
O Lockheed L-749 Constellation, prefixo F-ZVMV, da CEV, no Aeroporto Le Bourget (LBG/LFPB), em Paris, na França, em março de 1976. Esta aeronave é preservada pelo "Le Musée de L'Air" em LeBourget.
Fonte: Michel Gilliand (Airliners.net)
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Um piloto que pinta o avião de vermelho não quer passar despercebido. Assim era Manfred von Richthofen, que abateu 80 adversários até ser, ele próprio, abatido em 21 de Abril de 1918. Tinha 25 anos.
O oficial prussiano, nascido em 1892, nunca conquistou notas particularmente altas, a não ser em ginástica e esgrima. Esta era uma personalidade incompatível com a falta de ação das trincheiras, que conheceu quando o seu regimento foi colocado na frente francesa no início da guerra, em 1914.
Em maio de 1915, não resistiu e pediu transferência para a Força Aérea. Mas os primeiros tempos não foram fáceis. Após uma curta aprendizagem, em 10 de outubro de 1915, Richthofen realizou o primeiro voo solo. "Realizei várias manobras, como me foi pedido para fazer, aterrissei e decolei com sucesso várias vezes. Senti-me orgulhoso de tudo o que tinha feito. Contudo, para minha surpresa, foi-me comunicado que fui reprovado. Não havia nada a fazer a não ser voltar a repetir o exame", recordou no seu livro "O Piloto Vermelho" ("Die Rotte Kampffliger").
Como piloto teve um início indiferente. Jovem impetuoso, não se contentou com a monotonia da frente leste. Pediu transferência para a frente ocidental, onde o seu irmão mais novo, Lothar, iria juntar-se a ele no início de 1916, também proveniente da arma de Cavalaria.
Foi em 1916 que chegou a consagração. Em agosto estava na esquadrilha de Oswald Boelcke, um dos primeiros e mais famosos ases da aviação, que iria desaparecer em combate em 28 de outubro.
O piloto que, na época da morte de Boelcke, tinha ultrapassado largamente o seu mentor em número de aviões abatidos, nunca deixando de lhe prestar homenagem e de o considerar melhor piloto do que ele próprio. "De madrugada, bateram em minha porta e ao abri-la, vi diante de mim o grande homem, com a sua 'Pour le Mérite' [medalha correspondente à ordem militar prussiana do mesmo nome, criada por Frederico II, em 1740; a designação em francês corresponde à língua da corte prussiana]. Não conseguia imaginar o que poderia querer. É verdade que o conhecia, mas nem por um momento me ocorreu que vinha me convidar para ser seu discípulo", escreve Richthofen em suas memórias.
Foi como membro da esquadrilha de Boelcke que o Piloto Vermelho abateu o primeiro avião. Inspirando-se numa tradição vigente, a cada nova vitória, Richthofen iria encomendar uma pequena taça de prata com a inscrição "1 Vickers 2 17.9.16" - o primeiro número corresponde ao número da sua vitória (a palavra identifica o modelo de avião; o segundo número corresponde aos membros da tripulação, a que se segue a data do combate). Foi nesta época que mandou pintar de vermelho todo o avião - "a partir daí, todos sabiam quando eu estava nos ares", em especial os inimigos, que iriam cunhar apelidos como Diabo Vermelho ou Barão Vermelho.
Mais tarde, teve de suspender a encomenda dos troféus, devido à escassez de prata. Richthofen tinha abatido 61 aeronaves. Antes, em janeiro de 1917, foi a sua vez de receber a 'Pour le Mérite'. Em abril, ultrapassou Boelcke em número de vitórias e o comando militar ordenou-lhe que deixasse de voar. Parou durante dois meses; escreveu suas memórias. Ao regressar, quase se confirmam os piores receios do Alto Comando: foi alvejado, mas conseguiu sobreviver.
O Fokker Dr.I, 425/17, do Barão Vermelho
Quando voltou a voar, em pouco mais de oito meses, abateu 40 aviões inimigos. Foi o ás dos ases. Nenhum outro piloto conseguiria alcançar o seu recorde de 80 vitórias. Mas a sorte das batalhas estava para mudar para a Alemanha e para a Áustria-Hungria.
Em 21 de abril de 1918, Richthofen levantou voo para enfrentar um grupo de aviões canadenses; não imaginava, decerto, que iria revelar-se fatal a caça a um avião em fuga, tripulado por um novato envolvido em seu primeiro combate.
Pilotado por Wilfred May, o avião põe-se em fuga ao ficar com as metralhadoras travadas. Richthofen perseguiu-o, não se apercebendo que, por sua vez, estava sendo perseguido pelo comandante do grupo canadense, capitão Arthur R. Brown. Já sobre território aliado, May voou o mais baixo possível para tentar afastar Richthofen; não conseguiu, mas o prussiano estava agora sendo alvejado por Brown - e a partir das trincheiras. O vermelho do seu Fokker tornou-o um alvo perfeito.
O seu corpo foi devidamente autopsiado no hangar do 3º esquadrão aéreo australiano, situado em Poulainville, onde, além de uma fratura no maxilar, constatou-se que uma bala fatal penetrara-lhe no lado direito do peito, na altura da nona costela. Com o desaparecimento dele, o seu jovem sobrinho Wolfram von Richthofen, companheiro e integrante do celebre esquadrão de caças alemão Jagdstaffel, ou Jasta 11, uma das mais temidas da aviação germânica, tentou inutilmente encontrá-lo. Somente dois meses mais tarde souberam do destino do herói, inteirando-se das cerimônias honrosas com que os seus inimigos o sepultaram.
Aviadores australianos com os destroços do triplano de Richthofen. o que restou da aeronave foi desmembrada por caçadores de lembranças
Embora permaneça alguma controvérsia sobre quem matou o ás dos ases, tudo indica que o Barão Vermelho tenha sido morto por um disparo feito por um soldado a partir das trincheiras. As mesmas trincheiras que enfastiavam o Richthofen de 1914.
Réplica do triplano Fokker Dr. I utilizado por Richthofen
Fontes: Abel Coelho de Morais (DN) / Terra via Blog Notícias sobre Aviação - Fotos: WaffenHQ.de / Getty Images
Vista exterior de uma colônia cilíndrica
Vista interior da colônia, com grandes janelas
Vista interior, com grande ponte suspensa
Vista exterior de colônia em forma de rosca
Vista exterior de colônia em forma de esfera
Vista exterior com corte para o interior
Vista interior, com seres humanos
Outros podem ser encontrados no site:
settlement.arc.nasa.gov/70sArt/art.html
Fonte: Revista Galileu - Imagens: Divulgação/NASA Ames Research
Há 100 anos Alberto Santos Dumont entregou para um revista os segredos do avião mais influente da história aviação, a Demoiselle. Esse ato determinou os rumos da aeronáutica. A planta original foi digitalizada e futuramente estará disponível na internet para que ainda mais pessoas tenham acesso.
Passados cem anos, em comemoração ao feito, um evento que faz parte da Semana da Aeronáutica da USP de São Carlos foi realizado com a intenção de comemorar o centenário desse acontecimento repetindo a entrega para a mesma revista que existe até hoje.
Toda essa história começou na cidade de Dumont, na região de Ribeirão Preto, onde hoje funciona a prefeitura e o museu, viveu o pai da aviação, ainda é possível encontrar vários objetos e fotos da época.
Alberto tinha seis anos quando a família saiu de Minas Gerais para fazer fortuna com o café. Os equipamentos usados para separar e selecionar os grãos produzidos na fazenda despertou o interesse do ainda garoto Santos Dumont.
Em 1906 Dumont decolou, voou e aterrissou com o 14 bis. Ele percorre 60 metros, a quase três metros de altura, por sete segundos. O prêmio em dinheiro que recebeu foi dividido, metade para seus empregados e a outra parte para pessoas sem teto que viviam em Paris. Estava feito o primeiro vôo de um aparelho mais pesado que o ar.
No ano seguinte, 1907, Dumont voa com um avião oito vezes menor que o 14 bis. Por causa de sua aparência e leveza (feito com bambu e seda), a aeronave ganhou o apelido de Demoiselle, palavra francesa que pode ser traduzida como senhorita. Os princípios usados neste modelo são os mesmos até hoje em todos os aviões.
Em dezembro de 1908, os irmãos Wright voam 124 quilômetros e estabelecem um recorde. Apesar do desempenho no ar, o modelo ainda usava a catapulta para conseguir sair do chão.Fato que gerou muita polêmica. Hoje em dia, a veracidade do vôo praticamente só é contestada no Brasil.
“O voo do Santos Dumont foi baseado principalmente na potência do motor, já as características aerodinâmicas das aéreo naves dos irmãos Wright eram melhores, sendo assim melhores também como aero naves” afirma o professor do Instituto de Ciências Matemática e Computação da USP de São Carlos.
Já para o coordenador do curso de Engenharia Aeronáutica da USP Fernando Catalanho, Dumont é o grande inventor da aviação e do conceito. “Ele fez o primeiro vôo completo, observado por autoridades, decolou e aterrissou com seus meios próprios, isso é um vôo completo e homologado” diz.
Em 1910, uma influente revista especializada pediu a Dumont que cedesse as plantas da Demoiselle para publicação. Ele cedeu, de graça, pela primeira vez, com todos os detalhes para a construção do avião. A partir disso, vários fabricantes passaram a construir versões do aparelho.
Fonte: EPTV - Imagens: Reprodução