quinta-feira, 6 de março de 2008

FAB investe R$60 milhões para modernizar tráfego aéreo

Mudanças serão sentidas principalmente nas estações de trabalho dos controladores de vôo

A Força Aérea Brasileira (FAB), com recursos do Fundo Aeronáutico, está investindo R$60 milhões na modernização das estações de trabalho dos controladores de tráfego aéreo e em novos softwares que permitem a troca de dados via satélite. Na prática, isso permitirá aumentar a capacidade de monitoramento de aeronaves. Num segundo momento, os novos softwares permitirão que pilotos e controladores se comuniquem por mensagens de texto (em um formato semelhante ao MSN). Se esse equipamento estivesse em funcionamento, diminuiriam as possibilidades de acontecer tragédias como a do vôo 1907 da Gol, em 29 de setembro de 2006, que deixou 154 mortos.

O novo sistema, quando estiver 100% em operação, notará imediatamente a perda de sinal do transponder. Além disso, o plano de vôo (que causou confusão entre pilotos e controladores, contribuindo para o acidente) será informado via texto. Esse upgrade tecnológico vai dobrar a capacidade de tráfego aéreo na região do Atlântico sob controle brasileiro – uma área que vai até a metade do caminho com a África. A distância entre as aeronaves cairá de 200km para 100km. “É muito comum o controle não autorizar a decolagem de um vôo internacional em Guarulhos por conta de congestionamento no meio do oceano”, explica o consultor de tráfego aéreo, Eno Siewerdt. “Vai melhorar muito.”

Atualmente, a comunicação na região se dá por rádio em alta freqüência (HF), que sofre muitas interferências, e é comum piloto e controlador ficarem mais de uma hora sem se comunicar. A modernização tecnológica está sendo feita em etapas, começando pelas áreas de controle menos complexas. Inicialmente, só o centro de controle de área ACC Atlântico (Recife), responsável por controlar o tráfego de aeronaves de todo o mundo sobre o Atlântico, estará equipado com um sistema de controle de tráfego por satélite, o ADS (Automatic Dependent Surveillance).

O ADS permite a troca automática de informação entre a cabine do avião e a mesa do controlador. Bastará que o transponder do avião esteja ligado para que o controlador saiba exatamente a localização do avião. Isso permitirá ao controlador visualizar de uma só vez todas as aeronaves que estão sobrevoando a região. O contato entre piloto e controlador passa a ser feito não mais por voz, mas por meio da troca de mensagens de texto, pelo CPDLC (Controller Pilot Datalink Communications). “É uma tecnologia 100% nacional”, explica o diretor de defesa da empresa Atech, Cláudio Carvas.

Para que todo o Atlântico Sul seja controlado por satélite, sistemas similares estão sendo instalados em Dacar, Cabo Verde, Ilhas Canárias, Johannesburgo e Santa Maria de Lisboa. O programa de modernização da FAB atinge 22 dos 29 centros de controle de aproximação (APPs), onde se encontram os radares, e os quatro centros de controle de área (ACC) nos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindactas) de Brasília, Curitiba, Recife e Manaus. Para esses centros, a modernização consiste apenas na atualização das estações de trabalho, com monitores de alta definição e tela de cristal líquido (após o acidente da Gol, os operadores reclamavam que as telas em preto-e-branco eram de difícil visualização), computadores potentes e outros equipamentos de comunicação.

Esses equipamentos funcionarão com um novo software. Ao todo, 130 estações de trabalho estão sendo modernizadas – a metade já está em operação. O restante deve ficar pronto até 2010. Para o presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (Ciscea), coronel Carlos Aquino, a velocidade com que todo o sistema passará a funcionar por satélite (ADS), com transmissão de dados (CPDLC), dependerá de questões técnicas, operacionais e financeiras. “Mas o mundo está migrando para isso.”

Fonte: AP

TAM e Gol vão cancelar vôos em 4 cidades de médio porte

A Gol e a TAM vão cancelar, a partir do fim de março, vôos para cidades de médio porte, devido principalmente à insuficiência de demanda para encher aviões grandes como os que são utilizados pelas duas companhias aéreas.

A Gol informou em nota que cancelará suas operações em São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a partir do dia 25 deste mês. Já a TAM comunicou, também em nota, que deixará de operar vôos nas cidades de Caxias do Sul (RS) e Maringá (PR) após o dia 24.

No caso da Gol, a empresa afirmou que os cancelamentos se devem à baixa demanda e ao fato de que a companhia precisou cortar alguns vôos para se adequar à redução do número de slots no aeroporto de Congonhas (SP). A empresa operava, tanto a partir de Rio Preto quanto de Ribeirão Preto, dois vôos diários para São Paulo e mais um vôo diário entre Rio Preto e Cuiabá. A empresa informou que não vai demitir os funcionários nos aeroportos.

Já a TAM deixará de realizar dois vôos diários a partir Maringá, um ligando a cidade paranaense a Curitiba e o outro a São Paulo. A empresa não confirmou o número de operações feitas a partir de Caxias, mas pelo site é possível ver que há pelo menos um vôo direto que liga a cidade a São Paulo. A TAM operava essas rotas de tráfego moderado com os aviões Fokker 100, que têm cerca de 108 assentos. Mas a empresa devolveu todos os aviões desse modelo no fim do ano passado e agora opera as rotas domésticas com os Airbus A319 e A320 - com cerca de 140 e 180 assentos, respectivamente. A demanda em algumas desses destinos, portanto, não é suficiente para viabilizar operações rentáveis com as aeronaves maiores.

A desistência das companhias pode ser considerada um indício de que existem rotas viáveis para empresas aéreas que operam aviões menores. É justamente a oportunidade de assumir esse espaço no mercado que está sendo estudada pelo empresário americano David Neeleman, criador da JetBlue. Nos seus planos para criar uma companhia aérea brasileira, estão contemplados vôos diretos em cidades de médio e grande porte, que seriam realizados com jatos da Embraer. A fabricante nacional oferece jatos cujas capacidades variam de 70 a 122 lugares.

Fonte: Roberta Campassi (Valor Econômico, para o Valor Online)

Anac quer abrir espaço para outras companhias aéreas em Congonhas

Orgão regulador pretende combater o duopólio TAM/Gol, que começa a receber críticas em cidades do interior

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pretende rever os critérios de alocação de slots - espécie de vaga para pouso e decolagem - no Aeroporto de Congonhas para acomodar a entrada de uma nova companhia que venha a fazer frente ao duopólio TAM e Gol. "Nosso papel como órgão regulador é estimular a competição", disse ao Estado o diretor da Anac, Alexandre Gomes de Barros. "Não queremos favorecer nenhuma empresa, mas sim impedir a formação de cartel. Precisamos de mais competidores e é preciso haver oportunidade para se gerar mais competição.

"Com a redução do número de pousos e decolagens após o acidente do Airbus da TAM em Congonhas, a disputa pelo aeroporto mais movimentado do País ficou ainda mais acirrada. "Se uma nova empresa chegar hoje e solicitar slots em Congonhas ela poderá ter dificuldades. Mas com o passar do tempo, a cada troca de malha, podemos acomodar outros pedidos", afirmou Barros.

A Anac estuda mudar a lei para permitir a retomada rápida de slots que não estejam sendo utilizados. A idéia é coibir a prática na qual as companhias pedem mais slots do que necessitam - os chamados slots de gaveta. "Estamos trabalhando uma forma de contabilizar a regularidade e a pontualidade das companhias e vamos usar isso no julgamento de pedidos de renovação de horário", diz. "As empresas terão de ter índices mínimos. Caso contrário, perderão o slot.

"Barros explica que a Anac pode liberar ou não slots quatro vezes ao ano, a cada troca de malha nas mudanças de estação. "Nunca tivemos problema na hora de mudar essas malhas. Mas se houver demanda por uma terceira empresa, no momento da troca de malha será possível realocar alguns slots."

Segundo apurou a reportagem, o empresário americano David Neeleman, que se prepara para lançar sua empresa aérea no Brasil, já foi informado das novas diretrizes. Neeleman, que pretende investir US$ 200 milhões no País, é visto pelo governo como um empresário capaz de enfrentar o duopólio TAM e Gol-Varig, que tem mais de 90% do mercado.

Efeitos do duopólio

A Gol anunciou o cancelamento, a partir do dia 24, de duas rotas de Congonhas para o interior de São Paulo (Ribeirão Preto e São José do Rio Preto), que serão servidas apenas pela TAM. Coincidente, no mesmo dia a TAM deixará de voar para Maringá (PR) e Caxias do Sul (RS), deixando a Gol sozinha. O movimento das empresas está mobilizando políticos, que já enviaram ofícios à Anac e à Defesa, e fez reacender o debate em torno do duopólio. "É um movimento natural de acerto de rentabilidade", afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo, Respício do Espírito Santo. "Quando uma empresa sai de uma localidade, a sociedade chia. Mas não há nada a fazer. As companhias têm liberdade para voar e deixar de voar para onde quiserem, desde que não haja limitação de infra-estrutura."

Ainda que não estejam cometendo nenhuma ilegalidade, para o presidente do Núcleo de Estudos em Competição e Regulação do Transporte Aéreo (Nectar) do ITA, Alessandro Oliveira, a coincidência dos cancelamentos pode ser um "sinal de que elas estão coordenando estratégias". "O mercado está muito concentrado e é muito importante que o órgão regulador e o sistema de Defesa da Concorrência monitorem de perto esses sinais pois isso pode se tornar sistemático", afirma. "Até para ter argumentos para justificar a abertura de Congonhas para uma terceira empresa."

Fonte: Jornal O Estado de S.Paulo

Avião da TAM tem problema e suspende decolagem em Congonhas

Problema ocorreu em aeronave da TAM que partia em direção a Porto Alegre.

Passageiros tiveram que trocar de aeronave para seguir viagem.

Os passageiros de um Airbus A320 da TAM que partia do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, para o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, passaram por um susto no final da tarde desta quinta-feira (06).

O vôo JJ 3055 interrompeu o procedimento de decolagem devido a um aviso de alta temperatura no sistema de refrigeração dos computadores de bordo.
De acordo com a assessoria da companhia aérea, o vôo JJ 3055 estava programado para partir de Congonhas às 15h40. Houve atraso e às 16h50, após o procedimento de decolagem ter começado, o piloto recebeu um aviso de alta temperatura no sistema de refrigeração dos computadores de bordo e anunciou a necessidade de manutenção não programada no avião.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), porém, informou que o que houve foi uma trepidação no freio mecânico e por isso o piloto teria abortado a decolagem.

Os passageiros chegaram a ficar mais de meia hora dentro da aeronave enquanto técnicos avaliavam se o problema era simples e a aeronave poderia seguir viagem após ajustes rápidos ou se era mais complexo e seria necessária a troca por outro avião.

De acordo com a companhia, os 87 passageiros foram embarcados em outra aeronave, que decolou às 18h07 para Porto Alegre.

Segundo a Anac, a aeronave vai ser avaliada pela TAM com acompanhamento do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Fontes: UOL / G1

Tarifas de pouso para aviões parados aumentam 500%

Com o objetivo de reduzir os atrasos no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu aumentar em 500% as tarifas de pouso para aviões que fiquem parados em solo por mais de 60 minutos. A tarifa aumentará mais 500% a cada meia hora em que o avião estiver parado.

"Congonhas é um ativo valioso e queremos utilizá-lo da forma mais eficiente possível", disse Alexandre Gomes de Barros, diretor da Anac.

Atualmente, TAM, Gol e Varig pagam R$ 117 a cada pouso em Congonhas. Com o novo regime tarifário, o preço subirá para R$ 700 na primeira meia hora e para R$ 1.285 na meia hora seguinte. "É uma forma de incentivar a pontualidade", afirmou Barros.

Segundo ele, são poucos os aviões que têm horário de solo programado acima de 60 minutos. Entretanto, com a volta das conexões no aeroporto, muitas vezes os aviões extrapolam o tempo de solo programado para esperar outros vôos de conexão. "Quando as companhias ficam esperando para fazer as conexões, elas geram congestionamento no pátio e acabam atrasando outros vôos, gerando o efeito cascata." É justamente esse congestionamento no pátio que provoca o troca-troca de portões de embarque, motivo de muita reclamação.

As novas tarifas entram em vigor no dia 21 de março. Essa é a primeira medida de diferenciação tarifária em aeroportos adotada pelo órgão regulador. A Anac tentou aumentar as tarifas no aeroporto de Guarulhos, também em São Paulo, mas enfrentou forte resistência das companhias aéreas estrangeiras e das cargueiras. Depois de ir a consulta pública, o aumento de até 5000% nas tarifas de permanência de aviões no pátio de Guarulhos, previsto para março, foi adiado para o final de novembro.

Os novos valores a serem cobrados em Guarulhos ainda não foram definidos, mas devem ser publicados até o dia 31 de maio. "Vimos que, se adotássemos as tarifas inicialmente planejadas, só iríamos gerar prejuízo para as companhias e não atingiríamos o nosso objetivo, que era liberar o pátio para os vôos domésticos, estimulando as companhias estrangeiras a deixar os aviões durante o dia em outros aeroportos, como o Galeão", disse Barros.

No lugar de um drástico aumento em Guarulhos, a tendência é que seja dado um desconto na tarifa do Galeão, a ponto de compensar os custos da companhia aérea de levar o avião para o Rio de Janeiro no intervalo entre a chegada do vôo pela manhã e a partida à noite.

Fonte: Agência Estado

Gana recebe 2 aviões de combate chinês

Um K-8 Karakorum da Força Aérea Chinesa

As Forças Armadas do Gana receberam quarta-feira em Accra dois aviões de caça do tipo "K8" destinados a reforçar a sua frota, indica um comunicado oficial.

Os dois aviões, construídos pela Sociedade Nacional Chinesa de Aero- Tecnologia, elevam para quatro o número de aparelhos de combate de fabrico chinês possuídos pela Força Aérea Ganense.

A entrega destes aviões de caça inscreve-se no quadro da retomada do aparelho presidencial em troca de quatro aviões de caça e dum simulador de voo.

O ministro ganense da Defesa, Kan-Dapaah, afirmou que a entrega destes aparelhos está conforme com a intenção do Governo de reforçar as capacidades operacionais da Força Aérea.

Fonte: Panapress

Confirmado uso de querosene em avião

Polícia ainda não sabe o motivo da troca de combustíveis.

Aeronave transportando quatro passageiros caiu logo após levantar vôo no domingo.


Um laudo da Aeronáutica confirmou nesta quinta-feira (6) que o combustível usado pelo monomotor que caiu na tarde de domingo (2) após decolar do Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, era querosene.

Segundo o manual de instalação e operação do motor da aeronave, o tanque deveria ter sido abastecido com gasolina de aviação (AVGAS). Quatro pessoas morreram no acidente.

O avião foi abastecido com 265 litros de querosene e o procedimento durou sete minutos. A nota fiscal da compra do combustível foi assinada pelo dono do avião, o empresário Joci Martins. No entanto, a polícia ainda não sabe o que teria levado Joci a abastecer o avião com o combustível errado.

Investigações

O delegado Carlos Augusto Nogueira, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), tenta descobrir quem eram as pessoas que participaram de um encontro de proprietários de aviões na Região Sul Fluminense, poucas horas antes do acidente. Ele quer saber se alguém passou uma informação errada de que o avião poderia voar algumas horas com querosene.

O policial disse que não tem dúvidas de que o responsável pela operação de abastecimento não foi o piloto, mas o empresário dono da aeronave. “Eu chego a conclusão que foi o senhor Joci. Pelas notas assinadas, pelos caminhões que tem escrito querosene, por todos os indícios, a empresa não está sendo responsabilizada”, disse o delegado.

Segundo o delegado, nos EUA, um avião do mesmo modelo também se acidentou por causa da troca do combustível. De acordo com informações da página da Agência Nacional de Aviação Civil na internet, Joci Martins teria faltado à prova para a retirada do brevê (permissão de pilotagem), em novembro do ano passado.

Fonte: G1

Avião pega fogo após pousar na Indonésia

Aeronave carregava diesel para a próvíncia de Papua.

As oito pessoas que estavam no avião saíram sem ferimentos.

Avião de carga Transall C-160NG, prefixo PK-VTQ, pertencente a empresa Manunggal Air, pegou fogo logo depois de pousar no aeroporto de Wamena (WMX/WAJW), às 9:20 (hora local) na manhã desta quinta-feira (06) na província de Papua, na Indonésia.

A aeronave, que carregava diesel, tinha oito pessoas a bordo e todos escaparam sem ferimentos, segundo a agência de notícias “Antara”.

Fonte: G1 - Foto: Reuters