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Há 63 anos, um avião da Panair que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, rumo a Manaus, com escala em Belém, desapareceu durante a madrugada em pleno voo. A bordo, entre passageiros e tripulantes, viajavam 46 pessoas, incluindo o senador Remy Archer (PSD-MA).
Notícias desencontradas logo começaram a correr. Nas primeiras horas da manhã de 3 de dezembro de 1959, um desnorteado senador Victorino Freire (PSD-MT) subiu à tribuna do Palácio Monroe, a sede do Senado, no Rio, para expor sua aflição:
— Preparava-me para sair de casa quando soube que havia desaparecido o Constellation da Panair em que viajavam o senador Remy Archer, meu amigo, e a filha do jornalista Castello Branco [José Ribamar Castello Branco, repórter político do jornal O Globo]. Aqui permanecemos numa verdadeira tortura de espera e ansiedade. O Repórter Esso chegou a divulgar que o avião havia caído. A senhora Archer, com três filhinhos pequenos, em pranto, estava certa de que o marido havia morrido. No mesmo desespero se encontrava aqui nesta Casa o jornalista Castello Branco, também meu velho e querido amigo.
A fala de Freire está catalogada no Arquivo do Senado. De acordo com documentos do mesmo acervo histórico, os senadores Otávio Mangabeira (UDN-BA) e Afonso Arinos (UDN-RJ) interromperam o colega e avisaram que haviam acabado de receber, de mensageiros anônimos, cópias mimeografadas de um manifesto que explicava tudo, assinado por um grupo que se intitulava Comando Revolucionário.
Não se tratava de desastre aéreo. O avião da Panair, na realidade, havia sido sequestrado no ar — o primeiro sequestro de avião da história do Brasil. Estava em curso uma tentativa de golpe de Estado para derrubar o presidente Juscelino Kubitschek, fechar o Congresso Nacional e instaurar uma ditadura militar. O Comando Revolucionário era formado essencialmente por oficiais da Aeronáutica e do Exército.
A conspiração teve mais duas frentes. Na noite do dia 2 de dezembro, poucas horas antes de o piloto da Painair ser rendido quando atravessava a Bahia, outro grupo roubou da Base Aérea do Galeão, no Rio, três aviões da Aeronáutica repletos de armas e explosivos, e um terceiro grupo levou do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, um teco-teco pertencente a uma empresa privada também carregado de armamento.
Jornal noticia em 1959 a deflagração da Revolta de Aragarças (imagem: Luta Democrática/Biblioteca Nacional)
De posse dos cinco aviões, os rebeldes voaram para Aragarças, uma cidadezinha dos confins de Goiás, na divisa com Mato Grosso, assim chamada por localizar-se na confluência dos Rios Araguaia e das Garças. Aragarças seria o quartel-general da revolta. O plano mais imediato era bombardear o Palácio do Catete e matar JK. O movimento, que duraria só dois dias e acabaria fracassando, ficou conhecido como Revolta de Aragarças.
— Proclamo meu desacordo com essas situações violentas. Sejam quais forem as falhas do governo, por mais graves e angustiosos que sejam os problemas brasileiros, não será à custa de movimentos de indisciplina, subversivos, revolucionários, que iremos ao encontro das legítimas aspirações do povo. Somente dentro da lei removeremos as dificuldades — discursou o senador Lameira Bittencourt (PSD-PA), líder do governo no Senado.
— Quero deixar patente a reprovação da bancada udenista a qualquer movimento subversivo. A nação precisa de paz e ordem para prosseguir no exercício da sua vida democrática. Qualquer perturbação trará profundos prejuízos não à política ou aos partidos, mas à pátria brasileira — concordou o senador João Villasbôas (UDN-MT), líder da oposição ao governo.
A aliança partidária PSD-PTB governava o Brasil desde 1946. Setores das Forças Armadas estavam insatisfeitos com a hegemonia ininterrupta do getulismo e do trabalhismo e ansiavam por ver no poder a UDN, partido oposicionista que havia perdido as três eleições presidenciais posteriores à ditadura do Estado Novo. Esses militares já haviam planejado golpes para destronar a dobradinha PSD-PTB em 1954, 1955 e 1956, nas três vezes sem sucesso.
Em dezembro de 1959, o estopim da Revolta de Aragarças foi a repentina decisão de Jânio Quadros, o presidenciável apoiado pela UDN, de renunciar à candidatura. A eleição estava marcada para outubro de 1960. Os militares que se aferravam a Jânio e à UDN entenderam que a desistência permitiria a JK eleger seu sucessor e perpetuar a chapa PSD-PTB no controle do Brasil.
Rebeldes eram contrários a JK e João Goulart e favoráveis ao candidato Jânio Quadros (Fotos: Reprodução)
Antes da renúncia de Jânio, o autointitulado Comando Revolucionário já estava em alerta por causa de dois boatos fortes. O primeiro dava conta que JK negociava uma emenda constitucional que lhe permitiria a reeleição. O segundo boato dizia que o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, expoente do PTB, orquestrava um golpe para barrar a provável vitória de Jânio e da UDN e instaurar uma ditadura sindicalista no país.
— Não tenhamos dúvida de que a revolução, a revolta, o motim ou golpe frustrado de Aragarças foi muito fruto da decepção causada pela retirada da campanha do senhor Jânio Quadros — afirmou o senador Afonso Arinos.
O manifesto divulgado pelo Comando Revolucionário descrevia o Poder Executivo como corrupto, o Legislativo como demagógico e o Judiciário como omisso. E citava o risco de o Brasil cair nas garras do comunismo: “Em face desse estado de degeneração e deterioração, os adeptos do comunismo infiltrados nos mais variados setores, dentro e fora da administração pública, procuram tirar o máximo benefício da situação de miséria e de fome das populações para implantar o seu regime de escravidão do ser humano”.
A Revolta de Aragarças falhou porque os insurgentes não conseguiram o apoio imaginado. Eles esperavam que levas de militares de todos os cantos do Brasil se somariam ao movimento assim que o manifesto fosse divulgado. Entretanto, soldado nenhum saiu dos quartéis. Também contavam com a adesão de políticos da UDN. Os udenistas, contudo, calcularam que uma revolta militar nesse momento daria motivo para JK decretar estado de sítio, cancelar a eleição de 1960 e, aí sim, apossar-se de vez da cadeira presidencial.
No fim, Aragarças envolveu cerca de 15 rebeldes apenas, incluindo três civis. Dado esse pífio contingente, as forças militares do governo sufocaram a insurreição rapidamente, já no dia seguinte ao sequestro do voo da Panair. Não houve mortes. Um dos aviões militares roubados foi metralhado na pista de pouso de Aragarças e pegou fogo. Os revoltosos que estavam a bordo se renderam e foram presos. Os demais usaram os outros aviões para fugir para a Bolívia, o Paraguai e a Argentina. Os reféns do avião da Panair, inclusive o senador Remy Archer, foram libertados em Buenos Aires, sãos e salvos.
Avião de rebeldes pega fogo em Aragarças (Foto: Campanella Neto/Diário de Notícias)
Apesar de o líder da UDN no Senado ter repudiado a Revolta de Aragarças, houve senadores do partido que não endossaram a condenação e, em vez disso, aplaudiram os insurretos. O senador Otávio Mangabeira afirmou que concordava plenamente com o diagnóstico da situação nacional descrito no manifesto do Comando Revolucionário:
— Confesso que amo as rebeldias legítimas. O que eu detesto são as acomodações exageradas. A nação que se habitua a acomodar-se a tudo é uma nação que se educa na escola da fraqueza. No dia em que for chamada a defender a pátria, não estará moralmente habilitada a fazê-lo. Apesar de divergir deles no ponto em que pedem a demolição da estrutura constitucional e a implantação da ditadura militar, trago minha palavra de compreensão para aqueles jovens militares levados pelo arroubo de seu temperamento e pelo fogo natural de sua idade.
O senador Afonso Arinos comparou Aragarças com a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, ocorrida em 1922:
— Fui testemunha pessoal. Eu era adolescente e morava ao lado do Forte de Copacabana. Assisti na noite de 4 para 5 de julho àquele pugilo de jovens passar de réprobos [malvados] de uma repressão brutal à condição de heróis impolutos de uma geração. Não podemos agora saber se Aragarças se trata de uma Copacabana aérea. É melhor não tomarmos aqui uma atitude de condenação de que depois venhamos a nos arrepender.
Mangabeira gostou da comparação histórica e citou personagens inicialmente tidos como vilões e depois transformados em heróis:
— Por que esquartejaram Tiradentes? E quem é Tiradentes hoje? Que fez Deodoro a 15 de novembro de 1889? Onde está ele agora? Que fez Getúlio Vargas a 3 de outubro de 1930? Ninguém, tampouco eu, tem autoridade para condenar golpistas só pelo fato de serem golpistas.
O senador Daniel Krieger (UDN-RS) acrescentou:
— Sentir-me-ia diminuído perante mim próprio se assistisse calado tachar-se de covardes aqueles que, ainda que erradamente, dão exemplo de coragem e desprendimento a este país.
A Revolta de Aragarças foi uma reedição de outro movimento militar bastante parecido, inclusive com o uso de aviões militares, que havia ocorrido em fevereiro de 1956, apenas duas semanas após a posse de JK: a Revolta de Jacareacanga, no sul do Pará. Em 1959, os senadores não puderam deixar de fazer comparações. Eles mencionaram o major-aviador Haroldo Veloso, que havia sido líder revoltoso de Jacareacanga e, após ser anistiado pelo presidente, voltou à cena em Aragarças.
— Da primeira loucura, a de Jacareacanga, disse eu [em 1956] nesta Casa e ao senhor presidente da República que o sistema de se conceder anistia a criminosos políticos antes de a Justiça se pronunciar era muito perigoso. Anistiados, foram endeusados, voltaram à Aeronáutica e foram promovidos! Agora fazem esse segundo movimento. Estamos verificando quão acertado eu estava — criticou o senador Caiado de Castro (PTB-DF).
— Atos de sedição devem ser punidos com rigor. Se não o forem, ensejam a repetição a que agora assistimos — concordou o senador Lima Teixeira (PTB-BA). — Fique a advertência para que não se deixe passar em branca nuvem um episódio que poderá ser mais grave da terceira vez. Que a punição se concretize, a fim de que o povo se tranquilize e confie na autoridade do chefe da nação.
JK seguiu os conselhos. Ao contrário do que fizera em 1956, o presidente não concedeu anistia aos golpistas em 1959.
De acordo com o jornalista Wagner William, autor da biografia O Soldado Absoluto (Editora Record), sobre o marechal Henrique Lott, o ministro da Guerra que sufocou Aragarças, o presidente JK enxergou a malograda revolta como sinal de que o clima político se tornaria explosivo e o país ficaria ingovernável caso a sua adversária UDN não chegasse logo ao poder.
— Foi pensando dessa forma que Juscelino lançou Lott como o candidato presidencial do PSD na eleição de 1960. Ele sabia que o marechal não tinha chance de vencer. A estratégia de Juscelino era que a UDN o sucederia, mas, por causa da crise econômica do país, governaria com muita dificuldade e se desgastaria. Numa frente, Juscelino aplacaria o desejo de poder da UDN. Em outra, ele próprio se apresentaria na eleição de 1965 como o candidato da salvação nacional — explica William.
Poucos dias depois de Aragarças, Jânio Quadros anunciou que era de novo candidato presidencial — “Jânio renuncia à renúncia”, noticiou um jornal. Ele venceu a disputa eleitoral de 1960, marcando enfim a chegada da UDN ao poder e esfriando os ânimos conspiratórios das Forças Armadas. Mas a paz não duraria. A famigerada renúncia de Jânio à Presidência da República, em agosto de 1961, e a tumultuada posse do vice João Goulart, no mês seguinte, despertariam os golpistas. A resposta deles viria em 1º de abril de 1964. Dessa vez, não falhariam.
Em 8 de agosto de 1989, a aeronave Britten-Norman BN-2A-26 Islander, prefixo ZK-EVK, da Aspiring Air (foto acima), que realizou seu primeiro voo em 1977, transportando nove passageiros e o piloto, realizava o voo fretado entre o Aeroporto Wanaka e o Aeroporto Milford Sound, ambos na Nova Zelândia.
A aeronave bimotora estava completando um voo panorâmico, quando, no caminho, em circunstâncias desconhecidas, a aeronave caiu na geleira Blue Duck, localizada em Upper Dart Valley, perto de Milford Sound.
Os destroços foram encontrados poucas horas depois, a uma altitude de 5.400 pés. Todos os 10 ocupantes morreram na queda.
A causa provável do acidente foi apontada como: "A falta de evidência direta para explicar, operacional ou estruturalmente, a maneira como a aeronave atingiu a encosta da montanha, o afastamento do local que não forneceu observação testemunhal para descrever a trajetória de voo da aeronave antes do evento e a ausência de qualquer sobrevivente , combinado para impedir a determinação da causa provável do acidente."
Archimedes Messina, foi um dos grandes criadores de jingles brasileiros. Ele foi responsável por inúmeros jingles da companhia VARIG e também do famoso café Seleto, entre outros anunciantes da época, fez história na propaganda brasileira! Vale a pena conferir a conversa descontraída que tivemos com seu filho e meu amigo de infância Archimedes Messina Jr.
A aviação é um setor do mercado e da indústria recheado de curiosidades, principalmente quando pensamos no funcionamento das aeronaves, essas máquinas apaixonantes e recheadas de tecnologia e engenharia. Uma das peculiaridades que mais gera dúvidas nos usuários e população em geral é por qual motivo o combustível dos aviões é colocado nas asas?
Um dos pontos cruciais para o funcionamento de uma aeronave é a distribuição de peso e o equilíbrio. Quando o peso máximo de decolagem é contabilizado para um avião, o querosene, principal combustível utilizado na aviação, obviamente é levado em conta nesse cálculo. Um Boeing 747-8, por exemplo, pode armazenar até 239 mil litros de querosene em suas asas, fazendo com que seu peso máximo de decolagem atinja os 448 mil quilos.
Para fazer com que os aviões não tenham sua dirigibilidade afetada, a engenharia encontrou como melhor solução colocar o combustível nas asas por conta do centro de gravidade da aeronave, já que as peças são localizadas na região central do veículo. Caso um ou mais tanques fossem espalhados pela fuselagem, à medida que o querosene fosse consumido, o peso ficaria completamente desequilibrado nas diferentes partes do avião, dificultando a operação.
Aviões de grande porte, por exemplo, contam com um sistema de cruzamento que permite que o combustível que estiver em uma das asas passe para a outra para que o peso sempre esteja equilibrado. Há, também, alguns modelos em que existe um tanque bem no meio do avião que une as duas asas, de modo a facilitar essa passagem de combustível e para o melhor controle do centro de gravidade.
O que tem nas asas?
As asas de um avião são, obviamente, ocas, porque são feitas para armazenarem combustível, além de toda a necessidade operacional. No caso de aeronaves comerciais, não existe propriamente um tanque na fuselagem e sim um revestimento especial para deixar o querosene ali em segurança. Alguns modelos, principalmente os de pequeno porte, são equipados com tanques especiais e divisórias que mitigam a movimentação do líquido, propiciando menos intervenções na direção.
Mulher afirmou em conta do TikTok que chegou a ser maltratada pela tripulação por conta de problema de pele.
Uma mulher teria sido impedida de voar do Reino Unido até os Estados Unidos pela Spirit Airlines por ter eczema. A tripulação do avião confundiu as feridas no rosto dela com as lesões provocadas pela varíola dos macacos, que é uma doença contagiosa. Em relato no TikTok, a mulher acusa os funcionários da companhia aérea de maus tratos e discriminação.
O eczema é uma doença de pele que se apresenta com diferentes tipos de lesões. A versão aguda tem feridas avermelhadas com bolhas de água e, em seguida, as bolhas dão lugar a crostas. A condição não é contagiosa como a varíola dos macacos.
Identificada como Jacqueline, a mulher afirma ter eczema por toda a vida e que pessoas com essa condição estão sendo confundidas com pacientes com monkeypox. Isso tem levado a uma onda crescente de preconceitos na Europa. Na rede social, ela afirma que foi autorizada a voltar para o avião depois de apresentar os remédios que usar para tratar a dermatose.
“Eles me tiraram e tiraram a minha mulher do avião na frente de todo mundo para nos interrogar sobre eczema, condição que tenho há muito tempo. Trataram mal a minha mulher e me pediram inclusive documentos médicos. Nunca me senti tão humilhada em toda minha vida”, afirmou na rede social.
A varíola dos macacos causa erupções cutâneas logo após sintomas de gripe. Elas são caracterizadas por bolhas altas e brancas na pele, que não soltam pus, mas outro tipo de secreção.
As lesões costumam começar nos órgãos genitais, podendo até ser confundidas com algumas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), e depois se espalham pelo corpo.
Aplicativo Flightradar24 em celular, em Los Angeles, em 5 de agosto (Crédito: AFP)
Como irritar ao mesmo tempo autoridades chinesas, Elon Musk e Kylie Jenner? Monitorar seus jatos particulares. Os sites e contas no Twitter que acompanham o tráfego aéreo em tempo real provocam reações epidérmicas, desde simples reclamações até apreensões de equipamentos.
Todos os anos, empresas russas de frete aéreo, proprietários de aeronaves sauditas ou outros pedem a Dan Streufert, fundador do site americano de rastreamento de voos ADS-B Exchange, que pare de publicar seus movimentos. Sem sucesso.
“Não apagamos nada até agora. Esta é uma informação pública. E eu não quero ser o árbitro que decide quem está certo ou errado”, diz Streufert.
Existem algumas limitações, mas grupos que traçam rotas de voo apontam que a fonte primária de informação está legalmente disponível e acessível a qualquer pessoa com o equipamento necessário.
A lei americana exige que as aeronaves em certas áreas sejam equipadas com o sistema de satélite ADS-B, que periodicamente transmite por rádio a posição da aeronave aos controladores de tráfego aéreo.
Um site como o Flightradar24 tem 34.000 receptores terrestres em todo o mundo que podem captar esses sinais, dados enviados para uma rede central que cruza com horários de voos e outras informações de aeronaves.
Mas identificar o dono de um avião é outra questão, segundo Jack Sweeney, de 19 anos e criador da conta no Twitter “Celebrity Jets”, que descobriu o jato particular de Elon Musk após um pedido de acesso à informação aos arquivos públicos do governo americano.
O patrão da Tesla ofereceu-lhe 5.000 dólares para apagar a conta “ElonJet”, com mais de 480.000 assinantes, que acompanha todos os movimentos do avião do bilionário.
“Há muito interesse. Estou fazendo algo que funciona. As pessoas gostam de ver o que as celebridades estão fazendo”, diz Sweeney à AFP, referindo-se à indignação com a pegada de carbono dos aviões.
Publicar esse tipo de informação no Twitter torna “mais fácil para as pessoas acessá-la e entendê-la”, acrescenta.
“Os dados estão aí”
Em julho, a conta ‘Celebrity Jets’ revelou que a estrela de reality show Kylie Jenner havia pegado um jato particular para um voo de 17 minutos para a Califórnia causando alvoroço nas redes sociais.
“Eles dizem, às pessoas da classe trabalhadora, que devemos nos sentir culpados por nosso voo anual de férias, enquanto essas celebridades andam em jatos particulares todos os dias como se fosse um Uber”, tuitou um internauta.
Sweeney ou Streufert não veem uma linha vermelha que não gostariam de cruzar em relação à publicação de rotas aéreas. “Os dados já estão aí. Estou apenas redistribuindo”, diz Jack Sweeney.
Essa atividade também gera renda, mesmo que seja difícil de avaliar. Dan Streufert admite ganhar a vida dessa maneira, mas se recusa a dar detalhes, enquanto Sweeney afirma que suas contas de rastreamento de voos lhe rendem cerca de US$ 100 por mês.
Flightradar24 não comunica seu volume de negócios.
O rastreamento de voos também pode ter um grande impacto além da ira de celebridades e bilionários, como a controversa visita da presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan na terça-feira, cujo voo era seguido por mais de 700.000 pessoas no site Flightradar24 no momento de seu pouso.
Em agosto, um relatório de uma ONG acusando a agência europeia de vigilância de fronteiras, Frontex, de facilitar a expulsão de migrantes que tentavam a perigosa travessia do Mediterrâneo foi baseado em dados de sistemas ADS-B, assim como a mídia americana o usou para denunciar a presença de voos de vigilância durante manifestações antirracismo em Washington em 2020.
Dezenas de congressistas, após essas revelações, instaram em uma carta o FBI e outras agências governamentais, como a Guarda Nacional, a “parar de monitorar manifestantes pacíficos”.
Em outras partes do mundo, governos já deixaram claro que tais tecnologias e dados não são bem-vindos.
A mídia estatal chinesa informou em 2021 que o governo havia apreendido centenas de receptores usados por sites de rastreamento de voos em tempo real, alegando um risco de “espionagem”.
“Em muitos casos, são os regimes autoritários que não gostam desse tipo de visibilidade”, diz Dan Streufert.
Algumas celebridades estão sendo criticadas por fazerem voos muito curtos.
Novo entretenimento. Pode até ser que no seu tempo livre você goste de ver uma série, mas a turma está mais para detetive dos avião. Pelo visto, está surgindo uma onda de interesse em rastrear voos de grandes personalidades.
Na semana passada, o avião que levava Nancy Pelosi à Taiwan se tornou o voo mais rastreado de todos os tempos — quase 3 milhões de pessoas sincronizaram o site FlightRadar24 para assistir ao movimento diplomático.
Não demorou muito pra surgirem polêmicas. Algumas celebridades estão sendo criticadas por fazerem voos muito curtos — e estarem corroborando com a emissão de CO2.
Pra se ter uma ideia, dentre os famosos rastreados estão Taylor Swift e Kylie Jenner, que contam com alguns voos de menos de 10 minutos de duração.
Intruso: Um programador de 19 anos dos EUA criou um perfil no Twitter onde postou as rotas de voo de Elon Musk — que, por sua vez, ofereceu ao jovem US$ 5.000 para retirar o feed — parece que alguém não gosta de ser vigiado.
Dois aeroportos são muito conhecidos mundo afora por terem aproximações de grandes aviões comerciais poucos metros acima de praias: o famoso Aeroporto Princesa Juliana, em Saint Maarten, no Caribe, e o Aeroporto Skiathos Alexandros Papadiamantis, na Grécia.
Com certa regularidade, ambos proporcionam cenas incríveis quando os jatos acabam passando mais baixos do que o normal da aproximação, e o de Skiathos agora está com o “título” de ter o mais recente vídeo impressionante.
Conforme a gravação abaixo, o avião envolvido é o Airbus A321neo registrado sob a matrícula HA-LZT, da companhia húngara Wizz Air. Segundo dados das plataformas de rastreamento online, o jato chegou a Skiathos nesta última sexta-feira, 5 de agosto, no voo W6-8447 proveniente de Nápoles, Itália.
Embora o local seja bastante conhecido pelas passagens baixas nos pousos, o A321neo passou muito mais baixo, levando os turistas até a se abaixarem, com medo do trem de pouso passando próximo a suas cabeças. Uma criança até é vista sendo derrubada pelo jato de ar dos motores, uma vez que as pessoas também estavam em um lugar que não é nada recomendável de se ficar.
A seguir, estão disponibilizados o vídeo desta sexta-feira e, logo abaixo dele, outra gravação que mostra uma aproximação em altura normal no mesmo local. A cena da criança sendo derrubada é vista mais adiante no vídeo, em uma tomada por outro ângulo de gravação.
A dupla estava realizando verificações de manutenção em um ATR-72 no aeroporto de Nagpur, na Índia.
O avião continuava em solo no domingo (Foto: Getty Images)
Dois engenheiros de solo da IndiGo ficaram feridos no aeroporto de Nagpur no sábado depois que um raio atingiu um ATR-72 que eles estavam realizando verificações na época. De acordo com um comunicado da companhia aérea, os dois foram rapidamente levados ao hospital e estão atualmente em condição estável.
De acordo com o Hindustan Times, o incidente ocorreu na noite de sábado(6) por volta das 17h20, horário local, quando os engenheiros estavam concluindo as verificações em um voo de chegada Ahemdabad (AMD) - Nagpur (NAG). O aeroporto viu chuvas fortes no dia, com a dupla usando walkie-talkies para se comunicar com o capitão do voo IndiGo (6E 7197).
Embora os detalhes ainda não estejam claros, os engenheiros parecem ter estado em contato com o avião quando um raio o atingiu, resultando em um choque extremo também. Médicos do hospital onde os engenheiros estão atualmente sob observação disseram que um engenheiro ficou inconsciente após o ataque, enquanto o segundo ainda sente fraqueza na mão direita. Ambos são considerados estáveis neste momento.
Em uma declaração, a IndiGo disse: "Houve um relâmpago observado em um IndiGo ATR estacionado no aeroporto de Nagpur. Dois de nossos técnicos presentes no voo foram afetados. Imediatamente receberam atendimento médico. Ambos estão estáveis e sob cuidados médicos."
Viajando em um voo da Southwest de Tucson, Arizona, para Las Vegas, Mia disse que eles tinham acabado de decolar e os comissários de bordo estavam recebendo pedidos de bebidas quando ela foi descansar o braço no parapeito da janela.
O incidente em um avião da Southwest Airlines não resultou em nada grave, pois na verdade o que quebrou foi a camada de plástico que fica sobre o vidro – mas imagina o susto! A passageira afirmou que tudo aconteceu após ela apoiar o seu braço na janela. “Assim que meu cotovelo aplicou uma leve pressão, a janela inteira quebrou”, disse ela em sua conta do TikTok.
Foi nas redes sociais, aliás, que a passageira compartilhou o vídeo da janela quebrada. E a postagem viralizou: foram mais de 13 milhões de visualizações até agora.
A jovem afirmou também que, assim que o incidente ocorreu, ela chamou a comissária de bordo. A funcionária, então, foi até a cabine do avião falar com o piloto, que garantiu que tudo estava funcionando normalmente, que não havia nenhum dano estrutural na aeronave e que o voo poderia seguir até seu destino final em Las Vegas.
E foi exatamente isso que ocorreu. A passageira, no entanto, trocou de lugar para o restante da viagem, que durou mais 30 minutos, e ainda ganhou um voucher de US$ 300 da companhia para ser usado em outro voo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, haviam piloto, copiloto e mecânico a bordo. Ninguém ficou ferido.
A aeronave bimotor IAI 1124 Westwind, prefixo PR-OMX, da Brasil Vida Taxi Aéreo, fez um pouso forçado e saiu da pista, segundo os bombeiros, na manhã deste domingo (7), na GO- 070 no aeródromo de Goiânia. A corporação informou que estavam a bordo piloto, copiloto e o mecânico, mas ninguém ficou ferido.
"Quando chegamos os tripulantes não estavam mais no local. Houve um princípio de incêndio, mas foi apagado pelo gerente do aeroclube antes da chegada da corporação", disse o soldado Israel Palmas.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) disse que foi acionado e que os investigadores utilizaram técnicas específicas, como coleta e confirmação de dados, preservação de indícios, verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação.
O órgão disse ainda que a conclusão das investigações terão o menor prazo possível, dependendo da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.
O acidente aconteceu por volta das 12h. As equipes de salvamento e combate a incêndio dos bombeiros isolaram o local. O capitão Thiago Wening disse que a aeronave bateu no muro que dá acesso a pista de decolagem e aos hangares.
"Nós isolamos o local e usamos a espuma química para esfriar a aeronave. A situação está controlada e fora de risco. A perícia já foi acionada para apurar as causas do acidente", contou o capitão.
Conforme os bombeiros, era um voo após uma manutenção em que os profissionais testam a aeronave. As imagens mostram que a parte dianteira do avião e os vidros da cabine ficaram destruídos.
A trajetória do voo neste domingo (Imagem: RadarBox via Aeroin)
A Brasil Vida Táxi Aéreo disse que durante o pouso no Aeródromo Nacional de Aviação (Escolinha), a aeronave da empresa saiu da pista.
A empresa disse ainda que não havia passageiros a bordo e a tripulação não ficou ferida. O jato possui todas as certificações e autorizações necessárias válidas junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e opera com manutenção rigorosamente em dia.
Conforme a Brasil Vida Táxi Aéreo, a ocorrência será comunicada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a quem caberá determinar a causa do evento.
Via g1 Goiás. - Fotos: Corpo de Bombeiros/Divulgação