quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Jobim autoriza ampliação de raio de vôos de Congonhas

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, cedeu à pressão das companhias aéreas e autorizou a ampliação do raio de vôos a partir de Congonhas, na zona sul de São Paulo, subindo de 1.000 quilômetros para 1.500 quilômetros.

Com isso, os vôos saindo de Congonhas poderão chegar até Corumbá, em Mato Grosso, ou Salvador, na Bahia. O Ministério da Defesa esclareceu que a medida valerá apenas no período de maior fluxo de passageiros, entre dezembro e janeiro.

Esta era uma das principais reivindicações que as empresas aéreas estavam fazendo porque se sentiam prejudicadas para atender cidades turísticas como as do sul da Bahia. No entanto, o Ministério da Defesa, informou que permanece a regra de que os vôos têm de ser ponto a ponto e que o aeroporto de Congonhas não pode ser usado como hub - centro de distribuição de vôos.

Ministro prevê problemas com BRA no fim do ano

Jobim admitiu hoje que os passageiros com bilhetes da BRA comprados para as festas de final do ano poderão enfrentar problemas para o embarque. O ministro disse que a prioridade do governo será solucionar casos emergenciais, como passageiros que já voaram um dos trechos e precisam retornar aos locais de origem - o que não necessariamente inclui os feriados de Natal e Ano Novo.

Fonte: UOL Últimas Notícias / AE

Denúncia: aviões da BRA estavam em más condições

O Sindicato dos Aeronautas afirma que vinha denunciando as más condições da BRA há mais de dois anos. A companhia, que cresceu rapidamente, se viu obrigada a reduzir a frota pela metade por causa de problemas com os aviões.

O passo foi maior que a perna. A empresa começou a operar em 1999, com vôos fretados para agências de turismo. Um setor que em que ela tinha experiência. Em janeiro de 2006, a BRA passou a voar em linhas regulares e descobriu que as regras do novo jogo eram bem diferentes.

“É um erro que ocorre muito em empresas que decidem entrar em um outro segmento de mercado que não conhecem, que é muito distante. Parece que vai dar certo, mas não dá”, explicou Sérgio Lazzarini, especialista do setor aéreo.

Em dezembro, a BRA passou a ser administrada por um grupo de investidores estrangeiros e a Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Os investidores tinham 20% da empresa e colocaram no negócio R$ 180 milhões.

De janeiro a setembro de 2007, a BRA transportou quase 2 milhões de passageiros e chegou a operar 315 vôos mensais para 26 destinos nacionais e 3 internacionais. Tinha dez aviões. Em um ano, a participação no mercado cresceu de 3,41% para 4,6%.

Com o aumento do número de vôos, a fragilidade das operações da BRA começou a dar sinais. Em julho, um avião fez um pouso de emergência em Lisboa devido a problemas na turbina. No início de outubro, a despressurização da cabine provocou atrasos em uma decolagem em Porto Alegre. As reclamações dos passageiros aumentaram e a frota foi reduzida para a metade.

Uma aeromoça, ouvida pelo Bom Dia Brasil, denuncia o mal estado de conservação dos aviões: “Tinham aviões que já tinham históricos, de você entrar neles sabendo que poderia acontecer alguma coisa. Então, a gente já entrava preparada, sabendo que poderia despressurizar.”

A aeromoça diz que os funcionários trabalhavam com medo: “A gente entrava na aeronave pedindo a Deus que voltasse, porque uma situação que a gente vê... Não tem nada para servir dentro da aeronave. Como será que anda a manutenção?”

A aeromoça conta que a companhia operava de forma precária: “Muitas vezes pousava em algumas bases que não tinha nem funcionário para atender a aeronave. Nós ficávamos uma hora e meia em solo, aguardando.”

O Sindicato Nacional dos Aeronautas confirma os problemas. A presidente do sindicato, Graziella Baggio, disse que, há dois anos, denuncia as irregularidades à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a outras autoridades da aviação. “O sindicato tem recebido inúmeras denúncias. Entre elas, denúncias a respeito de manutenção, voltadas à questão da despressurização ou de falta de manutenção nas aeronaves. E também a respeito de alimentação embarcadas a bordo, não só dos tripulantes - que foi objeto de denúncia do sindicato à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - como também denúncias de usuários reclamando sobre alimentação oferecida a bordo aos passageiros”, afirmou Graziella.

Quatro dias antes de encerrar a suspensão dos vôos, o presidente da BRA, Humberto Folegatti, renunciou. Pelo segundo dia consecutivo, nenhum responsável pela empresa quis se pronunciar.
“Graças a Deus a empresa parou sem que tivesse acontecido nada de grave. Porque, se tivesse continuado, com certeza, poderia ocorrer, mais uma vez, no Brasil, outra tragédia”, concluiu a aeromoça da BRA.

Fonte: Jornal Nacional (07/11/07)

Sobem para cinco os mortos por queda de helicóptero americano na Itália

Cinco soldados americanos morreram hoje e seis ficaram feridos, dois deles gravemente, na queda de um helicóptero militar na localidade de Santa Lucia del Piave (norte da Itália).

Quatro dos militares, entre eles uma mulher, morreram na hora. O quinto faleceu no hospital.
O aparelho, um Blackhawk usado no transporte de tropas americanas, tinha decolado às 8h30 (de Brasília) da base que o Exército dos EUA tem em Aviano.

O aparelho caiu a cerca de 200 metros de um das pontes da rodovia A27, que, por precaução, teve que ser temporariamente fechada.

Segundo a primeira reconstituição do acidente, os militares realizavam manobras de embarque e desembarque quando o helicóptero se inclinou demais e as hélices encostaram no chão.

O Corpo de Bombeiros demorou várias horas para regatar os corpos.

Os militares integravam as tropas postadas na Alemanha, de onde, segundo o Exército americano, saiu um grupo de peritos para investigar as causas do acidente.

Tanto o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, como o ministro da Defesa, Arturo Parisi, enviaram mensagens de pêsames às autoridades americanas.

Fonte: EFE

Passageiros de vôo da VASP seqüestrado serão indenizados

A 3ª turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região condenou a Viação Aérea São Paulo (Vasp) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) a pagar indenização por danos morais a quatro passageiros do avião seqüestrado e assaltado em pleno vôo, em agosto de 2000, no Paraná. Cada passageiro receberá R$ 20 mil, atualizados e com incidência de juros de 1% ao mês, contados a partir do crime. A decisão unânime foi tomada durante julgamento realizado na última semana.

O vôo 280 da Vasp partiu de Foz do Iguaçu (PR) com destino à Curitiba. Durante a viagem, os passageiros e tripulantes do Boeing 737-200 foram rendidos por cinco homens armados, que obrigaram a alteração da rota, pousando o avião em Porecatu (PR), na divisa com SP. Após roubar R$ 5 milhões que eram transportados no vôo, o grupo, que teria como líder Marcelo Borelli, fugiu.

Como o pedido de indenização foi negado pela 5ª Vara Federal de Curitiba, os quatro passageiros recorreram ao TRF. Para eles, a Infraero e a Vasp foram negligentes, permitindo que o bando embarcasse no avião portando várias armas de fogo. Além disso, não teriam sido tomadas as medidas de segurança necessárias, pois no vôo foram transportados altos valores, o que não seria adequado para viagens em avião de carreira, com passageiros.

A juíza federal Vânia Hack de Almeida, relatora da apelação, entendeu que os passageiros devem ser indenizados. A juíza lembrou que a aeronave cruzou vários níveis de vôo, sem nenhum controle, e pousou em um aeródromo sem condições para suportar um Boeing 737-200. Além disso, foram efetuados disparos e graves ameaças dentro do avião, de acordo com a juíza.

Segundo a relatora, a Infraero e a Vasp concorreram para a ocorrência dos danos causados aos autores da ação, devendo assim arcar solidariamente com o pagamento da indenização. Para Vânia, a Vasp foi imprudente ao transportar R$ 5 milhões em um vôo comum, o que aumentou consideravelmente o risco de assaltos. Quanto à Infraero, a magistrada disse que houve omissão e negligência da empresa ¿ responsável pela fiscalização e acesso às aeronaves ¿, que não impediu o ingresso dos homens com armas de fogo.

A Infraero e a Vasp ainda podem recorrer da decisão. Em agosto deste ano, a 4ª Turma do TRF condenou a Infraero a pagar indenização no mesmo valor ao piloto, ao co-piloto e a três comissários de bordo do Vôo 280.

Fonte: Terra

Avião em rota Chicago-NY sofre ameaça de bomba

Agentes especializados inspecionam um avião da companhia American Airlines que havia decolado de Chicago e aterrisou hoje no aeroporto nova-iorquino de La Guardia. Segundo a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, a polícia local recebeu um telefonema alertando para a presença de um explosivo dentro da aeronave.

O aviso de bomba "foi dado através de um telefonema à polícia de Nova York", disse à agência Efe um porta-voz do órgão. Os 117 passageiros e cinco tripulantes que estavam no vôo evacuaram a aeronave antes de cães farejadores darem início às buscas por explosivos.

"Quando a polícia de Nova York nos avisou, iniciamos o procedimento habitual para este tipo de situação", declarou o funcionário da Autoridade Portuária. De acordo com a mesma fonte, como medida de precaução, o avião foi levado para uma "área afastada" do aeroporto nova-iorquino.

Imagens transmitidas por redes de TV locais mostram cachorros e agentes inspecionando malas. As bagagens, colocadas longe da pista em que se encontra o aparelho, já foram devidamente identificadas. Segundo a Autoridade Portuária, o avião sob inspeção decolou às 13h31 (de Brasília) de Chicago. Seu pouso em La Guardia estava previsto para as 15h45 (de Brasília).

Fonte: EFE / Imagem: Reprodução da TV WABC

Avião de carga pega fogo em aeroporto de Cartum

Um avião de carga sudanês pegou fogo hoje junto ao Aeroporto Internacional de Cartum após realizar um pouso de emergência, em um acidente que não causou vítimas, segundo fontes da aviação civil sudanesa.

O avião tinha acabado de decolar quando o piloto, de nacionalidade russa, chamou a torre de controle para informar que voltaria por causa de um problema técnico.

Ao aterrissar, o avião saiu da pista e invadiu um aeroporto militar próximo, incendiando.

Toda a tripulação - três russos e um sudanês - conseguiu abandonar o avião sem sofrer danos, segundo as fontes.

O aparelho, cujo modelo e fabricante não foram especificados, estava carregado de alimentos e material de escritório.

O avião se dirigia a Yuba, capital da região sul do país, que se encontra em reconstrução após mais de duas décadas de guerra.

Os acidentes de aviação no Sudão são freqüentes por causa dos sucessivos embargos sofridos pelo país, que dificultam a reparação e a recepção de peças de substituição.

Fonte: EFE

Queda de avião: FAB apura se combustível foi a causa


A hipótese de que a queda do Learjet, ocorrida na tarde de domingo em que oito pessoas morreram, possa ter sido provocada por problemas no combustível, está sendo investigada pela Aeronáutica e pela Polícia Civil de São Paulo. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, para que o avião pudesse atingir velocidade e ganhar altura, ele precisaria de um combustível com alta octanagem - grande capacidade de combustão. Ocorrendo adulteração, o motor não conseguiria a potência suficiente e poderia parar.

O serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), que integra a Força Aérea Brasileira (FAB), informou que já recolheu amostras do combustível do aparelho e do posto de abastecimento do hangar da Paulicopter no Campo de Marte, zona norte de São Paulo, onde a aeronave fez sua última parada para abastecer.

De acordo com o chefe da equipe de investigação, o tenente-coronel Wagner Cyrillo, as amostras já foram colhidas, mas "ainda não temos o resultado dos testes".

Fonte: Terra / Folha de S.Paulo