sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Bombeiros buscam helicóptero com dono da Avibrás

Foram retomadas hoje pela manhã as buscas para tentar localizar o helicóptero prefixo PP/MJV, modelo EC 120 Colibri, que levava o empresário João Verdi, proprietário da Indústria Bélica Avibrás, e a mulher dele. O aparelho decolou de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro, na quarta-feira, e deveria ter aterrissado em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, quando desapareceu.

Participam do trabalho soldados Corpo de Bombeiros de São José dos Campos, homens da Força Aérea Brasileira (FAB) e policiais militares, que contam com o helicóptero Águia. Os bombeiros de São José dos Campos informaram que a procura está concentrada principalmente na divisa entre Caraguatatuba e Ubatuba, litoral norte paulista. Um morador afirmou ter ouvido barulho forte de uma aeronave naquela região.

Conforme o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), o presidente da Avibrás saiu da residência dele, em Angra dos Reis, e não fez nenhuma notificação sobre o vôo, o que não é exigido para helicópteros. No entanto, João Verdi comunicou uma secretária, que acionou a Aeronáutica na noite da quarta-feira. Por não ter pousado no local marcado, as buscas começaram.

Fonte: Agência Estado

Acidente em Londres: outros seis Boeing 777 apresentaram falhas na turbina

O modelo de avião que deslizou durante o pouso na semana passada no aeroporto internacional de Heathrow, em Londres, o Boeing 777, registrou outras seis falhas nos últimos anos, segundo os fabricantes norte-americanos.

O jornal inglês Daily Telegraph informou que o Escritório de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB, na sigla em inglês), que analisa as causas do acidente com o avião da British Airways na última quinta-feira em Londres, admitiu que esse modelo de avião apresentou sis falhas de turbina em diferentes incidentes internacionais.

Os especialistas analisam várias teorias sobre o acidente de Heathrow, inclusive uma falha dos equipamentos eletrônicos do avião, falta de combustível ou a colisão com uma ave minutos antes da aterrissagem. O Escritório Nacional norte-americano de Segurança no Transporte, que trabalha junto ao AAIB na investigação, disse que as duas turbinas do avião não produziram potência suficiente na hora de aterrissar.

Segundo os órgãos, em 30 de janeiro de 2001 ocorreu uma falha semelhante com um vôo dos Emirados Árabes Unidos. Em 23 de junho de 2005, um Boeing 777 da companhia aérea japonesa registrou problemas com uma turbina antes da decolagem.

Outro incidente ocorreu em 18 de setembro de 2006, quando um Boeing 777 da companhia da Malásia registrou uma parada em uma das suas turbinas a poucos quilômetros da aterrissagem em Brisbane, Austrália. Nesse incidente, a turbina voltou a funcionar em seguida.

Após a reportagem do Telegraph, um porta-voz da Boeing declarou que o 777 "está em serviço há 12 anos e voou durante 3,6 milhões de horas sem registrar acidentes fatais". Segundo ele, "seria inapropiado dar declarações a esta altura da investigação".

Fonte: ANSA

Após dois dias de atraso, vôo da United parte de Cumbica

Segundo Infraero, aeronave partiu do aeroporto às 22h28 de ontem. Desde a terça-feira (22), passageiros tentavam embarcar para os Estados Unidos.

O vôo 9787 da United Airlines, com destino à cidade de Chicago (nos EUA), partiu do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta das 22h30 desta quinta-feira (24). A informação foi confirmada pela assessoria da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Às 22h28, o status do vôo no site da empresa era de “decolando”. Na noite de quarta-feira (23), o vôo tinha sido cancelado pela segunda vez. A decisão, segundo a companhia aérea, foi tomada por motivos de segurança, para assegurar que o problema mecânico ocorrido na noite anterior fosse resolvido.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, a companhia pede “sinceras desculpas” aos passageiros e diz que a United “está comprometida a assegurar que todos estejam bem e que sejam devidamente compensados”.

Fonte: G1

O vôo de Jobim (Opinião)

ELIANE CANTANHÊDE

Sob tiroteio, o ministro Nelson Jobim decidiu ontem sair em sua própria defesa, despejando uma cascata de decisões, planos e idéias: "Agora, o sistema está integrado e o comando é único, é meu", disse ele, que embarca hoje para a França e a Rússia.

O governo decidiu concentrar esforços no coração do sistema, São Paulo. Ele classificou de "decisões tomadas" a construção do terceiro aeroporto, a implantação de trens entre Viracopos e o centro da capital do Estado e a otimização também de Congonhas (mantidos o teto de 15,5 milhões de passageiros/ano) e de Guarulhos.

E anunciou uma "auditoria ou consultoria" no controle de tráfego aéreo, para apurar as operações, os radares, os demais equipamentos, a formação e o desempenho do pessoal do setor, principalmente dos controladores de vôo -que foram peças-chaves na crise.

Na questão do reequipamento militar, Jobim quer estabelecer métodos, formas e parcerias antes de definir compras. Na França, vai discutir o submarino nuclear, a fabricação de helicópteros de carga no Brasil e o projeto F-X, para recompor a frota de aviões de caça da FAB. Na Rússia, principal fornecedores de armas e equipamentos militares para a Venezuela de Chávez, ele também quer ver os caça Sukhoi (os franceses são Rafale) e a possibilidade de uma fábrica de reposição de peças russas no Brasil.

E os EUA? Bem, os americanos também produzem caças moderníssimos, os F-35, mas eles têm um probleminha: não transferem tecnologia. A Embraer não pôde vender aviões para a Venezuela porque eles tinham detalhes americanos.

Os EUA vetaram. Chávez comprou os Sukhoi russos, e quem ficou chupando o dedo foi o Brasil. Idéias não faltam. Agora é combinar não só com os russos e com os franceses mas com o pior inimigo: a tesoura da área econômica. Isso fica para a volta, daqui a 15 dias.

Fonte: Folha de S. Paulo (25/01/2008)

3º aeroporto em SP está garantido, diz Jobim

Segundo o ministro da Defesa, aeroporto de Viracopos, em Campinas, terá ligação por trem com o centro de São Paulo

Jobim não deu prazo para a obra do 3º aeroporto; ele anunciou que contratará auditoria para avaliar controle de tráfego aéreo

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o governo já tomou duas decisões políticas: a construção do terceiro aeroporto de São Paulo e a implantação do sistema de trens para ligar o aeroporto de Viracopos, em Campinas (95 km de SP), até o centro da capital.

"A construção do terceiro aeroporto é uma decisão tomada. A dos trens de Viracopos também", disse Jobim à Folha ontem, acrescentando que vai se encontrar com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), depois do Carnaval, para tratar principalmente do projeto dos trens, que ligará ainda o Estado ao Rio de Janeiro.

Segundo Jobim, serão necessários R$ 40 milhões para os estudos de definição da localização e para a elaboração do projeto do terceiro aeroporto, até julho de 2009, e mais R$ 2 bilhões para a compra do terreno e para a terraplanagem. Ele, porém, não quis se comprometer com prazos e valores para a conclusão da obra.

Congonhas

Em resposta às críticas que vem recebendo pela retomada das escalas e conexões de vôo em Congonhas, o ministro disse que elas foram feitas porque o número de passageiros naquele aeroporto foi reduzido de cerca de 18,5 milhões, em 2006, para cerca de 15,5 milhões, em 2007, e será mantido assim. Com a redução, a operação do aeroporto "está em segurança".

O objetivo ao acabar com escalas e conexões foi principalmente o de desafogar as áreas de check-in, porque, como está hoje, depois da crise aérea de 2007, o passageiro que embarca em Curitiba e vai para Brasília, por exemplo, tem de descer, se reapresentar, fazer novo check-in, tudo como se fosse um novo vôo.

"Quem ganha com isso? Ninguém", disse Jobim, lembrando que, atualmente, se o primeiro vôo atrasa e o passageiro perde o segundo, a companhia não se responsabiliza. Sendo escala ou conexão, vai ter que se responsabilizar.

Auditoria

O ministro da Defesa anunciou também que irá contratar "uma auditoria ou consultoria" para fazer uma avaliação completa e detalhada do sistema de controle de tráfego aéreo no Brasil, que ficou exposto depois do choque entre um jato Legacy e um Boeing da Gol em 29 de setembro de 2006 e gerou o chamado "caos aéreo".

Há cinco empresas no mundo que fazem esse tipo de auditoria, e Jobim disse que não há ainda definição sobre qual delas será contratada para o trabalho, que ele espera ver concluído no prazo máximo de um ano para "mudar o que for necessário".

Fonte: Folha de São Paulo (25/01/2008)