segunda-feira, 30 de março de 2009

Nasa exibe nova cápsula lunar em pleno Parque Nacional

Público pôde conferir a nova cápsula Orion, na Praça Nacional, em Washington

Uma réplica da nova cápsula Orion - que deve levar os astronautas de volta à Lua até 2020 - foi exibida ao público e aos jornalistas no Parque Nacional, em frente ao Capitólio, em Washington. O módulo integra o programa Constellation, que será responsável por substituir os já desgastados ônibus espaciais em 2010 e pelo retorno ao solo lunar quatro décadas depois do primeiro pouso.

Presa à ponta de um foguete, do qual se desprende em órbita, a cápsula Orion permitirá o transporte de tripulação e carga para estações espaciais e missões no satélite. Um vôo experimental está previsto para o segundo semestre deste ano.

A bordo, serão utilizadas tecnologias computadorizadas, novos sistemas de propulsão, proteção térmica, ejeção de tripulantes e escape em caso de emergência, o que garante maior segurança aos astronautas. Também serão incorporados painéis solares para permitir a permanência em órbita durante longos períodos.

A Orion levará astronautas até a superfície lunar enquanto o foguete Ares V ficará em órbita à espera do reembarque da equipe para o retorno à Terra. A cápsula deverá levar até seis astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) e de dois a quatro tripulantes para a Lua.

Transportador em solo lunar

Um novo veículo de transporte lunar também já está sendo testado desde o início do ano no deserto ao sudoeste do Arizona para entrar em ação logo após a aterrissagem no satélite. O transportador é muito mais tecnológico e seguro que o frágil Eagle - utilizado por Neil Armstrong e Buzz Aldrin no histórico 16 de julho de 1969.

O módulo tem o tamanho aproximado de uma grande caminhonete, com 12 rodas, e infra-estrutura suficiente para abrigar dois astronautas por até 14 dias. Ali dentro, a tripulação encontrará alimentação e instalações sanitárias, além dos computadores e outros equipamentos científicos.

Fonte: Terra (com informações da agência Reuters) - Foto: Reuters

TAM amplia acordo com companhia uruguaia

A TAM informou hoje que expandiu o acordo de compartilhamento de voos com a companhia aérea uruguaia Pluna, com a participação da TAM Airlines, sediada em Assunção, Paraguai.

O acordo foi aprovado pelas autoridades dos três países. A operação - que vai ser implementada a partir de 1º de abril - consiste no compartilhamento de voos diários operados pela TAM e pela Pluna entre São Paulo e Montevidéu, além de uma frequência diária que liga Assunção a Montevidéu, por meio da Pluna.

A parceria possibilita oferecer aos clientes na rota entre São Paulo e Montevidéu, a operação da TAM e da Pluna. Com isso serão três frenquências diárias neste trecho. Já na rota que liga as capitais do Uruguai e Paraguai, os passageiros da TAM Airlines poderão voar pela Pluna.

Fonte: InvestNews

Aeroporto de Cabo Frio começa a receber aviões cargueiros vindos de Miami

O Aeroporto Internacional de Cabo Frio (foto acima), na Região dos Lagos, começa a receber, a partir desta segunda-feira, voos cargueiros semanais vindos de Miami, nos Estados Unidos, pela companhia Centurion. Por ter uma posição estratégica, o Terminal de Cargas (TECA) de Cabo Frio serve como base logística para empresas que exploram petróleo e gás nas bacias de Campos, no Norte Fluminense, e Santos, em São Paulo. Anteriormente, esse voo chegava ao Brasil via São Paulo.

Segundo o Secretário de Desenvolvimento de Cabo Frio, Carlos Victor Mendes, o Aeroporto Internacional de Cabo Frio possui a segunda maior pista de pouso do estado e é considerada pelas autoridades aeronáuticas como uma das mais seguras do país.

- A nova rota de transporte de carga aérea Miami-Cabo Frio vem mais uma vez demonstrar que valeram os esforços na ampliação das dimensões da pista do aeroporto, que está em condições de receber qualquer tipo de aeronave. A diminuição de custos com o transporte rodoviário e os transtornos do trânsito em São Paulo e no Rio estão atraindo as empresas para o aeroporto de Cabo Frio - disse o secretário.

Somente neste primeiro voo, serão transportadas cerca de 65 toneladas de equipamentos, com valor estimado em US$ 5 milhões. No próprio terminal, ainda acontecerá todo o processo de "desembaraço" da carga, realizado pela Receita Federal. A movimentação do TECA, que até então só recebia voos cargueiros fretados, responde por 95% da receita média mensal do aeroporto, único sob administração privada com terminais deste tipo no país.

A operadora Costa do Sol, que administra o aeroporto, está investindo R$ 10 milhões para duplicar, até meados de 2009, a área de armazenagem de 45 mil metros quadrados.

Fonte: Paulo Roberto Araújo (O Globo) - Foto: Delta Construções

Anac fará concurso público para 260 vagas

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) deverão realizar, em um prazo de seis meses, novos concursos públicos para contratação de servidores efetivos. Juntos, os dois órgãos deverão oferecer 490 oportunidades para cargos dos níveis médio e superior. A portaria com todas as informações pode ser encontrada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (30/3), na página 93 da primeira seção.

Para o Anac, estão previstas 260 vagas, sendo 200 destinadas ao cargo de especialista (nível superior) e 60 para o cargo de técnico em regulação de aviação civil (nível médio). A remuneração para estes postos varia de R$ 5.234,67 a R$ 10.648. Já para o MPOG serão disponibilizadas 230 chances, todas para o cargo de analista em tecnologia da informação, que exige graduação. Para este caso, o salário é de R$ 2.989,28.

Fonte: Correio Braziliense

Greve na Qantas paralisa aeroportos na Austrália

Uma greve de funcionários da companhia aérea Qantas causou atrasos em aeroportos australianos, afetando tanto voos domésticos quanto internacionais, afirmou a empresa nesta segunda-feira.

Os carregadores de bagagens pararam por quatro horas nos aeroportos de Sydney, Brisbane, Adelaide e Perth em protesto contra a intenção da companhia de terceirizar serviços.

"Essa disputa está claramente trazendo prejuízos à empresa e aos passageiros", afirmou o porta-voz da Qantas, David Epstein. "Nós não temos outra alternativa", afirmou o porta-voz do sindicato Hughie Williams.

Fonte: InvestNews

Portugal: Aeródromo Municipal de Évora equipado com sistema de iluminação noturna

O Aeródromo Municipal de Évora (foto acima) vai passar a operar à noite, depois de instalado um sistema de iluminação nocturna. O presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, explicou que a instalação do sistema de iluminação, depois de devidamente certificado, vai permitir voos nocturnos no aeródromo, localizado na periferia da cidade.

Esta intervenção está englobada no Plano Estratégico de Desenvolvimento do Aeródromo de Évora, que prevê um investimento global de quatro de milhões de euros, tendo a primeira fase ficado agora concluída, depois de investidos 1,5 milhões de euros.

A instalação de um sistema de apoio à navegação aérea e de um grupo gerador, que entra automaticamente em funcionamento quando faltar a electricidade, foram outras das intervenções concretizadas na primeira fase. Além disso, um carro de combate a incêndios, oferecido pelo Aeroporto de Lisboa, e um novo parque de estacionamento e bar são outras das novidades da infra-estrutura aeronáutica.

Segundo o autarca alentejano, as intervenções “visam dotar o aeródromo de melhores condições de segurança para os operadores e mais conforto para o público e visitantes”. “É mais um passo que se dá na concretização do aeródromo como um dos equipamentos estratégicos e importantes para a valorização da nossa cidade”, afirmou José Ernesto Oliveira. Lembrando que “o aeródromo de Évora foi considerado, no ano passado, como o melhor do país”, o presidente do município afirmou que o objectivo é “continuar a ter essa distinção”.

De acordo com o autarca, para o próximo ano, está prevista uma nova fase do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Aeródromo de Évora, que, entre outras intervenções, prevê o alargamento e reforço da pista.

Fonte: Diana FM (Portugal) - Foto: Julio Cesar

Festas e bailes ocupam aeroporto de Corumbá (MS)

Cerimônias de colação de grau, festas de aniversário e até bailes são realizados no saguão de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional de Corumbá, na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul. Os eventos privados foram constatados pelo Ministério Público Federal, conforme informação do procurador da República Carlos Humberto Prola Júnior. Na sexta-feira, ele recomendou ao superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Carlos Alberto Fonseca Rocha, a imediata paralisação dessas atividades.

Júnior explicou que a recomendação é anterior a uma eventual medida judicial que possa ser tomada. O procurador observou não existir norma ou lei para cessão das áreas destinadas aos usuários dos serviços aeroportuários, mas "o procedimento contraria o princípio da legalidade". E acarreta riscos. As denúncias surgiram em outubro, quando ocorreu uma festa que ocupou o saguão.

"Até o pátio de manobra das aeronaves, um lugar de acesso restrito, foi utilizado para fotos da aniversariante, com os holofotes acionados. Dias antes da comemoração, seguranças particulares barraram a circulação no local, para receber o aparato destinado à festa", ressalta documento do Ministério Público Federal. O superintendente da Infraero disse não ter recebido oficialmente o comunicado do procurador, acrescentando que acatará a recomendação. Sobre a renda das festas, afirmou que o dinheiro "é uma receita" da empresa.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo - Foto: Jerônimo Freitas Rodrigues de Carvalho

Iniciadas as obras no aeroporto de Passos (MG)

As obras estão orçadas em mais de 6 milhões de reais

Entrada do Aeroporto de Passos

A pista será alargada dos atuais 23 metros de largura para 30, com expansão de mais 7,5 metros em cada lado para a área de escape, possibilitando a operação de aeronaves do tipo ATR42 - uma aeronave de médio-porte e propulsão turbo-hélice combinada com asas altas, cujo projeto voltado para a utilização tipicamente civil, no transporte regional de passageiros em rotas curtas e médias, contando com as características necessárias de robustez estrutural e conforto para atender a demanda de pequenas e médias companhias aéreas por um tipo de equipamento mais adaptado para operação lucrativa em pequenas e médias localidades, geralmente com pistas de pouso mais curtas e obstáculos próximos das cabeceiras e prolongamentos, exigindo procedimentos de decolagem e aproximação mais complicados.. Além disso, um novo sistema de drenagem da pista será construído tendo em vista a segurança de aviões e passageiros em períodos de chuva.

O Supervisor de Apoio à Empresa da Sictur, Gleisson Oliveira Bueno destaca a qualidade do aeroporto municipal após as obras. “Com a nova sinalização diurna e a implantação da sinalização noturna, nosso aeroporto estará pronto para operar vôos comerciais, trazendo muitos benefícios não só para Passos, mas também para toda região”, afirma o supervisor.

Toda a pavimentação da pista receberá uma camada de 5cm de asfalto. A instalação de rádio-farol e 4500 metros de alambrado garantirão também a segurança do local.

As obras devem durar em torno de 8 meses. Neste período o aeroporto estará fechado para operações.

Fonte: Correio dos Lagos - Foto: Alexandre Bonacini

Empresas esperam expandir os voos em Mato Grosso

Executivos e representantes das empresas aéreas regionais beneficiadas com o corte de 50% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do querosene da aviação falam em expandir os voos para o interior. 'Temos projetos de expandir nossa cobertura para o interior e oferecer alternativas para outras cidades, como Lucas do Rio Verde, Pontes e Lacerda, Sapezal e Sinop ainda este ano', anuncia o representante regional da Cruiser e da OceanAir em Mato Grosso, Odenir Matos.

Atualmente a empresa tem voos para Cuiabá, Juara, Juína e Aripuanã. 'O nosso propósito é ampliar a cobertura e levar um atendimento de qualidade aos passageiros da região', afirma Odenir. Ele acredita que a redução do ICMS sobre o combustível aéreo refletirá diretamente nos investimentos da empresa no Estado.

Segundo o executivo, a medida irá reduzir os custos operacionais das companhias, uma vez que o combustível representa atualmente 38% desses custos. 'O impacto será muito positivo, pois as empresas operam em pistas e aeroportos sem a estrutura adequada, inclusive em relação à questão do controle aéreo. As empresas que voam pela região amazônica precisam de alíquotas diferenciadas para compensar estes custos', afirma o representante da Cruiser, lembrando que a companhia é a única autorizada em pousar em pistas não pavimentadas em Mato Grosso.

A Trip Linhas Aéreas também aposta na expansão dos voos no Estado. 'Atendemos atualmente as cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta e estudamos expandir nossas linhas para outras cidades. A nossa prioridade é tornar os voos para Sinop e Alta Floresta diretos, sem escala', afirma o diretor de Marketing e Vendas da Trip, Evaristo de Paula. Segundo ele, a companhia está próxima de começar uma 'política de redução nos custos das passagens compradas antecipadamente'.

Na avaliação do secretário de Desenvolvimento do Turismo, Yuri Bastos, a redução da alíquota sobre o querosene da aviação irá estimular os investimentos na abertura de novas rotas locais, com benefício direto para o setor turístico do Estado.

'Esta é uma oportunidade para cidades como Cáceres, Barra do Garças, entre outras, cobrarem cobertura aérea. Várias cidades de Mato Grosso com ótimo potencial turístico acabam não recebendo visitantes por falta de acesso rápido. Já na próxima semana estaremos estudando novas rotas. Estes protocolos que estamos assinando com as companhias aéreas são decisivos para fortalecermos a aviação do Estado'.

Fonte: Diário de Cuiabá

Completa 80 anos o primeiro pouso de avião em Cuiabá

Cuiabanos se reuniram em campo de pouso improvisado para assistir ao primeiro pouso de um avião na capital.

Um Avro Avian semelhante ao utilizado no 1º pouso de um avião em Cuiabá

Já se passaram 80 anos. Cerca de dois mil cuiabanos se reuniram em uma chácara onde hoje é o bairro Pico do Amor, nas proximidades da avenida Fernando Corrêa da Costa. Lá existia uma fábrica de sabão e, nos fundos, uma grande área de 400m por 200m. O local fica perto de onde hoje existe o viaduto da avenida Miguel Sutil. Quando o Avro Avian Cirrus III pousou, a população vibrou. E os pilotos Antônio Reynaldo Gonçalves e Vasco Cinquini entraram para a história da aviação em Mato Grosso.

A aventura começou pouco antes, quando o então presidente da Província de Mato Grosso, Mário Corrêa, um dos maiores incentivadores da aviação no Estado, anunciou um prêmio em dinheiro ao primeiro piloto que pousasse com seu avião em solo cuiabano. A primeira dupla que se preparou para a empreitada era formada pelos pilotos Hans Gusy e Antônio Lisboa. Eles anunciaram que fariam o primeiro voo a Cuiabá, com pouso previsto para os dias finais do mês de março de 1929. Os cuiabanos esperaram por Hans e Lisboa naquela tarde do dia 28 de março, mas acabaram aplaudindo foi Cinquini e Reynaldo. Um problema no avião de Hans lhes custou dias de atraso, o prêmio anunciado por Mário Corrêa e páginas em livros de história.

Antônio Reynaldo Gonçalves era capitão-aviador da Aviação da Força Pública do Estado de São Paulo. Vasco Cinquini era aviador e mecânico. Eles partiram de Santos (SP) no biplano Avro Avian com um motor de 90 hp ADC Cirrus III, que alcançava a velocidade máxima de cerca de 156 km/h. Os dois fizeram três escalas antes de desembarcar na capital mato-grossense. Passaram por Três Lagoas (MS) e Campo Grande (MS). Também estava previsto pouso em Corumbá, mas a cidade não possuía campo de aviação e por isso a última escala foi em Puerto Suarez, na Bolívia.

O pouso do Avro Avian comandado por Reynaldo e Cinquini foi pontualmente às 17h30 do dia 28 de março de 1929. Os dois foram recebidos com festa pelo presidente Mário Corrêa, que deu o prêmio anunciado: 20 contos de réis. Vasco Cinquini teria doado parte do dinheiro à Santa Casa de Misericórdia. No dia 1º de abril, às 15h30, pousava o avião de Hans Gusy e Antônio Lisboa. Naquele mesmo dia, duas horas mais tarde, Dom Aquino Corrêa batizou o avião de Cinquini com o nome 'Mato Grosso'.

Bandeirantes do ar

A façanha de Reynaldo e Cinquini foi registrada e publicada em um jornal paulista em março daquele ano. O periódico destacava a viagem dos dois pilotos que "cortavam o espaço em linha reta fazendo a trajetória das bandeiras, onde há dois séculos mostraram ao mundo a terra da fartura onde o ouro recama o solo". O trecho foi citado no livro "Mato Grosso Voa", do mato-grossense Marco Aurélio Corrêa Pacheco. O autor, também piloto, conta no livro a história da aviação no Estado.

Gusy e Lisboa partiram do Rio de Janeiro em uma aeronave Klemm L-20 e só não chegaram antes a Cuiabá devido a um acidente sofrido por eles em Mogi das Cruzes (SP). O motor do avião deles falhou logo após a decolagem e a dupla foi obrigada a fazer um pouso forçado. O impacto acabou causando problemas na hélice e também em uma das rodas do trem de pouso. O acidente provocou um atraso na viagem e Gusy e Lisboa acabaram sendo 'ultrapassados' por Reynaldo e Cinquini nessa corrida por Cuiabá. O fato foi publicado no jornal "A Notícia", de Três Lagoas, em março daquele ano.

Os pilotos permaneceram em Cuiabá por dois ou três dias após o voo histórico. Aproveitaram o período para realizar voos panorâmicos pela cidade, para deleite da população cuiabana. Em seguida, deixaram Cuiabá em direção ao Rio de Janeiro. Posteriormente, Vasco Cinquini vendeu o avião 'Mato Grosso' para a Força Pública por 30 contos de réis.

Primeiro sobrevoo

Reynaldo e Cinquini foram os primeiros a pousar em solo cuiabano, mas dois anos antes outro avião já riscara os céus mato-grossenses. O marquês italiano Francisco de Pinedo pilotou um hidroavião Savóia Marchetti S.55, chamado Santa Maria, e passou por Cáceres também em março, mas do ano 1927. Ele estava em viagem pela América do Sul e saíra de Assunção, no Paraguai. Em Cáceres, recebeu homenagens das autoridades locais naquela oportunidade.

Fontes: ExpressoMT / tvca - Foto: airwaveyachts.com.au

Iraqi Airways faz primeiro vôo à UE em quase 19 anos

A companhia aérea nacional do Iraque Iraqi Airways realizou na última sexta-feira seu primeiro vôo para a União Européia (UE) depois de quase 19 anos, cobrindo o trecho que vai de Bagdá a Estocolmo via Atenas, anunciou no sábado o ministério dos Transportes iraquiano.

"O ministro dos Transportes Amr Abdel Jabar Ismail foi na sexta-feira a bordo da aeronave, que fez uma escala na capital grega. Lá, se encontrou com autoridades para conversar sobre o desenvolvimento das relações bilaterais", informou o ministério em um comunicado. Depois, Ismail seguiu para Estocolmo.

Como consequencia de um embargo internacional imposto quando as tropas iraquianas de Saddam Hussein invadiram o Kweit, em agosto de 1990, os aviões da Iraqi Airways foram obrigados a permanecer no chão, até a invasão do Iraque em 2003.

A partir de então, os aviões da companhia retomaram seus vôos, principalmente para os países árabes, além de Irã e Turquia. Segundo o comunicado, a Iraqi Airways planeja estabelecer rotas aéreas regulares para Alemanha, Índia, Qatar e Barein.

Fonte: InvestNews (com agências internacionais)

Turismo espacial é cancelado até segunda ordem

Os multimilionários que quiserem comprar um bilhete de ida e volta com destino a uma plataforma espacial terão que esperar até que se construa uma nova nave russa Soyuz, projetada especialmente para turistas espaciais.

O magnata americano do mercado da informática Charles Simonyi, que se encontra agora a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) foi o último felizardo a viajar para "a cidade das estrelas" como visitante.

Além disso, Simonyi, que pagou US$ 35 milhões por uma passagem para a Soyuz, foi o único turista dos seis que pisaram na ISS desde 2001 que pôde repetir a experiência.

Quando retornar à Terra, no dia 7 de abril, a Estação Espacial será fechada por vários anos para os curiosos por este excêntrico tipo de turismo, não importa quantos milhões paguem.

"O turismo espacial é uma atividade complicada. Sinto, mas temos que construir a ISS não para os turistas, mas para satisfazer as necessidades dos habitantes da Terra", disse Vitali Lopota, presidente da firma aeroespacial Energuia.

A Rússia recorreu ao turismo espacial no início desta década devido à grave crise de financiamento que afetou seu programa especial após a queda da União Soviética, primeira potência a enviar um homem ao espaço, em 1961.

No início, a decisão russa de enviar turistas para o espaço foi muito mal recebida pela agência espacial americana, Nasa, que achava que a presença de turistas na plataforma distrairia os astronautas.

Agora, porém, segundo o diretor da Agência Espacial Russa (Roscosmos), Anatoli Perminov, a razão para suspender as visitas é a falta de espaço.

Perminov explicou que, "segundo os acordos internacionais, quando se lançarem os módulos japoneses e europeus, a tripulação (da ISS) deverá ser de seis pessoas (...), por isso não há lugar para turistas espaciais".

Em maio, três novos astronautas se juntarão à atual expedição número 19 da ISS para formar a primeira tripulação ampliada de seis pessoas.

A decisão de ampliar o pessoal da estação deve-se aos atrasos na construção da plataforma, projeto iniciado em 2000, com a participação de 16 países.

Além disso, também se duplicarão os lançamentos de foguetes Soyuz, de dois para quatro por ano, já que ela será o único veículo de revezamento de tripulações da ISS depois que as naves americanas saírem de serviço, em 2010.

O consórcio russo Energuia, o encarregado da construção dos foguetes Soyuz, apontou em 2008 que se o programa espacial russo recebesse o financiamento necessário, já não teria que recorrer ao turismo como fonte de renda.

No entanto, a crise financeira também afetou a pesquisa espacial, motivo pelo qual a Energuia se mostra agora disposta a assumir um novo pedido.

O chefe do programa de voos da Roscosmos, Alexei Krasnov, afirmou -após o acesso, no sábado, de Simonyi à plataforma- que a nova Soyuz para turistas espaciais poderia estar pronta "em 2012 ou 2013", segundo a agência "Interfax".

Por sua vez, Lopota estimou que a Energuia poderia construir a nova Soyuz em "dois anos e meio, três anos", mas ponderou este prazo, devido à atual restrição de crédito.

Não em vão, cerca de 30% do dinheiro investido na construção das naves Soyuz e dos cargueiros Progress procede de créditos bancários, acrescentou.

Em qualquer caso, a Roscosmos cogita outras alternativas para os interessados: a compra de uma nave espacial.

"Se um multimilionário russo ou estrangeiro tiver um irresistível desejo de viajar pelo universo e morar por uma semana na ISS, pode adquirir uma Soyuz", assinalou Vitali Davidov, subdiretor da Roscosmos.

Davidov reconheceu que uma Soyuz custaria "muito dinheiro", por isso, além dos turistas, empresas e Governos também poderiam adquirir as naves com o objetivo de desenvolver seus respectivos programas espaciais.

O primeiro turista a viajar à ISS foi o americano Dennis Tito, antigo cientista da Nasa, que visitou a plataforma em maio de 2001, e confessou que não era preciso ser um "super-homem" para "voar pelo espaço".

Segundo uma pesquisa recente, 29% dos russos gostariam de viajar ao espaço como turistas, embora reconheçam que não têm dinheiro para pagar a passagem.

Fonte: EFE via Abril.com

Congressista tem direito a até 1 bilhete aéreo por dia

Verba permite compra de mais de 30 bilhetes ida e volta por mês de Brasília a Estados

54 congressistas têm cota adicional de até R$ 13 mil; em 2008, Câmara gastou R$ 80 mi com passagens; Senado não revela valor

RANIER BRAGON
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Em meio a muito sigilo, desvio de finalidade e suspeita de irregularidade, o Congresso Nacional destina mensalmente aos 594 deputados federais e senadores uma cota para compra de passagens aéreas que, em alguns casos, permite a aquisição todo mês de mais de 30 bilhetes de ida e volta entre Brasília e o Estado de origem.

Criada originalmente para permitir ao congressista quatro deslocamentos mensais ao Estado, a cota aérea é paga conforme o Estado do parlamentar e se ele ocupa ou não posto de destaque nas duas Casas. Na atual legislatura, o valor varia de R$ 4.700 a R$ 33 mil.

Em 2008, a Câmara desembolsou R$ 80 milhões sob essa rubrica. O Senado, bombardeado nas últimas semanas por denúncias de mau uso dessa e de outras verbas de apoio ao trabalho parlamentar, se recusou a fornecer o dado à Folha.

Ao longo da semana passada, a Folha coletou informações nos gabinetes das duas Casas e apurou que a cota é alvo de desvirtuamento, como a distribuição de passagens a eleitores.

Na Câmara, a verba fixa varia de R$ 4.700 a R$ 18,7 mil. No Senado, de R$ 13 mil a R$ 25 mil. As duas Casas remuneram os parlamentares do Distrito Federal -que não precisam voar para suas bases.

Além disso, um grupo de 54 congressistas -integrantes da Mesa, seus suplentes e os líderes partidários- tem direito a um repasse adicional, que pode chegar a R$ 13 mil.

Neste grupo está o senador Adelmir Santana (DEM-DF), suplente da Mesa do Senado. Apesar de morar em Brasília, recebe a cota aérea. "Não usarei, a não ser que aconteça alguma coisa inusitada."

Tarifas

A Folha consultou as tarifas médias das principais companhias aéreas do país, TAM e Gol, usando como critério valores médios da tarifa para compra com um dia de antecedência, e constatou que, em média, os deputados conseguiriam adquirir 13 passagens ida e volta/ mês, e os senadores, 17.

No caso de Goiás, por exemplo, a cota da Câmara (R$ 9.172) permite a compra de 25 passagens pela tarifa média de R$ 368 (ida e volta). Por serem líderes de bancada, Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Sandro Mabel (PR-GO) têm direito a adicional de R$ 4.700. Poderiam comprar até 38 passagens de ida e volta/mês, pela tarifa média, não promocional.

Os três senadores do Piauí, todos eles integrantes da Mesa do Senado, têm direito cada um a cerca de R$ 28 mil, o que equivale a 27 passagens de ida e volta entre Teresina e Brasília.

"Não sei nem de quanto é essa cota. Sei que existe, mas não sei exatamente quanto é. Só sei que, se tiver necessidade, eu vou usar, mas até agora não precisei", afirmou Marcelo Ortiz (PV-SP), que, por ser suplente da Mesa Diretora da Câmara, tem à disposição um acréscimo mensal de R$ 4.700 à sua cota de R$ 10,6 mil.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), tem cota de R$ 23,7 mil (abriu mão dela desde fevereiro, pois lhe é permitido o uso de avião da Força Aérea Brasileira). José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, tem R$ 33 mil.

Além do alto valor, a Folha constatou que não há fiscalização sobre o uso da verba. O congressista emite a passagem no nome de quem quiser e não precisa prestar contas. "O controle é do parlamentar", confirmou Odair Cunha (PT-MG), terceiro-secretário da Câmara, responsável pela administração da cota dos deputados.

Questionadas pela Folha, as duas Casas afirmam estudar mudanças no sistema de controle. O Senado tende a formalizar a permissão para doação de passagens. Na Câmara, a diretoria geral fala em combater a comercialização da verba. "Tem procedimento no Ministério Público federal que aponta nesse sentido", disse Cunha.

Supremo

O STF (Supremo Tribunal Federal) analisa desde 2008 a suspeita de que três deputados federais usavam uma agência de viagens de Maringá para vender suas passagens. O caso corre sob segredo de Justiça, no gabinete do ministro Cezar Peluso, e o único acusado que ainda permanece com o mandato é Luiz Bittencourt (PMDB-GO).

Também é comum que deputados e senadores distribuam bilhetes. "É normalíssimo isso. Um doente, por exemplo, que tem que sair do Pará para se tratar aqui em Brasília pede a passagem. Aqui e acolá, e ele é atendido", disse o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA).

"É a nossa cota de economia para ajudar à sociedade", afirma Nazareno Fonteles (PT-PI), que ajudou uma professora do Piauí que precisava ir ao Rio Grande do Sul por causa de sua tese de doutorado. "Não é um benefício só para ela, mas para a universidade pública."

Odair Cunha não concorda com essa prática: "Não compreendo isso como atividade parlamentar". O Ministério Público do DF também investiga o uso da cota pela senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) para levar conhecidos de São Luís para Brasília. O Senado diz que nada a impede de fazer isso. Ela só não poderia sortear ou vender os bilhetes.

O ato que regula a verba no Senado, de 1988, prevê como parâmetro de cálculo quatro passagens ida e volta ao Estado de origem, uma passando pelo Rio de Janeiro, e uma última de ida e volta ao Rio.

A única explicação para a inclusão obrigatória do Rio é o fato de a cidade ter sido a capital do país a 49 anos atrás.

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo

Achado corpo de vítima de helicóptero caído na Turquia

O corpo de um jornalista que estava a bordo de um helicóptero que caiu na semana passada na região central da Turquia foi encontrado hoje no interior de uma caverna coberta de neve perto do local da tragédia, informou a agência de notícias Anatólia. O corpo de Ismail Gunes foi localizado cinco dias depois da queda do helicóptero, provavelmente causada pelo mau tempo nas montanhas da região central do país.

Gunes foi o autor de um telefonema no qual contou ter ficado preso entre as ferragens e com um pé quebrado. Ele relatou ainda que estava congelando e que todos os outros passageiros pareciam ter morrido. Os corpos das outras cinco pessoas que estavam a bordo da aeronave foram encontrados no sábado.

Fonte: AP via Agência Estado

O novo visual da Estação Espacial Internacional

Esta é a primeira fotografia da Estação Espacial Internacional (ISS) depois de finalizada a missão STS-119, do ônibus espacial Discovery, quando foi instalado o seu último segmento central e o quarto conjunto de painéis solares.

A foto foi tirada por tripulantes do Discovery logo depois da desacoplagem com a Estação. O aumento nas dimensões facilita a visualização da ISS a partir do solo, o que pode ser feito com pequenos telescópios.

Além da instalação do último segmento e dos painéis solares, a missão serviu também para testar um equipamento inédito de proteção planetária, que evitará que os astronautas levem microorganismos que poderiam contaminar as areias de Marte, em um futura missão que a NASA espera realizar por volta de 2030.

Fonte: Site Inovação Tecnológica - Foto: NASA

Impasse entre Infraero e Anac ameaça Pampulha

Desencontro entre Infraero e Anac sobre aeronaves maiores para o aeroporto, que não tem infraestrutura adequada, ameaça a expansão socioeconômica da Região Norte de BH

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Correspondência do governador Aécio Neves (PSDB) ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, da qual o Estado de Minas obteve cópia, revela que as instituições federais Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divergem frontalmente sobre a destinação do aAeroporto da Pampulha. A Infraero quer manter o impedimento operacional a voos com mais de 50 passageiros, enquanto a Anac estuda eliminar as restrições de infraestrutura do aeroporto para “maximizar o seu aproveitamento”. O governador não quer nem ouvir falar no estudo da Anac, por jogar por terra o seu programa de governo, o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI).

Enquanto a Infraero defende a manutenção das restrições e a operação do aeroporto da Pampulha nos moldes atuais, até que promova os melhoramentos necessários à sua modernização (de quatro a cinco anos), a Anac argumenta que o terminal urbano opera abaixo de sua capacidade, o que justificaria a volta dos voos transferidos para Confins em 2005. “Isso é uma falácia”, afirma o subsecretário de Assuntos Internacionais e Unidade Parceria Público-Privada (PPP) do governo estadual, Luiz Antonio Athayde. “O movimento de aviões é praticamente o mesmo do aeroporto de Confins, que fez 60 mil ciclos (pousos e decolagens) em 2008, contra 58 mil na Pampulha”, informa, para demonstrar que o uso dos dois terminais tem a mesma ordem de grandeza adequada às suas condições operacionais.

A divergência federal e a tendência do governo Lula, já manifestada pelo ministro Jobim, em fechar questão com a Anac, põem sob risco de esvaziamento a execução do projeto de expansão socioeconômica da região geográfica denominada pelo governador e autoridades aeronáuticas de Vetor Norte. No projeto, o governo mineiro já disponibilizou quase R$ 1,4 bilhão em investimentos – mais de R$ 400 milhões na via expressa conhecida como Linha Verde (Centro de BH a Confins) e R$ 948 milhões na Cidade Administrativa, a nova sede do governo estadual, no Bairro Serra Verde. E novos investimentos na região estão previstos este ano para conclusão do contorno norte do aeroporto de Confins, que faz a ligação da MG-010 à MG-424. No local será construída uma interseção com a ligação local de acesso ao aeroporto.

Para Athayde, a infraestrutura da Pampulha não permite o atendimento a voos da malha aérea nacional, feitos, entre outros aviões, por aeronaves como o Boeing 737 e Airbus 320, de 170 a 180 passageiros. “Queremos que a Anac respeite o que assina”, afirma Athayde, citando documento da própria agência, ao qual o EM também teve acesso. Nele, a agência reconhece: “O aeroporto da Pampulha tem severas limitações operacionais para operação frequente de aeronaves com mais de 100 assentos”.

Na mesma carta, a Anac informa, no entanto, que vai respeitar as restrições – o que conflita com a intenção de abrir o aeroporto à malha aeroviária nacional, segundo Athayde. Consultado, o ministro Nelson Jobim não se pronunciou. Por aguardar manifestação de Jobim, o Palácio da Liberdade também preferiu não comentar o assunto.

Fonte: Márcio de Morais (Estado de Minas)

Cientistas questionam danos de sondas na Lua

A maior parte do veículo, uma espaçonave do tamanho de um utilitário, deve ser vaporizada no impacto - Imagem: Reprodução

A colisão no satélite da Terra deve desalojar 220 toneladas de material - Foto: Getty Images

O Satélite de Observação e Sensoreamento de Crateras da Lua (LCROSS) criará um buraco de 30 metros de diâmetro na superfície da Lua - Imagem: Nasa/National Geographic

A poeira levantada pela colisão deliberada entre o veículo orbital lunar chinês Chang'e-1 e a superfície da Lua, em 1° de março, nem bem assentou. Mas cientistas da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) já estão preparando uma nova sonda que colidirá com o satélite da Terra, na esperança de desalojar a camada de gelo lunar.

A nova missão da Nasa, cujo lançamento está marcado para abril, vai levar adiante uma tradição criada décadas atrás, de perturbar a Lua em nome da ciência - e alguns especialistas estão pedindo mais cautela no futuro.

Conhecida como Satélite de Observação e Sensoreamento de Crateras da Lua (LCROSS), o veículo da Nasa criará um buraco de 30 metros de diâmetro na superfície da Lua, e a colisão deve desalojar 220 toneladas de material.

Impactos violentos como esses não são incomuns - a superfície lunar já está marcada pelos destroços de mais de duas dezenas de veículos orbitais, sondas e veículos lunares lançados desde os anos 60.

Mas à medida que a nova corrida espacial internacional se aquece, surge um crescente movimento cujo objetivo é procurar equilibrar a ambição científica e suas possíveis consequências. "Sempre que você provoca uma colisão, obviamente você destrói alguma área da superfície lunar ao conduzir seu estudo, e isso não é bom", disse Gary Lofgren, curador das amostras lunares da Nasa.

No ano passado, o comitê de pesquisa espacial do Conselho da Ciência impôs novos requerimentos de documentação para manter a credibilidade de futuras descobertas na Lua.

"É necessário compreender que materiais o veículo levou com ele, ante os materiais que foram depositados lá naturalmente", disse Catharine Conley, encarregada de proteção planetária da Nasa.

Simplesmente um ferimento superficial?

O Lunar Reconnaissance Orbiter, uma espaçonave do tamanho de um utilitário, deve ser lançado em 24 de abril, e ao final de sua missão deve enviar o veículo de colisão para se chocar contra a superfície da Lua no começo de agosto. Os telescópios mundiais estarão observando o ponto de impacto para obter imagens dos destroços, e existe uma chance de que os astrônomos amadores consigam ver a nuvem de poeira com seus telescópios caseiros.

Funcionários da Nasa dizem que o LCROSS tem uma função vital para determinar o futuro da exploração lunar. Caso a colisão confirme que existem reservatórios de gelo na Lua, esses recursos de água poderiam servir para sustentar bases que, no futuro, seriam usadas em programas espaciais que podem levar seres humanos a Marte ou mais além.

Quando ao lixo deixado pela colisão, a maior parte do veículo deve ser vaporizada no impacto, disse Grey Hautaluoma, um porta-voz da Nasa, e o combustível do veículo seria ejetado antes do impacto de modo a evitar contaminar os dados obtidos sobre a nuvem de detritos.

Vale o preço?

De acordo com Lofgren, o curador de amostras lunares, quaisquer danos que venham a ser infligidos contra a Lua seriam um preço pequeno a pagar por décadas de resultados propiciados pela ciência lunar.

No momento, restos de naves espaciais ocupam apenas uma pequena porção da superfície da Lua. Além disso, meteoros em geral se chocam com a Lua em velocidade de cerca de 25 quilômetros por segundo, o que causa danos à superfície lunar. Em sua maior parte, os impactos causados por seres humanos atingem a Lua com um décimo dessa velocidade.

"A colisão vai simplesmente espalhar coisas", ele disse. "Não haverá vaporização de materiais. Não haverá derretimento de rochas". E porque a Lua não tem atmosfera ou vento, os detritos não se deslocarão e contaminarão outros locais. "Serão apenas pedaços de metal repousando na superfície", ele disse.

Conley, a encarregada de proteção planetária, apontou que a proteção contra contaminação na Lua - onde nenhuma forma conhecida de vida poderia sobreviver - jamais seria tão severa quanto em planetas potencialmente habitáveis, a exemplo de Marte.

As espaçonaves da Nasa que se dirigem a Marte são meticulosamente esterilizadas, e já estão sendo desenvolvidos planos para quarentena rigorosa de quaisquer amostras marcianas que possam no futuro vir a ser trazidas à Terra.

Fonte: National Geographic via Terra - Tradução: Paulo Migliacci - Imagem: Nasa/National Geographic