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Um carro estava na área para transportar a droga, mas o motorista fugiu após abandonar o veículo.
A ação ocorreu em apoio à 4ª companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária e da Polícia Federal, responsáveis pela investigação (Foto: Divulgação/SSP)
Policiais militares que estavam no helicóptero Águia interceptaram, nesta segunda-feira (16), a aeronave de pequeno porte Neiva EMB-720C Minuano, prefixo PT-EKC, carregada com cerca de 400 tijolos de pasta base de cocaína no interior de São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, o avião partiu do Mato Grosso do Sul e pousou em uma pista clandestina próxima ao aeroporto de Penápolis, na região de Araçatuba.
Assim que aterrissou, o piloto percebeu a aproximação do helicóptero e tentou decolar novamente, mas foi impedido pelos agentes.
A ação teve apoio de viaturas terrestres e ocorreu em conjunto com a Polícia Federal e a 4ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária.
Ainda de acordo com a PM, um carro estava na área para transportar a droga, mas o motorista fugiu após abandonar o veículo.
Foram presos no local:
piloto da aeronave, de 33 anos
passageiro, de 45
O caso será registrado na sede da Polícia Federal em Araçatuba, onde a investigação sobre o transporte de entorpecentes está em andamento.
Nas redes sociais, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que a ação representa “mais um grande prejuízo ao tráfico de drogas”.
Ele destacou que o estado de São Paulo “não será rota de atividades ilegais” e parabenizou os policiais envolvidos na ação.
Neste dia, nas primeiras horas de 11 de dezembro de 1978, seis homens armados em uma van Ford roubada estacionaram em frente ao depósito de carga da Lufthansa Airlines no Aeroporto Internacional John F. Kennedy da cidade de Nova York.
Em poucas horas, os homens fugiriam, tendo cometido um dos maiores roubos de dinheiro nos Estados Unidos, iniciando uma investigação que duraria décadas e passaria a ser chamada de 'Assalto da Lufthansa'.
Os homens, todos membros e associados da máfia americana, cortaram os portões do prédio de carga e fizeram vários funcionários da Lufthansa como reféns, algemando-os na cantina.
O alvo eram notas de banco sem identificação e joias que a Lufthansa transportava regularmente para o depósito. Na noite, a quadrilha estimou um valor total de roubo de cerca de US$ 2 milhões.
Sob a mira de uma arma, os assaltantes obrigaram um funcionário a abrir o cofre de onde retiraram 72 caixas de dinheiro. Pouco mais de uma hora depois, eles escaparam com aproximadamente US$ 5 milhões em notas bancárias e US$ 875.000 em joias.
Apesar dos muitos suspeitos, apenas uma pessoa, Louis Werner, foi condenada pelo roubo e muito pouco do dinheiro e das joias foi recuperado.
Werner, que trabalhava como agente de carga para a Lufthansa, devia milhares de dólares em dívidas de jogo e acredita-se que tenha ajudado a planejar o ataque.
Acredita-se que o arquiteto do roubo tenha sido James 'Jimmy' Burke, um associado da notória Família Lucchese.
Suspeita-se que Burke posteriormente planejou ou cometeu pessoalmente o assassinato da maioria dos agressores nos meses seguintes ao roubo, a fim de evitar implicação.
Em dinheiro de hoje, o valor do roubo é estimado em mais de US$ 24 milhões e mais tarde inspirou o enredo do premiado filme de 1990 'Os Bons Companheiros'.
Os assaltos a aeroportos ao longo dos anos totalizaram centenas de milhões de dólares.
Em 2005, o Aeroporto Schiphol de Amsterdã foi alvo de um roubo de diamantes, onde um total de US$ 80 milhões foi roubado.
Mais recentemente, em 2013, nos aeroportos de Bruxelas, oito pistoleiros mascarados disfarçados de policiais roubaram US$ 50 milhões em diamantes de uma aeronave Fokker 100 com destino a Zurique.
O criminoso precisou ser colocado dentro do banheiro para que outros passageiros não tentassem agredi-lo.
A Polícia Federal prendeu um homem suspeito de estuprar um adolescente durante a madrugada da última segunda-feira dentro de um voo de São Paulo com destino a Belém, no Pará. O criminoso precisou ser colocado dentro do banheiro da aeronave Airbus A320-253N, prefixo PR-YRS, da Azul, para que outros passageiros não tentassem agredi-lo, e o flagrante ocorreu assim que a aeronave pousou na capital paraense.
Segundo as investigações da Polícia Federal, o criminoso iniciou uma conversa com a vítima, que estava sentada ao seu lado no trajeto de avião. O adolescente estava acompanhado dos pais no voo, mas eles estavam sentados em assentos separados.
A vítima teria percebido a intenção do criminoso, decidiu deixar o assento e contou para o pai, que iniciou uma discussão dentro do avião. A situação foi tratada pela Polícia Federal como estupro de vulnerável, já que a vítima é menor de idade.
Após a aterrissagem, por volta da 1h desta segunda-feira, plantonistas da PF no aeroporto entraram na aeronave para retirar o passageiro suspeito de ter cometido o crime. Após a autuação, o homem foi encaminhado ao sistema prisional paraense.
Atentendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal estabeleceu, nesta terça-feira, fiança no valor de R$ 28,2 mil para a concessão de liberdade provisória para o investigado.
"O valor elevado da fiança não teve como foco prioritário a capacidade econômica do acusado, mas sim a necessidade de assegurar a vigência da norma penal diante da gravidade da conduta, reforçar a credibilidade da justiça e demonstrar o compromisso do Judiciário com a proteção dos valores fundamentais do processo penal”, disse o MPF.
O juiz federal acolheu o pedido, determinando restrições como a proibição de uso de transporte coletivo terrestre e aéreo, o recolhimento domiciliar noturno, a proibição de contato com a vítima e seus familiares, e a monitoração eletrônica do acusado.
Até que o pagamento da fiança seja efetuado, o preso em flagrante permanecerá custodiado na Central de Custódia Provisória da Marambaia (CCP Marambaia), em Belém.
Em nota, a Azul informou que acionou a Polícia Federal para realizar o desembarque de um passageiro e apurar comportamento indisciplinado, durante o voo AD6074 (Guarulhos-Belém), na madrugada desta segunda-feira (2).
"O protocolo estabelecido pela companhia foi seguido pela tripulação, que prestou toda assistência necessária aos demais clientes. A Azul segue à disposição das autoridades e reforça que repudia qualquer manifestação ou comportamento inadequado que cause constrangimento a seus clientes e tripulantes", declarou a companhia.
Quem é o empresário preso suspeito de estuprar adolescente durante voo para Belém
Empresário precisou ser colocado dentro do banheiro para que outros passageiros não tentassem agredi-lo (Reprodução/Redes Sociais)
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou nesta terça-feira (3) a identidade do homem suspeito de estuprar um adolescente durante um voo de São Paulo a Belém.
Felippe Rodrigues Batista é um empresário do ramo varejista de vestuário e acessórios. A CNN tenta contato com a defesa do suspeito.
Nas redes sociais, ele anuncia que possui uma loja no município de Cametá, região nordeste do Pará, distância de cerca de 660 km de Belém.
Segundo as investigações da Polícia Federal, o crime ocorreu durante uma conversa que o suspeito iniciou com a vítima que estava sentada ao seu lado no trajeto de avião. O adolescente estava acompanhado dos pais, porém em cadeiras separadas, o que teria facilitado a ação.
A PF informou que o adolescente ainda durante o voo, deixou o assento e contou para o pai, que iniciou uma discussão dentro do avião. O empresário precisou ser colocado dentro do banheiro para que outros passageiros não tentassem agredi-lo.
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Em 15 de novembro de 1972, uma quarta-feira, o avião Fokker F-27 Friendship 200, prefixo VH-FNI, da Ansett Airlines of Australia - ANA (foto abaixo), operava o voo 232, um voo entre o Aeroporto de Adelaide, e o Aeroporto de Alice Springs, no Território do Norte, ambos na Austrália.
O Aeroporto de Alice Springs é conhecido hoje por ser uma instalação no deserto com uma extensa capacidade de armazenamento de aeronaves . Hoje em dia, esta rota doméstica é operada por transportadoras como a Qantas e a Virgin Australia.
A aeronave tinha 32 pessoas a bordo, sendo esse número composto por 28 passageiros, dois pilotos e dois comissários de bordo.
Kaye McLachlan, 25 anos, não foi escalada para trabalhar em 15 de novembro de 1972. Mas quando uma colega ligou dizendo que estava doente, ela concordou em se preparar para um voo de Adelaide para Alice Springs.
A comissária de bordo da Ansett – ou hostie, como eram conhecidas na época – nunca poderia ter adivinhado o que se seguiria a bordo do Fokker F27 Friendship.
Um passageiro do sexo masculino, posteriormente identificado como Miloslav Hrabinec, um migrante tcheco, embarcou no voo em Adelaide com um rifle ArmaLite .22 serrado escondido e uma faca na bainha amarrada à perna.
As armas escondidas de Hrabinec incluíam um rifle ArmaLite .22 serrado, munição e uma faca
Hrabinec havia comprado uma passagem com um nome falso e não houve varredura no aeroporto que pudesse detectar a arma e a faca que ele havia amarrado ao corpo.
Miloslav Hrabinec (foto ao lado) sentou-se calmamente no assento 4A, sem chamar a atenção da tripulação durante o serviço de chá da manhã. “Ele apenas ficava curvado olhando pela janela”, lembrou McLachlan.
“Fizemos um serviço de refeições e ele não estava interessado em café, chá ou qualquer coisa para comer... ele apenas ficava olhando pela janela. "Ele era um passageiro muito fácil do nosso ponto de vista."
Enquanto as aeromoças recolhiam as últimas xícaras de chá e café antes da descida, um surto de turbulência perfurou a cabine. Então, a comissária McLachlan olhou e viu Hrabinec saindo do banheiro.
Eram 13h40, cerca de meia hora antes do horário programado de pouso, quando o voo estava descendo para o aeroporto de Alice Springs, o sequestrador saiu do banheiro, sacou a arma e disse a um comissário de bordo chamado Gai Rennie: "Isso é um sequestro".
“Ele estava bastante calmo'”, lembrou Beth Young, que estava sentada na cabine do avião, observando seu marido, o piloto Ralph Young, enquanto ele se preparava para pousar em Alice Springs. “Fiquei absolutamente chocada. Achei que ele iria atirar em todo mundo." Foi a primeira vez que o piloto Ralph Young levou Beth, a filha Sharon, então com 9 anos, e o filho Peter, de 4, num voo de ‘trabalho’, para férias em Alice Springs.
A comissária de bordo Gai Rennie caminhou pela cabine seguido pelo sequestrador. Ela então explicou à comissária de bordo Kaye Goreham que o homem atrás dela tinha uma arma. Todos os três então foram para a frente da aeronave.
“Foi um pouco surreal. Fiquei um pouco confusa sem saber se isso estava realmente acontecendo ou não”, lembrou a comissária de bordo Kaye McLachlan. “Na Austrália, não era algo esperado.”
Gai então informou ao capitão Young e ao primeiro oficial Walter Gowans que havia um homem querendo conversar e que ele tinha uma arma e disse que era um sequestro.
No entanto, o capitão disse que estava em modo de pouso e falaria com ele no solo. O capitão perguntou a Gai 'O que ele quer?'. Gai respondeu que não sabia. Hrabinec foi informado pela tripulação que precisava sentar-se para pousar e ele obedeceu.
O avião pousou em segurança no aeroporto de Alice Springs e parou no final da pista, onde Hrabinec finalmente conseguiu delinear suas demandas.
O avião da Ansett no aeroporto de Alice Springs enquanto o sequestrador negociava com a polícia
Ele disse ao capitão para decolar novamente e voar para o deserto, para que pudesse saltar de paraquedas do avião. O sequestrador disse que era seu desejo sobreviver o máximo que pudesse e depois tirar a própria vida “de uma forma espetacular”.
"Ele disse: 'Eu não quero dinheiro, isso te surpreende, não é?'"
O capitão disse-lhe, porém, que não havia paraquedas a bordo e que não havia combustível suficiente para voar novamente.
O capitão Ralph pediu ao primeiro oficial Walter Gowans que ajustasse secretamente o medidor de combustível do avião Fokker Friendship para quase vazio e disse a Hrabinec que o avião precisava ser reabastecido.
Piloto Ralph Young trabalhando na Alemanha em 1991
Uma transcrição das conversas na cabine mostra que Hrabinec apontava uma arma para o piloto Ralph, ameaçando atirar, enquanto Ralph tentava acalmá-lo, dizendo “você parece um cara bastante razoável”. Hrabinec disse que perdeu dinheiro num negócio de terras.
Ralph convenceu Hrabinec de que, se ele saltasse de paraquedas do Fokker, atingiria as hélices e que precisava de um avião menor.
Hrabinec liberou a maioria dos passageiros do voo. Ele então exigiu o uso de uma aeronave pequena, que poderia levar para as planícies do Centro Vermelho para realizar seus desejos.
As negociações começaram, com o piloto local e gerente do aeroclube Ossie Watts se oferecendo como voluntário e com sua aeronave Cessna.
Watts taxiou seu avião nas proximidades, acompanhado por um policial disfarçado chamado Paul Sandeman, que se passou por seu navegador.
Quando o Cessna chegou, a tripulação e os restantes passageiros tinham sido mantidos reféns durante mais de quatro horas, num calor sufocante de 40 graus Celsius.
Hrabinec forçou a comissária McLachlan a sair pela traseira da aeronave em direção ao Cessna, onde viu o policial Paul Sandeman sentado na parte de trás.
“Ele ficou muito desconfiado e deu sinal para aquela pessoa sair”, disse ela. “Depois de vários gestos, Paul saiu do pequeno avião e o sequestrador me pediu para revistá-lo.
“Senti no bolso direito dele – que estava de frente para mim – uma pequena arma, mas não contei ao sequestrador que ela estava lá.”
Enquanto continuava a negociar, o jovem policial disfarçado aproximou-se lentamente do sequestrador, a ponto de estar perto o suficiente para atacar a arma de Hrabinec. Mas o sequestrador foi muito rápido e agarrou o braço do policial, puxando-o para baixo.
O policial Sandeman levou um tiro na mão no processo, e então Hrabinec o empurrou para trás e disparou em seu estômago.
Pessoas se aglomeram em torno do policial ferido Paul Sandeman
Em meio à confusão, a arma escondida do policial caiu de seu bolso. Apesar dos ferimentos, ele se levantou e começou a fugir em busca de abrigo, ofegando enquanto se movia.
“Quando ele começou a correr, eu corri para o outro lado, atrás da aeronave leve”, disse a comissária McLachlan. "Tudo aconteceu em questão de minutos."
O gerente do aeroclube Ossie Watts, a quem o agente Sandeman tinha entregado uma arma minutos antes, desceu do seu avião Cessna e começou a disparar.
Enquanto isso, atiradores da polícia se aproximaram e se juntaram, ferindo Hrabinec na perna em meio a uma rajada de tiros. O sequestrador saiu mancando da beira da pista e entrou em alguns arbustos, onde se escondeu.
“Então ouvimos outro tiro”, lembrou McLachlan. "Ele colocou a arma sob o queixo e tentou tirar a própria vida."
Hrabinec morreu no hospital naquele dia.
Um artigo no The Age de 17 de novembro de 1972 sobre o sequestro
Milagrosamente, Hrabinec foi a única vítima fatal daquele dia. O policial Sandeman – que foi baleado quatro vezes no total – sofreu ferimentos graves, mas sobreviveu e mais tarde foi aposentado da força policial.
Como um sinal dos tempos, a comissária McLachlan disse que ficou surpresa quando sua equipe recebeu uma oferta de folga no dia seguinte. “Aconselhamento não era algo que se fazia naquela época”, disse ela. "Fomos levados de volta para Adelaide, o que nos surpreendeu bastante. Achamos que teríamos que continuar nossa viagem até Darwin no dia seguinte."
Membros da tripulação e alguns passageiros foram mantidos como reféns por mais de quatro horas no dia sufocante de verão de 1972
McLachlan disse: “O médico da empresa nos encontrou com alguns comprimidos para dormir e disse ‘se você não consegue dormir, tome-os, e se você realmente precisar de uma folga, podemos lhe dar uma semana’.
"Então todos nós dissemos: 'Sim, gostaríamos de uma semana', e então voltamos ao trabalho."
As aeromoças participaram de uma cerimônia de premiação em 1973, onde foram reconhecidas por suas ações
Demorou vários meses até que a polícia conseguisse identificar o autor do crime como Hrabinec. Um inquérito em 1973 concluiu que o tiro que o matou foi auto-infligido.
Em 1º de maio de 1973, o Sydney Morning Herald relatou: "O policial Paul Sandeman, o policial baleado pelo sequestrador de Alice Springs, identificou uma fotografia de um migrante tcheco como sendo do sequestrador. E dois jovens tchecos e um dentista voarão para Alice Springs esta semana para examinar o corpo do sequestrador. Os checos, Jindrich Raus e Jan Hedanek, conheciam Miloslav Hrabinec, o homem suspeito de ser o sequestrador. Eles voarão para Alice Springs hoje. Dr. Robert Tong, um dentista de Marrickville que tratou Hrabinec, voará para Alice Springs amanhã. Os três homens entraram em contato com a polícia depois que o “The Sydney Morning Herald” publicou a fotografia de Hrabinec no sábado. Um dos checos passou um ano com Hrabinec numa universidade checoslovaca, onde estudava economia agrícola. O sequestrador foi baleado duas vezes pela polícia enquanto corria em direção ao mato e depois deu um tiro no queixo."
Não houve aconselhamento para Beth, a esposa do piloto Ralph Young, ou seus filhos. A família passou férias em Alice Springs e, após uma reunião, Ralph voltou ao trabalho.
Foto de família: Sharon, Peter e Beth Young em Alice Springs logo após o sequestro
O piloto Ralph Young continuou voando pela Ansett até a disputa dos pilotos em 1989. Ele voou para uma companhia aérea alemã por alguns anos até se aposentar e falecer em 1998.
O policial Sandeman foi premiado com a Comenda da Rainha por Bravura em Alice Springs em 1973.
Um recorte de jornal de Paul Sandeman recebendo a Comenda da Rainha por Bravura em 1973
Refletindo sobre o dia fatídico, a comissária McLachlan disse que se sentiu imensamente sortuda por ter sobrevivido e vive cada dia de acordo.
“Tentei viver minha vida com gratidão”, disse ela. "Poderia facilmente ter dado errado e eu poderia não estar aqui hoje. Tive uma vida de sorte e estou muito grato por todos termos saído dela.”
Gai Rennie (à esquerda) e Kaye McLachlan no aeroporto de Alice Springs em 1997, marcando 25 anos desde o sequestro
Apesar da provação traumática, McLachlan continuou a trabalhar no setor aéreo até se aposentar, passando várias décadas como aeromoça e agente de reservas.
Gai Rennie e Kaye McLachlan (segundo à direita) se reagrupam com o resto da tripulação após o sequestro
Este foi o segundo sequestro de uma aeronave na Austrália (depois do primeiro em 1960).
Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN, ABC News (Aiustrália), The Age e Sydney Morning Herald
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado no 3º DP do aeroporto, funcionários estariam tentando deixar a área restrita do local na posse de bens subtraídos do avião.
Os trabalhadores teriam escondido alguns dos objetos no forro do teto de uma das salas da Total Linhas Aéreas e usariam veículos da empresa para sair do aeroporto com as mercadorias. Foi discutido até mesmo sair pelo portão próximo à Torre, que estaria com apenas um vigilante.
Após receber a denúncia do setor de inteligência do aeroporto, os agentes tributários da Receita Federal checaram o forro da sala e encontraram os produtos. Eles também abriram os armários de funcionários, localizando outros itens subtraídos.
Os itens, avaliados em quase R$ 95 mil, incluem videogames, notebooks, televisão, caixas de som, celulares, sapatos e uma mochila, além de outros aparelhos eletrônicos.
Um funcionários, identificado como agente de proteção da aviação civil (APAC) da Total Linhas Aéreas, trabalha na sala em que os objetos foram escondidos. No entanto, ele afirmou aos agentes da Receita que desconhecia o paradeiro das mercadorias.
Segundo o homem, após o incêndio da aeronave, haviam circulado boatos de que os objetos recuperados do avião seriam doados aos funcionários. Por isso, muitos produtos foram levados à “gaiola”, área restrita da companhia aérea, para que a própria companhia desse a destinação devida para as mercadorias.
Apenas um dos funcionários da companhia confessou o desvio dos objetos. Conforme o depoimento, ele teria subtraído alguns itens durante o descarregamento da aeronave e escondido o que pegou em seu armário.
O homem disse ter pego os objetos no sábado (9/11) e mantido em seu armário pessoal por conta dos boatos de doação aos funcionários. Ele disse, ainda, estar ciente do furto. Outros funcionários negaram conhecer as mercadorias escondidas no forro da sala.
Segundo o registro policial, até a madrugada desta quarta-feira (13/11), não foi identificada a autoria do crime. Apenas o homem que escondeu mercadorias no armário foi apontado como responsável pelo furto.
O Metrópoles contatou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) para apurar se alguém foi detido e aguarda resposta. A reportagem também contatou o Aeroporto de Guarulhos e espera por mais informações.
A Total Linhas Aéreas, acionada pela reportagem, não forneceu meios de comunicação com a imprensa para fornecer mais detalhes sobre a ocorrência. Questionada se haveria um departamento jurídico que pudesse atender a demanda, a companhia informou não poder dar esta informação.
Incêndio em aeronave
Em nota oficial publicada no site da companhia no sábado, a Total informou que, durante o voo 5682 pela aeronave Boeing B737-400, foi identificado um alarme de fumaça no compartimento de carga principal. A aeronave ficou praticamente destruída pelo fogo.
“A aeronave realizou um pouso seguro no Aeroporto de Guarulhos (SBGR) às 03h42min UTC (0h42m, horário local, nesta data, após a equipe a bordo seguir todos os procedimentos de segurança”, diz trecho do texto.
Ainda segundo a nota da companhia, havia dois tripulantes a bordo, e ambos evacuaram da aeronave sem ferimentos.
“Foi constatado um incêndio no compartimento principal de carga traseiro, prontamente combatido pela equipe de bombeiros do aeroporto, que aguardava ao lado da pista e atuou para conter a situação. As causas do ocorrido ainda estão sendo apuradas pelas autoridades aeronáuticas”, diz o comunicado.
Passageiro não identificado precisou ser contido por quatro homens. Imagens mostram o homem com o rosto coberto de sangue e as roupas rasgadas.
Passageiro tenta abrir porta de avião durante voo de Brasília ao Panamá (Foto: Reprodução)
Uma confusão chocou os passageiros de um voo que saiu de Brasília rumo ao Panamá, nesta terça-feira (5/11). Um homem ainda não identificado teve um episódio de raiva e tentou abrir a porta do avião enquanto estava voando.
A empresária Amanda Sales relatou ao Correio que, quando a aeronave estava perto do pouso, uma funcionária da companhia aérea Copa Airlines, responsável pelo voo, usou o sistema de comunicação para pedir a ajuda de um comissário, chamado Antônio.
Na sequência, a mulher gritou pedindo ajuda alegando que alguém estava tentando pegar sua maleta. "Todo mundo começou a olhar para trás. O Antônio não chegou lá e ela disse: 'Qualquer pessoa que possa me ajudar venha aqui atrás agora'", relatou Amanda.
Nesse momento, alguns passageiros se levantaram e foram para a parte de trás do avião. Na sequência, Antônio foi até o local e pediu que os homens se sentassem. "Ele (comissário) ficou falando com esse senhor (passageiro). Começou a discutir muito sério, a gritar para que ele se sentasse, e ele não quis", disse.
Durante a confusão, o passageiro foi até a porta para tentar abri-la. Amanda explicou que cerca de quatro homens tentaram contê-lo. "Ele continuou tentando e se debatendo. Tiraram ele da parte de trás do avião, trouxeram para o corredor e tiveram que deitá-lo no chão para mobilizá-lo".
A empresária conta que o homem ficou bastante machucado e com as roupas rasgadas. Imagens também mostram seu rosto coberto de sangue. "Parecia um psicopata... estava xingando muito".
Homem tentou abrir porta de avião e foi contido (crédito: Material cedido ao Correio)
Ainda não se sabe o que realmente aconteceu nem o que motivou o comportamento do homem.
Após o pouso, ele foi acompanhado por forças policiais do Panamá. O Correio fez contato com a Polícia Federal e com a Copa Airlines, mas ainda não teve retorno sobre o caso.
O sequestro do voo 615 da Lufthansa foi um ato de terrorismo cometido por um grupo palestino ocorrido em 29 de outubro de 1972 e que visava a libertação de uma prisão na Alemanha Ocidental dos três perpetradores sobreviventes do massacre de Munique.
Em 5 de setembro de 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, oito membros do grupo terrorista palestino Setembro Negro fizeram reféns nove membros da equipe olímpica israelense, depois de matar dois outros atletas israelenses.
Durante um tiroteio após uma tentativa fracassada de resgate da polícia na Base Aérea de Fürstenfeldbruck, todos os reféns foram mortos. Cinco dos oito times de ataque palestinos também foram mortos. Os três perpetradores sobreviventes foram Adnan Al-Gashey, Jamal Al-Gashey e Mohammed Safady, que foram presos e mantidos sob custódia pré-julgamento.
Imediatamente após o massacre de Munique, as autoridades da Alemanha Ocidental estavam preocupadas com o fato de terem sido arrastadas para o conflito árabe-israelense. Como disse o ministro das Relações Exteriores, Walter Scheel, em outubro de 1972, era preciso "nos defendermos das ações de ambos os lados do conflito". Em Israel, a política alemã de apaziguamento que se seguiu levou a comparações com o Acordo de Munique de 1938.
De fato, desde que Willy Brandt se tornou chanceler em 1969, houve uma mudança na atitude da Alemanha Ocidental em relação ao conflito árabe-israelense. Os primeiros governos conservadores foram considerados claramente pró-Israel (especialmente em meados da década de 1960, com a Guerra dos Seis Dias), o que resultou em vários estados árabes rompendo relações diplomáticas com a Alemanha Ocidental. Com o Egito e a Tunísia, eles só foram restaurados pouco antes das Olimpíadas de 1972.
As autoridades da Alemanha Ocidental estavam cientes do alto perfil dos prisioneiros e do fato de que o grupo tinha numerosos simpatizantes, de forma que atos terroristas visando a libertação dos agressores de Munique eram temidos.
Aviões da (então) companhia aérea nacional Lufthansa ou de sua contraparte israelense El Al foram identificados como alvos prováveis. Em 9 de setembro, uma carta anônima foi recebida alegando que tal sequestro era de fato iminente, o que levou o Ministério Federal do Interior (então liderado por Hans-Dietrich Genscher) a considerar se os cidadãos de estados árabes deveriam ser negado embarque em voos da Lufthansa.
Já durante a crise dos reféns em Munique, tornou-se evidente que os agressores estavam cientes de possíveis tentativas de libertação em caso de prisão. Questionado se ele tinha medo de ser pego e colocado em uma prisão alemã, seu líder Luttif Afif (que mais tarde foi morto no tiroteio de Fürstenfeldbruck) respondeu que não havia nada a temer, porque "não há pena de morte na Alemanha , e nossos irmãos nos libertariam."
Um Boeing 727-100 da Lufthansa, semelhante à aeronave envolvida no sequestro do voo 615
Em 29 de outubro de 1972 (um domingo), o Boeing 727-100, prefixo D-ABIG, da Lufthansa foi sequestrado. O voo 615 realizava a rota Damasco - Beirute - Ancara - Munique - Frankfurt.
O voo teve origem no Aeroporto Internacional de Damasco no início da manhã, com sete tripulantes, mas inicialmente sem nenhum passageiro. Na primeira escala no Aeroporto Internacional de Beirute, 13 pessoas embarcaram no voo: nove cidadãos de países árabes desconhecidos, dois americanos, um alemão, um francês; e um jornalista espanhol que mais tarde escreveu o relato de uma testemunha ocular dos eventos.
A partida de Beirute foi atrasada em cerca de uma hora. Originalmente programado para decolar às 05h45, a decolagem ocorreu às 06h01. Menos de 15 minutos depois, dois passageiros árabes ameaçaram explodir a aeronave usando explosivos que estavam escondidos na cabine da primeira classe (e que provavelmente foram contrabandeados para Damasco). Eles exigiram a libertação dos membros do Setembro Negro da prisão alemã.
Após uma parada para abastecimento no Aeroporto Internacional de Nicósia, os pilotos foram forçados a voar em direção ao Aeroporto de Munique-Riem, onde os sequestradores inicialmente pretendiam que a troca ocorresse.
Quando a aeronave chegou ao espaço aéreo austríaco por volta do meio-dia, tornou-se evidente para os sequestradores que suas demandas não poderiam ser atendidas a tempo. O plano foi alterado e a tripulação da Lufthansa teve que desviar para Zagreb, no que era então a República Federal Socialista da Iugoslávia, circulando sobre o aeroporto de Zagreb até que os membros do Setembro Negro fossem trazidos para lá. Isso colocou os alemães em uma crise de tempo, já que a aeronave acabaria ficando sem combustível.
Assim que a notícia do sequestro foi recebida na sede da Lufthansa em Colônia, o presidente Herbert Culmann embarcou em uma Hawker Siddeley HS.125, de propriedade da então subsidiária Condor (registrada D-CFCF) e voou para Munique. Ele então se juntou ao prefeito Georg Kronawitter e ao chefe de polícia Manfred Schreiber, bem como ao ministro do Interior da Baviera, Bruno Merk no comitê de crise local.
A resposta governamental da Alemanha Ocidental foi coordenada por um conselho de crise em Bonn, que incluiu o vice-chanceler, o ministro das Relações Exteriores Walter Scheel e os ministros do Interior e dos Transportes, Hans-Dietrich Genscher e Lauritz Lauritzen.
Relembrando a tentativa fracassada de resgate durante a crise dos reféns olímpicos e a (então) falta de uma unidade de polícia de operações especiais, como a mais recente GSG 9, as autoridades da Alemanha Ocidental rapidamente decidiram atender às demandas dos sequestradores.
Às 14h00, os três membros do Setembro Negro foram transportados para o aeroporto de Riem. Philipp Held, o ministro da Justiça da Baviera, ordenou a revogação do mandado de prisão e fez com que os membros do Setembro Negro emitissem documentos oficiais de emigração. Os três foram trazidos a bordo do avião que Culmann usara para chegar a Munique e foram acompanhados por dois policiais à paisana. Culmann decidiu ir para Zagreb a fim de ajudar diretamente nas negociações lá.
O avião saiu de Munique, mas o piloto recebeu ordens de permanecer dentro do espaço aéreo da Alemanha Ocidental. Os negociadores alemães pediram que o jato Lufthansa sequestrado pudesse pousar primeiro em Zagreb, mas não tiveram sucesso em suas tentativas.
A situação ficou tensa quando a aeronave Lufthansa sequestrada chegou perigosamente perto do ponto de ficar sem combustível. No que Culmann mais tarde chamou de "estado de emergência", devido a uma suposta perda de comunicações com Munique, Culmann ordenou pessoalmente que o piloto da aeronave que transportava os atacantes de Munique libertados se dirigisse e pousasse no Aeroporto de Zagreb. Essa direção ia contra as ordens de autoridades superiores. Como consequência, uma investigação legal contra Culmann foi iniciada, mas abandonada logo depois.
Vinte minutos depois de os três membros do Setembro Negro terem chegado ao aeroporto de Zagreb, o jato Lufthansa sequestrado também pousou lá e algum tempo depois, às 18h05, a transferência ocorreu. Isso aconteceu sem quaisquer medidas recíprocas: Os 18 reféns ainda não haviam sido libertados.
Outra situação crítica se desenrolou quando as autoridades iugoslavas responsáveis pelo aeroporto atenderam às demandas de suas contrapartes em Bonn e impediram o jato da Lufthansa de decolar novamente. Percebendo que o avião não seria reabastecido, os sequestradores ameaçaram novamente matar todos a bordo.
O impasse foi quebrado por Kurt Laqueur, o cônsul da Alemanha Ocidental em Zagreb, que assinou a ordem de reabastecimento sem ter sido autorizado a fazê-lo. O jato da Lufthansa decolou às 18h50, desta vez com destino a Trípoli. Às 21h03, chegou ao Aeroporto Internacional de Trípoli , onde os reféns foram finalmente libertados.
Na Líbia e em outros países da região, as celebrações em massa eclodiram, com os sequestradores da Lufthansa e os perpetradores libertados de Munique sendo tratados como heróis. Logo após sua chegada ao aeroporto, foi realizada uma coletiva de imprensa, que foi transmitida ao vivo para todo o mundo.
Os três homens armados sobreviventes dão uma entrevista coletiva em Trípoli, na Líbia, em outubro de 1972, depois que os alemães os libertaram
O governo líbio liderado por Muammar Gaddafi permitiu que os atacantes de Munique se refugiassem e se escondessem, ignorando as exigências do ministro das Relações Exteriores da Alemanha Ocidental, Scheel, para levá-los a julgamento.
Em uma operação secreta em grande escala apelidada de Ira de Deus, Israel posteriormente teria como objetivo que eles fossem rastreados e mortos.
Os políticos alemães dos partidos do então governo (sociais-democratas e liberais), bem como da oposição (os partidos conservadores da União ), em geral elogiaram o resultado não violento do sequestro. Isso refletiu a opinião pública de que a libertação dos atacantes de Munique reduziria o risco de novos atos terroristas contra alvos alemães.
As críticas evoluíram em torno da falta de segurança suficiente no aeroporto para evitar que explosivos fossem contrabandeados para aviões de passageiros, e a Lufthansa não empregava marechais do céu, que naquela época já eram comuns em certos voos da El Al, Pan Am, Swissair e outros.
Israel condenou veementemente a libertação dos perpetradores de Munique e acusou a Alemanha Ocidental de ter "capitulado ao terrorismo". A primeira-ministra Golda Meir afirmou no dia seguinte: "Estamos deprimidos desde ontem, ofendidos e diria insultados, que o espírito humano, tão fraco e indefeso, se rendeu à força brutal." O ministro das Relações Exteriores, Abba Eban, apresentou uma nota oficial de protesto ao governo da Alemanha Ocidental, e o embaixador israelense em Bonn foi temporariamente chamado de volta, oficialmente devido a consultas.
Imediatamente após o sequestro do voo 615, e também em várias ocasiões posteriores, foram levantadas preocupações de que o evento poderia ter sido encenado ou pelo menos tolerado pelo Ocidente Governo alemão para "livrar-se de três assassinos, que se tornaram um fardo para a segurança" (como Amnon Rubinstein escreveu no jornal israelense Haaretz sob a manchete "A desgraça de Bonn" logo após a libertação do prisioneiro).
Argumentos frequentemente feitos durante tais alegações são os "suspeitos" baixo número de passageiros (havia apenas 13 passageiros do sexo masculino a bordo do Boeing 727-100 sequestrado, um tipo de aeronave com capacidade para 130-150 lugares), a "surpreendentemente" decisão rápida de libertar os prisioneiros, bem como supostos contatos do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha Ocidental com a Organização para a Libertação da Palestina.
Os interesses comerciais da Alemanha Ocidental nos países árabes, bem como o desejo de ser poupado de futuros atos de terrorismo, foram alegados como motivos para o envolvimento do governo.
Pouco depois dos eventos em torno do voo 615, Haim Yosef Zadok acusou a Alemanha Ocidental em um discurso no Knesset de ter "aproveitado a oportunidade para melhorar suas relações com o mundo árabe."
Em sua autobiografia de 1999, Abu Daoud (o mentor por trás do massacre de Munique) afirma ter recebido uma oferta de US$ 9 milhões pelos "alemães" por fingir a libertação do prisioneiro. No entanto, anos mais tarde, ele se recusou a repetir ou elaborar essa alegação. Em uma entrevista de 2006 com Frankfurter Allgemeine Zeitung, Zvi Zamir, chefe do Mossad de 1968 a 1974, afirma estar certo de que houve algum tipo de acordo entre a Alemanha Ocidental e o Setembro Negro.
O documentário vencedor do Oscar "One Day in September" (que foi lançado em 1999 e cobre o massacre de Munique) apoia a tese de que o sequestro do voo 615 da Lufthansa foi "uma armação, organizada pelo governo alemão em conluio com os terroristas", que corresponde às observações de Jamal Al-Gashey sobre as consequências de sua libertação.
O filme apresenta uma entrevista com Ulrich Wegener, um especialista alemão em contraterrorismo e comandante fundador do GSG 9, que chama tais alegações de "provavelmente verdadeiras". Wegener também é citado com a opinião de que as considerações das autoridades da Alemanha Ocidental sobre como lidar com a situação dos reféns provavelmente foram motivadas principalmente pelo desejo de evitar que o país se tornasse o foco de novos atos de terror.
Em 2013, jornalistas investigativos do programa de televisão alemão Report München citaram uma carta do chefe da polícia de Munique, enviada ao Ministério do Interior da Baviera onze dias antes do sequestro do voo 615. Descreve medidas que foram tomadas em a fim de "acelerar a deportação" dos agressores de Munique, em vez de preparar para que sejam julgados.
Um contra-argumento às acusações de uma libertação pré-arranjada de prisioneiros inclui destacar a falta de planejamento e comunicação que os negociadores alemães tiveram durante a crise dos reféns. A situação tinha sido caótica e confusa às vezes, tornando improvável que as negociações fossem planejadas.
"LH 615 - Operação München", um documentário de 1975 produzido por Bayerischer Rundfunk, atribui o resultado não violento do sequestro ao presidente da Lufthansa, Culmann, e ao cônsul Laqueur: Eles agiram em seus próprios termos em vez de obedecer às ordens de funcionários do governo.
Quando o avião da Lufthansa foi apreendido por simpatizantes da Organização do Setembro Negro durante o Beirute - Ancara, parte de um voo com escalas múltiplas de Damasco a Frankfurt, as autoridades da Alemanha Ocidental atenderam à exigência de libertar os prisioneiros. Eles foram entregues no aeroporto de Zagreb, e o avião sequestrado foi levado para Trípoli , onde todos os reféns foram libertados. Os atacantes libertados de Munique receberam asilo do líder líbio Muammar Gaddafi.
Por suas ações, o governo da Alemanha Ocidental foi criticado por Israel e outros partidos. Em alguns casos, foram feitas alegações de que o sequestro havia sido encenado ou pelo menos tolerado com teorias de um acordo secreto entre o governo alemão e o Setembro Negro - libertação dos terroristas sobreviventes em troca de garantias de nenhum novo ataque à Alemanha.
A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, nesta terça-feira (22/10), no município de Lábrea - interior do Estado do Amazonas - uma aeronave Piper PA-28 Cherokee, que ingressou clandestinamente no espaço aéreo brasileiro, vinda do Peru.
Sob supervisão do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano, bem como E-99, de inteligência, vigilância e reconhecimento, foram acionadas imediatamente quando o tráfego ilícito foi detectado pela rede de radares do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (SISDABRA).
A aeronave foi interceptada às 10h50 (horário de Brasília) e, durante a realização das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), a Defesa Aérea ordenou de forma progressiva a realização das Medidas de Averiguação (Reconhecimento à Distância e Interrogação), Intervenção (Mudança de Rota e Pouso Obrigatório) e Persuasão (Tiro de Aviso). Após a última, a aeronave sem plano de voo e qualquer intenção de colaborar, ignorou as ordens e optou por realizar um pouso forçado em área descampada ao sul da pista de Lábrea, próximo à Rodovia Transamazônica. Em solo, o tripulante suspeito foi observado ateando fogo no avião e fugiu do local. A Polícia Federal (PF) foi ao local para a realização das Medidas de Controle no Solo e investigações correlatas.
O Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, Major-Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho, comentou sobre a prontidão. “As tecnologias de monitoramento embutidas em nossos radares, juntamente com a prontidão das tripulações e controladores, aumentam a nossa capacidade de mapear as rotas dos traficantes e agir para impedir que a droga chegue em seu destino”, destacou o Oficial-General.
As ações fazem parte da Operação Ostium, interligada ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), com o objetivo de coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a FAB e Órgãos de Segurança Pública (OSP), em cumprimento ao Decreto nº 5.144 de 16 de julho de 2004.
Testemunhas relataram à polícia que viram um veículo modelo pick-up fazendo o resgate dos ocupantes da aeronave.
O avião de pequeno porte experimental Paradise I, prefixo com prefixo PU-JCD, fez um pouso forçado na tarde desta quarta-feira (9) às margens do km 978, antigo km 93 da BR-174, em Presidente Figueiredo, na região metropolitana de Manaus. A rodovia liga o Amazonas a Roraima. Segundo testemunhas, o piloto fugiu do local após o incidente.
Equipes da Polícia Civil, Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Corpo de Bombeiros foram ao local da aeronave. A PRF informou que, inicialmente, não foram encontrados indícios de atividades ilegais na aeronave.
De acordo com a polícia, quando os agentes chegaram, não havia mais nenhum ocupante e nada foi encontrado. A polícia suspeita que a aeronave tenha vindo do estado vizinho de Roraima, pois foi encontrada uma garrafa de água mineral de uma marca comercializada naquele estado dentro do avião.
Além disso, testemunhas relataram à polícia que viram um veículo modelo pick-up fazendo o resgate dos ocupantes.
O delegado Valdinei Silva, titular da 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Presidente Figueiredo, informou que enviará relatórios à ANAC e solicitar a retirada da aeronave do local.
Via g1 com informações de Francisco Carioca, da Rede Amazônica e Roraima 1
O Voo VASP 375 foi uma rota comercial doméstica operada pela Viação Aérea São Paulo (VASP) utilizando um Boeing 737-317. Em 29 de setembro de 1988, a aeronave partiu do Aeroporto Internacional de Porto Velho, em Rondônia, com destino ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, e previsão de quatro escalas nos aeroportos de Cuiabá, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.
Na fase final do voo, entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro, um dos passageiros anunciou o sequestro da aeronave e ordenou os pilotos para desviar a rota em direção a Brasília, com o objetivo de colidir a aeronave contra o Palácio do Planalto, sede do Gabinete do Presidente do Brasil, devido a um descontentamento do mesmo com ações políticas adotadas pelo presidente José Sarney.
O sequestrador, identificado como Raimundo Nonato Alves da Conceição e que portava um revólver calibre .32, matou o copiloto Salvador Evangelista com um tiro na nuca após este tentar contato com o controle de tráfego aéreo. Após o sequestrador solicitar um novo desvio na rota, desta vez para São Paulo, o piloto executou uma manobra denominada "tonneau", onde a aeronave executa um giro completo através de seu eixo longitudinal, mesmo desconhecendo se a aeronave poderia sustentar tal manobra.
A decisão de executar tal manobra ocorreu para tentar desequilibrar o sequestrador, e pousar no aeroporto de Goiânia, o que não ocorreu com sucesso então o piloto, quase sem combustível e próximo ao aeroporto de Goiânia, executou uma queda em parafuso de nove mil metros que desequilibrou e atordoou o sequestrador. O sequestrador, após exigir uma aeronave menor para fugir, foi baleado com três tiros pela equipe de elite da Polícia Federal, vindo a falecer alguns dias depois, vítima de anemia falciforme.
O acidente, que obteve repercussão nacional e internacional, teve sua causa principal atribuída à falta de segurança nos aeroportos brasileiros na época, que não contavam com máquinas de raios-x e detecção de metais. O sequestro é o mais notório ocorrido no Brasil, e se deu treze anos antes dos atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos.
Contexto
O maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição nasceu em Vitorino Freire, vindo de uma família pobre do interior do Pará, e tinha um estilo de vida reservado e sem vícios. Foi tratorista em várias empresas de construção, e chegou a trabalhar em obras da empreiteira Mendes Júnior no Iraque. Na época com 28 anos, havia sido demitido de uma obra, e ficou em situação difícil por não conseguir encontrar outro emprego. No final da década de 80, o Brasil enfrentava uma péssima fase econômica com elevados índices de desemprego e inflação. Raimundo decidiu punir quem achava ser culpado pela má situação pela qual ele e o país passavam: o então presidente da República, José Sarney, lançando um avião contra o Palácio do Planalto, onde fica o Gabinete Presidencial.
Aeronave
O Boeing 737-317 envolvido no sequestro (Foto: Paul Link/JetPhotos)
O avião envolvido no sequestro era o Boeing 737-317, prefixo PP-SNT, da VASP, número de série 23176, numeração Boeing 1213, que realizou o primeiro voo em 18 de março de 1986, tendo como primeiro cliente a Canadian Pacific Air Lines. No mesmo ano a aeronave foi arrendada pela VASP junto a GPA - Guinness Peat Aviation, sendo retomada por falta de pagamento no ultimo trimestre de 1992. Em 1993 foi repassado para a Morris Air Service e em 1995 foi adquirido pela Southwest Airlines sob o prefixo N698SW. Encerrou sua carreira em 2013 e permaneceu numa pista de pouso no Canadá até ser desmontado.
Sequestro
Raimundo comprou um revólver calibre 32 e embarcou no voo VP-375. É importante ressaltar que na época, aparelhos de raios-X e detectores de metal não eram utilizados para verificar bagagens no Aeroporto de Confins, o que permitiu a passagem livre do passageiro.
O voo, que vinha de Porto Velho e fazia escala em Belo Horizonte, decolou às 10h52 e cerca de 20 minutos após a decolagem, com o avião já no espaço aéreo do Rio de Janeiro, Raimundo Nonato anunciou o sequestro: disse que queria entrar na cabine e baleou Ronaldo Dias, um comissário de bordo, quando este tentou impedi-lo.
Na época a porta da cabine das aeronaves não era blindada e Raimundo disparou diversos tiros contra ela. Um desses tiros acabou acertando o tripulante extra, Gilberto Renhe, que teve a perna fraturada.
Outro disparo acabou acertando o painel do avião, o que fez a tripulação optar por abrir a porta para cessar os disparos.
Sem que o sequestrador percebesse, o piloto Fernando Murilo de Lima e Silva acionou pelo transponder o código 7500, que na linguagem da aeronáutica, indica interferência ilícita (sequestro).
Quando tentava atender à resposta do CINDACTA pelo rádio, o copiloto Salvador Evangelista foi baleado na nuca pelo sequestrador e morreu na hora. Em seguida, Raimundo apontou o revólver para o piloto e exigiu que a aeronave fosse desviada imediatamente para Brasília.
Persuadido pelo comandante que as condições de visibilidade não eram boas para aproximação em Brasília (tratava-se na verdade de uma estratégia do piloto para enganar o sequestrador), Raimundo acabou desistindo de jogar o avião contra o Palácio do Planalto, mas impediu o comandante de pousar o avião quase sem combustível no Aeroporto Internacional de Brasília e na Base Aérea de Anápolis.
O voo prosseguiu para Goiânia, a FAB colocou um Mirage III para interceptar e acompanhar o voo, pilotado pelo tenente Walter Ricardo Gallette. Raimundo teria decidido então levar o Boeing para São Paulo, mas foi alertado por Fernando que não havia combustível para isso.
Segundos depois um dos motores do avião começou a falhar e Fernando executou manobras acrobáticas nunca antes feitas com um avião daquele porte repleto de passageiros com a intenção de desequilibrar o sequestrador e pousar a aeronave.
A estratégia funcionou e Raimundo acabou sendo jogado para longe da cabine, mas assim que o avião estabilizou conseguiu ficar de pé e empunhar novamente a arma.
Ilustração reproduz manobras feitas pelo comandante Fernando Murilo Lima e Silva
(Imagem: Ivan Sant'anna/Reprodução)
O pouso em Goiânia, no Aeroporto Internacional Santa Genoveva aconteceu às 13h45. Em terra, o sequestro e as negociações continuaram por várias horas.
O Boeing logo após o pouso em Goiânia (Foto: Reprodução/O Globo)
O sequestrador chegou a exigir um avião menor para fugir, mas por volta das 19h, quando descia a escada do avião usando o comandante como escudo, acabou sendo baleado três vezes pela equipe de elite da Polícia Federal.
Morreu dias depois, vítima de anemia falciforme, sem relação com os tiros, segundo o legista Fortunato Badan Palhares. Na época, a morte inesperada do sequestrador gerou a especulação de que ele teria sido morto com uma injeção letal aplicada pela própria polícia.
O sequestrador Raimundo Nonato Alves da Conceição hospitalizado (Foto: Reprodução/O Globo)
Consequências
O comandante Fernando Murilo foi condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico na época do acidente, mas nunca recebeu um agradecimento oficial da presidência pelos seus feitos.
Em 2001, 13 anos após o acidente, o piloto recebeu o troféu Destaque Aeronauta do Sindicato Nacional dos Aeronautas por sua contribuição em evitar uma tragédia maior naquele dia. Fernando faleceu em 26 de agosto de 2020, aos 76 anos, por insuficiência respiratória.
Corpo do copiloto sendo retirado
Em 2011, a Infraero foi condenada em segunda instância a pagar uma indenização de R$250 mil para Wendy Evangelista, filha do copiloto Salvador Evangelista que morreu no sequestro. A justiça considerou que a entrada de um passageiro com um revólver dentro do avião foi um erro grave, não existindo normas de segurança adequadas na época.
Na cultura popular
Em 2000, o sequestro foi descrito no livro "Caixa-preta" do escritor brasileiro Ivan Sant'anna. Está previsto para dezembro de 2023 o lançamento do filme "O Sequestro do Voo 375", produzido pela Escarlate. O filme foi gravado nos estúdios da antiga Companhia Cinematográfica Vera Cruz.