quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Acidentes aéreos em 2008 no Brasil já representam 22% do total de 2007

A quantidade de acidentes aéreos registrados ao longo dos meses de janeiro e fevereiro deste ano representam quase um quarto do total de 2007 no Brasil, segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ligado à Aeronáutica.

Balanço divulgado nesta quinta-feira mostra que até agora foram 22 acidentes aéreos no país, o equivalente a 22,6% dos 97 anotados em 2007. Com base nos número divulgados pelo Cenipa, a média mensal de acidentes passou de 8 em 2007 para 11 em 2008. O Cenipa não divulgou o total de mortos.

O histórico dos acidentes aéreos no Brasil mostra uma evolução ao longo dos últimos três anos, com forte crescimento em 2007, ano em que o país registrou o maior acidente aéreo de sua história.

Em 17 de julho de 2007 o vôo 3054 realizado por um Airbus-A320 da TAM pousou no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), mas não conseguiu parar, atravessou a pista e bateu em um prédio da TAM Express. O choque provocou um incêndio de grandes proporções e 199 pessoas morreram em conseqüência do acidente.

Em 2005 foram 58 acidentes aéreos, saltando para 64 (10,3% a mais). Em 2007 foram 51% a mais, passando para 97.

Além dos dados a respeito dos acidentes, o Cenipa divulgou uma lista com 49 recomendações de segurança de vôo. Elas foram formuladas após uma reunião que contou com 31 representantes dos governos federal, estadual e municipal, e empresas e entidades ligadas ao setor aéreo.

Grande parte das recomendações estão ligadas à infra-estrutura e segurança de vôo envolvendo helicópteros. A estimativa é que cidade de São Paulo deva ganhar 81 grandes helicópteros até 2010, elevando em ao menos 18% o total de aparelhos desse tipo registrados apenas na cidade de São Paulo.

Segundo o brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Cenipa, as recomendações de segurança de vôo formuladas não tiveram como base o aumento no número de acidentes em 2008, no entanto, ele se mostrou intranqüilo com as estatísticas. "Estão [acidentes] numa curva ascendente e não estão nos dando tranqüilidade", afirmou.

O brigadeiro afirmou que as recomendações anunciadas hoje não são obrigatórias, mas cada órgão envolvido terá de ao menos estudar as propostas que foram formuladas e apresentar um resultado dos estudos num novo encontro, previsto para acontecer em seis meses.

Segundo ele, todas as normas existentes, se executadas, atendem satisfatoriamente à segurança de vôo no Brasil. Entretanto, ele não descartou uma elevação no número de acidentes aéreos nos próximos anos.

"Os riscos sempre existirão. O que cabe são os níveis aceitáveis e alguma iniciativa deve ser tomada. Se em 2010 nada for feito, os riscos aumentarão", disse.

Recomendações

Entre as recomendações estão a de revisão da portaria que estabelece um período mínimo de permanência dos aviões no terminal de Congonhas (zona sul de São Paulo), sugestão à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que estude a viabilidade de obrigar as aeronaves a instalar o TCAS (sigla para Traffic Allert and Collision Avoidance System), conhecido como sistema de alerta anticolisão, e aperfeiçoamento na infra-estrutura de aeroportos paulistas tais como os de Jundiaí, Bragança Paulista e Sorocaba, de modo a contarem com torre de controle. Esta última recomendação foi dada à Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo).

Entre as sugestões constantes nas recomendações de segurança de vôo está a de estudar a possibilidade de destinar espaço específico para treinamento de pilotos. Outro item diz respeito a manutenção de cópia atualizada do cadastro de informações dos helipontos existentes em São Paulo, inclusive com dados relativos aos proprietários. A medida, segundo a Aeronáutica, é necessária para rastrear de forma adequada as aeronaves.

Outras sugestões são a de estudo de viabilidade de construção e ativação de heliportos nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), inclusive com possibilidade de operação noturna.

Fonte: Folha Online

Cenipa anuncia medidas para diminuir acidentes aéreos

Pilotos que operam em São Paulo deverão ter treinamento específico.

Em 2007, foram registrados 97 acidentes em todo o país.

O Centro de Investigações de Acidentes Aéreos (Cenipa) anunciou nesta quinta-feira (28) 49 recomendações para diminuir o número de acidentes aéreos no país.

Entre as medidas anunciadas estão: tornar obrigatório em todas as aeronaves um equipamento que alerta para a proximidade de outros aviões e exigir um treinamento específico para pilotos que operam em São Paulo.

Para o Cenipa, apesar de localizadas, as medidas ajudarão a melhorar a segurança de vôos em todo o país, que ganhou mais de duas mil aeronaves nos últimos dez anos. O destaque para São Paulo foi dado porque a situação no estado é uma das mais preocupantes já que ele possui o espaço aéreo mais movimentado do país, cortado por alguma aeronave 1.700 vezes por dia. A frota de helicópteros também é grande. A segunda maior do mundo, com quase 500 helicópteros. Fica atrás apenas de Nova York.

E a tendência é de que o tráfego aéreo em São Paulo continue aumentando. Só entre helicópteros, a cidade deve receber mais 80 nos próximos três anos.

Em todo o país, em 2006, foram registrados 64 acidentes. No ano passado, esse número subiu para 97 e, este ano, já aconteceram 22. “Estamos numa curva ascendente de acidentes, e todos nós temos que tomar providências para que essa curva seja revertida”, disse Jorge Kersul Filho, chefe do Cenipa.

Fonte: G1

Pane no rotor derrubou helicóptero, relatou co-piloto

Veja onde foi o acidente com o helicóptero a serviço da Petrobras (Foto: Arte G1 SP / Fonte: Petrobras)

A queda do helicóptero da empresa BHS, anteontem, após deixar a plataforma P-18 da Petrobras, na Bacia de Campos, foi provocada por uma pane no rotor de cauda da aeronave, segundo relatou hoje o co-piloto, Sérgio Ricardo Muller, a colegas que o visitaram no Hospital da Unimed de Macaé (RJ). Apesar de a direção do hospital ter informado que nenhum dos sobreviventes havia sofrido fratura, Muller contou ter fraturado uma costela.

No relato do co-piloto, tão logo levantaram vôo, por volta de 16h15, houve um problema no rotor da cauda, que existe para evitar que a cabine do helicóptero gire no sentido contrário das hélices. Sem o rotor funcionando como deveria, a aeronave deu um giro de 360º, teve uma forte trepidação e caiu.

Segundo pilotos de aeronave, a pane no rotor traseiro é sempre incontrolável quando acontece na decolagem porque a aeronave ainda está sem potência para subir. Quando ela ocorre em pleno vôo, há mais chances de um pouso controlado. A queda da aeronave da BHS, segundo analisam outros pilotos, foi atenuada pela perícia do piloto Paulo Roberto Calmon, que conseguiu acionar os flutuantes, diminuindo um pouco o impacto com a água.

Fontes: G1 / Agência Estado

Encontrado 4o corpo de acidente com helicóptero da Petrobras

Assista a reportagem do RJTV (TV Globo - RJ)

Equipes de resgate que trabalham nos arredores do local onde caiu um helicóptero que prestava serviços para a Petrobras encontraram nesta quinta-feira o corpo da quarta vítima do acidente, informou a estatal em comunicado.

Os trabalhos de busca continuam na tentativa de encontrar a última pessoa desaparecida.

A empresa disse ainda que os corpos de duas vítimas foram identificados, os de Durval Barros da Silva, da empresa De Nadai Serviços de Alimentação, e Adinoelson Simas Gomes, empregado da Petrobras.

O corpo encontrado na manhã desta quinta pode ser de Paulo Roberto Veloso Calmon, piloto do helicóptero da empresa BHS, ou de Guaraci Novaes Soares, da empresa De Nadai Serviços de Alimentação, as duas pessoas a bordo que ainda não foram identificadas pelo Instituto Médico Legal de Macaé (RJ).

O helicóptero que prestava serviços para a Petrobras caiu na bacia de Campos na tarde de terça-feira, depois de decolar da plataforma P-18 com 20 pessoas a bordo, sendo 17 passageiros e três tripulantes. Quinze pessoas foram resgatadas com vida após o acidente.

De acordo com a estatal, as buscas continuam com três helicópteros e cinco barcos especiais com equipamentos submarinos para procurar no fundo do mar.

Fontes: G1 / Reuters

Sindicato tem registro de problemas nos vôos em plataformas

Serviço foi criado depois de queda de helicóptero em 2004.

Sindicalista diz que trabalhadores temem represálias depois dos relatórios.

Enterro de uma das vítima de queda de helicóptero na Bacia de Campos, no Cemitério de Rio das Ostras (Foto: Fabio Rossi/Agência O Globo)

Desde o acidente de 2004, com um helicóptero na Bacia de Campos que provocou a morte de cinco pessoas , o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF), tem incentivado os funcionários que vivem embarcando e desembarcando das plataformas que registrem qualquer irregularidade percebida nas aeronaves.

O diretor-geral do Sindipetro NF, José Maria Rangel, não revela o número de registros, mas informa que a maioria relata problemas como vazamento de óleo, trepidação e barulhos estranhos nos helicópteros.

Rangel diz que a maioria dos funcionários – principalmente, os prestadores de serviço – teme sofrer represálias pelas reclamações, mesmo que, no preenchimento do formulário do Relatório de Perigo (Relper), o reclamante não precise se identificar. Os registros, afirmou ele, são enviados à gerência de transportes aéreos da Petrobras para que sejam tomadas as devidas providências.“

A gente vem tentando intensificar e conscientizar as pessoas da necessidade de registrar as anormalidades nas aeronaves. Se a gente consegue identificar pequenos incidentes tem condições de tentar evitar um grande acidente”, disse Rangel.

Três tentativas até decolar

Num relato de 31 de janeiro, um instrumentista da Petrobras contou que teve de mudar de aeronave duas vezes para chegar a uma das plataformas da Bacia de Campos. Primeiramente, o seu vôo, inicialmente marcado para 30 de janeiro, foi cancelado, depois de uma semana de chuva intensa na região. No dia seguinte (31), os passageiros já estavam no helicóptero, um Super Puma, fazendo o check-list para decolar do Aeroporto de São Tomé, quando uma outra aeronave com os botes inflados chegou. Para a realização da operação de socorro todos foram desembarcados.

Segundo o relato do funcionário, a impressão é de que a correria era para compensar os dias parados por causa da chuva. Ele contou que foram informados que embarcariam em outro helicóptero que acabara de chegar (sem respeitar o intervalo mínimo de 30 minutos entre um vôo e outro).

Ao entrar na segunda aeronave, o piloto detectou pelos instrumentos falha na bateria. Novo desembarque, autorização para almoçar e a conversa entreouvida de que o instrumento é que estava errado. E todos embarcaram novamente no mesmo helicóptero. No final do documento, o funcionário escreveu:

“Tenho de agradecer ao Senhor. Quase usei meu direito de recusa para não embarcar”. Rangel diz que algumas das propostas do Sindipetro NF foram acolhidas pela Petrobras. A empresa, segundo ele, estaria começando uma obra no aeroporto de Macaé para evitar que os helicópteros tenham de decolar na vertical, o que exige que as turbinas estejam na potência máxima, mas ainda não acatou a obrigatoriedade de uso de casacos, camisas ou macacões laranja para os passageiros de aeronaves.

“Desde o final do ano passado, o sindicato distribuiu camisetas laranja para os passageiros. É a cor ideal para quem vai voar, pois facilita muito a identificação, em caso de acidentes no mar”, explicou Rangel.

Sobrevivente de 1986

O acidente com o Super Puma, ocorrido na última terça-feira (26), fez o instrutor de mergulho Carlos Roberto de Souza, o Roberto Velho, de 70 anos, lembrar do acidente que sofreu em 1986, quatro anos após ter perdido 14 colegas na explosão de um helicóptero, na Bacia de Campos. Na época, Roberto Velho, a cada 14 dias tinha de embarcar numa aeronave até a plataforma onde trabalhava, a S-11, como mecânico de mergulho em grande profundidade.

“Depois da explosão de 82, sempre que saía de casa falava com a minha mulher que tinha a sensação de que iria cair no mar. Mas não tinha medo. Até que um dia aconteceu. Quando embarquei, um colega que tinha acabado de chegar reclamou da aeronave. Desde o acidente, a gente tinha apelidado aquele tipo de helicóptero de “Mão Branca”, que na época era o nome de um justiceiro que matava todo mundo na Baixada Fluminense”, comentou Roberto Velho.

Ele embarcou assim mesmo e logo na decolagem, ouviu piloto e co-piloto discutindo como fazer para contornar o problema de uma turbina que não estava funcionando. Eles tentaram uma manobra, que não deu certo e o helicóptero fez um pouso forçado a pouco mais de 10 metros da plataforma. Como um dos três flutuadores não funcionou, o comandante decidiu manter o rotor funcionando até a água atingir a cintura dos 14 passageiros, na cabine. Quando desligou o motor, a aeronave adernou para o lado sem o flutuador e começou a afundar lentamente.

“Muita gente se desesperou. Com a minha experiência de mergulho, estava me sentindo mais seguro na água. Inflamos os dois botes, o socorro chegou rápido e conseguimos salvar todo mundo. Um dos colegas, que não sabia nadar, já estava se afogando, quando foi levado para a superfície por uma pá da hélice do rotor principal. Na época questionei muito a atitude do piloto, mas só depois nos informaram sobre o problema com o flutuador”, contou o mergulhador, lembrando que o helicóptero foi içado logo em seguida.

Medo, Roberto Velho diz que nem teve tempo de sentir. Afinal, sete dias depois, estava embarcando mais uma vez no “Mão Branca”, para voltar à plataforma. E continuou na rotina de vôos até 1994.

“Viajo muito de avião, mas confesso que ando temeroso. Hoje, os equipamentos são mais modernos e seguros. Mesmo assim, é bom lembrar que em mecânica quando uma peça falha não avisa antes”, ressaltou Roberto Velho.

Fonte: G1

Avião da Continental faz pouso de emergência na Costa Rica

Um Boeing 737-824 da companhia americana Continental Airlines, com 146 passageiros e tripulantes, fez um pouso de emergência hoje no Aeroporto internacional de San José, depois de observado fogo na cabine de pilotagem, informou a televisão local.

O vôo havia saído do mesmo aeroporto Juan Santamaría da capital da Costa Rica com destino a Houston, Texas, quando foi registrado o alerta.

O vôo 1797 pousou às 10H30 locais (16H30 GMT) sem problemas.

Fonte: France Presse

Varig anuncia acordo com a Japan Airlines, o terceiro em três dias

Ontem, o acordo foi com a holandesa KLM e, no dia anterior, com a espanhola Iberia.

A Varig passa a ter contrato de parceria com 11 empresas estrangeiras.

Três dias, três anúncios de acordo interline da Varig. Nesta quinta-feira (28), a companhia, subsidiária da Gol, informou ter fechado parceria operacional com a japonesa Japan Airlines (JAL). Ontem, o acordo foi com a holandesa KLM e, no dia anterior, com a espanhola Iberia.

A Varig, agora, passa a ter contrato de parceria com 11 empresas estrangeiras, além de com sua controladora.

O acordo interline permite que passageiros das duas companhias parceiras comprem passagens para todos os destinos operados por elas. Os clientes da brasileira, porém, só podem receber pontos do programa de milhagem pelos vôos realizados pela própria companhia - eles não valem para trechos operados pela parceira.

O objetivo da Gol com a multiplicação de acordos como esse é gerar maior tráfego e receita em seus aviões com passageiros captados pela parceira. Por outro lado, seu interesse é poder oferecer um maior número de destinos a seus próprios clientes, obtendo receita com viajantes que, sem esses acordos, possivelmente comprariam seus bilhetes para o trecho inteiro em outra companhia.

O modelo de acordos também é reflexo de uma mudança na estratégia da Gol para a subsidiária Varig. Ao anunciar a aquisição, no início do ano passado, a empresa da família Constantino afirmou ter a intenção de se tornar a maior empresa aérea brasileira no segmento internacional, abrindo vôos para o maior número de destinos. As dificuldades e a complexidade desse mercado, porém, a fizeram mudar de idéia no há alguns dias e mesmo a abandonar algumas rotas internacionais - entre elas três em operação há menos de cinco meses (Frankfurt, Londres e Roma).

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Avião cai e mata três pessoas nos EUA

Foto: Terry Pierson (The Press-Enterprise)

Um pequeno avião Mooney 20, prefixo N591BB, caiu em uma região residencial de Riverside, a cerca de 100 km oeste de Los Angeles (EUA), e ao menos três pessoas morreram, informou o Corpo de Bombeiros da cidade.

O chefe da Brigada de Incêndio Mike Esparza disse que todos os ocupantes da aeronave morreram. Não foram registrados feridos.

De acordo com testemunhas, citadas pela Associated Press, o avião começou a ter problemas logo após decolar do aeroporto municipal de Riverside.

Esparza disse que o piloto teria tentado pousar em uma rua, mas não conseguiu. Ele acabou atingindo uma palmeira e um automóvel antes de explodir.

Fontes: Folha Online / CBS / ASN