quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Boeing 787 aborta decolagem por vazamento de combustível em Boston

É o 2º incidente envolvendo o novo modelo da Japan Airlines em dois dias.

O Boeing 787 do incidente anterior sofreu um incêndio de origem elétrica.














Fotos: www.wcvb.com

Um vazamento de combustível obrigou um Boeing 787 Dreamliner operado pela Japan Airlines a cancelar sua decolagem e voltar ao portão de embarque nesta terça-feira (8) no Aeroporto Internacional Logan, em Boston, nos Estados Unidos.

Este é o segundo incidente envolvendo o novo modelo de avião em dois dias. O 787 do incidente anterior sofreu um incêndio de origem elétrica, também em Boston, segundo o porta-voz da empresa que administra o aeroporto, Richard Walsh. Esse avião também pertence à Japan Airlines.

No incidente desta terça-feira, o avião havia se afastado do portão e se preparava para decolar rumo a Tóquio, quando foi descoberto o vazamento de cerca de 40 galões de combustível, segundo Walsh. Não houve incêndio nem feridos, segundo ele.

Os passageiros voltaram ao aeroporto, e a Japan Airlines estava decidindo qual procedimento adotaria.

A Boeing disse estar ciente do caso e tomando providências. As ações da empresa tiveram queda de 3,8 por cento na tarde de terça-feira, sendo negociadas a 73,24 dólares, depois de perderem 2 por cento na véspera.


Separadamente, o Wall Street Journal disse, citando uma fonte não-identificada, que a United Airlines detectou um problema de cabeamento elétrico em um dos seus 787, um defeito que afeta o mesmo sistema elétrico que causou incêndio de segunda-feira no avião da Japan Airlines, em Boston.

Este é o 2º incidente envolvendo o novo modelo da Japan Airlines em dois dias
Foto: Charles Krupa/AP

Fonte: Reuters via G1

Apesar do aumento de passageiros, companhias aéreas diminuem rotas

Em 2012, as companhias aéreas deixaram de voar para dez cidades brasileiras.

Mas em nove anos, o número de passageiros quase triplicou.


Um quadro preocupante na aviação civil: enquanto o número de passageiros triplicou no país, a quantidade de destinos oferecidos diminui. São cidades que já têm aeroportos, estrutura, mas deixaram de receber os voos.

Luis Sena está a passeio em São Paulo. Foi de avião, mas quando for para a cidade natal, Jequié, na Bahia, só de ônibus ou carro. Jequié fica a 365 quilômetros de Salvador. É uma cidade pequena, de 150 mil habitantes, mas tem até aeroporto.

“Há mais de 10 anos já funcionou voo regular de pequenas aeronaves, mas foi desativada. A dificuldade é justamente, em um momento de precisão, acompanhamento médico, visitar um parente, e ter que se submeter a uma empresa de transporte e ônibus, que leva no mínimo seis horas de viagem para a capital”, explica.

Em 2012, as companhias aéreas deixaram de voar para dez cidades brasileiras. Para o consultor André Castellini, não é difícil entender o motivo. “O transporte nas grandes rotas é o equivalente hoje em dia ao transporte rodoviário, transporte de ônibus, enquanto na aviação regional continua sendo o equivalente de um táxi, ou pelo menos de uma van, é um transporte ainda caro por assento transportado”, afirma.

Se por um lado está mais difícil chegar a algumas cidades do interior de avião, por outro, nos grandes centros, a oferta de voos aumentou. Segundo a Anac, em dez anos, o número de voos domésticos quase dobrou: passou de 643 mil para 1,073 milhão no ano passado.

Um levantamento aponta que o número de passageiros quase triplicou de 2003 para 2012, e chegou a 107 milhões de passageiros em 2012. No mesmo período, o valor da passagem caiu pela metade. O avião ficou mais popular e as empresas mais eficientes.

“Se utilizando aviões maiores, colocando mais assentos dentro dos aviões, simplificando o serviço de bordo”, explica o consultor.

O desafio é acompanhar o crescimento da demanda - que deve triplicar novamente nos próximos 15 anos, segundo o consultor. Quem sabe assim o Seu Luis vai conseguir voltar mais rápido para Jequié.


Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo) - Foto: Reprodução

Penhora de avião da TAP é suspensa

A penhora de um avião da TAP, no âmbito de um processo movido contra o Estado português por uma funcionária da embaixada portuguesa em Brasília, foi suspensa.

Segundo avança a RTP Informação, a juíza brasileira está a analisar recurso da companhia aérea portuguesa, estando marcada um reunião de conciliação entre embaixada e a trabalhadora para dia 23 de janeiro, no Brasil.

A Justiça brasileira tinha determinado a penhora de um avião da TAP como garantia do pagamento de dívidas a trabalhadores num processo contra o Estado português, no âmbito de um processo que teve início há oito anos, movido por uma funcionária da embaixada portuguesa em Brasília e que gerou mais de 110 processos contra a embaixada e consulados portugueses no país.

A decisão de penhorar a aeronave como garantia de pagamento da dívida de três milhões de euros surgiu na impossibilidade de penhorar bens, imóveis e conta bancária da embaixada, que têm imunidade.

Fonte: A Bola (Portugal)

Foto rara da bomba atômica é encontrada em Hiroshima

Clique na foto para ampliá-la

Uma foto rara mostrando uma nuvem em forma de cogumelo causada pela bomba atômica de Hiroshima foi descoberta nesta cidade, divulgou o curador do Memorial da Paz, nesta quarta-feira.

Acredita-se que a imagem em preto e branco tenha sido tirada meia hora após o bombardeio no dia 6 de agosto de 1945, a cerca de 10 quilômetros a leste do epicentro.

"A existência deste registro já era conhecida nos livros de história, mas esta é a primeira vez que a fotografia original foi descoberta", explicou o curador do Memorial da Paz de Hiroshima ao destacar a raridade de uma foto que registra a nuvem de cogumelo dividida em dois".

A foto foi encontrada no meio de artigos relacionados à bomba atômica, que estão sob a guarda da escola primária Honkawa na cidade de Hiroshima.

As imagens mais conhecidas após a explosão da bomba são aéreas e foram tiradas por militares americanos.

O bombardeiro americano B-29 chamado "Enola Gay" jogou a bomba atômica sob o codinome "Little Boy" transformando a cidade no oeste do Japão em um inferno nuclear.

A bomba matou um número estimado de 140 mil pessoas no momento que a segunda guerra mundial já estava próxima do fim.

Três dias depois, uma segunda bomba atômica sob o codinome de "Fat Man" foi despejada na cidade de Nagasaki, tirando outras 70 mil vidas.

Fonte: AFP via UOL Notícias - Foto: AFP: Honkawa Elementary School

Falha técnica causou acidente com avião em Moscou

Tu-204 não conseguiu frear durante o pouso


As autoridades aeronáuticas da Rússia informaram que a causa mais provável do acidente do avião Tupolev-204, da empresa aérea russa Red Wings Airlines, foi a falha na utilização dos reversores de empuxo durante as manobras de pouso no aeroporto de Vnukovo, em Moscou. O jornal russo Kommersant publicou esta informação com base em declarações prestadas por um dos peritos que estão analisando as causas do acidente, ocorrido no sábado, 29 de dezembro de 2012.

Naquele dia, o avião Tu-204, procedente de Praga, capital da República Tcheca, que transportava apenas oito tripulantes, preparava-se para pousar em Vnukovo. O piloto não conseguiu frear a aeronave que escapou para a rodovia que acompanha o aeroporto, bateu em alguns veículos e partiu-se em três pedaços.  

Dos oito tripulantes, quatro tiveram morte instantânea, um morreu no hospital e três permanecem internados.

Fonte: Diário da Rússia - Foto: RIA Novosti

Teste com avião elétrico é passo para consolidação desse combustível no Brasil

Hidrelétrica de Itaipu Binacional está à frente das pesquisas

Ideia dos fabricantes é colocar no ar o primeiro modelo elétrico já neste ano
Foto: Alexandre Zaramella/ACS/Divulgação

”No campo energético, esse é o assunto do momento no mundo.” A avaliação é do engenheiro elétrico Celso Novais, de 53 anos, um paulista que há 22 anos trabalhou na Itaipu Binacional, uma das maiores hidrelétricas do mundo, em Foz do Iguaçu, no Paraná. O assunto em questão é a mobilidade elétrica sustentável, ou, trocando em miúdos, a eletricidade como substituta dos combustíveis fósseis em veículos de qualquer serventia, até mesmo aviões. Para o engenheiro, já não restam dúvidas de que os veículos de um futuro bem próximo serão todos elétricos ou híbridos (com duas fontes de energia, a elétrica incluída).

Em 2006, uma parceria da Fiat Automóveis e da Itaipu colocou em uso vários automóveis Siena elétricos na usina, veículos que ainda circulam. Desde então, a hidrelétrica, por meio do Projeto Veículo Elétrico (VE) – desenvolvido pela Itaipu Binacional e parceiros e coordenado pelo engenheiro Novais –, desenvolveu protótipos de Jeeps 4x4 e micro-ônibus. No fim de outubro, o VE começou estudos para desenvolver o primeiro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Brasil. O único VLT produzido no país é o da empresa cearense Bom Sinal, que tem motor movido a diesel e biodiesel. Os engenheiros e técnicos de Itaipu trouxeram a Foz do Iguaçu um modelo em escala real do VLT da Bom Sinal. A primeira etapa do trabalho, com duração prevista de um ano e meio, vai promover a acomodação do sistema de tração elétrica ao protótipo, para depois desenvolver uma versão elétrica do VLT.

Outra frente aberta pelo projeto é o desenvolvimento de um avião movido a eletricidade, em parceria com a fabricante brasileira de aeronaves ASC Aviation, de São José dos Campos (SP). A empresa paulista produz um pequeno e moderno modelo esportivo, o ACS 100 Sora, usado também para acrobacias aéreas, que hoje voa com motor a combustão. A ideia é colocar no ar o primeiro avião elétrico brasileiro já neste ano. Celso Novais explica que a nova linha de pesquisa vai agregar ao trabalho conhecimentos sobre o uso de materiais compostos – largamente usados na aviação, sendo extremamente leves e altamente resistentes – para a redução do peso dos protótipos.

No campo dos automóveis elétricos, ele observa que o cidadão comum, pelo menos no Brasil, ainda não tem oferta deles. "E mesmo que tivesse, não seria uma compra interessante, pois seu custo é mais do que o dobro de um convencional. Os automóveis elétricos têm autonomia de até 130 quilômetros e precisam de uma carga de oito horas na bateria. Ela pode ser feita por meio de uma tomada de residência, por exemplo." O engenheiro diz que, com 7 bilhões de habitantes no planeta, não há outra saída que não seja repensar o uso de combustíveis fósseis para promover a sustentabilidade e a redução da emissão de gás carbônico (CO²). "Veja bem, um veículo movido a gasolina, diesel ou álcool tem 80% de sua energia desperdiçada em calor e poluição, ao passo que um elétrico aproveita de 80% a 85% de sua energia", explica, acrescentado que esse último não polui e é silencioso.

Em um futuro bem próximo, veículos serão todos elétricos ou híbridos
Foto: Auremar de Castro/Estado de Minas

Celso Novais acredita que a própria indústria automobilística mundial não tem interesse imediato no uso de veículos elétricos, "pois ela não vai atirar em seu próprio pé, visto que tem toda uma estrutura preparada para fornecer os atuais carros". Mas afirma que "todos os grandes fabricantes têm projetos e protótipos de elétricos guardados na gaveta, pois sabem que esse vai ser o caminho". O engenheiro destaca que o peso do protótipo e a autonomia das baterias são os grandes problemas enfrentados pelos carros elétricos e faz um paralelo com a bateria dos telefones celulares. "Quando a telefonia móvel surgiu, as baterias eram imensas e com carga de pouca duração. A evolução foi a que se viu e hoje temos baterias bem pequenas e com longa duração. Esse vai ser o futuro dos carros elétricos", afirma, acrescentando que a China é que vai puxar a fila, pois é o país mais preparado para tanto.

Avião Elétrico

No caso da associação com a ASC Aviation para implantar o modelo elétrico no avião ACS 100 Sora, o engenheiro comenta que a empresa paulista foi apresentada ao Projeto VE por funcionários da Embraer, a gigante aeronáutica brasileira. O interesse era desenvolver um motor elétrico para o pequeno Sora e o nome da Itaipu Binacional logo surgiu como referência no setor. "A ACS é uma empresa com apenas seis anos de vida, mas com altíssima tecnologia, formada por profissionais competentes e com muito conhecimento na área de aeronáutica", afirma Novais.

Ele diz que o avião, em si, não é uma prioridade para o Projeto VE, mas é um meio de transporte em que o pouco peso dos componentes é fator determinante. A ACS desenvolveu, por exemplo, uma asa que é tão resistente que suporta 10 sacos de cimento em cada ponto. Ao mesmo tempo é superleve, pesando cerca de 60 quilos cada. "Essa combinação de materiais que resulta em pouco peso, esse know-how é o que estamos procurando, visto que a redução do peso dos protótipos é o caminho mais rápido e eficiente para melhorar a autonomia dos veículos elétricos. E também aprimorar a densidade energética das baterias, o que requer mais tempo e altos investimentos."

Desde setembro, integrantes do Projeto VE acompanham testes com o Sora em São José dos Campos e levantam informações como a potência necessária para decolar e taxiar na pista. Se tudo correr conforme o planejado, o primeiro avião elétrico brasileiro vai decolar da pista de Itaipu, na margem paraguaia de Itaipu Binacional, em agosto.

Asas do Futuro

O engenheiro mecânico Alexandre Zaramella, de 38, é mineiro de Belo Horizonte e formou-se pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele é diretor-presidente da ACS Aviation e igualmente acredita que a energia elétrica é o combustível do futuro para o transporte. "Estamos testando a eletricidade em um modelo de avião já consolidado. Estamos na fase experimental, com vistas a chegar ao lado comercial. Trata-se de uma inovação no Brasil, mas podemos afirmar que a produção de aviões elétricos ainda é bem incipiente no mundo todo. Todos estão no mesmo patamar e há grandes fabricantes interessados no assunto, como a Boeing, que já testa modelos híbridos", afirma. A ACS Aviation é parceira do Centro de Estudos Aeronáuticos (CEA) da UFMG.

Fonte: Alfredo Durães (em.com.br)