quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Airbus enfrenta dilema entre investir para melhorar o A380 ou abandoná-lo


A Airbus não conseguiu encontrar uma nova companhia aérea que comprasse seu gigante A380 neste ano, e está em uma encruzilhada com duas opções: gastar muito para melhorar o avião ou abandoná-lo.

Desde que o avião de dois andares entrou em serviço, este pode ser o primeiro ano em que nenhuma nova companhia aérea se somou à sua lista de clientes.

O único comprador foi uma empresa de leasing, que ainda não conseguiu uma operadora sequer para ficar com 1 dos 20 aviões pedidos.

A reserva de pedidos em carteira continua sendo tão pequena quanto frágil, fato destacado pelo cancelamento de um pedido de seis jatos feito pela Skymark Airlines, do Japão, com dois prestes a serem entregues.

Erro caro: desenvolvimento do avião custou US$ 25 bi


No seu sétimo ano em operação, o avião corre o risco de se tornar um erro caro. Seu desenvolvimento custou US$ 25 bilhões.

Apesar de ele ser popular entre os viajantes, a maioria das companhias aéreas prefere modelos menores de motor duplo, com maior economia de combustível e acesso a mais aeroportos.

A Emirates é a única apoiadora de destaque, tendo pedido 140 unidades, ao passo que outras linhas aéreas recuaram ou estão tendo problemas para preencher os dois andares do jumbo.


"É um avião excelente, mas só funciona com os destinos certos", disse o diretor-executivo da Air France-KLM, Alexandre de Juniac, que pretende cancelar as duas últimas das doze unidades de A380 que pediu, e trocá-las por modelos menores.

Emirates pede mudanças; Airbus avalia se compensa


Aviões de fuselagem larga e quatro motores são uma raridade desde que a Airbus deixou de produzir o A340. A Boeing disse ontem que reduzirá a produção do 747.

A Airbus se reunirá com investidores hoje em Londres para um informe de estratégia, e é provável que enfrente questões sobre o futuro do programa do A380 e sobre como revigorar o programa principal.

O presidente da Emirates, Tim Clark, está pressionando a Airbus para que atualize os motores do A380 a fim de aumentar a economia de combustível, mas a Airbus está resistindo a esta medida porque seu custo não se equipara à demanda pelo avião. 

Produção é de menos de 30 aviões por ano


Não alterar a aeronave poderia implicar uma diminuição da reserva de pedidos e acabar provocando o fechamento da produção, que atualmente é de pouco menos de 30 aviões por ano, disseram os analistas.

A demanda medíocre pelo A380 contrasta com um boom de pedidos de outros modelos. O mais vendido pela Airbus continua sendo a linha de jatos de corredor único A320, que se popularizou ainda mais quando a empresa passou a oferecer novos motores. O mesmo conceito aumentou o impulso do jato de fuselagem larga A330.

O A350, um modelo totalmente novo de fuselagem larga, motor duplo e autonomia de voo longa, fabricado com materiais leves, acumulou quase 800 pedidos antes da entrega da primeira unidade nesta semana.

Airbus esperava procura por 1.200; vendeu 318


A Airbus recebeu pedidos para 318 dos jumbos. É uma fração dos 1.200 que a empresa pensou que as companhias aéreas precisassem nessa categoria de tamanho quando começou a promovê-lo, em 2000. 

A Emirates é responsável por 40% da carteira de pedidos, ao passo que outras linhas aéreas, como a Virgin Atlantic, a Hong Kong Aviation e a Air Austral, são cada vez menos propensas a adquirir em algum momento um dos seus aviões.


A Emirates tem tido sucesso com a frota de A380 porque a companhia utiliza seu centro de operações em Dubai como ponto medular para conectar rotas importantes de todo o mundo com apenas uma parada.

O A380 também é popular em aeroportos com capacidade restrita, como Heathrow, em Londres, ao passo que muitos aeródromos menores não possuem a infraestrutura necessária para acomodar o avião.

"Não acho que ele dure mais do que alguns anos da próxima década", disse Richard Aboulafia, vice-presidente da Teal Group e há tempos um crítico do A380. "Quanto mais rápido eles abandonarem esse avião, mais rápido vão poder se dedicar aos esforços de marketing para outros produtos".

Fonte: Andrea Rothman (Bloomberg) - Fotos: Reprodução

Iata diz que terminal novo de Guarulhos

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) apresentou nesta quarta-feira a construção do terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos como um exemplo internacional de 'oportunidade perdida', com manutenção de gargalos que continuam a atormentar companhias aéreas e passageiros.

David Stewart, diretor de Desenvolvimento de Aeroportos, disse numa exposição para jornalistas internacionais que o concessionário do T3 de Guarulhos não entendeu que o aeroporto é um grande 'hub' internacional e o quanto é importante facilitar a conexão de passageiros para outros voos.

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Companhias aéreas esperam lucrar US$ 25 bilhões em 2015

Projeções superam amplamente o obtido nos últimos anos.

Queda do petróleo deve melhorar rentabilidade global.


As companhias aéreas esperam obter um lucro líquido de US$ 25 bilhões em 2015, frente aos US$ 19,9 bilhões que preveem ganhar neste ano, anunciou nesta quarta-feira (10) a Agência Internacional do Transporte Aéreo (Iata).

As projeções para 2015 superam amplamente o obtido nos últimos anos. Em 2013, o lucro do setor foi de US$ 10,6 bilhões, e em 2012, de US$ 6,1 bilhões. A Iata considera que a melhora da rentabilidade se deve à queda do preço do petróleo e a um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global.

Tony Tyler, diretor-executivo do organismo, disse em entrevista coletiva que em 2004 o preço do petróleo era de US$ 40 por barril, valor que aumentou até US$ 99 em 2008.

De 2011 até pouco tempo atrás o preço se manteve em torno de US$ 100, mas começou a cair recentemente e deve chegar a US$ 85 em 2015. "Este número é mais que o dobro de 2004. No entanto, parece barato para nós. Não há nenhuma dúvida de que a recente queda dos preços do petróleo é um alívio para as companhias aéreas", afirmou Tyler.

O economista-chefe da Iata, Brian Pearce, disse que o aumento gradual dos lucros mesmo com o petróleo em alta mostram que as companhias souberam operar em um ambiente pouco favorável. 

Pearce ressaltou que o combustível representa 40% dos custos operacionais das empresas aéreas. O economista afirmou que "levará algum tempo", mas os consumidores se beneficiarão do lucro obtido porque os preços cairão.

A Iata espera que as tarifas das passagens caiam 5,1% neste ano, e os preços de transporte aéreo de cargas se reduzam 5,8%.

Fonte: EFE via G1

Associação pede que ONU regule armamento antiaéreo

Destroços do voo MH17: convenções da ONU proíbem o uso de
armas químicas e minas terrestres e regulam sua destruição

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), órgão que representa companhias aéreas globais, quer que a ONU regule armamentos antiaéreos de maneira similar a armas químicas, depois que um avião comercial foi derrubado sobre a Ucrânia neste ano.

"Estamos fazendo um apelo para que a Organização de Aviação Civil Internacional trabalhe dentro da estrutura da ONU para incluir o desenvolvimento, a fabricação e o uso de armas com capacidades antiaéreas em lei internacional", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, se referindo à agência de segurança de aviação da ONU.

Ele descreveu a derrubada do MH17, um Boeing 777 da Malaysia Airlines, sobre o leste da Ucrânia como um "ultraje" e disse que o fato de que armas poderosas estão agora nas mãos de entidades que não são Estados levantou uma nova ameaça com a qual o setor das companhias aéreas precisa lidar. 

Investigadores holandeses estão tentando reconstruir os destroços do MH17 para determinar o que exatamente derrubou o avião, causando a morte de todas as 298 pessoas a bordo. Convenções da ONU proíbem o uso de armas químicas e minas terrestres e regulam sua destruição.

Tyler disse que alcançar algo similar para armas com capacidades antiaéreas levará tempo. "Mas isso deve ser perseguido."

Fonte: Tom Miles e Tim Hepher (Reuters) - Foto: Antonio Bronic/Reuters

Cenipa recolhe motor de avião que caiu e matou duas pessoas em MS

Motor de aeronave que caiu na área rural de Campo Grande será periciado.

Carcaça e outras partes de monomotor serão entregues ao proprietário.

Destroços de aeronave na área rural de Campo Grande
Foto: Nadyenka Castro/G1 MS

Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estiveram, na manhã desta quarta-feira (10), no local da queda de uma aeronave que matou duas pessoas na área rural de Campo Grande no sábado (6). Uma das vítimas foi o advogado Marco Túlio Murano Garcia, de 44 anos, e a outra foi o piloto Genesis Pereira, de 55 anos.

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Dificilmente você vai ver uma aterrissagem de tão perto

Um piloto turco de F-16 fez uma daquelas aterrissagens capazes de assustar até o mais intrépido amante de aviação. Nas imagens captadas por um vídeo amador, o piloto faz um rasante sobre o público junto à pista de aterrissagem. 


Yusuf Kurt, um capitão da força aérea turca fez uma passagem rasante sobre a multidão junto a uma pista de aviação. 

As imagens captadas por um vídeo amador mostram um avião F-16 aterrissando a baixa altitude, tão baixo que praticamente parece que vai se chocar contra as pessoas que assistem ao exercício.

Depois de ter sido descarregado para o YouTube, o vídeo tem recebido milhares de visitas que vibram com o fato de poderem ver tão de perto a manobra de uma caça de guerra. Fique com as incríveis imagens. 



Fonte: noticiasaominuto.com

Ainda é possível um avião desaparecer sem deixar rastro?

"Não há uma solução milagrosa para resolver o rastreamento dos aviões", confessa presidente da IATA.


Ainda está na memória de todos o desaparecimento do MH370, avião da Malaysia Airlines que desapareceu sem deixar rasto em março do ano passado. Má notícia: "não há uma solução milagrosa"; boa notícia: há muito a fazer pelas companhias aéreas e fabricantes de aviões.

Desde o desaparecimento, a 8 de março deste ano, que a IATA, Associação Internacional de Transporte aéreo, juntou uma equipa de peritos para avaliar o que está a correr mal na forma como se localizam e acompanham os aviões que estão em terra ou no ar.

E, depois de um trabalho intenso e exaustivo, estes especialistas perceberam que há dois aspectos fundamentais a resolver pela indústria da aviação a curto prazo: evitar que os dispositivos de localização instalados nos aviões possam ser desligados e garantir um acompanhamento sistemático por satélite.

Este tipo de ferramentas, entre outras, são para a IATA prioritárias e por isso a Associação apelou à organização internacional de aviação civil (ICAO) para que force as companhias aéreas e fabricantes a estabelecerem novas regras de tracking para que, em 12 meses, seja possível evitar um novo MH370.

"Sem especular sobre o que aconteceu, é importante redesenhar os sistemas de segurança dos aviões para garantir que os transmissores não podem ser desligados", sublinhou hoje em Genebra Tony Tyler presidente da IATA, temendo que 12 meses seja pouco tempo para tamanhas mudanças.

É que neste momento ainda "não há uma solução milagrosa para resolver o rastreamento dos aviões", confirmou o responsável.

Em todo o caso, que não haja dúvidas: "voar é seguro" e a prova disso mesmo é que todos os dias voam sem quaisquer problemas 100 mil aviões pelos céus terrestres. Além disso, nos aviões construídos no Ocidente o registro é de um acidente por cada 4,5 milhões de voos. O caso dos membros da IATA, onde também se inclui a TAP, a percentagem é menor: um acidente por cada 6,7 milhões de voos.

O recado fica, no entanto, para as empresas que operam neste setor: "a aviação apenas é sustentável se as pessoas confiarem na segurança do sistema".

Fonte: Dinheiro Vivo (Portugal)

Drones poderiam substituir juízes, diz lenda do futebol


O alemão Franz Beckenbauer, ex-jogador de futebol e lenda do esporte, disse em uma entrevista recente ao site Sky90 que, no futuro, os juízes poderão ser substituídos por drones.

Apesar de parecer uma ideia absurda, ela não é impossível tendo em vista que boa parte dos modelos de aviões não tripulados já possui câmeras embutidas.

“Estamos vivendo em um século em que tudo é tecnologia. Nós sabemos que a tecnologia de linha de gol é só um começo. Em algum momento, não precisaremos mais de um árbitro. Drones filmariam tudo o que acontecesse dentro de campo", afirmou o capitão da seleção da Alemanha na Copa de 1974 (foto ao lado).

Segundo ainda o ex-jogador, a Fifa ainda é bastante resistente à tecnologia nos campos, contudo, a ideia não é de se jogar fora. Com algumas alterações como a altitude mínima e perímetro para voar, o drone poderia não só ver lances para saber se houve falta ou impedimento, mas também gravar a partida de outros ângulos.
 

Drones já foram usados em partidas de futebol de outras formas. No jogo entre Sérvia e Albânia em outubro durante as classificatórias para a Eurocopa 2016, um avião não tripulado carregou uma bandeira pelo campo. 

Fonte: International Business Times via Olhar Digital - Fotos: Reprodução

Aéreas terão 8,8 mil voos extras na alta temporada


Empresas aéreas já anunciaram que terão 8,8 mil voos extras na alta temporada. Além do aumento de voos, as companhias já anteciparam a escala de manutenção programada das aeronaves para que toda a frota, de 450 aviões, esteja em operação período. Os aeroportos de maior movimentação terão reforços de agentes, mecânicos e profissionais de manuseio de bagagem. As escalas de férias e folgas, tanto dos trabalhadores em terra quanto das tripulações, foram ajustadas para que todo o contingente esteja disponível.

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Juiz chamou funcionário da TAM de 'vagabundo' e 'm...', diz testemunha

Uma testemunha que presenciou toda a confusão envolvendo o juiz Marcelo Baldochi e funcionários da TAM, no aeroporto de Imperatriz (MA), no último sábado (6), afirmou que o magistrado não restringiu a dar voz de prisão a três agentes, como também teria os humilhado.

Juiz Marcelo Baldochi, de Imperatriz (MA)

"Ele se alterou, chamou o atendente de vagabundo, disse que eles eram uns 'merdas'. Ele parou o aeroporto, e todo mundo se revoltou contra ele. Ele os humilhou, foi triste", contou a mulher, que acompanhava o namorado no momento em que a confusão ocorreu.

A testemunha afirmou que Baldochi chegou a pedir ao atendente para que o piloto o esperasse para embarcar, mas recebeu uma ordem negativa. "Ele então inventou lá uma lei e disse que era desacato ao consumidor e então invadiu a área restrita da TAM. O primeiro atendente, ele mandou ficar no cantinho da sala, dizendo que estava preso", afirmou.

Ainda segundo a testemunha, na saída do aeroporto, já com a chegada da Polícia Militar, os funcionários da TAM foram conduzidos de táxi até a delegacia e não foram algemados.

"O juiz disse que precisava viajar com urgência para ir a um velório. Ele batia no balcão e gritava: 'eu quero o meu dinheiro da passagem de volta em dobro'. Fez aquilo tudo para aparecer, para abusar do poder", completou.

A testemunha entrevistada nesta reportagem entrou em contato com o UOL via Whatsapp (11 - 97500-1925).

O vídeo que publicado nesta reportagem foi enviado por ela, e gravado pelo irmão – que também estava no aeroporto no momento da confusão.

Juiz ainda não foi à polícia


A delegada adjunta do 3º Distrito Policial de Imperatriz (MA), Virginia Loiola, afirmou que ainda aguarda a ida de Baldochi para dar prosseguimento às investigações sobre o boletim de ocorrência aberto no último sábado.

Segundo a delegada, o registro da ocorrência foi feito por telefone por um advogado acionado por Baldochi, sem mais detalhes. "Ele pediu pra registrar o boletim com base no artigo 76 do Código de Defesa do Consumidor. Estamos aguardando o comparecimento do juiz para que ele dê prosseguimento ao caso", informou.

O artigo 76 fala dos agravantes dos crimes tipificados no código e prevê punição a quem ocasionar "grave dano individual".

Para a delegada, ainda não está claro que tipo de crime teria sido cometido no caso. "O avião decolou normalmente, os motores não foram desligados e o juiz foi acomodado pela própria própria TAM", afirmou.

A delegada afirmou que os funcionários da TAM levados à delegacia no sábado não chegaram a prestar depoimento porque não havia queixa formal. "Eles não foram ouvidos; apenas foi registrado o boletim. Nada mais", disse.

Segundo a delegada, dois dos funcionários procuraram a polícia nesta terça-feira (9) para pedir esclarecimentos, mas não prestaram boletim de ocorrência por ordem da empresa.

"Os funcionários estão, de certo modo, indignados porque o juiz os humilhou publicamente, mas não prestaram queixa", disse.

O UOL conseguiu contato com um dos funcionários detidos por ordem do juiz. Ele informou que a empresa está à frente das ações em resposta ao juiz e que a TAM teria solicitado que eles não dessem mais detalhes sobre o assunto.

A reportagem ainda não conseguiu localizar o juiz Marcelo Baldochi. Uma funcionária da 4ª Vara Cível de Imperatriz, onde o juiz é titular, informou que ele não iria comparecer ao trabalho nesta terça-feira (4).

Fonte: Carlos Madeiro (UOL) - Foto: Reprodução

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Avião tem para-brisa trincado durante voo para Presidente Prudente

Comandante optou por voltar a São Paulo quando chegava ao destino.

Fato aconteceu nesta terça-feira (9); Passageiros chegaram às 13h.

Uma aeronave que fazia o trajeto São Paulo – Presidente Prudente não pousou no destino, e voltou para a origem, em razão de uma trinca no para-brisa externo. O fato aconteceu na manhã desta terça-feira (9), e o comandante tomou a decisão, assim que identificou o ocorrido, retornando ao aeroporto de origem, de acordo com nota da empresa Gol – Linhas Aéreas Inteligentes.

O avião que realizava o voo G3 1070, saiu de São Paulo por volta das 8h30 da manhã, e a previsão de chegada em Presidente Prudente era 9h30, conforme o médico Henrique Cerato Salvador, de 66 anos, que estava a bordo da aeronave.

"O que foi passado pelo comandante é que voltaríamos pela questão de segurança e pelo mal tempo em Prudente. Mas que podíamos ficar tranquilos, já que não havia riscos. A opção por voltar foi porque São Paulo tem mais recursos para estas situações", explicou Henrique.

Ainda de acordo com o passageiro, algumas pessoas ficaram assustadas dentro do avião, e não quiseram embarcar no mesmo dia, na nova aeronave que foi disponibilizada. "Não houve pânico, mas alguns ficaram assustados. Eu estou acostumado porque já passei situações semelhantes".

Ao chegar de volta a origem do voo, o problema foi regularizado em cerca de 30 minutos, quando um novo avião foi oferecido para reiniciar o trajeto, conforme Salvador. "Fomos muito bem tratados, e mesmo com uma certa demora, que é compreensível, por volta das 13h, já estávamos pousando em Prudente".

A companhia explicou por meio de nota, que a segurança do voo não foi comprometida e que os passageiros já foram reacomodados em outra aeronave por volta das 11h20. A empresa declarou ainda que o "avião passará pela substituição do para-brisa e análise do material removido".

Fonte: Vinícius Pacheco e Gustavo Justino (G1 Presidente Prudente)

Gravações relembram era glamourosa do Concorde

O Concorde foi o avião de passageiros mais glamouroso que já existiu. No período em que operou - de 1976 a 2003 - poucas coisas no mundo eram tão luxuosas quanto viajar a bordo de um. 


Cada voo transatlântico levava cerca de cem passageiros a uma velocidade superior à de um tiro de rifle. A alta velocidade vinha a um custo estimado em R$ 16 mil em valores de hoje.

A aeronave revolucionária era um desafio para designers e pilotos. O desenho das asas do Concorde foi inspirado em caças menores. A cabine de comando se deslocava para frente quando a aeronave se aproximava da velocidade Mach 2 (o dobro da velocidade do som), deixando o avião com seu clássico formato de agulha.

 
Recentemente, gravações em áudio no arquivo da BBC revelaram um lado menos documentado do Concorde - o de seu desenvolvimento ao longo dos anos. 

O primeiro clipe de som é de 1969, ano em que o Concorde realizou seu primeiro voo teste. Foi a primeira vez que se registrou o barulho característico da aeronave.

Avião foi usado por celebridades e autoridades, como o Papa João Paulo 2º

O capitão Jimmy Andre, que conduziu os testes, registrou na gravação: "O avião se comporta muito bem".

Segundo ele, o Concorde se comportava melhor que qualquer avião que ele já havia pilotado - inclusive o Boeing 747, que era uma das grandes máquinas da época.

Andrew descreve o Concorde quase como um avião perfeito - agradando a pilotos e passageiros. Ao longo de sua história, só os mais ricos puderam comprovar essa observação.

Para os passageiros, o Concorde era o auge da sofisticação. Apesar de hoje em dia a cabine de passageiros ser razoavelmente pequena para os padrões modernos de qualquer Airbus, na época o Concorde era tido como um ambiente de luxo.


No serviço de bordo, os passageiros eram tratados com quatro marcas diferentes de champanhe e uma refeição com três pratos.

Andrew diz que os instrumentos de bordo eram razoavelmente convencionais, mas que o avião também tinha uns botões "bacanas", computadorizados.

Dez anos depois, a BBC voltou a registrar as impressões dos pilotos sobre o Concorde. Em 1979, a empresa já operava voos transatlânticos regulares.


Uma das inovações da época era o Sistema de Navegação Inercial (INS, em inglês), que permitia que a aeronave calculasse sua posição e velocidade. O que na época era o auge da sofisticação hoje não se compara com a navegação por GPS possível com qualquer smartphone.

Em 2003, o Concorde foi aposentado, após décadas em que só um acidente foi registrado, pouco depois de decolar de Paris. Mas o legado da aeronave ainda sobrevive entre pilotos.

Engenheiros trabalham para criar um avião com velocidade superior à do Concorde

Engenheiros estão trabalhando em um avião de passageiros semelhante, que permitiria viajar de Londres a Nova York em apenas uma hora. O objetivo dos engenheiros é atingir velocidade recorde de Mach 8 - ou 9,8 mil quilômetros por hora, considerada hipersônica.

A viagem mais rápida registrada por um Concorde está longe disso. Em 7 de fevereiro de 1997, o capitão Leslie Scott atravessou o oceano entre os Estados Unidos e o Reino Unido em duas horas, 52 minutos e 59 segundos.


Enquanto o novo futuro das aeronaves hipersônicas não chega, alguns poucos e sortudos pilotos e passageiros ao menos têm um passado glorioso de lembranças do Concorde.

Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Future.