 de fevereiro de 2022, o Antonov An-225 Mriya, prefixo UR-82060, da Antonov Airlines, realizou sua última missão, retornando ao Aeroporto de Hostomel, na Ucrânia.


Quando da Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, mais precisamente no dia 27 de fevereiro de 2022, o único exemplar do Antonov An-225 Mriya foi destruído por um ataque russo no hangar do aeroporto de Hostomel, próximo a Kiev, onde a aeronave estava, durante a Batalha do Aeroporto Antonov.


O gigantesco cargueiro de 33 anos da era da Guerra Fria, movido por seis motores turbofan, foi originalmente planejado para transportar o ônibus espacial soviético Buran. Na década de 1990, a Antonov Company redefiniu a missão única do jato, transformando-o em um transporte comercial de carga.


O avião de duas caudas com envergadura de 290 pés era movido por seis motores turbofan Ivchenko Progress D-18 e podia voar até 250 toneladas por pelo menos 4.000 km (2.159 milhas náuticas) em cerca de cinco horas. Tornou-se conhecido por seu apelido, Mriya, uma palavra ucraniana para “sonho”. Durante décadas, o avião único circulou o globo, estabelecendo recordes de cargas pesadas.

Por Jorge Tadeu com Wikipédia

terça-feira, 16 de julho de 2024

Aconteceu em 16 de julho de 2022: Incêndio no motor causa a queda e explosão do voo Meridian 3032


Em 16 de julho de 2022, o avião de carga Antonov An-12BK, prefixo UR-CIC, da empresa Meridian (foto abaixo), realizava o voo 3032 (MEM3032), um voo cargueiro que transportava 11,5 toneladas (11.500 kg; 25.000 lb) de munições, levando a bordo oito tripulantes, todos cidadãos ucranianos.

A aeronave envolvida voou pela primeira vez em 1971. Ela foi adquirida pela transportadora de carga ucraniana Aviation Company Meridian em janeiro de 2022 e registrada novamente como UR-CIC.

O Antonov An-12BK, prefixo UR-CIC, da Meridian, envolvido no acidente
De acordo com o ministro da Defesa sérvio, Nebojša Stefanović , a carga da aeronave era de 11,5 toneladas de armas e munições de fabricação sérvia, incluindo morteiros.

O voo partiu de Niš, na Sérvia, com destino a Dhaka, em Bangladesh, com escalas na Jordânia, Arábia Saudita e Índia.

Às 19h09 UTC, a aeronave entrou na FIR grega através do waypoint RUGAS no FL198. Às 19h25, um dos tripulantes informou o ATC da necessidade de desligar o motor nº 4 devido a um visível vazamento de combustível. 

Após uma breve discussão entre a tripulação, eles decidiram retornar ao aeródromo de partida. Às 19h30, a aeronave girou 180º. Às 19h40, a tripulação desligou o motor nº 4, que pegou fogo. A tripulação iniciou o procedimento de combate ao incêndio do motor, que não teve sucesso.

Às 19h42, no FL143, a tripulação declarou Mayday devido ao incêndio no motor nº 4 e solicitou um voo para o aeroporto de Kavala e uma descida imediata do ATC. A tripulação fez uma curva à direita para um rumo de 090°. 

Às 19h46, a estação de radar registrou a última posição da aeronave a uma altitude de 5.600 pés, com velocidade de 222 nós. Antes do impacto com o solo, a aeronave colidiu com a copa de uma árvore, cabos de energia elétrica e um poste de linha de energia aérea, perto de Kavala, na Grécia. Todas as oito pessoas a bordo da aeronave morreram.


Relatos de testemunhas oculares e vídeos mostraram que o avião já estava pegando fogo antes de cair. Explosões secundárias foram ouvidas por até duas horas após o acidente. 


Moradores em um raio de dois quilômetros (1,2 mi) foram aconselhados a fechar as janelas e ficar em casa, enquanto equipes de emergência, especialistas em explosivos e funcionários da Comissão de Energia Atômica da Grécia não puderam inspecionar os destroços devido à incerteza sobre a natureza e o estado de qualquer carga e resíduos remanescentes. Em vez disso, drones foram usados ​​para examinar os destroços.


Em meio a especulações de que as armas eram destinadas à Ucrânia, o ministro da Defesa da Sérvia, Nebojša Stefanović, afirmou que o carregamento de armas não estava relacionado à Guerra Russo-Ucraniana, e as Forças Armadas de Bangladesh confirmaram que eram os destinatários pretendidos das armas, que eles compraram de uma empresa bosnia de propriedade polonesa BA-METALEXPORT.


Dada a política da Sérvia de oscilar entre o Ocidente e a Rússia e a indústria de armas e corrupção política da Sérvia, o cientista político Vuk Vuksanovic continuou a questionar se o avião estava de fato transportando armas sérvias para a Ucrânia.


A investigação constatou que em 19 de junho de 2022 (um mês antes do acidente), enquanto taxiava no aeródromo de Rzeszów (Polônia) seguindo o veículo de rastreamento FOLLOW ME, a fim de mudar de estacionamento, o AN-12B UR-CIC desviou para a direita da rota indicada pelo veículo FOLLOW ME e colidiu com o mastro direito das luzes de pátio. Como resultado do incidente, o bordo de ataque direito da asa foi danificado. A investigação está em andamento.


Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipedia, ASN e baaa-acro

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Mirage 2000-5: imprensa francesa descreve vantagens de avião militar oferecido por Macron à Ucrânia

A imprensa francesa repercute nesta sexta-feira (7) a entrevista concedida ontem pelo presidente Emmanuel Macron, na qual ele anunciou que a França entregará aviões de caça Mirage 2000-5 à Ucrânia, em número não detalhado, o que era uma demanda antiga do presidente Volodymyr Zelensky para se defender dos ataques russos. Os aviões serão entregues no fim do ano, depois que pilotos ucranianos tiverem passado por seis meses de formação, com instrutores no território francês.


Durante a entrevista aos canais France 2 e TF1, Macron também anunciou que a França dará treinamento militar e equipamentos defensivos para um novo batalhão de 4.500 soldados ucranianos, sem citar o local onde ocorrerão essas atividades. Alguns veículos evocam a possibilidade que os instrutores franceses sejam enviados para uma área na região oeste da Ucrânia, o que ainda não foi definido, mas já fez o Kremlin interpretar como uma escalada no conflito.

Entrevistada nesta manhã pela rádio RTL, a líder de extrema direita Marine Le Pen criticou o envio de militares franceses à Ucrânia e acrescentou que Macron “está procurando entrar em guerra contra a Rússia”.

O diário econômico Les Echos detalha as especificidades do modelo Mirage 2000-5, versão lançada pelo fabricante Dassault em 1999, vendida, desde então, para vários países, incluindo Brasil, Índia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Catar, Taiwan, Peru e Grécia. A produção do modelo foi interrompida em 2007, depois da Dassault ter produzido um total de 612 aeronaves.

A interceptação de mísseis e drones russos continua a ser uma prioridade para a Ucrânia. “O presidente Volodymyr Zelensky, que repete isso constantemente aos seus aliados, deve estar satisfeito: o Mirage 2000-5 é uma versão adaptada à defesa aérea”, escreve o Les Echos. Este modelo incorpora tecnologias desenvolvidas para o Rafale, outro avião de combate da Dassault Aviação, inclui um radar capaz de detectar até 24 alvos simultaneamente, com alcance de detecção aprimorado, e a possibilidade de realizar disparos simultâneos de mísseis antiaéreos MICA em vários alvos a até 80 quilômetros de distância.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

O segundo Antonov An-225 inacabado: 5 fatores-chave para determinar seu futuro

Com a guerra em curso, a Ucrânia está determinada a construir um segundo An-225, mas o seu futuro permanece incerto.


A Ucrânia está na vanguarda da aviação militar há anos - Antonov e grande parte da indústria da aviação da URSS estavam baseadas na RSS da Ucrânia. A maior aeronave militar do mundo , a famosa ponte aérea estratégica de carga Antonov 225 Mriya, foi construída na RSS da Ucrânia e tem sido uma marca de orgulho nacional para a nação ucraniana independente. No entanto, a URSS entrou em colapso no início da produção do programa, deixando um completo e outro parcialmente construído.

Em Fevereiro de 2022, a Rússia lançou a sua invasão em grande escala da Ucrânia. Os russos lançaram uma grande campanha para capturar o aeroporto de Hostomel e a capital, Kiev. Enquanto os russos foram derrotados e rechaçados pelos ucranianos, o Antonov 225 Mriya foi destruído . Agora, há um debate sobre a conclusão do inacabado Antonov 225, mas desafios precisam ser superados para tornar isso uma realidade.

1. Vitória ucraniana


É necessária uma vitória ucraniana para construir o Anontov 225 e a guerra não dá sinais de acabar tão cedo.
  • Situação de guerra: em andamento
  • Duração da guerra: 24 de fevereiro de 2022 até o momento
  • Resultado: A definir
Talvez o fator mais importante para decidir se a Ucrânia construirá outro Antonov 225 seja a guerra em curso. Enquanto a guerra durar, as fábricas ucranianas forem bombardeadas e a economia da Ucrânia continuar totalmente mobilizada para apoiar o esforço de guerra, não há qualquer possibilidade de a segunda Myria ser construída na Ucrânia.

(Foto via Timur Maslov)
Qualquer discussão sobre a construção do segundo Antonov 225 pela Ucrânia depende da vitória da Ucrânia na guerra. A guerra continua violenta e não mostra sinais de terminar tão cedo. A Ucrânia pode ter conseguido conter a invasão russa no leste e no sul do país. Mas o resultado final da guerra poderá ser qualquer coisa, desde um completo colapso militar russo, num extremo, até um colapso completo da Ucrânia, no outro.

2. Financiamento de projetos


A Ucrânia pode precisar de financiamento externo para arcar com o enorme custo de construção de outro An-225.
  • Custo: estimado em US$ 500 milhões pelo NY Times
  • Custo: estimado em US$ 3 bilhões pela Antonov
  • Tempo necessário: pelo menos cinco anos
Construir o Antonov 225 será caro. O site Meer relata que as estimativas de preço variam de US$ 120 milhões a US$ 3 bilhões (o que o tornaria mais caro do que o avião mais caro da Força Aérea dos EUA, o B-2 Spirit). O New York Times estima o valor em torno de US$ 500 milhões. A CNN informou que Antonov deu o valor mais alto de US$ 3 bilhões. Mesmo que a Ucrânia saia vitoriosa da guerra, muito provavelmente ficará sem dinheiro e poderá não ter os fundos disponíveis para tal projecto.

O An-225 com o ônibus espacial soviético Buran (Foto: Spotters/Wikipedia Commons)
A Ucrânia poderá precisar de financiadores para ajudar no projeto. Felizmente, muitas pessoas em todo o mundo simpatizam profundamente com a causa ucraniana. O NY Times informou que o bilionário, empresário e entusiasta da aviação britânico Richard Branson visitou o An-225 destruído e declarou quando ficaria animado para ajudar em sua restauração quando chegar a hora.

3. O segundo An-225


Em 2020, o CEO da Antonov disse que o segundo An-225 não era econômico para ser concluído.
  • Estado: 60-70% concluído
  • Peças disponíveis: 30%
  • Custo para concluir: US$ 460 milhões (estimativa de 2012)
O An-225 fazia parte do programa espacial soviético. A União Soviética inicialmente encomendou três An-225 para transportar seus orbitadores e propulsores. Posteriormente, foi reduzido para uma ordem de dois, e a União Soviética entrou em colapso quando o segundo An-225 estava cerca de 60-70% concluído. Este trabalho incluiu grande parte do trabalho estrutural, incluindo fuselagem, asas, cauda, ​​​​nariz e trem de pouso. A Anotov afirmou ter 30% das peças necessárias para construir o próximo An-225.

Antonov An-225 (Foto: OPIS Zagreb/Shutterstock)
Não está claro quanto trabalho nesta segunda aeronave poderá continuar de onde parou há mais de 30 anos. Também não está claro quanto das peças recuperadas do An-225 destruído podem ser reutilizadas para completá-lo. Antes da destruição do Myria, havia muito debate sobre a conclusão desta aeronave inacabada. No entanto, em 2020, o CEO da Antonov afirmou que a conclusão do An-225 era inviável.

4. Um papel específico


O An-225 foi otimizado para transportar o ônibus espacial soviético Buran e não carga.
  • Finalidade original: transportar o ônibus espacial soviético Buran
  • Concorrente principal: An-124 (também de origem ucraniana)
  • Custo por missão: Mais de US$ 1 milhão
Um problema com o An-225 é que, embora seja legal e inspirador, não é necessariamente tão econômico. Em 2020, o CEO da Antonov afirmou que o Mriya não era contratado com tanta frequência quanto o An-124 Ruslans (outro enorme avião de carga de transporte estratégico de construção ucraniana/soviética). O An-225 foi projetado especificamente para transportar o ônibus espacial soviético Buran – não foi projetado para transportar carga humanitária.

Antonov An-225 (Foto: Arsgera/Shutterstock)
Ele observou que 35% dos aeroportos não conseguem fornecer o espaço de pouso necessário. Quando o Mriya estava em serviço, ele não realizava tantos voos e custava pelo menos US$ 1 milhão por operação. Embora houvesse missões ocasionais que apenas o Myria poderia cumprir, o menor An-124 era suficiente na maioria das vezes.

5. Orgulho nacional


A Ucrânia tem orgulho da aeronave e a vê como uma entidade nacional.
  • Política do governo da Ucrânia: reconstruir o An-225 independentemente do custo
  • Data da declaração que iria reconstruir: 20 de maio de 2022
  • Status do projeto: desconhecido (possivelmente em espera)
O orgulho nacional é importante e poderoso. A missão lunar dos Estados Unidos custou uma quantia exorbitante de dinheiro, mas o prestígio de colocar o primeiro homem na Lua é inegável. O An-225 é uma fonte de orgulho nacional para a nação ucraniana. Uma Ucrânia vitoriosa poderá prosseguir com o An-225, mesmo que os seus fundos limitados sejam mais bem gastos noutros locais. Como afirma o NY Times: “Se algo tão gigantesco e complexo como este avião pode ser restaurado, dizem, o resto do país também pode”.

Antonov An-225 partindo de Leipzig (Foto: Mike Fuchslocher/Shutterstock)
Em 20 de maio de 2022, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que o segundo An-225 seria construído para substituir a aeronave destruída. Ele afirmou: "Neste caso, não é uma questão de dinheiro; é uma questão de ambição. Fomos abordados por 'Ukroboronprom', a equipe Antonov. Esta é uma questão da imagem do nosso país e de todos os maravilhosos pilotos profissionais que morreram neste guerra."

Com informações de Simple Flying

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Ucrânia usa avião convertido em drone 'kamikaze' para atacar refinaria russa


Um ataque com um avião modificado para voar sem piloto, reivindicado por Kiev, deixou 13 feridos em um complexo industrial na região russa do Tartaristão, a mais de 1.200 km da fronteira com a Ucrânia. O alvo principal seria uma unidade de produção dos drones de tecnologia iraniana Shahed — conhecidos na Rússia como Geran —, usados à exaustão em ações em solo ucraniano.

De acordo com as autoridades locais, as aeronaves não tripuladas atingiram um dormitório de estudantes da Universidade Politécnica de Yelabuga, uma zona econômica especial dentro do Tartaristão onde há um considerável parque industrial e petroquímico. O local fica a menos de 300 metros de unidades de montagem da versão russa dos drones Shahed-136, chamados localmente de Geran-2, que se tornaram uma arma preferencial de Moscou em sua invasão da Ucrânia.

"Esta manhã, empresas da república em Yelabuga e Nizhnekamsk foram atacadas por veículos aéreos não tripulados. Não há danos graves, o processo tecnológico das empresas não é perturbado. Em Yelabuga, infelizmente, há vítimas em consequência da destruição das instalações. Eles recebem toda a ajuda necessária", escreveu, no Telegram, o governador da região, Rustam Minnikhanov. Posteriormente, serviços de segurança confirmaram que 13 pessoas ficaram feridas, todas identificadas como estudantes universitários.


A Ucrânia realiza regularmente ataques com drones ou sabotagens contra fábricas, ferrovias ou refinarias em território russo, mas jamais havia atingido alvos tão distantes de suas fronteiras, a cerca de 1,2 mil km. Como mostram as imagens, o equipamento usado na ação não foi o mesmo visto em ataques contra instalações petrolíferas em São Petersburgo ou Belgorod, mas sim uma aeronave civil aparentemente modificada para uso militar.

Segundo especialistas, seria um Aeroprakt A-22 Foxbat, um ultraleve de fabricação ucraniana que tem autonomia de voo de 1,1 mil km, que pode, segundo especialistas, ser ampliada com modificações pontuais — até o momento não houve confirmação por parte de Kiev, seguindo uma "praxe" em ações dentro da Rússia. Uma fonte do setor ucraniano de Defesa disse à AFP que "foi uma operação do GUR", o serviço de inteligência militar da Ucrânia, responsáve por ações desse tipo contra fábricas ou refinarias russas.

— O regime de Kiev continua a sua atividade terrorista. Nós e os nossos militares, em primeiro lugar, estamos trabalhando para minimizar esta ameaça e, posteriormente, eliminá-la completamente — disse o secretário de Imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, sem comentar as alegações sobre o equipamento utilizado. — Esta é mais uma questão da competência do Ministério da Defesa, dos nossos serviços especiais, que estão combatendo essa ameaça do regime de Kiev.

Além de Yelabuga, houve ataques com drones contra uma refinaria de petróleo em Nizhnekamsk, também no Tartaristão, mas as aeronaves foram interceptadas antes de atingir o alvo.

— Hoje houve um ataque, um drone tipo aeronave. Não explodiu, o sistema de guerra eletrônica estava funcionando. Hoje essa aeronave está neutralizada. Não há incêndio, nem destruição, nem vítimas. Tudo está sob controle. Todos os serviços estão funcionando — disse à agência Tass o prefeito da cidade, Ramil Mullin.

Ataques com drones dentro da Rússia, apesar de criticados por Washington, são considerados uma arma legítima pelos ucranianos para responder à invasão iniciada em fevereiro de 2022. Os alvos preferenciais são as refinarias de petróleo, uma estratégia moldada para afetar a produção de combustível e, especialmente, as exportações, hoje uma fonte imprescindível de renda para Moscou.

Ao demonstrar capacidades de atingir cidades cada vez mais distantes da fronteira, Kiev também põe em xeque os sistemas de defesa aérea da Rússia — afinal, detectar aeronaves como o ultraleve que teria atingido o prédio em Yelabuga pode demandar mudanças nos procedimentos e até revisões dos equipamentos hoje em operação.

Em uma aparente tentativa de minimizar o ataque desta terça-feira, o deputado russo Andrey Gurulyov sugeriu que a ação poderia ter sido lançada do Cazaquistão, que fica relativamente próximo ao Tartaristão. Em resposta, o Ministério da Defesa cazaque disse que se trata de uma informação falsa.

“A informação divulgada em alguns canais do Telegram de que supostamente drones que atacaram alvos na República do Tartaristão foram lançados do território do Cazaquistão não corresponde à realidade”, disse o ministério, completando que "tais insinuações visam desacreditar” o Cazaquistão. Outrora firmes, as relações entre Moscou e Astana hoje passam por um período de turbulências, com sinais recorrentes emitidos pelo país da Ásia Central de "incômodo" com a influência exercida por Moscou sobre suas políticas internas.

Via O Globo e Terra

quarta-feira, 13 de março de 2024

Avião militar russo com 15 a bordo pega fogo no ar e cai perto de Moscou


A aeronave Ilyushin Il-76MD havia decolado minutos antes de base militar de Ivanovo. Moscou diz que motor pegou fogo, mas Forças Armadas investigam queda, que ocorreu em dia de ataques com drones da Ucrânia na região de fronteira.


Um avião militar com 15 pessoas a bordo pegou fogo no ar e caiu perto de Moscou nesta terça-feira (12), segundo o Ministério da Defesa da Rússia.

Segundo a imprensa estatal russa, não houve sobreviventes.


A aeronave, um Ilyushin Il-76, caiu logo após a decolagem, entre a capital russa e a cidade de Ivanovo. O ministério afirmou que um dos motores do avião pegou fogo, mas o Exército abriu uma investigação para determinar as causas exatas, segundo agências de notícias estatais russas.

A queda desta terça ocorreu também no mesmo dia em que o Ministério da Defesa relatou dezenas de ataques à Rússia por drones ucranianos.


Vídeos registrados por moradores da região mostram o foco de incêndio no avião enquanto o piloto sobrevoa a região em baixa altitude.

Quadrimotor, o Il-76 opera desde a década de 1970, primeiro na Força Aérea Soviética e depois nas Forças Armadas russas.

Esta não é a primeira vez que uma aeronave militar das Forças Armadas russas com a justificativa de problemas técnicos neste ano.


Em janeiro, outro avião militar do país caiu em Belgorod, cidade russo em uma das fronteiras entre a Rússia e a Ucrânia. A aeronave transportava 74 pessoas, entre elas 65 prisioneiros ucranianos que seriam levados de volta a seu país em uma troca de presos da guerra.

À época, o Ministério da Defesa russo acusou a Ucrânia de ter derrubado a aeronave. A Ucrânia não confirmou nem negou a acusação.

Via g1 e ASN

terça-feira, 12 de março de 2024

Ex-CEO da Antonov pode pegar 15 anos de prisão após destruição do An-225

Diz-se que há evidências indiscutíveis de culpa para os investigados.

(Foto: Alfonso Lozano del Rey)
Já se passaram mais de dois anos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. Nos primeiros dias do conflito, uma das histórias mais marcantes do ponto de vista da aviação envolveu a destruição do Antonov An-225. Agora, vários funcionários da empresa enfrentam penas de prisão pela destruição da aeronave.

Uma perda significativa

A destruição do Antonov An-225, que estabeleceu mais de 120 recordes mundiais durante a sua distinta carreira , foi um acontecimento significativo nos primeiros dias do conflito por múltiplas razões. Além de marcar a destruição de um dos feitos de engenharia mais impressionantes da Ucrânia a nível simbólico, houve também um lado estratégico.

Especificamente, o desaparecimento da aeronave de seis motores fez parte de um ataque mais amplo ao Aeroporto Hostomel (GML) de Kiev, sobre o qual as forças russas conseguiram temporariamente obter o controle. Embora a Ucrânia tenha recuperado o controlo pouco mais de um mês depois, o domínio russo sobre a instalação era de importância estratégica devido à sua proximidade com Kiev. No entanto, as forças do país acabaram por retirar-se da área no final de Março.

(Foto: Oleksii Samsonov)
No entanto, a essa altura, os danos ao lendário Antonov An-225 já haviam sido feitos, com a fotografia acima mostrando a extensão dos danos ao famoso avião de transporte pesado ucraniano. Um ano depois, como relatou o Simple Flying, o ex-diretor do Antonov, Serhii Bychkov, foi acusado de negligência pela destruição.

Investigação concluída

Desde então, o Serviço de Segurança da Ucrânia tem trabalhado arduamente na condução de uma investigação sobre a destruição do Antonov An-225 e sobre a Batalha do Aeroporto de Hostomel como um todo. Na semana passada, confirmou que tinha “reunido provas indiscutíveis da culpa dos ex-funcionários da Antonov, do CEO e do chefe da unidade de segurança da aviação” no assunto, explicando ainda num comunicado: "De acordo com a investigação, na véspera da invasão em grande escala da Rússia, os supostos oficiais não permitiram que a Guarda Nacional da Ucrânia entrasse no território do aeroporto de Hostomel para se preparar para a sua defesa. Para fazer isso, em janeiro-fevereiro de 2022, eles ordenaram bloquear o acesso dos militares ucranianos ao território da instalação."

(Foto: Drop Of Light/Shutterstock)
Nesta base, o Serviço de Segurança da Ucrânia alegou que “ as ações criminosas dos ex-funcionários levaram à apreensão temporária de um campo de aviação estrategicamente importante durante as batalhas por Kiev e à destruição da aeronave An-225 ‘Mriya’”. Assim, acusou o antigo CEO da Antonov e o chefe da unidade de segurança da aviação de obstrução de atividades militares, podendo a dupla pegar até 15 anos de prisão.

Supostamente foi removido antes da invasão

Certos relatórios também sugerem que as ações dos oficiais impediram um voo de evacuação que poderia ter levado o An-225 a ser removido do campo de aviação antes da invasão. Na verdade, o Kyiv Post relata que, segundo Dmytro Antonov, o comandante da aeronave, a sua tripulação estava preparada para levar o jacto para Leipzig, mas nunca recebeu ordem para descolar. O Kyiv Independent via Yahoo News observa que os danos totalizaram US$ 227,8 milhões.

Com informações de Simple Flying

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Hoje na História: 6 de fevereiro de 2022 - O último voo do gigante Antonov An-225


Em 4 de fevereiro de 2022, o Antonov An-225 Mriya, prefixo UR-82060, da Antonov Airlines, realizou sua última missão, retornando ao Aeroporto de Hostomel, na Ucrânia.


Quando da Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, mais precisamente no dia 27 de fevereiro de 2022, o único exemplar do Antonov An-225 Mriya foi destruído por um ataque russo no hangar do aeroporto de Hostomel, próximo a Kiev, onde a aeronave estava, durante a Batalha do Aeroporto Antonov.


O gigantesco cargueiro de 33 anos da era da Guerra Fria, movido por seis motores turbofan, foi originalmente planejado para transportar o ônibus espacial soviético Buran. Na década de 1990, a Antonov Company redefiniu a missão única do jato, transformando-o em um transporte comercial de carga.


O avião de duas caudas com envergadura de 290 pés era movido por seis motores turbofan Ivchenko Progress D-18 e podia voar até 250 toneladas por pelo menos 4.000 km (2.159 milhas náuticas) em cerca de cinco horas. Tornou-se conhecido por seu apelido, Mriya, uma palavra ucraniana para “sonho”. Durante décadas, o avião único circulou o globo, estabelecendo recordes de cargas pesadas.

Por Jorge Tadeu com Wikipédia

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Avião militar com prisioneiros ucranianos cai na Rússia, e 74 morrem

Aeronave levava 74 passageiros, entre eles 65 prisioneiros ucranianos que, segundo Moscou, seriam trocados por russos presos na Ucrânia. Deputado russo afirmou que mísseis derrubaram aeronave, mas Kremlin ainda não confirmou a versão.


Um avião militar russo Ilyushin Il-76 com 74 passageiros, entre eles 65 prisioneiros ucranianos, caiu nesta quarta-feira (24) em Belgorod, cidade russa perto da fronteira com a Ucrânia, segundo o Ministério da Defesa russo.

O ministério acusou a Ucrânia de ter derrubado a aeronave e chamou a queda de um "ato de barbárie". Kiev ainda não havia se manifestado até a última atualização desta notícia.

Ao cair, o avião explodiu, e todos a bordo morreram, segundo o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov. Além dos 65 ucranianos, a aeronave levava também seis membros da tripulação e outras três pessoas, que não haviam sido identificadas até a última atualização desta reportagem.

O Ministério da Defesa russo afirmou ainda que os ucranianos que estavam no avião seriam levados para a fronteira entre os dois países para uma troca de prisioneiros com russos detidos na Ucrânia.

Um vídeo de um morador registrou o momento da queda (veja vídeo acima). Nas imagens, é possível ver o avião em queda, seguido de uma explosão. Na sequência, o vídeo capta uma pequena nuvem de fumaça no ar.

Um especialista em aviação afirmou à rede britânica BBC que a nuvem de fumaça registrada é compatível com a produzida por mísseis após sua explosão. Em sessão no Parlamento russo, em Moscou, o deputado Andrei Kartapolov, ex-general da Forças Armadas russa, afirmou que a aeronave foi derrubada por mísseis.

(Imagens: Reprodução/Reuters)
Segundo a imprensa russa, um segundo avião também levando ucranianos para a mesma troca de passageiros, mas a aeronave conseguiu desviar da rota e segui voo.

O avião caiu por volta das 11h no horário local (05h no horário de Brasília) em uma área residencial do distrito de Korochansky, a nordeste da cidade de Belgorod, ainda segundo o governador de Belgorod. O governador não afirmou se casas ou moradores foram atingidos com a queda.

O avião é do modelo Ilyushin Il-76, designado para o transporte militar de tropas, carga, equipamentos militares e armamentos. Tem uma tripulação de cinco pessoas e pode transportar até 90 passageiros.

Após meses de impasses no campo diplomático e no front de batalha, Ucrânia e Rússia voltaram, em janeiro, a fazer troca de prisioneiros de guerra.

Na semana passada, em uma primeira leva, 400 prisioneiros foram libertados no total, 200 de cada lado.

Via g1 e ASN