sábado, 7 de agosto de 2010

Funcionários denunciam problemas da Gol: salários abaixo da média, jornada excessiva e falta de benefícios são principais queixas

Dona de 40% do tráfego aéreo doméstico, a Gol está passando por uma de suas piores crises e corre o risco de ver seus funcionários cruzarem os braços no dia 13 em protesto às condições de trabalho . Depoimentos de funcionários colhidos pelo GLOBO, sob compromisso de não revelar suas identidades, demonstram insatisfação generalizada, do comandante ao atendente do check-in. Preocupado com os rumores da greve, o Ministério Público do Trabalho de São Paulo convocou para a próxima segunda-feira uma reunião entre a empresa e sindicatos, na tentativa de abrir um canal de negociação e mediar os conflitos.

Os problemas vieram à tona com os atrasos e cancelamentos de voos em cascata no início da semana por falta de tripulação. Ainda que não haja uma adesão em massa, uma eventual paralisação poderá causar estragos, pois o quadro da Gol já é muito enxuto. O movimento dos trabalhadores da empresa, que começou silenciosamente pela internet com os copilotos, vem se fortalecendo. Já está marcada para a próxima sexta-feira, às 13h, uma assembleia para decidir a pauta da paralisação.

Salários abaixo da média do mercado, jornada excessiva e falta de benefícios, como seguro de saúde e plano de previdência, são as principais queixas. Mas há também quem reclame das condições precárias dos materiais e equipamentos essenciais para execução de tarefas necessárias às atividades diárias nos aeroportos, como cadeiras quebradas, computadores e impressoras ultrapassados.

O assunto greve foi tratado quinta-feira numa reunião em São Paulo com o Sindicato dos Aeronautas com cerca de cem funcionários, segundo o diretor da entidade, Carlos Camacho. Ele disse que as denúncias em função da escala apertada apontam para um quadro preocupante:

- Uma das que me chamou a atenção diz que comandantes e copilotos estão revezando períodos de descanso em voos noturnos e diurnos, pedindo aos comissários que constantemente entrem na cabine de comando para evitar que eles caiam no sono. Isso é muito grave.

Um comandante contou ao GLOBO que costuma voar duas madrugadas seguidas, incluindo o tempo parado dentro do avião no solo à espera de nova programação.

- Duas madrugadas seguidas matam qualquer cidadão - disse, acrescentando que toda a tripulação trabalha à exaustão, ainda que recebendo horas extras.

- A gente está trabalhando para a CVC (nos fretamentos) e para a Gol. Tem avião, mas não tem tripulante - disse o comandante, que tem 15 anos de experiência, 8.500 horas de voo e ganha por mês R$ 12 mil, contra a média de mercado de R$ 15 mil.

Um funcionário do check-in que trabalha no aeroporto Tom Jobim (Galeão) contou que sempre extrapola a carga de seis horas por dia em meia hora, 40 minutos. Com remuneração mensal de R$ 1.250 e uma filha pequena, conta que tem que bancar sozinho um plano de saúde:

- A vontade de todo mundo é de parar mesmo, mas muitos têm medo. O clima está muito ruim.

Segundo um despachante técnico, que calcula o peso da aeronave antes da decolagem e o informa ao comandante, os atrasos no embarque na Gol devido à carência de pessoal fazem com que ele tenha um tempo reduzido, de apenas 10 minutos, enquanto o ideal seria de 20 minutos, para realizar o trabalho.

- Trabalho sob pressão e não posso falhar. Se eu informar um peso errado para o piloto, ele pode dar uma carga no motor não correspondente e o avião pode não sair da pista durante a decolagem - disse o despachante, acrescentando que as condições físicas também não são adequadas.

- A estrutura da empresa está ruim. No Galeão, é preciso chegar uma hora mais cedo todo dia para pegar um computador bom e uma cadeira que não esteja quebrada. A impressora é velha e para toda hora.

Ele também se queixa que a empresa tem trocado a folga do domingo (uma a cada mês, segundo a legislação) para um dia da semana. Essa compensação, disse, faz com que não haja vida pessoal.

Os mecânicos de manutenção fazem no mínimo 40 horas extras todo mês - além do permitido -, contou um deles. Ele reclama que trabalha debaixo de sol e chuva e que a empresa se recusa a pagar adicional de periculosidade:

- A escala é apertada. Se alguém adoece, acabou.

Sistema de escalas não tem informações importantes

Uma comissária reclama que o novo sistema de escala adotado pela empresa retirou informações importantes, como número de horas noturnas voadas e o local de residência do funcionário para permitir, assim, que ele fique mais tempo em casa no fim da jornada.

Na primeira entrevista depois do caos no fim de semana, o vice-presidente de gestão da Gol, Ricardo Khauja, negou ao GLOBO que exista uma crise dentro da empresa ou que haja descumprimento das regulamentações sobre jornada de trabalho, como apontado pelos trabalhadores, e risco à segurança nos voos da companhia:

- Não existe caixa preta dentro da companhia. Estamos recebendo os inspetores da Anac (para verificar o cumprimento das normas).

Ele afirmou que, no momento, a companhia não teme a greve e não acenou com propostas num eventual processo de negociação, porque ainda não recebeu uma pauta de reivindicação:

- Não existe crise. A gente teve um grave problema operacional no último fim de semana, mas foi pontual.

O executivo destacou também que a Gol já nasceu sem os benefícios dos planos de saúde e previdenciário.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já anunciou que aplicará uma multa de, no mínimo, R$ 2 milhões em razão dos transtornos causados aos passageiros nos últimos dias . Mas, com as reclamações de usuários, o valor da multa pode chegar a R$ 5,5 milhões.

Fonte: Geralda Doca (O Globo)

Tapumes abandonados enfeiam o Santos Dumont

- Enquanto nos versos de "Samba do avião" de Tom Jobim os turistas que desembarcam no Galeão são recepcionados por um "Rio de sol, de céu, de mar", nas lamentações de cariocas e de quem se despede da cidade pelo Aeroporto Santos Dumont são pintadas uma imagem bem diferente. Há mais de dois anos, a Infraero montou um canteiro de obras no estacionamento localizado em frente ao portão de embarque e, desde então, abandonou dezenas de tapumes pretos no entorno. A feiura do material contrasta com a modernização da ala e ainda esconde o verde das árvores que dão um colorido bucólico ao estacionamento. Turistas ficam intrigados com obra que nunca acaba.

O superintendente do Iphan, Carlos Fernandes Andrade, explicou que a Infraero tinha anunciado o projeto de duplicação do estacionamento, com a construção de mais um pavimento no subsolo. O Iphan, para permitir a obra, firmou um termo de ajuste de conduta (TAC) com a Infraero, que exigia a demolição de um galpão e de um muro erguidos irregularmente no estacionamento para a liberação da duplicação.

- O TAC foi assinado em janeiro de 2008. A Infraero já tinha montado até o canteiro de obras e instalado os tapumes. O órgão não cumpriu o TAC e ainda abandonou os tapumes - recorda-se Andrade.

Na última terça-feira, o administrador Francisco Cortêz levou o colega de profissão e argentino Daniel Lozano para embarcar no Santos Dumont. Os dois seguiriam para São Paulo a trabalho. Ainda no portão de embarque, Cortêz ouviu a alfinetada do argentino:

- Engraçado, na minha terra a gente tem orgulho do verde e valoriza as paisagens. Não fica escondendo com tapumes - implicou o estrangeiro, apontando os tapumes.

O GLOBO procurou a Infraero por dois dias para desvendar o mistério e não obteve explicação sobre os tapumes. A assessoria do órgão limitou-se a enviar um canal para os passageiros reclamarem: o site www.infraero.gov.br (ouvidoria) ou pelo telefone (0800-727-1234).

Fonte: Isabel de Araujo (O Globo) - Foto Domingos Peixoto/O Globo

Legacy 650 é apresentado ao público pela 1ª vez na Labace, no Brasil

A Embraer exibirá o jato executivo Legacy 650, pela primeira vez, na sétima edição da Latin American Business Conference and Exhibition (Labace), de 12 a 14 de agosto. O evento acontece no Aeroporto de Congonhas (CGH), em São Paulo, e marca a estreia do Legacy 650, que será apresentado oficialmente ao público em 12 de agosto (quinta-feira), dia de abertura de feira, às 13 horas.

No dia 11 de agosto (quarta-feira), às 16 horas, a Embraer realizará uma conferência de imprensa no Hotel Quality Congonhas, também em São Paulo, para apresentar uma atualização dos seus programas de jatos executivos.

“Estamos muito satisfeitos com a estréia do Legacy 650 em um evento de aviação executiva tão importante como a LABACE. A certificação do Legacy 650 está cada vez mais próxima e o avião cumprirá todas as metas do projeto”, disse Luís Carlos Affonso, vice-presidente executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Executiva.

O Legacy 650 foi lançado em outubro de 2009 na 62ª Convenção e Encontro Anual da Associação Nacional de Aviação Executiva (National Business Aviation Association – NBAA) dos EUA, em Orlando, Estado da Flórida, e está em fase final de desenvolvimento. A aeronave será exibida na LabacE juntamente com o Phenom 100 e o Phenom 300, das categorias entry level e light, e os visitantes terão a oportunidade de conhecer o confortável interior destes jatos que são os melhores em suas categorias.

Com base na bem-sucedida plataforma do Legacy 600, o Legacy 650 é a proposta da Embraer para o segmento large. O avião voa até 7.223 km (3.900 milhas náuticas) sem escalas com quatro passageiros. O alcance adicional de 926 km (500 milhas náuticas) foi obtido por meio de várias modificações na estrutura da aeronave, tais como reforço da asa e dos trens de pouso, tanque ventral posterior, novo caixão central da asa para armazenamento de combustível e motores Rolls-Royce AE 3007A2, mais eficientes e potentes.

Os novos aviônicos Primus Elite - TM, fabricados pela Honeywell, equiparão o Legacy 650, oferecendo ferramentas avançadas de navegação, comunicações e interface gráfica. O jato possui o mesmo interior confortável e funcional do Legacy 600, com três zonas de cabine distintas, uma espaçosa cozinha (galley) e o maior compartimento de bagagem acessível em voo de toda a aviação executiva. O Legacy 650 também incorpora materiais de isolamento acústico de última geração para melhor conforto acústico e conexão de dados para acesso em vôo à Internet em alta velocidade por meio do sistema SwiftBroadband da Inmarsat.

O programa Legacy 650 avança conforme o planejado, tendo cumprido importantes etapas do desenvolvimento. Atividades de engenharia relacionadas a modificações estruturais, motores, sistema de combustível e desempenho estão praticamente finalizadas e indicam o cumprimento de todos os requisitos de projeto. Além disso, a integração dos novos aviônicos Honeywell Primus Elite™ está adiantada e avança conforme o cronograma. O Legacy 650 entrará em serviço durante o segundo semestre deste ano.

Fonte: Portal Fator Brasil - Fotos: Divulgação

Avião cai no jardim de casa na Austrália

Acidente ocorreu quando avião se preparava para pousar, em Melbourne.

Piloto e passageiro não ficaram feridos.


Uma mulher que pilotava o pequeno avião Cessna 152, prefixo VH-KKW, registrado para o Royal Victorian Aero Club, e o único passageiro sairam ilesos após a queda da aeronave no quintal de uma casa neste sábado (7) em Melbourne, na Austrália.

O acidente ocorreu quando o avião se preparava para pousar. As imagens de uma emissora de televisão mostram os pedaços da aeronave próximos a uma piscina no jardim.

A piloto de 28 anos e o passageiro estavam em uma missão de fotografia aérea e saíram ilesos do acidente.


Fontes: G1 / ASN - Fotos: ABC-TV / Herald Sun