Os dois morreram durante treinamento com o novo avião da Esquadrilha da Fumaça, na academia da Força Aérea em Pirassununga (SP).
Dois pilotos morreram durante um treinamento com o novo avião da Esquadrilha da Fumaça (EDA), o Embraer EMB-314B (A-29B) Super Tucano, na academia da Força Aérea em Pirassununga, interior de São Paulo.
O acidente foi por volta das 9h e 10h. Ninguém pôde se aproximar dos destroços do avião. Os oficiais entraram em contato com as famílias e acionaram os técnicos e peritos responsáveis pela investigação.
O comandante da esquadrilha da fumaça diz que havia duas aeronaves no ar na hora do acidente. Ele observava as manobras quando um dos aviões, ao invés de subir, se chocou contra o chão.
“Eles ejetaram numa baixa altura, numa condição que a aeronave não estava em condições propícias para ejeção. Seja pela razão de afundamento, o avião estava recuperando de uma manobra, e seja pela inclinação”, explicou tenente coronel Marcelo Gobett Cardoso, comandante da Esquadrilha da Fumaça.
Na aeronave estavam o capitão aviador João Igor Silva Pivôvar e o capitão aviador Fabrício Carvalho, os dois de 31 anos. Eles morreram na hora.
Segundo o comandante da academia, os dois treinavam juntos porque ocupavam a mesma posição na esquadrilha e faziam as mesmas manobras.
“Como é um treinamento inicial, eles tão iniciando esse treinamento, vovam juntos justamente pra um corrigir a posição do outro”, disse o Brigadeiro do Ar Carlos Eduardo Costa, comandante da Academia da Força Aérea.
Em 61 anos de história da Esquadrilha da Fumaça foram dez acidentes com 13 mortes. O último em 2010 durante uma apresentação em Lages, Santa Catarina. A aeronave do piloto Anderson Amaro Fernandes caiu a 100 metros da pista.
Desde abril, os pilotos da esquadrilha estão treinando com um novo avião, o A-29, também conhecido como Super Tucano - fabricado pela Embraer.
As apresentações do grupo estão suspensas durante essa fase de adaptação. Mas no domingo, durante um evento aberto ao público na academia aérea, três aeronaves fizeram um rápido voo.
O comando da Aeronáutica já começou a investigação. Mas por envolver um avião militar, o relatório não será divulgado. Os treinamentos da Esquadrilha da Fumaça estão suspensos. Os voos só serão retomados quando surgirem as primeiras informações sobre o que causou a queda.
“Colhendo todas as informações, imagens, peças, fazendo a análise da caixa preta, porque essa aeronave tem caixa preta, tudo isso vai ser montado um quebra-cabeça que vai mostrar o que aconteceu”, apontou o coronel.
Os corpos dos pilotos foram velados, na noite desta segunda-feira (12), na Academia da Força Aérea. E serão sepultados nas cidades de origem - em Minas Gerais e no Paraná.
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Fontes: Jornal Nacional (TV Globo) / ASN - Imagens: Reprodução