Mostrando postagens com marcador Viagem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Viagem. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Este é o pior lugar para se sentar em um avião, dizem especialistas

Você pode conferir aqui o que as estatísticas dizem sobre o lugar mais seguro no avião.


Se você está um pouco apreensivo, é bem provável que em mais de uma ocasião, voando, você tenha considerado em qual assento de todo o avião você estaria mais seguro (ou mais propenso a sobreviver).

Talvez você já tenha ouvido que é atrás da asa, perto da saída de emergência para poder fugir em caso de pura necessidade, ou talvez no fundo. Ou talvez, para aliviar e acalmar seus medos, você se convenceu de que não existe lugar mais seguro que outro, é verdade?

Não se preocupe, porque mais pessoas do que você já questionaram a mesma coisa. Em 2007, a revista ‘Popular Mechanics’ analisou dados de acidentes de avião desde 1971 em que houve sobreviventes e também mortes fatais, e para realizar o levantamento eles tiveram acesso a assentos de passageiros. Quem você acha que foram os sortudos que conseguiram sobreviver?

Onde voar? Qual o assento mais seguro?

Talvez você já soubesse: os passageiros que estão nos assentos que ficam na parte de trás do avião, ou seja, atrás das asas, têm 69% de chance de sobreviver em caso de acidente, enquanto aqueles que estão localizados nos assentos que ficam na frente das asas do avião, têm apenas 56%.

Os assentos da frente (especificamente os 15 primeiros) oferecem apenas 49% de chance de sobrevivência.

Em 2015, outra análise foi realizada pela revista Time , que levou dados focados em acidentes nos Estados Unidos de 1985 até o presente. Mais uma vez, eles tiveram acesso a dados de passageiros e assentos e os resultados… foram bastante semelhantes aos do estudo anterior.

Novamente, a frente dos aviões tem mais probabilidade de morrer, em comparação com a parte traseira do avião. Esta investigação, além disso, também concluiu que os passageiros que se sentam em áreas voltadas para o corredor (na parte traseira) são os menos propensos a morrer, apenas 28%.

Mas também não há necessidade de se alarmar. As estatísticas mostraram em inúmeras ocasiões que o avião é o meio de transporte mais seguro que existe (na verdade, fica atrás apenas do elevador, como você pode conferir aqui) e seus assentos, apesar do que possamos acreditar, devem atender às normas de segurança e suportar 16 vezes a força da gravidade. Além disso, devem ser feitos com tecidos especiais e um material que não emite fumaça tóxica.

Via Rotas de Viagem - Imagem: Reprodução

sábado, 29 de novembro de 2025

Veja as rotas aéreas nacionais e internacionais com mais atrasos no Brasil

Avião decolando do Aeroporto de Guarulhos (Imagem: Alexandre Saconi)
Perto do fim do ano, os aeroportos costumam ficar mais lotados, causando uma série de transtornos. O aumento na operação também leva a eventuais atrasos na operação.

Você sabe quais são os voos mais atrasados do Brasil? A pedido do UOL, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) fez um levantamento com dados como atrasos, cancelamentos e duração total dos atrasos em rotas dentro do Brasil ou internacionais ligando o país a outro mundo afora.

Nesta reportagem, compilamos a lista dos 10 voos domésticos e os 10 voos internacionais mais atrasados. Veja a seguir.

Voos domésticos


Veja o ranking dos voos domésticos com mais atrasos proporcionais:
  1. Florianópolis - Santa Maria (RS): 58,82% dos 68 voos realizados decolaram com atraso
  2. Manaus - Apuí (AM): 44,05% dos 84 voos realizados decolaram com atraso
  3. Florianópolis - Pelotas (RS): 34,78% dos 69 voos realizados decolaram com atraso
  4. Apuí (AM) - Manicoré (AM): 32,14% dos 84 voos realizados decolaram com atraso
  5. Confins (MG) - Paracatu (MG): 29,07% dos 86 voos realizados decolaram com atraso
  6. São Paulo (Congonhas) - Santana do Paraíso (MG): 27,74% dos 155 voos realizados decolaram com atraso
  7. Parnaíba (PI) - Barreirinhas (MA): 27,27% dos 33 voos realizados decolaram com atraso
  8. Confins (MG) - Salinas (MG): 25,71% dos 140 voos realizados decolaram com atraso
  9. Santana do Paraíso (MG) - São Paulo (Congonhas): 25,16% dos 155 voos realizados decolaram com atraso
  10. São Paulo (Congonhas) - Presidente Prudente: 24,91% dos 82 voos realizados decolaram com atraso

Voos internacionais


Veja, agora, o ranking com os voos internacionais com mais voos atrasados:
  1. Rio de Janeiro (Galeão) - Dallas, Texas (EUA): Todos os 123 voos realizados decolaram com atraso
  2. Cochabamba (Bolívia) - Guarulhos (SP): 69,12% dos 136 voos realizados decolaram com atraso
  3. Madrid (Espanha) - Campinas (SP): 58,97% dos 78 voos realizados decolaram com atraso
  4. Paris (França) - Fortaleza: 50% dos 190 voos realizados decolaram com atraso
  5. Salvador - Paris (França): 47,86% dos 140 voos realizados decolaram com atraso
  6. Rio de Janeiro (Galeão) - Nova York (EUA): 43,9% dos 246 voos realizados decolaram com atraso
  7. Porto (Portugal) - Campinas (SP): 41,18% dos 51 voos realizados decolaram com atraso
  8. Lisboa (Portugal) - Campinas (SP): 41% dos 600 voos realizados decolaram com atraso
  9. Newark, Nova Jersey (EUA) - Guarulhos (SP): 40,46% dos 351 voos realizados decolaram com atraso
  10. Chicago, Illinois (EUA) - Guarulhos (SP): 35,8% dos 352 voos realizados decolaram com atraso

Quais foram os critérios adotados?


O levantamento levou os seguintes critérios para ser elaborado pela agência:
  • Voo atrasado é aquele que chega ao destino com 30 minutos ou mais de atraso em relação ao horário programado;
  • O índice é calculado sobre o total de voos realizados, ou seja, os planejados desconsiderando os cancelados;
  • O período abrangido se refere aos últimos 12 meses;
  • As informações foram compiladas pela Anac com dados fornecidos pelas próprias empresas nos sistemas da agência.
Para isso, foram considerados apenas:
  • Voos regulares de passageiros com ligação direta entre os aeroportos (sem escalas);
  • Mínimo de 52 operações anuais por sentido (média superior a um voo por semana);
  • Apenas um sentido (não foi considerado a ida somada à volta).
Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)

Entenda como as novas regras de bagagem vão afetar suas viagem de avião

Nova lei já aprovada na Câmara e no Senado garantirá ao passageiro o direito de transportar uma mala de até 23 kg no avião, sem custo adicional.

(Foto: Adobe Stock)
Quem viajou de avião nos últimos anos viu as companhias aéreas tendo cada vez mais liberdade para oferecer bilhetes com cobranças diferenciadas para a mala despachada e, mais recentemente, até mesmo a bagagem levada a bordo. Mas um projeto de lei está prestes a reverter essa situação.

O texto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, garante que cada passageiro possa despachar uma mala de até 23 kg sem custo adicional, tanto em voos nacionais como internacionais. Em trechos domésticos, também será proibido cobrar pelo transporte de um item de bagagem de mão de até 12 kg, conforme a proposta.

Esse movimento do Poder Legislativo veio como uma resposta aos consumidores, insatisfeitos com bilhetes cada vez mais restritivos e, pior, sem a esperada contrapartida de preços mais baixos. Caso o texto seja mantido pelo Senado e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os passageiros poderão, ainda, fazer a marcação de assento na aeronave sem pagar por isso.

Outra mudança será o fim do cancelamento automático do trecho de volta quando o consumidor deixa de embarcar no voo de ida, como ocorre hoje.

Mas, se a promessa no passado era de que menos benefícios possibilitariam tarifas mais baratas, será que impor coberturas obrigatórias pode ter o efeito inverso, fazendo os preços subirem ainda mais? O Viva conversou com especialistas para entender como essas mudanças poderão impactar a experiência dos passageiros, dos valores cobrados pelas companhias aéreas à qualidade do serviço prestado.

O que muda na vida dos passageiros?


Caso o PL seja sancionado pelo presidente Lula, o consumidor passa a ter direitos garantidos por lei, com força maior que a de resoluções administrativas. O texto prevê:Despachar gratuitamente uma mala de 23 kg;

Levar na cabine uma bagagem de mão de até 12 kg e mais um item pessoal (bolsa ou mochila);

Além disso, na reserva ou no check-in, escolher um assento comum sem pagar por isso - a cobrança será possível apenas sobre os chamados "assentos conforto", mais espaçosos.

“Esses pontos reduzem práticas consideradas abusivas e tiram do passageiro o medo da cobrança surpresa no portão de embarque”, afirma o advogado Marco Antonio Araújo Júnior, que preside a Comissão Especial de Direito do Turismo, Mídia e Entretenimento do Conselho Federal da OAB.

Ao mesmo tempo, haverá um efeito colateral: com a proibição da cobrança de taxas pelas malas, o volume de bagagem levado pelos passageiros vai aumentar drasticamente. “Quanto mais bagagem, maior o tempo em solo e maior o custo da operação. Isso exige mais tempo de carregamento e descarga, pode gerar atrasos e pressiona os custos operacionais das companhias”, acrescenta Araújo.

Os preços das passagens vão subir?


Em um primeiro momento, a tendência é que sim, e por duas razões. Uma, já apontada acima, é a elevação de custos causada pelo aumento na quantidade e peso de volumes embarcados e transportados.

Outro impacto financeiro que as aéreas sentirão é justamente o fim da receita que elas até então ganhavam cobrando para transportar as malas. “Elas ganharão menos dinheiro vendendo bagagens despachadas. E repassarão esse prejuízo para todo mundo, diluindo-o nas passagens de todos. Assim, ficaremos com tarifas ainda mais caras”, prevê Rodrigo Alvim, advogado especialista em direitos dos passageiros aéreos.

Regras para voos domésticos e internacionais


Se o texto passar sem alterações, haverá uma diferença em relação ao transporte da bagagem de mão. Isso porque o projeto impõe o transporte sem custo em voos domésticos, mas não nos internacionais. O que dá uma brecha para que, nesses últimos, ainda existam tarifas em que a bagagem de mão seja cobrada à parte.

Para Araújo, um cenário como esse traz pouca clareza, penalizando o consumidor pela complexidade e aumentando o risco de questionamentos na Justiça. “Nesse cenário, o passageiro pagaria bagagem em um trecho e teria gratuidade no outro. Regras diferentes para rotas diferentes criam insegurança jurídica e afastam o princípio da transparência. O consumidor tem direito a saber exatamente o que está contratando”, justifica.

Alvim defende que levar bagagem de mão sem custo adicional é um direito básico de todo passageiro; já mala despachada, não.

Nem todo mundo viaja com uma mala despachada. Não acredito que seja essencial que todos tenham direito a despachar mala sem custo. Se você quer levar mais coisas, o normal é que você pague a mais, não é? Isso ocorre porque você está ocupando um espaço em uma aeronave que obtém a maior parte de sua receita transportando carga e não pessoas”, pondera o advogado.

As novas mudanças são boas para o mercado?


Se, por um lado, o projeto de lei se empenha em proteger o passageiro, por outro é incompleto em relação à sustentabilidade do setor, explica Araújo. “O projeto atende ao consumidor, mas não apresenta mecanismos de equilíbrio econômico. Não há previsão de indicadores de eficiência, transparência tarifária obrigatória ou acompanhamento de custos pela ANAC. Ou seja, o risco é a companhia aérea jogar o custo de volta na tarifa. Direito sem viabilidade econômica vira fraude regulatória: a regra existe, mas é compensada por outro lado”, alerta o especialista.

Outro grande problema das novas regras é que, ao impor coberturas obrigatórias, elas acabam tornando impossível a operação no País de companhias aéreas do tipo low cost. Para oferecer passagens a preços realmente baixos, essas empresas precisam ter flexibilidade para desenhar suas tarifas, enxugando ao máximo o que é oferecido no bilhete básico e cobrando à parte por serviços adicionais. É justamente isso o que está sendo tirado das aéreas com as mudanças na legislação.

“Quando a lei determina que a bagagem deve ser incluída [sem custo extra], ela uniformiza o modelo de negócios, reduz a competitividade e desestimula a entrada de novas empresas. É difícil atrair companhias low cost para um mercado em que a tarifa vem com serviços embutidos por obrigação legal”, explica o presidente da comissão de turismo da OAB.

A consequência disso é que, sem a possibilidade de ter novos entrantes, o mercado brasileiro de aviação continuará nas mãos dos três grandes players que hoje dominam o mercado, sem concorrentes que os pressionem a reduzir seus preços. “O Brasil já tem um mercado oligopolizado, e amarrar o modelo tarifário tende a preservar o status quo [a realidade atual]. A concorrência não nasce por decreto. Ela nasce quando o ambiente regulatório permite inovação no modelo comercial”, conclui Araújo.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Se for viajar de avião pela manhã, a dica é não tomar banho antes do voo

Pesquisa revela motivo inusitado pelo qual você não deveria tomar banho antes de viajar nos primeiros horários de embarque durante a manhã.


Existem dicas valiosas para que a sua viagem seja um verdadeiro sucesso, começando pelos hábitos antes do voo. Nesse caso, além de descansar bastante antes de chegar ao aeroporto, vale a pena tomar banho à noite. Desse modo, quem está viajando para embarcar de manhã, fica mais tranquilo. Essa foi a observação de uma empresa que realizou uma pesquisa com milhões de passageiros.

Antes do voo, um banho matinal é uma péssima ideia


Aquela ducha de água fria para acordar e não perder a hora do embarque talvez não seja a melhor opção. Afinal, ninguém deseja ter um dia péssimo, marcado pelo mau-humor que acaba tornando sua personalidade desagradável.

Lembre-se que as suas primeiras atitudes no dia determinam o restante da rotina, então atente-se às ações em dias cheios de movimentação. Banho matinal? Talvez você esteja aumentando seu nível de estresse em dias de viagem.

Você não vai ficar sujo! Basta tomar banho durante a noite


Não tenha pressa ou medo de ficar sujo! Deixe tudo organizado e fique de banho tomado à noite. Sendo assim, basta acordar, vestir a roupa necessária e partir, sem preocupações a mais que podem elevar o risco de atrasos.

Imprevistos acontecem, mas tente adiantar o máximo possível de atividades, incluindo o ato de se banhar. Algumas etapas da higiene pessoal podem ser agilizadas, evitando que você deixe tudo acumulado.

Ainda que algumas pessoas afirmem que o banho vai te ajudar a ter mais energia, o que costuma acontecer é justamente o contrário. Na tentativa de lavar o corpo, às pressas, esses 20 minutos geralmente são estressantes.

Cuidado com o banho antes de viajar no horário da manhã


Um estudo da plataforma de satisfação ‘’Happy or Not’’ revelou que os passageiros da manhã são mais felizes que os da noite. Pelo menos 85,2% das pessoas que viajaram pela manhã revelaram se sentir satisfeitas.

As respostas de sete milhões de clientes de mais de 30 companhias aéreas mostraram uma diferença de 20% na satisfação entre voos matutinos e noturnos. Portanto, não deixe de tomar banho algumas horas antes do embarque.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Os perigos da radiação na aviação comercial

Examinamos os efeitos da radiação na aviação comercial e as medidas tomadas para limitar seu efeito sobre passageiros, tripulações de voo e aeronaves.

Boeing 737-8 MAX (Foto: Michal Mendyk/Airways)
As radiações são ondas de energia que viajam através de um meio em várias frequências e energias. Pode ser classificado como ionizante ou não ionizante.

A radiação não ionizante é encontrada na extremidade inferior do espectro eletromagnético, incluindo ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, ondas visíveis e a parte inferior das ondas ultravioleta e possuem baixas frequências e energias, portanto não são prejudiciais.

A radiação ionizante, que inclui raios-x, raios gama e ondas ultravioleta, é caracterizada por altas frequências e energias fortes o suficiente para arrancar elétrons de seus átomos [1].

Uma vez interagindo com o corpo humano, a radiação ionizante pode alterar a arquitetura molecular das células e tecidos humanos, resultando em distúrbios com risco de vida. Além disso, os aviônicos da aeronave e os dispositivos de comunicação também podem ser afetados.

Efeito da radiação na altitude e latitude


A grande maioria das fontes de radiação na superfície da Terra não são ionizantes, e mesmo aquelas que são ionizantes emitem muito pouca radiação não perigosa.

No entanto, a tripulação e os passageiros que voam em altitudes de cruzeiro acima de 30.000 pés também estão expostos à radiação solar e galáctica ou cósmica, que são tipos adicionais de radiação ionizante. A 35.000 pés acima da superfície da Terra, o nível de radiação pode ser até 10 vezes maior do que ao nível do mar.

A blindagem magnetosférica da Terra, que protege contra a radiação solar, é mais forte no equador e enfraquece com o aumento da latitude antes de enfraquecer nos pólos; portanto, os efeitos da radiação também pioram com o aumento da latitude.

Por causa dessas implicações, as Nações Unidas estimaram em 2000 que trabalhar em uma companhia aérea produzia mais exposição à radiação do que trabalhar em uma usina nuclear.

Ao voar em grandes altitudes, não apenas passageiros e tripulantes, mas também sistemas de aeronaves e outros equipamentos correm risco de exposição à radiação. Vamos dar uma olhada em detalhes.

(Foto: KLM)

Riscos Humanos


De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição à radiação ionizante leva ao câncer e a problemas reprodutivos, incluindo abortos espontâneos. Também pode produzir distúrbios genéticos e defeitos oculares como catarata.

A chance de morrer de câncer é estimada em 200 por 1.000 pessoas apenas nos EUA, mas entre os tripulantes de companhias aéreas, a exposição à radiação de 20 anos de vôo em grandes altitudes aumenta o risco para 225 por 1.000.

Além disso, de acordo com pesquisas publicadas pelo US NLM e ARPANSA, pilotos de companhias aéreas e pessoal de cabine tinham quase o dobro do risco de melanoma e outros cânceres de pele do que a população em geral, com os pilotos tendo um risco maior de morrer de melanoma.

Aviônicos


A radiação cósmica pode induzir erros suaves em dispositivos semicondutores que compõem os sistemas aviônicos das aeronaves. Eles podem inverter bits digitais e criar sinais indesejáveis ​​para operar a aeronave.

Como exemplo, em 7 de outubro de 2008, o voo 72 da Qantas (QF) fez um pouso de emergência no aeroporto de Learmonth, perto da cidade de Exmouth, Austrália Ocidental, após um acidente a bordo que incluiu um par de manobras repentinas e não comandadas que causaram graves ferimentos - incluindo fraturas, lacerações e lesões na coluna - em vários passageiros e tripulantes.

Vários tipos de gatilhos potenciais foram investigados, incluindo bugs de software, falhas de hardware e interferência eletromagnética. Partículas secundárias de alta energia geradas por raios cósmicos, que podem causar um bit flip, também foram investigadas.

Posteriormente, foi dito que esses gatilhos provavelmente não estavam envolvidos, embora uma conclusão definitiva não pudesse ser alcançada. Um cenário muito mais provável era que uma fraqueza marginal de hardware de alguma forma tornasse as unidades suscetíveis aos efeitos de algum tipo de fator ambiental, que acionava o modo de falha.

O relatório final do ATSB, emitido em 19 de dezembro de 2011, concluiu que o incidente devido a limitações de projeto e “em uma situação muito rara e específica, vários picos nos dados do ângulo de ataque (AOA) de um dos ADIRUs podem resultar no FCPCs comandando a aeronave para cair.”

(Foto: Daniel Gorun/Airways)

Comunicações de alta frequência


As comunicações de rádio de alta frequência (HF) podem ser prejudicadas ou mesmo totalmente interrompidas pela radiação solar. A ionização da atmosfera superior (ionosfera), que absorve as comunicações de rádio de ondas curtas, aumenta quando os raios X das explosões solares entram na magnetosfera sem serem desviados e atingem a atmosfera da Terra no lado voltado para o sol.

A magnetosfera desvia as partículas solares incidentes e as direciona para os pólos do planeta, aumentando a taxa de ionização na atmosfera superior e causando absorção ionosférica, interrompendo assim as comunicações de rádio HF com efeitos comparáveis.

Durante as tempestades de Halloween de outubro-novembro de 2003, uma série de tempestades solares envolvendo erupções solares e ejeções de massa coronal que geraram a maior erupção solar já registrada pelo sistema GOES, as comunicações HF com aviões encontraram interrupções e, posteriormente, uma falha completa dos serviços HF que durou por horas.

(Foto: Quang Nguyen Vinh / Pexels.com)

Estratégias de Mitigação


Passageiros e tripulação de voo

A Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP) é o principal órgão encarregado de proteger contra a radiação ionizante e recomenda o limite de dose efetiva de um indivíduo de 20 mSv por ano, em média em períodos definidos de 5 anos (100 mSv em 5 anos), com o restrição adicional de que a dose efetiva não deve exceder 50 mSv em um único ano.

Além disso, a dose recomendada para tripulantes grávidas é de 1 mSv desde a descoberta da gravidez até o nascimento, com um máximo mensal de 0,5 mSv. O limite anual para o público em geral (passageiros) é de 1 mSv [6].

Recomenda-se que as passageiras grávidas e os membros da tripulação de voo pensem em trocar a viagem ou atrasar uma viagem para diminuir o risco de aborto espontâneo. De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), o risco de aborto espontâneo aumenta quando as mulheres são expostas à radiação cósmica de pelo menos 0,36 mSv durante o primeiro trimestre.

Além disso, o Regulamento de Licenciamento de Pessoal, Parte 138, determina que as pilotos grávidas e tripulantes de cabine sejam avaliadas e excluídas das funções de voo entre o momento da descoberta da gravidez e o final da 12ª semana de gestação, bem como entre o final da 26ª semana de gestação e entrega, a fim de protegê-los dos efeitos da exposição à radiação e outros efeitos {4}.

(Foto: Piedmont Airlines)
Companhias Aéreas

As companhias aéreas escolhem uma rota e altitude que reduzam a exposição à radiação depois de receber um alerta de radiação solar durante eventos moderados, fortes e severos de radiação solar transitória (20 uSv/hr e acima).

Um alerta de radiação solar é transmitido em todo o mundo e é acompanhado por uma mensagem com estimativas dos níveis de radiação em altitudes de 20.000 pés a 80.000 pés em latitudes específicas.

Além disso, um indivíduo pode descobrir a dose efetiva de radiação ionizante recebida em cada voo usando um programa de computador para download chamado CARI-6 ou CARI-6M, desenvolvido no Instituto Médico Aeroespacial Civil da FAA.

Aeronaves

Todas as aeronaves projetadas para operar acima de 15.000 m (49.000 pés) devem possuir tecnologia que possa monitorar e exibir continuamente a taxa de dose de toda a radiação cósmica recebida, bem como a dose cumulativa para cada voo, de acordo com o Anexo 6, Provisão 6.12 da ICAO .

De acordo com o regulamento 4.2.11.5 do Anexo 6 da ICAO, o operador deve acompanhar todos os voos superiores a 15.000 metros (49.000 pés) para calcular a dose cumulativa de radiação cósmica que cada tripulante recebeu durante um período de 12 meses. [5]

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Airways Magazine

Referências: [1] International Civil Aviation Organization-ICAO, Manual of Civil Aviation Medicine-Doc 8984, page II-1-13. [2] Matthias M. Meier , Kyle Copeland, Klara E. J. Klöble, Daniel Matthiä,Mona C. Plettenberg,Kai Schennetten,Michael Wirtz, and Christine E. Hellweg, Radiation in the Atmosphere—A Hazard to Aviation Safety?, Page 14. [3] International Civil Aviation Organization-ICAO, Manual of Civil Aviation Medicine-Doc 8984, page II-1-14. [4] Tanzania Civil Aviation Authority-TCAA, The Civil Aviation Personnel Licencing Regulations, 2017 part 138, page 230. [5] International Civil Aviation Academy-ICAO, Annex 6 Operation of Aircraft, Part I – International Commercial Air Transport – Aeroplanes, Ninth edition, July 2010, pages 6-13. [6] International Civil Aviation Organization-ICAO, Manual of Civil Aviation Medicine-Doc 8984, page II-1-15.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Muitos não sabem, mas os aviões têm armários para roupas não amassarem

Roupas sociais ou casacos podem acabar amassadas no bagageiro, mas uma comissária
revelou a solução usada pela tripulação da British Airways (Imagem: Getty Images)
Tem um casaco ou roupa social que precisa viajar no táxi e não pode amassar durante seu próximo voo? Pois existe um compartimento secreto que você pode pedir para usar em emergências, revelou uma ex-comissária ao jornal britânico Metro.

Saskia Sekhri, que trabalhou para a British Airways, contou que diversas aeronaves — especialmente as maiores — possuem um guarda-roupa a bordo e que os passageiros podem utilizá-lo, desde que haja espaço. Esta pode ser uma boa alternativa em vez de tentar encaixar uma peça em sua mala de mão ou no colo.

Alguns voos possuem armários para casacos (Imagem: Reprodução/Pinterest)
"A maioria das aeronaves tem armários embutidos, mas não é todo mundo que sabe. Eu costumo dizer que é como o guarda-roupa de Nárnia, você só sabe se está por dentro [da área]. Tripulantes podem usar o armário para pendurar seus blazers e casacos durante o serviço, mas geralmente armazenamos nossos pertences nos compartimentos superiores", comentou ao jornal.

Nem sempre este benefício está disponível, no entanto. De acordo com o blogueiro Clint Johnson, do site triphackr.com, este armário também é conhecido como "capitão's closet" ou o "guarda-roupa do comandante". No entanto, na experiência dele, algumas aéreas só o disponibilizam para passageiros de primeira classe.

Outro espaço "secreto": o compartimento de descanso dos comissários da Emirates,
em um Boeing 777 (Imagem: Divulgação/Emirates)
No entanto, recomenda-se entrar em contato com a companhia, especialmente os menores com aviões pequenos, para verificar a possibilidade de utilizá-lo em benefícios pontuais. Clint ainda avisa que "com um sorriso educado e um bom motivo para o comissário acreditar que o que tem dentro da sua mala é especial, você pode colocar a peça" ali.

Caso você seja um dos primeiros a embarcar no seu próximo voo, segundo Saskia, é possível flagrar o armário aberto próximo à cabine de comando com uma tarja vermelha de "tripulação" ou "crew". A espiadinha ajuda a descobrir se o espaço já está ocupado e é inútil pedir um encaixe para sua roupa.

Em voos de longa distância, é mais provável encontrar uma vaguinha no armário. "Algumas aeronaves de voos curtos como o A319, 320 e 321 podem ter sido reconfiguradas para armazenar equipamento de segurança como cadeira de rodas de bordo ou apenas para maximizar o espaço das copas que são sempre emocionantes. Mas a maioria dos aviões que voam longas distâncias possua mais de um armário, então sempre vale a pena perguntar!", ensina.

As Fly Suites, primeira classe dos voos em A380 da Singapore Airlines,
possuem o seu próprio armário (Imagem: Divulgação/Singapore Airlines)
Ela ainda concorda com Clint que, geralmente, são os passageiros de classes mais caras do avião que acabam usando ou indo para usar a guarda-roupa de bordo, mas, na sua opinião, ele está aberto a todos.

"Acredito que normalmente os viajantes frequentes que perguntam sobre os armários de bordo, já que normalmente eles estão planejando negócios e podem estar carregando um terno que gostariam de pendurar. Ou passageiros que fizeram aquelas compras e têm grandes sacolas que podem ocupar Muito espaço no compartimento de bagagem de mão. Eu sempre ofereço para pendurar um casaco longo para qualquer cliente durante o embarque, não tem nada pior do que um casaco amassado", palpitou.

É importante notar que algumas companhias aéreas hoje já oferecem mini guarda-roupas nas suítes de primeira classe e classe executiva, o que torna as melhores suas chances de encontrá-lo disponível para quem está na economia nestes casos.

iPhone tem função secreta que todo mundo que voa de avião deveria conhecer

Técnica ainda desconhecida por muitos pode ajudar aqueles que tem um certo hábito de viajar por esse meio de transporte.


Uma função secreta disponível para quem tem celulares no modelo iPhone pode ser bastante benéfica principalmente para quem tem a prática de voar de avião.

Por meio dessa técnica contida no aparelho, é possível trafegar de forma mais tranquila durante o trajeto e, de quebra, ter mais tranquilidade caso um ente querido seu esteja viajando.

Leia até o final e descubra qual é a função secreta do iPhone que todo mundo que possui o costume de viajar de avião deveria conhecer.

Embora esteja difundido em todo mundo, alguns atalhos e funcionalidades presentes no iPhone ainda seguem sendo uma incógnita até mesmo para os portadores do aparelho.

Por exemplo, você sabia que existe uma função secreta contida na plataforma que pode ser uma espécie de ‘mão na roda’ para aqueles que têm o costume de viajar de avião? Pois saiba que sim.

A modalidade pode ser ativada de forma simples, rápida e não requer a instalação de nenhum outro aplicativo. Ao utilizá-la, você poderá acompanhar o trajeto da aeronave em que você está ou que alguma outra pessoa, seja ela um ente querido ou colega, esteja.

Para que a função seja ativada, é necessário, primeiramente, ir até o aplicativo de mensagens, clicar na opção “Nova Mensagem” e, logo em seguida, colocar o seu próprio número como destinatário do conteúdo.

Depois disso, no local onde a mensagem é escrita, no chat, basta você colocar o número do seu voo ou o número do voo da pessoa que você quer acompanhar.

Após escrever o conteúdo basta enviá-lo. Você pode notar que, alguns segundo depois desse processo, você receberá uma mensagem e é nesse momento que você deve selecionar a opção “Pré visualizar o voo”.

Dessa maneira, você conseguirá acompanhar o voo, ou qualquer voo, diretamente do seu telefone. Além disso, também é possível ver a hora de partida, hora de chegada e até mesmo se o voo está atrasado.

Veja o passo a passo:


Via Gabriella PinheiroGabriella Pinheiro (Portal 6) - Foto: Reprodução

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Despachar bagagem? Veja 5 motivos que vão te fazer reconsiderar essa opção!

Além de atrapalhar o seu voo, despachar bagagens pode significar dor de cabeça.


Viajar é um momento único que pode render boas memórias. Na preparação das malas, você seleciona os melhores itens para fazer bonito enquanto passeia. Porém, ao chegar no aeroporto, pode ser necessário despachar a bagagem e, nessa hora, as coisas podem ficar feias.

Isso porque despachar bagagem, além de atrapalhar sua chegada no aeroporto e o planejamento de viagem, também pode resultar em dores de cabeça, como taxas abusivas para despacho e o risco de extravio.

Assim, antes de colocar vários itens na mala para despachar, veja alguns motivos para não fazer isso quando for viajar de avião.

1. Pagamento extra pelo despacho de bagagem


Passagens aéreas são vendidas em categorias e, normalmente, as com despacho de bagagem incluso são mais caras.

Assim, além do pagamento pela passagem aérea, você vai precisar desembolsar uma grana extra para arcar com 0 envio da bagagem.

2. Pertences podem ser danificados, extraviados ou furtados


Não é incomum acontecer extravio de bagagem para viagens internacionais. Além disso, objetos de valor na mala podem chamar atenção de pessoas com más intenções e ocasionar furtos.

Do mesmo modo, não só as malas podem ser danificadas, afinal, são jogadas de qualquer jeito, mas os seus pertences também podem sofrer danos.

3. Chegar mais cedo ao aeroporto


Quem vai despachar bagagem precisa chegar mais cedo ao aeroporto para pegar longas filas e deixar a mala com a companhia aérea.

Isso significa duas ou três horas antes do horário do seu voo para etiquetar a mala, passar pela pesagem e inspeção. Se for o caso, vai ser preciso retirar itens da bagagem.

4. Esperar a entrega das bagagens após chegar ao destino


Depois de chegar ao destino, pessoas com bagagem de mão apenas saem andando em direção à sua casa ou ao hotel.

Mas quem despachou a bagagem ainda precisa ficar esperando pela liberação da companhia. A depender da situação, a espera pode ultrapassar 30 minutos, em especial, para voos internacionais.

5. Ter malas trocadas


Recentemente, duas brasileiras foram presas na Alemanha acusadas de tráfico internacional de drogas. No entanto, ambas foram vítimas de uma troca de etiquetas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

A pessoa trocou as etiquetas das malas das brasileiras para despachar cocaína para a Alemanha. E aí? É um baita perigo despachar bagagem, não concorda?

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Vai viajar de avião? Veja as regras para malas de mão e bagagens despachadas

O que é necessário saber para poder despachar a bagagem ou carregá-la a bordo? Descubra.


As companhias aéreas Gol e Latam anunciaram recentemente mudanças nas normas e tarifas para o transporte de bagagens em suas aeronaves, tanto em voos nacionais como internacionais.

A Gol realizou uma reestruturação da precificação de bagagem. Com isso, a tabela de valores de bagagens despachadas ganhou uma nova condição, segundo a Gol, para incentivar as vendas com antecedência e assim agilizar e melhorar a experiência do clente no check-in e no embarque.

Já a Latam remodelou as categorias de bagagens que podem ser transportadas a bordo de suas aeronaves no Brasil. A mudança passou a valer na última semana para alguns voos internacionais e contempla a inserção de uma nova categoria de bagagem dentro das famílias tarifárias denominada “item pessoal”. A mala pequena, por sua vez, já não está mais inclusa na nova tarifa, denominada Basic.

Mas, afinal, o que é necessário saber para poder despachar a bagagem ou carregá-la a bordo? A AirHelp, empresa de tecnologia de viagens, reuniu as principais orientações. Confira:

Peso permitido para bagagem de mão


Geralmente as companhias aéreas permitem que o passageiro leve uma mala de mão e um item pessoal, como uma bolsa ou uma mochila. Mas é fundamental o viajante saber quantos quilos de bagagem pode levar no avião. A maioria das empresas estabelece limites de peso que variam de 5 a 10 kg para a bagagem de mão, dependendo da classe e do destino.

Peso permitido para bagagem despachada


Essa informação varia significativamente entre as companhias aéreas. Normalmente, os limites de peso para bagagens despachadas estão entre 20 a 30 kg para voos internacionais, mas isso pode mudar dependendo da rota, da classe de serviço e até do tipo de tarifa adquirida.

Tarifa padrão de bagagem despachada


Cobrada para malas que vão no compartimento de carga do avião, a tarifa pode variar dependendo de fatores como a rota do voo, a classe de bilhete e até a política específica da companhia aérea. Em geral, muitas tarifas econômicas incluem pelo menos uma mala despachada sem custo adicional, enquanto outras podem requerer um pagamento extra por qualquer bagagem despachada. É importante que o passageiro verifique as informações diretamente no site da companhia aérea ou em seu bilhete para entender o que está incluso em sua tarifa.

Taxa de bagagem extra


Costuma ser aplicada por quilo adicional e pode variar entre diferentes companhias aéreas e destinos. Voos internacionais, por exemplo, tendem a ter taxas mais altas por excesso de bagagem em comparação com voos domésticos. O ideal é que o passageiro planeje com antecedência e pese suas malas antes de chegar ao aeroporto para evitar taxas inesperadas. Algumas companhias também oferecem a opção de pagar on-line antecipadamente por excesso de bagagem, muitas vezes a um custo menor do que no aeroporto.

Tarifa por bagagem de mão adicional


Essa taxa por uma peça extra de bagagem de mão altera de acordo com a companhia aérea e pode ser influenciada pelo tipo de voo, seja ele doméstico ou internacional. É importante que o viajante verifique as especificações de tamanho e peso para essa bagagem adicional, pois o não cumprimento pode resultar em custos adicionais ou na necessidade de despachar os itens excedentes.

Taxa de bagagem especial


Essa tarifa se aplica a itens que não se enquadram nas categorias convencionais de bagagem devido ao seu tamanho, peso ou natureza, incluindo equipamentos esportivos como bicicletas e pranchas de surf, instrumentos musicais grandes e itens frágeis que requerem manuseio especial. As empresas aéreas frequentemente têm diretrizes específicas e tarifas para esses tipos de bagagem, devido à necessidade de cuidados extras durante o transporte.

Taxas de alteração ou cancelamento de bagagem


São cobradas por algumas companhias aéreas quando os passageiros precisam modificar ou cancelar seus planos de bagagem após a reserva inicial. Essas taxas podem ser aplicadas, por exemplo, se um passageiro decide aumentar o número de malas despachadas ou reduzir a quantidade de bagagem devido a uma mudança nos planos de viagem.

O custo dessas alterações muda de acordo com a política da companhia aérea, o tipo de bilhete adquirido e o quão perto da data de partida as mudanças são feitas. Cabe ao passageiro revisar as políticas de alteração e cancelamento ao reservar sua passagem, evitando gastos desnecessários.

Via Laura Enchioglo (Panrotas) - Foto: Getty Images

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Um labirinto de esteiras: como a sua mala chega até o avião no aeroporto


Há um clima de correria constante, assim como uma insistente mistura de perfumes que paira sobre o ar daqueles que estão escolhendo pacotes de chocolates etiquetados com valores em dólares.

Estamos no meio do free shop de um saguão de embarques, mas não entraremos em nenhum voo: este é o caminho para conhecer os bastidores do aeroporto internacional de Guarulhos, mais precisamente, o sistema que leva suas bagagens despachadas do balcão de check-in até o porão das aeronaves.

Entre uma vitrine de perfumes e a parede de outra loja, somos levados a um corredor de serviço que não conta com o glamour dos inúmeros anúncios de cosméticos estampados alguns passos atrás. Este é o segundo labirinto de portas, acessos e liberações por crachás que passamos para acessar a parte técnica do aeroporto.

A primeira é uma rigorosa inspeção de documentos enviados previamente e uma triagem passando por raio-x e detectores de metal até mais minuciosa das enfrentadas pelos viajantes. Dividimos a fila e burocracia com trabalhadores das áreas e do próprio aeroporto que enfrentam diariamente aquele protocolo para chegar nesta área reservada do aeroporto.

Cadê todo mundo?


Um labirinto de esteiras: não espere encontrar muitas pessoas nesse trajeto
Depois de uma passagem pela sala de controle, finalmente vamos conhecer as esteiras: aí sim a palavra labirinto pode ser usada de maneira apropriada. Perder-se ali dentro não seria uso exagerado da expressão, e sim uma realidade. Se a sua imagem mental de como sua mala vai do balcão até o avião inclui inúmeros trabalhadores, esqueça.

O que se vê ali são dezenas de centenas de metros de esteiras, rampas e esquinas por onde os mais diferentes tipos de bagagem passam por ali, desengonçadas, trombando pelas paredes e esbarrando em quinas e desaparecendo na escuridão.

Nas esteiras, nos carrinhos ou no porão, as malas são organizadas em uma ordem determinada pelo sistema
É como se fosse uma grande fábrica, escura, com um som intermitente de maquinário, mas não há matéria-prima e nem produto final: só malas indo e vindo e sem parar em um balé que parece caótico, mas organizado por códigos de barra e feixes de laser que fazem suas leituras milhares de vezes por minuto.

Segundo dados passados por um dos funcionários da Vanderlande, que nos guiou juntamente com a equipe da Sita, que é provedora de toda TI da estrutura, são cerca de 350 mil bagagens por mês que passam por ali naquele terminal.

Em diversos pontos do trajeto você vê que as malas são escaneadas por operadores ou automaticamente nas esteiras

Um labirinto escuro, mas organizado


No detalhe: um dos aparelhos que 'bipam' a mala e mostram todas as informações sobre ela
Quando os funcionários da Sita ou da Vanderlande estão conversando entre si, sempre surge a expressão "bipar". O termo é usado toda vez que é realizada a leitura do código de barra que é fixado na sua mala na hora da entrega no balcão de check-in. Daí a palavra surgida do barulhinho que os aparelhos fazem quando fazem cada registro.

Este é uma parte crucial de todo o sistema que roda ali. É aquela sequência de dígitos que não faz sentido algum para um leigo que determina o proprietário da mala, a companhia aérea, número do voo, qual esteira foi deixada, destino, onde ela está e outras informações que farão com que ela chegue ao avião.

São esses números que fazem o sistema rodar parte mais complexa dos bastidores, definir qual bagagem vai para cada voo. "E caso exista mais de um código de barra na mala?", pergunta a reportagem. De acordo com nosso guia, o algoritmo é inteligente o suficiente para entender os códigos ativos e aqueles expirados. Por via das dúvidas, não custa nada retirar as etiquetas antigas de outras viagens que podem ainda estar presas à bagagem.

Nos escuros corredores de Guarulhos: o 'sorter' que separa as malas para cada destino
Em sua penúltima parada antes do avião, as esteiras levam as malas para um mecanismo que chamam de "sorter" (selecionador, em tradução livre). Cada mala fica sobre uma plataforma conectada com rampas em um andar inferior. Dependendo do destino da mala e das informações colocadas no sistema, estas bandejas se viram e despejam as bagagens na sua respectiva rampa (ver 1min13 do vídeo no início da matéria).

Finalmente: as malas prontas pra deixar o aeroporto em direção ao avião
Dali, elas escorregam até operadores — nesta etapa sim vemos mais presença humana — que vão organizar as malas nos carrinhos que serão conduzidos até as aeronaves.

Tá olhando o quê?


A rigorosa segurança que enfrentamos para entrar nesta área reservada também acontece com as bagagens. São várias áreas de checagem de raio-x e protocolos para manter as malas seguras. Quem assistiu a qualquer reality show de aeroporto sabe do que falamos: o temor de se ver em meio a um contrabando ou simplesmente ter algo bem seu extraviado.

O sistema de segurança monitora as malas durante todo seu trajeto,
inclusive se algum operador mostrar algum interesse específico
Existe inclusive um monitoramento dos próprios funcionários que estão ali. Caso algum deles faça um número de checagens exagerada em uma mala ou demonstre um certo interesse fora do padrão em alguma bagagem ou voo em específico, isso fará um alerta às equipes responsáveis para averiguar a situação.

É claro que quem já teve sua mala perdida em um voo sempre terá um friozinho na barriga ao deixá-la no balcão, mas tem muita tecnologia envolvida para evitar que isso aconteça. Lembre-se de deixar sua mala bem identificada, arranque as etiquetas de outros voos e boa viagem!

Separadas nesses fardos, as malas são posicionadas no porão da aeronave
Via Osmar Portilho (Nossa Viagem/UOL) - Fotos: Osmar Portilho

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Por que às vezes aparece névoa nas cabines de aeronaves?

Não há nada de perigoso nesta ocorrência ocasional.


Para muitos passageiros, voar pode ser uma experiência assustadora e, para aqueles que não estão familiarizados com as operações técnicas que envolvem aeronaves, a visão de uma cabine cheia de fumaça pode ser extremamente preocupante. Isto ocorre por uma razão justa: a fumaça a bordo de uma aeronave deve aumentar um certo nível de alarme. A fumaça e o que a segue, o fogo, são alguns dos maiores perigos para a segurança dos passageiros a bordo de uma aeronave, e a visão da fumaça geralmente leva ao desvio imediato da aeronave.

Frequentemente, o rápido processo de aquecimento ou resfriamento de uma aeronave pode fazer com que o vapor d'água, ou névoa, encha a aeronave. Como a fumaça e a névoa são relativamente difíceis de distinguir, especificamente no contexto de estar a bordo de uma aeronave, muitos confundem névoa com fumaça e podem ficar imediatamente preocupados. Mas, na realidade, a névoa é relativamente inofensiva e simplesmente demonstra certas condições que envolvem temperatura e humidade.

O que causa a névoa?


Os sistemas de aquecimento e resfriamento de aeronaves operam de maneira drasticamente diferente daqueles em espaços residenciais ou comerciais. Especificamente, devido à imensa disparidade de temperatura entre o interior das aeronaves e o ambiente externo, os sistemas são robustos e gerenciam constantemente a temperatura, o nível de umidade e a pressão do ar na cabine.


Apesar da percepção comum, a névoa em uma aeronave não indica que o sistema de ar condicionado não esteja funcionando como deveria, muito pelo contrário. Em situações em que o ar quente e húmido entra num sistema de ar condicionado, o ar frio forçará imediatamente o ar anteriormente húmido a libertar a sua água, resultando em névoa.

Quando é mais provável que encontre neblina a bordo de uma aeronave?


Mais comumente, a neblina ocorre em situações em que uma aeronave esteve estacionada em um destino quente durante a noite. Manter as aeronaves com ar condicionado quando os passageiros não estão presentes é uma despesa desnecessária para as transportadoras.

Como resultado, quando as companhias aéreas ligam os seus sistemas de ar condicionado em ambientes quentes e húmidos, surge frequentemente uma névoa inofensiva. Em última análise, esta névoa não indica perigo para os passageiros a bordo de uma aeronave, e os pilotos experientes passaram a não se preocupar com tal vapor.

Como posso saber a diferença entre névoa e fumaça?


Notavelmente, a névoa a bordo de uma aeronave ocorre principalmente ao partir de um aeroporto localizado em um clima quente e úmido, como a Flórida, o Caribe ou o Brasil. Nestes casos, a neblina só deverá ser perceptível no início do voo ou logo após a decolagem.

Além disso, a névoa só deve emergir diretamente das aberturas de ventilação do sistema de ar condicionado da aeronave, normalmente localizadas diretamente acima das janelas ou das aberturas de ventilação pessoais acima do assento do passageiro. 


No entanto, se a fumaça estiver saindo de um local diferente, como um painel elétrico ou do chão, isso pode ser uma indicação mais forte da presença de fumaça. Finalmente, se um passageiro realmente quiser ter certeza de que neblina não é fumaça, o cheiro desta certamente tornaria relativamente fácil descobrir isso.

Por Jorge Tadeu com informações do Simple Flying - Foto: Getty Images

sábado, 15 de novembro de 2025

Evacuação: como a tripulação de cabine faz isso em tempo recorde

É para isso que a tripulação de cabine é realmente treinada...

Boeing 777 da British Airways (Foto: Getty Images)
"Tripulação de cabine, arme as portas e verifique."

Esta é a frase que a maioria dos passageiros terá ouvido quando a aeronave saiu do portão. Neste momento, a tripulação de cabine em cada conjunto de portas armará a sua porta. Isso é diferente em diferentes tipos de aeronaves . Isso pode significar fixar a corrediça na porta manualmente, por exemplo, Boeing 737, ou usar uma alavanca de armar e um alfinete de segurança, por exemplo, Airbus A320. As saídas sobre as asas são automaticamente armadas. Existem indicações para verificar se a porta está armada e cada tripulante verifica a porta oposta para garantir que a porta está armada corretamente.

(Foto: Airbus)
Isto é fundamental para uma evacuação imediata , se necessário, pois ativa as corrediças na abertura da porta. Em caso de emergência em solo, os escorregadores serão acionados nas saídas para permitir que os passageiros deixem a aeronave rapidamente.

A parte legal


Existe uma 'regra dos 90 segundos', segundo a qual a aeronave deve ser evacuada completamente dentro desse período. Os fabricantes de aeronaves têm de demonstrar, através de testes de segurança, que isso pode ser concluído antes de receberem a certificação da aeronave. Os testes para isso envolvem tripulantes e voluntários em boas condições físicas e sem conhecimento do tipo de aeronave.

Deve haver 40% de mulheres e 35% de pessoas com mais de 50 anos. Algumas carregam bonecos que simulam crianças e cobertores e almofadas são colocados nos corredores para simular obstruções. Metade das saídas estão fechadas e a evacuação é realizada apenas com iluminação de emergência. Todos os passageiros devem ser evacuados e estar no solo em 90 segundos. Sem concluir isto com sucesso, a aeronave não será certificada.

Segurança e procedimentos da tripulação de cabine


As estatísticas da ICAO mostram que 90% de todos os acidentes com aeronaves ocorrem durante a descolagem e a aterragem, pelo que este é um momento em que a tripulação de cabine está extremamente vigilante. A tripulação de cabine estará concentrada no exercício de “revisão de 30 segundos”, que faz parte dos seus procedimentos de segurança e emergência. Isso envolve avaliar a cabine em busca de algo irregular ou incomum, avaliar os passageiros em caso de necessidade de um passageiro saudável para ajudar na evacuação e verificar as condições externas através da janela em caso de incêndio, água, más condições climáticas e comportamento incomum da aeronave. . A tripulação de cabine deve estar pronta para evacuar a aeronave imediatamente, a qualquer momento.

A sigla ALERT também faz parte da 'revisão de 30 segundos' e ajuda a tripulação de cabine a lembrar o tipo e os procedimentos da aeronave, a localização do assento da tripulação, a localização dos equipamentos de segurança, as responsabilidades e deveres dos tripulantes e como reagir a ameaças ou à potencial situação de emergência. Isso informa como eles devem proceder.

Durante a formação inicial da tripulação de cabine (geralmente um curso intensivo de 6 semanas), os tripulantes praticarão a operação de portas em situações normais e de emergência e aprenderão os procedimentos de emergência em caso de evacuação em terra ou no mar. Isso também envolve comandos e exercícios projetados para retirar os passageiros da aeronave o mais rápido e seguro possível. Eles também aprendem procedimentos para um pouso de emergência planejado, bem como para um pouso de emergência não planejado.

Uma aeronave Airbus com um de seus escorregadores implantado (Foto Airbus/Sylvain Ramadier)
O sucesso de uma evacuação depende inteiramente da capacidade da tripulação de cabine responder imediatamente, sem ter que pensar no que fazer. O voo 214 da Asiana é um excelente exemplo, onde a tripulação de cabine fez de tudo para evacuar a aeronave. Foi um acidente catastrófico, onde 2 pessoas morreram e 180 ficaram feridas. A cauda da aeronave quebrou, a aeronave estava em chamas e alguns escorregadores da aeronave não funcionaram bem. 

A aeronave foi evacuada em menos de 90 segundos com 16 tripulantes e 291 passageiros e a tripulação da Asiana foi elogiada pelo seu desempenho. O comissário de bordo responsável naquele dia, Lee Yoon-hye, foi a última pessoa a deixar os destroços em chamas. Depois ela disse: "Eu só estava pensando em resgatar o próximo passageiro."

Com informações de Simple Flying