domingo, 13 de setembro de 2020

Aconteceu em 13 de setembro de 2010: Acidente aéreo na Venezuela deixa 17 mortos


O avião turboélice modelo ATR 42-300, prefixo YV1010, da companhia estatal venezuelana Conviasa (foto acima), que levava quatro tripulantes e 47 passageiros a bordo, caiu em 13 de setembro de 2010 em Puerto Ordaz, no Departamento de Bolívar, a sudeste da Venezuela, provocando a morte de 17 pessoas.

O voo 2350, que partiu de Isla Margarita, um dos principais destinos turísticos da Venezuela, às 11h20 (hora de Brasília) caiu a 10 milhas de seu destino, o aeroporto Manuel Carlos Piar de Ciudad Guiana, no terreno da companhia estatal Siderúrgica do Orinoco (Sidor).

Testemunhas disseram que a aeronave atingiu linhas de transmissão em baixa altitude às 09:59, horário local, e caiu em uma área industrial onde os materiais usados ​​em uma usina siderúrgica eram armazenados. Trabalhadores da usina siderúrgica e bombeiros retiraram os sobreviventes dos destroços em chamas.

Em 30 de dezembro de 2014, o Ministério de Água e Transporte Aéreo da Venezuela publicou que a causa provável do acidente foi o mau funcionamento do sistema de alerta da tripulação central com ativação incorreta do sistema de alerta de estol. 

Os fatores contribuintes foram os pontos fracos da gestão de recursos da tripulação de voo, sua perda de consciência situacional, sua coordenação inadequada durante o processo de tomada de decisão para lidar com situações anormais em voo, sua falta de conhecimento do sistema de alerta de estol e seu manuseio incorreto do voo controles. 

A aeronave voou em duas condições anormais, acionamento do sistema de alerta de estol e desacoplamento dos elevadores da aeronave, exigindo um esforço constante do piloto em comando para manter o controle da aeronave. 

Houve manuseio inadequado da aeronave na fase final de pouso, o que levou o comandante a exercer grande esforço no controle do voo antes do impacto. 

O nível de habilidade emocional e cognitiva deficiente do comandante, a falta de liderança e os erros de julgamento o levaram a tomar decisões imprudentes. Ambos os pilotos mostraram confusão, má coordenação na cabine, graves falhas de comunicação, falta de conhecimento dos sistemas da aeronave e perda de consciência situacional.

Fonte: Site Desastres Aéreos / Wikipedia / ASN - Fotos: Reprodução

Avião antigo tinha até 5 pessoas na cabine; veja funções que foram extintas

As cabines de comando dos primeiros grandes aviões comerciais eram repletas de instrumentos para controlar todos os sistemas de voo. Com a evolução, todos aqueles "reloginhos" foram substituídos por telas coloridas. Com isso, algumas funções a bordo dos aviões também foram extintas. 

O trabalho que já chegou a ser feito por cinco pessoas dentro do cockpit, hoje é realizado apenas por dois pilotos. No futuro, pode ser que até esses dois pilotos sejam dispensados. 

Há quem defenda a redução para apenas um piloto no comando dos aviões, mas há projetos que podem eliminar completamente a presença deles. A Airbus já desenvolve um sistema autônomo de voo, e fez testes com sucesso em um avião real.

Acabar com a presença dos pilotos a bordo pode parecer impensável, mas o mesmo já foi dito um dia de outras funções a bordo da cabine de comando das aeronaves. Engenheiro de voo, navegador e radioperador de voo são funções que ficaram para a história. Veja o que esses profissionais faziam. 

Engenheiro de voo 

Engenheiro de voo a bordo de um Boeing 747 da Lufthansa - Imagem: Divulgação/Lufthansa

A antiga lei do aeronauta definia a profissão pelo nome de mecânico de voo. Pela lei, o profissional era definido como "auxiliar do comandante, encarregado da operação e controle de sistemas diversos conforme especificação dos manuais técnicos da aeronave". A função surgiu nos anos 1930, com os grandes aviões anfíbios quadrimotores. 

O aumento no número de motores elevou a carga de trabalho a bordo da cabine de comandante, tornando inviável que os pilotos controlassem o voo e também monitorassem todos os sistemas. Para evitar uma sobrecarga que pudesse colocar o voo em risco, foi criada a função de mecânico de voo, que depois passaria a ser mais conhecida como engenheiro de voo. 

Sentado atrás dos pilotos, a função principal era a operação e monitoramento de todos os sistemas do avião para diagnosticar e corrigir qualquer falha que pudesse surgir, além de orientar os pilotos. A função começou a ser extinta nos anos 1980, com o desenvolvimento de aviões que passaram a utilizar sistemas computadorizados. Todo o trabalho do engenheiro de voo passou a ser feito pelos computadores. Os primeiros aviões a abandonar esse tripulante foram o Boeing 767 e algumas versões do Airbus A300. 

Navegador de voo

Navegador tinha a função de orientar a rota do voo Imagem: Divulgação/ Pan Am Foundation

A antiga lei do aeronauta definia a função do navegador como "auxiliar do comandante, encarregado da navegação da aeronave quando a rota e o equipamento o exigirem, a critério do órgão competente do Ministério da Aeronáutica". Quando a lei do aeronauta foi sancionada, em 1984, essa já era uma função praticamente em extinção. Ela só existia em aviões muito antigos. O navegador, no entanto, foi durante muitos anos importante para orientar os pilotos na rota correta. 

Sem os sistemas avançados de localização, os navegadores eram responsáveis por cálculos complexos para determinar a posição correta da aeronave. Em muitos casos, chegavam a utilizar a navegação celestial, orientados pelos astros no céu, especialmente quando sobrevoavam os oceanos ou áreas remotas sem outros auxílios. O aumento de auxílios em terra à navegação, como antenas VOR e NDB, e posteriormente o GPS, permitiram que os próprios pilotos pudessem assumir também a navegação do avião, eliminando essa função a bordo da cabine. 

Radioperador de voo

Radioperador controlava a comunicação nos aviões mais antigos Imagem: Acervo Museum of Flight

A função de radioperador foi a primeira a ser eliminada da cabine de comando dos aviões. Apesar disso, a função ainda constava da antiga lei brasileira do aeronauta, que definia a função como "auxiliar do comandante, encarregado do serviço de radiocomunicações nos casos previstos pelo órgão competente do Ministério da Aeronáutica". Os radioperadores eram mais comuns até a metade do século passado, quando os sistemas de comunicação ainda eram bastante complexos. 

Naquela época, o rádio de um avião era de difícil manuseio e, em alguns casos, a comunicação era feita até por mensagens telegráficas com código morse. A evolução dos rádios foi bem mais veloz que a de outros sistemas, dispensando a necessidade de um profissional só para isso. Hoje, basta o piloto apertar um botão para se comunicar com o controle de tráfego aéreo.

Fonte: Vinícius Casagrande (Colaboração para o UOL)

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Avião de pequeno porte com drogas cai no interior de SP

Aeronave pegou fogo e, segundo o Corpo de Bombeiros, uma pessoa morreu carbonizada.


Um avião de pequeno porte Van's RV-10 caiu no início da noite deste sábado (12) em uma área rural na região entre o distrito de Igaraí, no município de Mococa, e Tapiratiba, a 270 km de São Paulo, informou o Corpo de Bombeiros em sua conta oficial no Twitter. A aeronave transportava 7,2 kg de cocaína.

Segundo os bombeiros, o piloto — ainda não identificado — morreu carbonizado no local.

As equipes de resgate encontraram a cocaína embalada em sete pacotes: cinco intactos e dois fragmentados.

A aeronave caiu em um canavial por volta das 20h30. Não há ainda informações sobre as circunstâncias da queda.

Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que a investigação da ocorrência envolvendo a aeronave de modelo RV10, que aconteceu neste sábado (12), na região rural entre Mococa e Tapiratiba (SP), não será realizada pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, que tem a finalidade de prevenção: "Os indícios coletados apontam o envolvimento com atividades ilícitas".

Segundo o decreto nº 9.540 de 2018, compete ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) decidir pela não instauração ou pela interrupção das investigações em andamento "se for constatado ato ilícito doloso relacionado à causalidade do sinistro ou se a investigação não trouxer proveito à prevenção de novos acidentes ou incidentes aeronáuticos".

Fontes: G1 / R7 - Fotos: Reprodução redes sociais