sábado, 24 de outubro de 2020

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Ação conjunta reúne aeronaves da Marinha Brasil em Belém

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Com crise provocada pela pandemia, Embraer tem menor número de aeronaves entregues desde 2000




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Voo mais longo do mundo está de volta, entre Cingapura e Nova York

Sindicato denuncia demissões coletivas “ilegais” na Ryanair e na Groundlink

ANA estima perda de US$ 5 bilhões e decide parar metade de seus widebody

Lufthansa Cargo anuncia planos para 35 voos semanais entre Europa e Ásia

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Companhia aérea manda passageira para o destino errado, a 2.700 km do original

KLM já tem data para seu último voo com o Boeing 747

Com queda de quase 70% na demanda, aéreas de todo mundo enfrentam crise inédita

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História: 24 de outubro de 2003 - O último voo comercial do Concorde

No dia 24 de outubro de 2003, a British Airways realizou o último voo pago do Concorde, encerrando  a era supersônica na aviação comercial. A Air France havia realizado o último voo comercial dos seus Concordes quatro meses antes, no dia 24 de junho de 2003.

O último voo foi realizado pela aeronave de prefixo G-BOAG, entre Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido) com a British Airways. Havia cerca de cem convidados a bordo, incluindo celebridades como a modelo americana Christie Brinkley e a atriz Joan Collins.

Ele pousou em terceiro na sequência com o G-BOAE e o G-BOAF depois que todos os três aviões supersônicos fizeram uma passagem baixa sobre Londres.

O G-BOAG voou de Nova York sob o comando do Capitão Mike Bannister, com o primeiro oficial Jonathan Napier e o oficial de engenharia David Hoyle. 

Os jatos - vindos de Edimburgo, de um passeio pela baía de Biscaia e, o último, de Nova York - aterrissaram com intervalos de dois minutos e puseram fim a uma das experiências mais estimulantes (e dispendiosas) da história da aviação civil.

Foto: British Airways

O piloto Mike Bannister disse, durante o voo que partiu de Nova York, que "o Concorde é um avião fabuloso e se tornou uma lenda", depois de disparar até o limite do espaço, voando a duas vezes a velocidade do som.

Champanhe e vinhos de safras nobres foram servidos, enquanto os passageiros, entre os quais a atriz Joan Collins e a modelo Christie Brinkley, comiam lagosta, caviar e salmão defumado.

David Hayes, que pagou US$ 60,3 mil em um leilão de caridade para participar, com a mulher, desse voo histórico, disse: "Comecei a chorar. Meu coração disparou. Era hora de dizer adeus".

Ivor Simms, controlador de voo em Heathrow, contou que "estava em treinamento em 1976 quando o primeiro voo do Concorde partiu para Nova York, e me orgulho muito por, 27 anos depois, estar no controle durante o pouso do último voo vindo de lá".

O Concorde estabeleceu um paradigma para as viagens aéreas transatlânticas. Agora, a está destinado a uma vida sedentária em museus de aviação.

Bernie Ecclestone, o principal dirigente da Fórmula 1, que voou na primeira viagem do Concorde em 1976 e também participou da última, disse: "Não acho que veremos coisa parecida de novo".

Pouco depois da metade do século 20, os criadores anglo-franceses do Concorde esperavam que o seu avião fosse o pioneiro em uma nova geração de jatos de transporte. Mas os altos custos operacionais, as turbinas imensamente ruidosas e os estrondos supersônicos causados pelo avião trouxeram-lhes a oposição dos ecologistas, e o Concorde não demorou a se tornar pouco mais que um brinquedo para os superastros.

O começo do fim veio em julho de 2000, quando um avião da Air France caiu perto de Paris, matando 113 pessoas e causando a paralisação dos voos de toda a frota de Concordes francesa e britânica.

O Concorde voltou ao serviço no final de 2001, em meio a uma severa queda no tráfego aéreo transatlântico, depois dos ataques contra cidades dos EUA em 11 de setembro daquele ano. A fábrica de aviões Airbus anunciou há alguns meses que deixaria de fornecer sobressalentes e de cuidar da manutenção dos aparelhos, o que selou o destino do jato.

O veterano apresentador de televisão britânico David Frost, que fez cerca de 500 viagens no supersônico, disse que o Concorde era "a única maneira pela qual se podia estar em dois lugares ao mesmo tempo". E concluiu com um epitáfio repetido pelos demais passageiros entristecidos: "É uma ótima invenção, e é uma vergonha que tenha de parar".

Fontes: thisdayinaviation.com / Folha de S.Paulo / UOL

Avião de treinamento da Marinha dos EUA cai num bairro em cidade do Alabama

O acidente aconteceu sexta-feira (23) às 17h00 em Foley, Alabama, perto da County Road 55 e da Mansion St, próximo a uma escola. 

Os dois ocupantes da aeronave Beechcraft T-6B Texan II da Marinha dos EUA morreram na queda. O Corpo de Bombeiros de Foley disse que os residentes da casa não estão feridos, apesar dos danos substanciais ao prédio.

Fontes confirmam que o avião era uma aeronave de treinamento da Marinha voando para fora do Campo de Whiting da Estação Aérea Naval.

As autoridades locais disseram que funcionários do Departamento de Defesa e da Marinha irão lidar com a investigação e fornecer atualizações.

A Marinha dos Estados Unidos não divulgará os nomes dos falecidos até 24 horas após a notificação do parente mais próximo.

Fontes e fotos: newsnationnow.com / mynbc15.com

Aconteceu em 24 de outubro de 1947: Voo 608 da United Airlines - Incêndio e queda em Utah


Em 24 de outubro de 1947, o Douglas DC-6, prefixo NC37510, da United Airlines, operando o voo 608,  partiu do Aeroporto Internacional de Los Angeles para um voo direto com destino a Chicago, em Illinois.

O voo 608 transportava cinco tripulantes e 47 passageiros. No comando do DC-6 estava o capitão Everett McMillen e o copiloto George Griesbach. Na parte de trás, atendendo aos passageiros, estavam as aeromoças Helen Morrissey, Shirley Hickey e Sabina Joswick.

O voo 608 da United Airlines partiu de Los Angeles às 10h23. O avião subiu a 19.000 pés e prosseguiu VFR sobre Fontana, Daggett, Silver Lake, Las Vegas e Saint George.

Às 12h21, o capitão McMillen comunicou por rádio que havia um incêndio no compartimento de bagagem que eles não puderam controlar, com fumaça entrando na cabine de passageiros. O voo solicitou autorização de emergência para o Aeroporto Bryce Canyon, em Utah, que foi concedida.

Conforme a aeronave descia, pedaços do avião, incluindo partes da asa direita, começaram a cair. 

Às 12h27, a última transmissão de rádio foi ouvida do avião: "Podemos conseguir - nos aproximando de uma pista." 

O voo 608 da United havia passado pela crista de um planalto alto e estava a cerca de um quilômetro do final da pista em Bryce Canyon quando o nariz do avião repentinamente tombou. Incapaz de neutralizar a perda de controle, a aeronave impactou com tal força que todos os quatro motores foram arrancados de seus suportes e lançados 300 pés além da bola de fogo. 

O avião caiu em terra do Serviço Nacional de Parques, a 2,4 km do Aeroporto Bryce Canyon, em Utah, matando todos os 52 passageiros e tripulantes a bordo.

A causa do incêndio e da queda do voo 608 da United permaneceu um mistério até três semanas depois, quando um DC-6 da American Airlines relatou um incêndio durante o voo sobre o Arizona. 

O voo conseguiu fazer um pouso de emergência em Gallup, Novo México. Todos os 25 ocupantes escaparam do avião em chamas, e o fogo foi extinto. Mas, ao contrário do acidente do Bryce Canyon um mês antes, os investigadores agora tinham uma aeronave danificada, mas intacta, para examinar e estudar.

A causa da queda do Bryce Canyon e do quase fatal incidente Gallup foi eventualmente atribuída a uma falha de projeto. Um coletor de entrada do aquecedor da cabine foi posicionado muito perto da ventilação de ar do tanque alternativo número 3. Se as tripulações de voo permitissem que um tanque ficasse cheio durante uma transferência de combustível de rotina entre os tanques das asas, isso poderia fazer com que vários galões de combustível excedente fossem sugados para o sistema de aquecimento da cabine, que então acendeu o combustível.

Uma placa como memorial às vítimas do acidente perto de Bryce, em Utah

Por Jorge Tadeu com ASN / lostflights.com

Fome e ataque de crocodilo: a dupla de aviadores que sobreviveu a 53 dias de desespero

Em 1932, uma dupla de aviadores iniciou uma aventuras que terminou sufoco na Austrália, carregando cicatrizes eternas.

Era 29 de fevereiro de 1932 quando um grupo de quatro aviadores, formado pelo piloto Hans Bertram, o co-piloto Thom, o mecânico Adolph Klausmann e o cinegrafista Alexander von Lagorio decidiu sair da cidade de Colônia, na Alemanha, em  busca de uma aventura.

Eles pretendiam dar a volta ao globo com o objetivo de encontrar novos mercados para a indústria de aviação da Alemanha, além de aproveitar a viagem para visitar comunidades alemãs da qual passariam durante o percurso. E lá foram eles, equipados em um hidroavião Junkers W 33 denominado Atlantis, sem saber da confusão que estava por vir.

O hidroavião Atlantis

Tragédia anunciada?

As primeiras dez semanas seguiram conforme o planejamento. O grupo alcançou voo passando por diversos países da Europa e chegando então à Ásia, onde decidiu parar em Jacarta, Capital da Indonésia.

Por lá, o quarteto decidiu se separar: Bertram e Klausmann continuariam voando pelo arquipélago indonésio, seguindo a rota para a Austrália, enquanto Thom e von Lagorio foram direto para Xangai, China, onde todos eles deveriam se encontrar após as navegações.

Porém, para Bertram e Klausmann o destino seria outro. Eles pararam em uma baía perto Koepango para buscar combustível, na parte ocidental de Timor holandês, de onde partiram para Darwin, Austrália, à meia-noite em 14 de maio.

A viagem que propuseram a fazer levaria cerca de 5 ou 6 horas, e eles chegariam no local ao amanhecer do dia seguinte, mas não foi bem isso que aconteceu. Em meio ao Mar de Timor, enfrentaram uma tempestade brusca e, com pouco combustível, a única opção seria aterrar o hidroavião na primeira baía que avistassem, que consequentemente era a costa de Kimberley, há centenas de quilômetros do destino esperado.

No momento, eles impuseram que estavam em algum lugar perto da Ilha de Melville, mas, na verdade, se encontravam no Cabo St Lamber, cerca de 370 quilômetros a sudoeste do lugar que acreditavam estar.

Verdadeiro inferno

Por lá eles ficaram por muitas horas, apenas com a companhia um do outro e dos arbustos do deserto australiano. No período noturno, foram encontrados por um homem aborígine, mas que os deixou após não conseguir se comunicar.

Em uma tentativa falha, os aviadores, com apenas 15 litros de combustível, decidiram decolar e seguir à oeste, onde pensavam que avistariam Darwin, todavia, a ideia foi um fracasso. Após ficarem sem combustível, com pouca água e comida, decidiram voltar para a bacia inicial em que estavam e procurar o homem aborígene, que poderia fornecer sustentos para sobrevivência.

O caminho de volta foi um inferno. Tiveram que encarar a sede, fome e enxames de moscas, além de terem tentado nadar em uma enseada, no qual foram atacados por um crocodilo. O sofrimento pela procura de rotas que poderiam salvá-los durou treze dias. 

Não suportando as provações, a dupla drenou o radiador da água restante e removeu um dos flutuadores do hidroavião para construção de uma canoa improvisada, que seria usada para remar na direção oeste, todavia, nada deu certo e voltaram para a costa, onde se abrigaram sob uma de rocha no Cabo Bernier, e permaneceram até serem resgatados.

A canoa improvisada por eles

Sem sinais

A canhoneira holandesa HNLMS Flores saiu de Surabaya quatro dias após o desaparecimento da dupla em uma busca ao longo da rota do Mar de Timor. O governo da Austrália Ocidental também iniciou uma busca por terra, mar e ar entre os possíveis lugares em que poderiam ter pousado. Sessenta pessoas estiveram envolvidas na busca, que já havia recebido certa visibilidade.

O hidroavião foi localizado por uma aeronave em 15 de junho, mas não acharam sinal dos homens. Vários dias depois, o lançamento da Wyndham Meat Works, Kimberley, encontrou uma nota com os dizeres: "27 de maio de 1932. Austrália. Hoje deixamos o avião flutuando como um barco na direção oeste. Bertram", essa pista foi essencial para dar os próximos passos.

Em 22 de junho, os homens finalmente foram encontrados em uma caverna perto do Cabo Bernier, em estado de choque e gravemente doentes. A polícia chegou uma semana depois e eles foram levados para o hospital, chegando em 6 de julho.

Klausmann, Bertram e o policial Gordon Marshall com os rastreadores aborígines que localizaram os dois homens

Toda essa aventura durou 53 dias e custou a saúde mental de Klausmann, que após o trauma acabou desenvolvendo demência. Já Bertram escreveu um livro sobre a experiência chamado Flug in die Holle (Flight into Hell), que mais tarde também virou adaptação para série de TV.

Fonte: aventurasnahistoria.uol.com.br - Fotos: Wikimedia Commons