quarta-feira, 24 de julho de 2013

RJ: helicóptero com trabalhadores da Petrobras faz pouso de emergência

A aeronave transportava 18 passageiros de Macaé para plataforma UMQS.

Empresa responsável informou que helicóptero fez procedimento padrão.

Um helicóptero que levava 18 trabalhadores da Petrobras e outras empresas do setor de petróleo precisou fazer um pouso de emergência na manhã desta terça-feira no Aeroporto de Campos dos Goytacazes (RJ), depois de decolar do aeroporto de Macaé.

Aeroporto de Campos

De acordo com a Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro), o helicóptero decolou às 10h20. O pouso emergencial ocorreu por volta de 11h.

A aeronave, um modelo S-92, pertence à empresa Líder Aviação. Ela levaria os trabalhadores de Macaé à Unidade de Manutenção e Segurança (UMS) Cidade de Quissamã, na Bacia de Campos. Além dos petroleiros, havia a bordo do helicóptero dois tripulantes.

Dois diretores do Sindipetro, Luiz Carlos Mendonça e Francisco Tojeiro, foram ao aeroporto, segundo o sindicato. De acordo com Mendonça, houve relato sobre forte cheiro de queimado na aeronave, que teria feito parte do trajeto com uma das turbinas fora de funcionamento.

Os bombeiros foram acionados para acompanhar o pouso, que foi bem sucedido. Ninguém ficou ferido. 

Segundo o Sindipetro, os trabalhadores serão realocados para outro voo, e precisarão voltar de ônibus para Macaé.

Em nota, a Líder Aviação afirmou que o pouso de emergência foi “um procedimento padrão de segurança”. De acordo com a empresa, o pouso ocorreu por conta de uma luz de segurança acesa no painel. Segundo o relato do sindicato, o alarme é referente à limalha de ferro em óleo lubrificante.

“A empresa reforça que este é um procedimento padrão e que a aeronave realizou a operação normalmente, conforme especificado no manual do equipamento e todos os passageiros foram informados sobre os procedimentos adotados”, disse a Líder, em nota.

Fontes: Terra / Letícia Bucker (G1/Norte Fluminense) - Foto: Evandro Duarte/InterTv Planície

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Voo Gol 1907: parentes cobram do governo medidas contra pilotos dos EUA

Representantes dos parentes das vítimas do acidente do voo 1907 da Gol se reuniram na tarde dessa terça-feira com o chefe da Secretaria de Aviação Civil, ministro Moreira Franco. Eles querem que o governo tome providências para assegurar a cassação da licença dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Os dois conduziam o Legacy 600 que colidiu com o avião da Gol, matando 154 pessoas. O acidente aconteceu no dia 29 de setembro de 2006, no norte de Mato Grosso. Após a colisão, o Legacy pousou em segurança em uma base aérea no sul do Pará.

Segundo a diretora da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Rosane Gutjahr, o ministro disse que o governo brasileiro vai trabalhar em duas frentes, uma jurídica, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU) e outra diplomática, com o Itamaraty para cobrar dos Estados Unidos a cassação da licença.

"A gente realmente está contando que agora, com essa posição do ministro Franco, a gente venha ter uma conclusão, uma resposta à altura do que nós precisamos. À altura do respeito que as vítimas, os parentes e que o próprio Brasil precisa", disse Rosane. "Ele pediu que juridicamente a AGU tomasse as medidas cabíveis para que, realmente, se tomasse uma definição e, no campo diplomático, ele também orientou que se utilizassem todas as medidas, todos os argumentos para que isso [a cassação] também se resolvesse", completou Rosane, que é viúva de uma das vítimas.

Na área administrativa, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aplicou três multas a Joseph Lepore, que estava no comando do Legacy, que somadas chegam a R$ 10 mil. A Anac constatou que os equipamentos anticolisão e o transponder (que informa a posição exata da aeronave aos controladores de voo) do jato estavam desligados durante o voo, contrariando normas de segurança da aviação civil. A agência chegou a enviar um comunicado à Federal Aviation Administration (FAA), que é a autoridade aeronáutica dos Estados Unidos, informando as sanções impostas aos dois pilotos.

Joseph Lepore e Jan Paul Paladino não sofreram punições nos Estados Unidos e continuam pilotando. De acordo com Rosane, a FAA informou que não aplicaria nenhuma sanção, pois, de acordo com a legislação norte-americana, o caso prescreveu. Ela disse que durante a reunião, os representantes dos parentes cobraram o retorno dos questionamentos brasileiros para saber os motivos do não cumprimento pelos EUA das autuações da Anac no processo administrativo.

O Brasil e os Estados Unidos são signatários da Convenção de Chicago, que regulamenta a aviação civil internacional. Um dos artigos, que trata das regras de tráfego aéreo, determina que os estados- membros da convenção devem se "comprometer a processar todos os infratores dos regulamentos em vigor". "Os Estados Unidos não respeitaram essa decisão, pelas leis americanas deixaram o caso prescrever. Mas isso não tem nada a ver com a lei [de lá], pois o caso ocorreu no Brasil", ressaltou.

Em outubro de 2012, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) condenou os pilotos norte-americanos a pena de três anos, um mês e dez dias de prisão. A decisão alterou a condenação anterior, da Justiça Federal em Sinop (MT), de quatro anos e quatro meses, em regime semiaberto, pena que foi transformada em prestação de serviços comunitários. O Ministério Público Federal e os representantes das vítimas recorreram e aguardam o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fazer novo julgamento.

O acidente

O voo 1907 da Gol, que fazia a rota Manaus-Rio de Janeiro, com escala em Brasília, caiu no norte do Mato Grosso, em 29 de setembro de 2006 e matou os 148 passageiros e seis tripulantes. O acidente ocorreu após uma colisão com um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer, que pousou em segurança numa base aérea no sul do Pará.

Os pilotos do Legacy, os americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, são acusados de não terem acionado o Sistema de Alerta de Tráfego e Prevenção de Colisão (TCAS), equipamento responsável pelo contato entre a aeronave e as torres de transmissão. A denúncia do Ministério Público Federal, apresentada em maio de 2007, relata que o transponder do avião da Gol permaneceu ligado durante todo o voo, mas o do Legacy, a partir de um certo momento, foi desligado. O transponder é um aparelho que interage com os radares secundários do controle aéreo e com outros transponders, fornecendo informações sobre a posição e o deslocamento das aeronaves.

A sequência de erros que causou o acidente passou também por uma falha de comunicação entre controladores brasileiros e pilotos do jato, que, sem entender as instruções, teriam posto a aeronave na mesma altitude do voo da Gol, 37 mil pés. Em maio de 2007, os pilotos e quatro controladores de voo foram denunciados pelo Ministério Público Federal por crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo nacional. Os americanos foram absolvidos da acusação de negligência em dezembro de 2008, mas, em 2010 a Justiça anulou a absolvição e ordenou o reinício do julgamento.

Em maio de 2011, eles foram condenados pela Justiça de Mato Grosso a quatro anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto por expor a perigo aeronave própria ou alheia e pelo ato ter resultado em morte. A pena, no entanto, foi convertida em prestação de serviço comunitário e proibição do exercício da profissão e seria cumprida nos Estados Unidos, onde os pilotos residem.

Em 2008, os controladores de voo Leandro José Santos de Barros e Felipe Santos dos Reis foram absolvidos sumariamente de todas as acusações pela Justiça Federal. Jomarcelo Fernandes dos Santos também foi isentado do crime, em maio de 2011. Na mesma decisão, a Justiça de Mato Grosso condenou Lucivando Tibúrcio de Alencar a prestar serviços comunitários por atentado contra a segurança do transporte aéreo.

Na Justiça Militar, a ação penal militar para apurar a responsabilidade de cinco controladores que trabalhavam no dia do acidente - quatro denunciados pelo MPF e João Batista da Silva - só foi instaurada em junho de 2008. Em outubro de 2010, quatro deles foram absolvidos - apenas Jomarcelo Fernandes dos Santos foi condenado por homicídio culposo. Ele recorreu ao Superior Tribunal Militar (STM), mas o órgão manteve a condenação, em fevereiro de 2012.

Fonte: Agência Brasil via Terra

Após fumaça, avião da Delta faz pouso não programado em Caracas

Segundo passageira, comandante de voo de SP a NY usou extintor.

Grupo está em hotel de Caracas, na Venezuela, aguardando reembarque.

Imagem mostra passageiros do voo da Delta em um hotel de Caracas 
esperando informações sobre o voo - Foto: Kátia Honda/Arquivo pessoal

Um voo da companhia Delta Air Lines que saiu nesta madrugada de São Paulo com destino a Nova York passou por problemas e teve que fazer um voo não programado, informaram a companhia e passageiros ao G1 nesta terça-feira (23). De acordo com a fotógrafa e passageira Kátia Honda, o voo DL0120 deveria ter saído às 20h55 do aeroporto de Guarulhos, mas acabou atrasando quase quatro horas por "problemas na janela da cabine".

"Na hora que embarcamos, disseram que identificaram um problema na janela do piloto, que a janela não fechava. Deixaram a porta aberta, mas disseram que quem saísse não voltava para a aeronave. Ficamos no avião e saímos a 1h da manhã de lá", disse Kátia ao G1, por telefone.

Segundo ela, após quase quatro horas de voo, a aeronave passou por uma turbulência e foi detectada "uma fumaça muito gelada saindo do teto do avião. As aeromoças começaram a bater no bagageiro e o comandante veio com um extintor. [...] O piloto foi exemplar. Ele meio que planou, não forçou o avião e disse que teve que fazer um pouso de emergência."

A empresa emitiu um comunicado confirmando o incidente na aeronave, e dizendo que "enquanto estava em rota, o capitão do voo #120 decidiu desviar para o Aeroporto Internacional de Caracas após detectar cheiro de fumaça na cabine e corredor de passageiros. A aeronave pousou sem incidentes, e os passageiros receberam refeição e hospedagem em hotel enquanto esperam um avião adicional. Um 767-300ER está neste momento em rota de Atlanta para Caracas e deve chegar às 5h49 para levar os passageiros ao [aeroporto] JFK."

Kátia contou que está em um hotel de Caracas, onde o avião pousou desde essa madrugada e ainda não teve informações sobre quando partirá para Nova York. "Era muita fumaça, nunca tinha visto isso na minha vida. E não disseram nada pra gente, só que tinha fumaça. [...] Meu maior medo é eles coloquem a gente na mesma aeronave. [...] O descaso é grande. Tem parentes esperando no aeroporto de Nova York."

Fonte: G1

Justiça condena a 11 anos piloto de avião que caiu com 580 kg de cocaína


O piloto brasileiro Roy Rogers e o passageiro boliviano Edgar Belen, ajudante dele, que foram flagrados transportando 580 quilos de cocaína, após queda da aeronave em que estavam, na Serra do Amolar (foto acima), em Corumbá, há 2 anos e cinco meses, foram condenados, respectivamente, a 11 e a 7 anos de prisão. Eles também terão de pagar multa em dinheiro.

A sentença, na Justiça Federal, atendeu aos pedidos feitos na ação penal proposta pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul.

Segundo o órgão, “o fato de Roy Rogers estar com sua licença para pilotar vencida há mais de um ano deixa evidente que o piloto utilizava a aeronave para fins ilícitos (tráfico internacional de drogas)”.

Além do tráfico de drogas, o brasileiro foi denunciado pelo crime de falsidade ideológica. Ele utilizou nome de outros pilotos e operadores de vôo para conseguir autorização perante a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

A pena foi fixada da seguinte maneira: o piloto, dono da aeronave e responsável pela carga, foi condenado a 11 anos e 11 meses de prisão. RoyRogers terá de pagar R$ 38.364,48 mil pelos crimes de tráfico de drogas e falsidade ideológica. Egnar Belen Inturias, foi condenado a 7 anos e 6 meses de reclusão e a pagar multa de R$ 13.620 mil.

Acidente

No dia 5 de março de 2011, o avião pilotado por Roy Rogers partiu da Bolívia em direção ao Brasil. Além do piloto, a bordo da aeronave, carregada com 580 quilos de cocaína, estava um passageiro boliviano, Egnar Belen Inturias, ajudante dele, que havia sido contratado no país vizinho. A droga estava dividida em volumes individuais, de 1 quilo cada.


Na tentativa de não ser detectado pelos radares do Decea (Departamento de Controle de Tráfico Aéreo), o piloto sobrevoava o território brasileiro em baixa altitude. Por esse motivo, acabou batendo na copa de algumas árvores, vindo a colidir com o solo.

Depoimentos

Apesar das provas visíveis, os condenados apresentaram outras versões para os fatos. Roy Rogers contou que havia sido sequestrado. “A aeronave caiu, eu senti o impacto. Estava amarrado, sentado no assoalho, foi tudo muito rápido. Eu olhei e não vi ninguém, só estava eu dentro do avião”, disse ele às autoridades. 

Edgar Belen, ao contrário do comparsa, confessou, de imediato, foi contratado na Bolívia para acompanhar o piloto no transporte do entorpecente. Disse, ainda, que receberia 1 mil dólares pelo trabalho. Mas, perante o juiz, o ajudante contou uma segunda versão, afirmando que não conhecia RoyRogers e que ele teria sido pego à força na Bolívia, torturado e trazido ao Brasil contra sua vontade.

Fonte: Elverson Cardozo (campograndenews.com.br) - Fotos: Reprodução