Mostrando postagens com marcador Bizarro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bizarro. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Boeing angolano fura fila (de novo) ao decolar em SP; 1ª vez teve bate-boca

(Foto: João Carlos Medau/Flickr)
Um avião da empresa angolana Taag (Linhas Aéreas de Angola) gerou repercussão após, supostamente, ter furado a fila de decolagem do aeroporto internacional de Guarulhos (SP) de novo. A aeronave era um Boeing 777, que realizou um voo de cerca de sete horas até o país africano.

No áudio de comunicação entre a torre de controle do aeroporto de Guarulhos e de outro avião, é avisado que a aeronave angolana estava entrando na pista para decolar. A torre reconheceu o ocorrido e se desculpou.

Veja a transcrição simplificada da conversa entre o piloto do avião que ficou para trás e a torre:

Piloto: O Angola [avião da Taag] está ingressando na pista na nossa frente.

Controladora: Infelizmente, acho que ele passou à sua frente. A sequência era o senhor, ok?

Piloto: Tudo bem, a gente aguarda.

Controladora: Peço desculpas.

Piloto: Tudo bem.

Veja o vídeo, disponível no canal SBGR Live no YouTube:


O UOL procurou a Taag, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A situação não colocou a operação em risco.

Caso anterior teve bate-boca

Em 2021, outro voo feito com o 777 gerou discussão no aeroporto de Guarulhos. À época, o avião da Taag alegou que entendeu errado o momento de entrar na pista, causando incômodo em outros pilotos.


O fato gerou discussão e ofensa na frequência de rádio, que teve de ser interrompida pela controladora da torre do aeroporto. Veja a seguir a transcrição:

Piloto de outro avião: Torre, confirme o voo 1250 na sequência ou o 737. O Angola [Taag] está invadindo a frente aqui nossa, viu?! Insegurança!

Torre de controle: Angola 748?

Angola 748: Nós estamos na sequência após o Gol à nossa direita. Seguimos o Gol à nossa direita.

Torre de controle: O terceiro avião da Gol, o terceiro. O senhor cometeu um erro.

Angola 748: Antes, ao falar com a torre, foi instruído seguirmos o avião da Gol que estava alinhado.

[Comunicação com outras aeronaves]

Torre de controle: Angola 748, alinhe e espere na pista 09 da esquerda.

Angola 748: Alinhando e aguardando na pista 09 da esquerda.

Torre de controle: Voo Gol 1520, infelizmente, o Angola entendeu errado o sequenciamento.

Piloto de outro avião: Ele é um irresponsável! Muito irresponsável!

Angola 748: Não foi isso, não, porque fomos instruídos antes para seguir o avião da Gol que estava à nossa direita, e vocês não estavam ali ainda.

Piloto de outro avião: O segundo avião da Gol, o segundo avião da Gol.

Torre de controle: Por gentileza, a frequência de comunicação é da torre, então, mantenham ela livre.

[Comunicação com outras aeronaves]

Torre de controle: Angola 748, livre para decolar na pista 9 da esquerda.

Angola 748: Livre para decolar, Angola 748. Por alguma coisa, desculpe.

As transcrições contidas nessa reportagem foram adaptadas para melhorar a compreensão por quem não tem experiência com a comunicação feita na aviação. Veja a íntegra de como foi o desentendimento em 2021:

Sequenciamento é fundamental

Após concluir o embarque e os procedimentos pré-voo, os pilotos acionam a torre de controle do aeroporto para solicitar um reboque, chamado de "pushback". Esse procedimento consiste em levar a aeronave até um ponto onde ela possa se dirigir sozinha até a pista, principalmente pelo fato de que o avião não costuma dar ré sozinho.

Ao concluir a manobra, a torre anuncia para os pilotos qual pista de taxiamento e saídas serão usadas para o piloto entrar na pista de decolagem que será utilizada. Além de respeitar o horário marcado da decolagem, também é preciso definir qual a melhor ordem para que os aviões esperem seu momento de voar.

Por exemplo, o maior avião de passageiros do mundo, o A380, que gera um deslocamento de ar muito grande com seus motores. Se um avião de pequeno porte estiver atrás dele, esse jato de ar pode mover a aeronave menor.

Por essas e outras razões, os controladores planejam adequadamente qual aeronave vai em qual lugar e em que momento isso deve ser feito.

terça-feira, 9 de abril de 2024

30 anos da terrível queda de avião causada por uma criança

Um dos acidentes mais bizarros da história da aviação comercial completa 30 anos em 2024. Conheça a história do Airbus que foi derrubado pelo filho de um piloto.


A madrugada do dia 23 de março de 1994 ficou marcada por um dos mais horríveis e bizarros acidentes da história da aviação comercial. O motivo? A queda de um avião que matou todas as 75 pessoas a bordo foi causada por uma criança.

O incidente, que em 2024 completa 30 anos, ocorreu durante o voo 593 do Airbus 310-300, um dos mais modernos da época. O avião, recém-incorporado à companhia russa Aeroflot, estava programado para sair de Moscou e pousar em Hong Kong, na China, mas nunca chegou ao seu destino.


Segundo os principais jornais da época, a aeronave caiu em uma região da Sibéria, quando ainda restavam pouco mais de 6 horas de voo, por conta de uma atitude impensada do piloto Iaroslav Kudrinski, que viajava acompanhado de seus dois filhos pequenos.

A forma como Kudrinski interagiu com Yana, de 12 anos, e Eldar, de 16, acabou de forma trágica e, a princípio, gerou dúvidas sobre a possibilidade de o avião ter apresentado falhas mecânicas. Posteriormente, isso foi desmentido pelas investigações e pelo conteúdo encontrado na caixa preta.


Como a criança derrubou o avião?


A tragédia começou a se desenhar quando o piloto resolveu apresentar a cabine de comando do avião para seus dois filhos e, com a aeronave no automático, colocou a pequena Yana sentada em sua poltrona e a fez segurar o manche do avião.

Após acionar um comando para o avião fazer uma leve curva à esquerda e passar à filha a impressão que era ela quem comandava o Airbuss 310-300, Kudrinski recolocou o avião no prumo e fez a troca de piloto, ou melhor, de filho no comando. E esse foi seu maior erro.

Eldar, de 16 anos, deveria executar o mesmo movimento da irmã, mas acabou puxando o manche com muita força e, sem querer, tirou o avião do piloto automático, fato que fez com que a aeronave começasse a inclinar demais o nariz.


Os diálogos recuperados da caixa preta mostram que o desespero tomou conta do piloto e do copiloto ao perceberem o erro, mas o avião acabou perdendo a sustentação necessária, colidiu com montanhas próximas à cidade de Mejdurechensk e caiu, matando todos a bordo.

Divisor de águas


O acidente causado pelo filho do piloto acabou alterando drasticamente as regras para visitas nas cabines, algo que ficou ainda mais rígido após os atentados de 11 de setembro de 2001.


Além disso, para que tragédias como as ocorridas há 30 anos não se repetissem, a indústria aeronáutica investiu em tecnologias para evitar o desligamento acidental do piloto automático.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Jornalistas levam "souvenirs" do Air Force One e são advertidos

Casa Branca notou o desaparecimento de itens a bordo do Air Force One que estavam sendo levados como souvenirs por jornalistas.


Os jornalistas credenciados para viajar no Air Force One foram alertados sobre a retirada de itens de bordo do avião presidencial dos Estados Unidos. A subtração de pratos, talheres, mantas e outros itens embora seja proibida, se tornou algo comum nos últimos meses.

Apenas treze repórteres são credenciados para acompanhar as viagens da Presidência dos Estados Unidos, sendo parte dos mais prestigiados veículos de comunicação do país, mas aparentemente alguns passaram garantir suas “lembrancinhas” em cada viagem.

O curioso é que voar no Air Force One não é gratuito, a viagem e refeições a bordo, são custeadas pelos respectivos veículos de jornalismo, sem qualquer ônus ao Estado, que apenas autoriza a pessoa viajar no avião da Presidência. Além disso, os convidados receberem alguns mimos, como chocolates M&Ms de cortesia e ainda existe a possibilidade de adquirir alguns souvenirs oficiais.

Como apenas o convite e os chocolates não são suficientes, alguns passaram a levar itens de bordo com o logo em alusão ao Air Force One. O caso foi revelado pelo site de notícias políticas “Politico”, que tem forte presença entre a elite do jornalismo e do poder dos Estados Unidos. Segundo a reportagem intitulada “A verdadeira onda de crime em DC”, membros do Escritório de Viagens da Casa Branca sentiram a falta de dezenas de itens de bordo durante um inventário realizado em fevereiro. A reportagem afirma que diversos jornalistas teriam visto colegas pegando itens a bordo.

Outros afirmam que se lembram de ter descido do Boeing VC-25A, o famoso Air Force One, com o som de copos ou pratos de porcelana tilintando em suas mochilas.

Todavia, o caso não é recente, com diversos relatos de convidados, incluindo membros da imprensa e legisladores, colocando silenciosamente na bolsa taças de vinho, talheres, pratos, entre outros. Além de jornalistas, possivelmente alguns convidados da Presidência, incluindo legisladores, teriam levado itens de bordo como souvenir da viagem no Air Force One.

Via Edmundo Ubiratan (Aero Magazine) - Imagem: Reprodução

sexta-feira, 29 de março de 2024

Aconteceu em 29 de março de 2016: O sequestro do voo EgyptAir 181 no Chipre


O voo 181 da EgyptAir foi um voo doméstico de passageiros do Aeroporto Borg El Arab em Alexandria, no Egito, para o Aeroporto Internacional do Cairo. Em 29 de março de 2016, o voo foi sequestrado por um egípcio que afirmava usar um cinto de explosivos e foi forçado a desviar para o Aeroporto Internacional de Larnaca, em Chipre. 

O voo e o sequestro



O Airbus A320-232, prefixo SU-GCB, da EgyptAir (foto acima), partiu do Aeroporto Borg El Arab, em Alexandria, às 06h38 hora local (UTC +2) para realizar o voo 181, um voo curto para o Aeroporto Internacional do Cairo, a capital egípcia, transportando 56 passageiros, sete tripulantes e um oficial de segurança egípcioDos 56 passageiros, 30 eram egípcios, 14 eram europeus e 8 eram dos Estados Unidos.

Após a decolagem, o capitão foi informado de que um passageiro, alegando estar usando um cinto com explosivos, exigia que a aeronave voasse para o Chipre. Um passageiro relatou posteriormente que, durante o voo, os comissários coletaram os passaportes dos passageiros, o que era incomum para um voo doméstico, mas comum durante um sequestro.

O avião então começou a ganhar altitude e foi anunciado que eles estavam se desviando para Larnaca, no Chipre. A aeronave pousou com segurança no Aeroporto Internacional de Larnaca às 08h46 hora local (UTC +3), e parou em uma área de estacionamento remota. O aeroporto foi então fechado para todo o tráfego de entrada e saída.


Resolução


Após o pouso em Larnaca, as negociações começaram e todos a bordo foram libertados, exceto três passageiros e quatro tripulantes. O sequestrador mais tarde exigiu ver sua ex-esposa, que vivia em Chipre, e buscou asilo no país. 

Ele também deu à polícia uma carta endereçada a sua ex-esposa. A mídia estatal cipriota disse que o sequestrador queria a libertação de prisioneiras no Egito e, de acordo com autoridades egípcias, ele havia pedido para falar com autoridades da União Europeia.


Os reféns saíram do avião pelas escadas e um membro da tripulação desceu por uma janela da cabine. 

Às 14h41, hora local, o Ministério das Relações Exteriores do Chipre informou que o sequestro havia acabado e que o sequestrador havia sido preso. Nenhum dos passageiros ou tripulantes foi ferido. Em um informe anterior, o ministério identificou o sequestrador como Seif Eldin Mustafa, um cidadão egípcio.

No final do dia, foi divulgada a foto de um passageiro visto sorrindo ao lado de Mustafa, cujo suposto cinto explosivo estava visível por baixo de seu casaco. O passageiro foi posteriormente identificado como Ben Innes, e a foto se tornou viral. 

Seif Eldin Mustafa (à esquerda) visto com seu falso cinto explosivo, tira uma selfie com
um passageiro (à direita) (Foto via Middle East Monitor(
Um especialista em segurança descreveu as ações de Innes como irresponsáveis ​​e um psicólogo da Universidade de Cambridge disse que Innes pode ter sido movido por "puro narcisismo", explicando que a mídia social carece dos freios e contrapesos das formas mais antigas de comunicação.

Como resultado de preocupações com a segurança, funcionários do Aeroporto Internacional do Cairo atrasaram a partida de um voo com destino ao Aeroporto Internacional John F. Kennedy, na cidade de Nova York.

Sequestrador


A polícia escoltando Seif Eldin Mustafa no tribunal em Larnaca, Chipre (Foto: European Pressphoto Agency)
Depois de ser detido, Seif Eldin Mustafa foi mantido sob custódia em Chipre. Os governos do Egito e de Chipre declararam suas intenções de que ele fosse extraditado para ser processado no Egito. Um processo legal ocorreu em Chipre porque uma ordem judicial é necessária para a extradição. Um veredicto original em apoio à extradição foi apelado por Mustafa, alegando riscos aos direitos humanos no Egito.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipedia, Independent e ASN

domingo, 17 de março de 2024

Os cemitérios de aeronaves mais bizarros do mundo

Southern California Logistics Airport (uma antiga base da Força Aérea), em Victorville, Califórnia.

(via Bobak Ha'Eri , Marks Flickr Page e Mike Fiala/Getty Images)

AMARC (Centro de Manutenção e Regeneração Aeroespacial), na Base Aérea Davis-Monthan, próximo a Tucson, Arizona


Mais de 4.000 aviões militares estão na base.

(via Google Maps, Wikimedia Commons / RevolverOcelot , aviador sênior Alan R. Wycheck , US Navy , planes.cz e Popular Science )

Pátio de uma fábrica de alumínio alemã, em Grevenbrioch, onde vários aviões alemães caíram em 1945

(por Fred Ramage / Keystone / Getty Images)

O maior cemitério de jatos comerciais de passageiros nos Estados Unidos, Mojave Air & Space Port, Califórnia, 2001

(via D. Coleman 1 - 2 , Flickr / David Vienna , Google Maps , Lost America.com/Troy Paiva e Mike Fiala / Stringer)

Aeroporto Internacional Murtala Muhammed, Lagos, Nigéria

Oficiais da aviação nigeriana começaram a tentar desmontar e remover os cascos de aviões abandonados de aeroportos em todo o país no final de janeiro. As autoridades dizem que há pelo menos 65 deles, com pelo menos 13 no aeroporto internacional de Lagos.

(via Jon Gambrell e Sunday Alamba / Associated Press)

Pinal Airpark, Marana, Arizona

(via John Creasey / Flickr e Google Maps)

Aeroporto Phoenix Goodyear, Goodyear, Arizona

(via Flickr / ZeTexYann , The Hungarian Girl e The Center for Land Use Interpretation)

Roswell International Air Center, Roswell, Novo México

(via Savvas Garozis / Flickr e Google Maps)

Armazém de aviação, El Mirage Dry Lake, EUA

(via Todd Lappin / Flickr e Lost America.com/Troy Paiva)

Aeródromo Central, Moscou, Rússia

(via EnglishRussia)

Um aeródromo abandonado na Ucrânia

(via russos)

Cemitério de aeronaves abandonadas na zona de Chernobyl, Ucrânia



Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)