terça-feira, 24 de junho de 2008

A fase não é das melhores (os negócios da família Constantino)

Depois da meteórica ascensão à elite dos bilionários do planeta, está tudo dando errado para os Constantino

Por Daniella Camargos
EXAME


Houve um tempo em que a vida do clã Constantino, os controladores da Gol, era uma incrível seqüência de boas notícias. O sucesso da empresa e a multiplicação de seu valor de mercado fizeram com que a família deixasse de ser a anônima proprietária de uma enorme frota de ônibus para se transformar numa das novas estrelas do capitalismo nacional. Mas, de um ano para cá, essa maré começou a virar, e a agenda dos Constantino foi sendo tomada por uma extensa lista de problemas. Começou em junho, quando o então senador Joaquim Roriz foi pilhado dividindo 2,2 milhões de reais em espécie com o presidente do Banco de Brasília, Tarcísio de Moura. O dinheiro era de Nenê Constantino, patriarca do clã, que alegou tê-lo emprestado ao amigo Roriz sem juros nem correção monetária. Até hoje não se sabe para que o dinheiro foi usado ou mesmo se foi devolvido. O episódio parece ter detonado alguma espécie de sincronia nefasta sobre os negócios dos Constantino. De lá para cá — com exceção das companhias de ônibus, que deram origem ao grupo —, as novas empresas da família passaram a apresentar problemas. A Gol, jóia da coroa, perdeu mais de 60% de seu valor de mercado nos últimos 12 meses. A Providência, líder nacional em matéria-prima para produtos de higiene descartáveis, viu seu valor cair 43,4% no ano até maio. Para completar, a BR Vias, criada em 2006 para ser uma das líderes do setor de concessões rodoviárias, saiu derrotada de seis dos sete leilões dos quais participou até agora. Na última lista de bilionários da revista Forbes, freqüentada por quatro irmãos Constantino desde 2006, não há nenhum integrante da família.

Foto: Seu Nenê, com a família: fora da lista da Forbes

Não existe uma explicação única para o mau momento dos Constantino. A situação da BR Vias, por exemplo, foi determinada por uma postura mais conservadora nos leilões — ou pela agressividade maior dos concorrentes. Dos seis que disputou para administrar estradas federais, a empresa ganhou apenas um, o menos expressivo: um trecho da BR-153, entre Minas Gerais e Paraná. Os outros cinco, que incluíam os lotes das movimentadas Regis Bittencourt, entre São Paulo e Curitiba, e Fernão Dias, entre São Paulo e Belo Horizonte, foram arrematados pela espanhola OHL. Em março, a BR Vias sofreu mais uma derrota — dessa vez numa disputa por uma concessão estadual. A empresa perdeu o cobiçado leilão pelo trecho oeste do rodoanel, em São Paulo. Quem levou o contrato foi a líder de mercado, a CCR. Em todas as concorrências que disputou, a BR Vias ficou em segundo lugar. Em algumas delas, a derrota aconteceu por uma diferença de centavos no preço oferecido para o pedágio. “O resultado foi muito frustrante para os acionistas”, diz Martus Tavares, presidente da BR Vias e ex-ministro do Planejamento do governo Fernando Henrique Cardoso. “A recomendação dos donos agora é não perder os próximos leilões.” A pressão por resultados promete ser intensa. Nos próximos meses, serão leiloados mais 4 000 quilômetros de estradas federais e estaduais.

A diversificação de negócios dos Constantino foi impulsionada pelo incrível desempenho da Gol em seus primeiros anos de operação. Com os lucros da companhia aérea, a família montou um fundo de participações em empresas chamado Asas (o nome não é mera coincidência). Assessorados pelo ex-ministro do Planejamento Antonio Kandir, eles passaram quase dois anos estudando o mercado em busca de oportunidades. Na teoria, os negócios escolhidos pelos Constantino eram muito promissores. O investimento na Providência, comprada em sociedade com o fundo americano AIG e o grupo Espírito Santo, tinha tudo para dar certo. Líder nacional de um setor que cresce 8% ao ano, a Providência poderia se beneficiar do aumento de renda do brasileiro. A empresa produz matéria-prima para produtos como fraldas descartáveis e absorventes, itens cuja venda cresce quando a economia se desenvolve. Seus resultados, porém, foram prejudicados por duas variáveis que pegaram seus controladores de surpresa. A primeira foi a forte alta do petróleo — fonte de sua principal matéria-prima, o polipropileno. Desde que os Constantino compraram o negócio, o barril de petróleo subiu espantosos 130%. O segundo fator foi a desvalorização do dólar, que, no mesmo período, despencou 24,3%. Resultado: a receita recuou, no último ano, 8,5% e o lucro líquido 95%. “Estamos tentando reverter a situação, alterando contratos com fornecedores e desenvolvendo produtos de maior valor para garantir margens mais altas”, diz Hermínio de Freitas, presidente da Providência.

Entre todos os negócios da família Constantino, porém, o caso mais delicado é o da Gol. Primeiro pelas dimensões da empresa. A companhia aérea fatura dez vezes mais do que a Providência. Depois porque o mau desempenho não pode ser explicado por razões conjunturais ou como decorrência de fatores imponderáveis. É verdade que a crise aérea, aliada ao aumento do preço do petróleo, tem atrapalhado todo o setor. Mas a empresa do clã Constantino vem sendo afetada de maneira muito mais intensa do que a TAM, sua principal concorrente. Os resultados do primeiro trimestre de 2008 mostraram o ápice dessa crise até aqui. A Gol teve prejuízo de 74 milhões de reais, ante lucro de 91 milhões no mesmo período de 2007. Uma das explicações para essa derrocada está na compra da Varig. (Recentemente, a operação de salvamento da companhia, que confluiu para sua venda à Gol, foi alvo de denúncias de favorecimento por parte do governo. Elas envolvem os atuais donos da VarigLog, antigos controladores da Varig.) Constantino Júnior, presidente da Gol, esperava que a aquisição de uma companhia tão emblemática fosse um passo crucial para a conquista da liderança do setor. Até agora, porém, a compra não correspondeu às expectativas. A Gol já gastou cerca de 1 bilhão de reais para incorporar a Varig, mas não conseguiu restaurar suas rotas internacionais e ainda conta com o risco de ter de desembolsar cerca de 10 bilhões de reais em dívidas antigas da empresa adquirida. “A Varig tornou-se um peso extra para a Gol”, diz Daniela Bretthauer, analista do banco Goldman Sachs.

Onde os Constantino estão perdendo

O desempenho das empresas do clã nos últimos meses

BR VIAS

O que é
Empresa criada em 2006 para ser uma das líderes no setor de concessão de estradas federais e estaduais

Melhor momento
Ganhou o leilão para administrar um trecho da BR-153 dentro dos limites do estado de São Paulo

O que deu errado
Perdeu cinco leilões dos seis que disputou para administrar estradas em 2007. Também perdeu o leilão para administrar o rodoanel, em março

GOL

O que é
Companhia aérea de baixo custo criada em 2001 para concorrer com a TAM, inspirada na americana JetBlue

Melhor momento
Em 2006, tornou-se uma das maiores do setor no país, com margem operacional de 18,5%, a segunda maior do mundo

O que deu errado
A compra da Varig,em abril de 2007, não trouxe os benefícios esperados. Desde então, o valor de mercado da Gol caiu mais da metade

PROVIDÊNCIA

O que é
Líder na produção de não-tecidos, material utilizado na fabricação de produtos descartáveis, comprada em 2006

Melhor momento
Abertura de capital em julho de 2007 e aquisição da Isofilme, uma de suas principais concorrentes

O que deu errado
A alta do petróleo elevou o custo do polipropileno, sua principal matériaprima. Desde o início do ano, o valor de mercado da empresa caiu 43,4%

Dadas as circunstâncias, Júnior decidiu modificar completamente a estratégia para a Varig. No mês passado, ele cancelou os vôos da companhia para Cidade do México e Madri. Em agosto, suspenderá também todos os vôos para Paris. Essa redução drástica de rotas internacionais tem dois objetivos em vista: fazer a empresa voltar ao azul, já a partir do terceiro trimestre, e recuperar ao menos uma fração do valor de mercado. Além do péssimo desempenho no ano passado, as ações da Gol neste ano não param de cair. Até o fechamento desta edição, o valor das ações preferenciais da companhia havia caído 42%. Por causa das dificuldades de todo o setor, que ainda pode ser mais abalado pelo repasse da alta do preço do petróleo nas tarifas e possivelmente pela redução do crescimento da demanda, os especialistas mostram-se cautelosos quanto às novas metas de Júnior. “Nada indica que o cenário irá mudar no curto prazo”, diz André Castellini, consultor de aviação da Bain&Company. De fato, a fase não é das melhores.

Fonte: Portal Exame (12/06/2008) - Foto: Dida Sampaio (AE)

Equipamentos que auxiliam pousos e decolagens são alvo constante de tiros no Salgado Filho

Badernas e brigas ocorrem no local após shows no Pepsi On Stage

Disparos contra dispositivos do aeroporto não têm origem confirmada

Os equipamentos que auxiliam pousos e decolagens no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, são alvo constante de tiros. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Ministério Público Estadual (MP), após reunião realizada ontem com representantes da Infraero. Os disparos não têm origem confirmada.

O encontro tratou também de outros problemas na segurança do aeroporto, como furtos a automóveis no estacionamento. De acordo com o MP, desde o início do ano foram registrados 60 casos, uma média de 10 por mês.

Os engarrafamentos na região por causa de espetáculos no Pepsi On Stage também foram citados. Como não há estacionamento no local, muitas pessoas param os carros no aeroporto. Na saída dos shows, o congestionamento prejudica os passageiros. Além disso, ao buscar seu veículo, algumas pessoas, por vezes bêbadas, acabam criando baderna e brigas no saguão do Salgado Filho.

O MP pretende verificar a situação do alvará do Pepsi On Stage. O promotor Renoir Cunha afirmou que repassará à Subprocuradoria-geral de Justiça para Assuntos Institucionais o relato dos problemas de segurança feito pela Infraero.

Fonte: ZEROHORA.COM - Foto:Ronaldo Bernardi

Guarulhos tem novo sistema informativo de vôo

O Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos possui agora o Sistema Integrado de Soluções Operacionais (Siso). Desenvolvida por especialistas da Infraero, a tecnologia oferece interfaces com outros sistemas da empresa nas áreas de manutenção, finanças e navegação aérea, e trabalha com um novo sistema informativo de vôo.

O aeroporto de Guarulhos é o 58º a adotar o sistema integrado. Essa ferramenta agiliza a obtenção de dados para cobrança de tarifas aeroportuárias, geração de relatórios estatísticos, entre outras soluções. Além disso, padroniza as informações disponibilizadas para os usuários.

Para a implantação do Siso, em Guarulhos, a Infraero adquiriu seis servidores capazes de processar e armazenar os próximos 20 anos de informações operacionais. Também foram instalados 235 monitores de LCD e 235 computadores, distribuídos nos dois terminais de passageiros. Os funcionários das empresas aéreas que trabalharão com o novo sistema participaram de um curso de capacitação e atualização promovido pela Infraero.

Fonte: Mercado & Eventos

Metade dos aviões da VarigLog está parada por ordem da Anac

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) proibiu provisoriamente metade da frota da VarigLog de voar, informou ontem (23) o órgão. A agência fez uma fiscalização surpresa na companhia de transporte de cargas na última sexta-feira e cassou a documentação das aeronaves por irregularidades.

Das 12 aeronaves da empresa, 6 tiveram a documentação cassada pela Anac. Segundo a agência, os motivos da proibição foram o vencimento do seguro obrigatório das aeronaves e a realização de serviços de manutenção em oficinas não autorizadas pelo órgão.

Entre os aviões com a documentação cassada estão um DC-10, dois MD-11, dois Boeing-727 e um Boeing-757. Segundo a Anac, eles só poderão voltar a voar quando as irregularidades forem corrigidas.

Situação grave

Os funcionários temem que, com a paralisação das aeronaves, mais demissões ocorram, disse Raphael Moraes, representante da Comissão Interna de Representantes dos Trabalhadores da VarigLog de Guarulhos. Segundo ele, o DC-10 é a maior aeronave da empresa e está estacionado no pátio.

Moraes afirmou que 20 funcionários da VarigLog em Guarulhos foram demitidos na última semana. Ele estimou que a empresa demitiu cem pessoas no país no período.

Procurado pela Folha, o fundo norte-americano Matlin Patterson, dono da VarigLog, não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta edição.

Fonte: FolhaNews (Folha de S.Paulo)

Airbus transporta primeiros componentes para a linha de montagem na China

A Airbus iniciou o transporte dos primeiros componentes de aviões a serem montados, na China, em Tianjin. O processo de montagem do primeiro avião, destinado à Sichuan Airlines, vai começar em agosto de 2008 e a entrega está prevista para o primeiro semestre de 2009.

Seis gabaritos com partes de um A320, que vieram de instalações na Europa, partiram de Hamburgo numa barcaça. Os gabaritos têm seções dianteiras e traseiras da fuselagem, um par de asas, derivas horizontal e vertical e suportes de turbinas. A barcaça vai levar esses componentes para o proto de Hamburgo, onde serão transferidos para um navio de contêineres para Tianjin. O percurso total levará menos de um mês.

A linha de montagem final na China é um marco no caminho da Airbus para se tornar uma empresa global. E permite flexibilizar a produção da família A320 elevando o ritmo de fabricação para 40 unidades mensais em 2010. A linha de montagem na China vai produzir aviões para o mercado local, onde o tráfego deverá crescer 5 vezes nos próximos 20 anos, levando a uma demanda de 2.670 novos aviões.

A linha de montagem na China é um empreendimento conjunto da Airbus (51%) e um consórcio chinês (49%). Esse grupo é composto pela Tianjin Free Trade Zone (TFTZ) (60%), AVIC 1 (20%) e AVIC 2 (20%) dos 49% detidos pelos chineses.

Fonte: Aviação Brasil

Dica: Viajando com animais

Acredito que todo mundo costuma levar seus bichinhos pra passear. Seja para um fim de semana na praia ou no sítio, não dá para deixá-los sozinhos, ainda mais os pequeninos!! Agora, alguém aí já fez uma viagem de avião com eles??

Pois é... quem já passou por isso vai saber exatamente do que estou falando.

Em agosto vou me mudar para os Estados Unidos, vou passar um período lá fazendo um trainee e, claro, A LUCY VAI COMIGO! Há quase dois meses comecei a pesquisar com as cias aéreas quais eram as regras para poder levar animais de estimação no avião.

Para o trecho nacional falei com a GOL e a TAM:

* GOL - só leva animais no compartimento de bagagem - que, segundo eles, é devidamente pressurizado e tem a mesma temperatura de dentro da cabine. O animal tem que ficar um determinado tempo sem comer antes de embarcar.

* TAM - permite até dois animais dentro da cabine de passageiros. Pode estar em uma caixinha daquelas da fibra ou em uma sacola de transporte à prova de "vazamentos". Uma dica é colocar um daqueles tapetes absorventes que se usa pra educar o animal a fazer xixi no lugar certo.

Até aí tudo bem, como eu não queria DE JEITO NENHUM despachar a Lucy no compartimento de bagagem decidi que iria pela TAM.

MAS... faltava o pequeno detalhe do vôo internacional... aí começou a dor de cabeça!! Li em vários sites que a American deixava levar até SETE animais dentro da cabine, mas qual não foi a minha surpresa quando descobri que em vôos internacionais DE ou PARA a América do Sul (entre outros destinos) isso não era permitido. No máximo eu poderia mandá-la junto com as malas.

Meu estômago já deu um nó só de pensar nessa possibilidade. Para piorar descobri que eles têm uma "restrição de temperatura", o que significa que se a temperatura no local de chegada estiver maior ou igual a 75ºF (24ºC - cães de focinho curto) ou maior ou igual a 85ºF (cães de focinho longo) eles NÃO LEVAM DE JEITO NENHUM. Pois bem: a temperatura no lugar pra onde eu vou durante o verão é, EM MÉDIA, 90ºF! Ou seja, NEM PENSAR levar a Lucy comigo.

Depois de falar com dois atendentes diferentes e chegar a ir no balcão da American em Guarulhos pra perguntar e ter certeza de ela não poderia MESMO ir comigo entrei em total desespero, tive uma crise de choro, peguei ela no colo e comecei: "Lucy, você não vai poder ir comigo, o que eu vou fazer longe de você? Não tem como eu te deixar aqui e agora??? E agora???" E enquanto eu falava e chorava ela me lambia o rosto, como se quisesse enxugar as lágrimas e me consolar.

Foram dias de stress e eu querendo desistir quando meu pai disse que ficaria com ela e depois de um mês ou dois (quando estivesse mais fresquinho e as restrições de temperatura suspensas) ele a levaria até mim. Era uma opção viável, mas eu continuava me sentindo MUITO MAL de deixar a minha menina aqui enquanto eu estava lá sozinha... nos duas iríamos sentir muito a falta uma da outra.

Falei com uma amiga que mora nos EUA e ela disse que quando se mudou para lá levou os dois cachorros DENTRO do avião com ela, pela Delta Airlines. Fui pesquisar no site deles, mas não tinha especificações de vôos nacionais e internacionais então não deu pra saber qual regra valia para qual. Tentei ligar para o atendimento de reservas, mas só funcionava até as oito da noite (eram oito e meia) então tinha que esperar até o dia seguinte.

Durante todo esse tempo eu sabia que a Varig não voava para os EUA e que a TAM era parceira da American, e a American deixa BEM CLARO que as normas deles valem para as empresas parceiras também.

Não sei por que, mas no dia seguinte resolvi olhar o site da TAM e ver se tinha algum vôo com aeronave deles para Miami. TINHA!! Comecei bem... achei vários vôos diários saindo do Brasil.

Agora precisava ver se podia levar animais DENTRO do avião. PODE!!!!!! Sim, tanto em vôos nacionais quanto internacionais eles aceitam dois na classe executiva e dois na econômica. Na primeira não pode, a menos que a pessoa faça uma reserva especial – não vi bem como funciona.

Fiquei quase doida! Mas como tinha visto tudo isso no site queria ligar e falar com alguém pra confirmar. Fiz uma lista de perguntas e disquei pro 0800. Falei com o Anderson – nunca vou esquecer o nome dele!! – ele me confirmou tudo e deu as seguintes recomendações:

1 - Pode levar animal DENTRO DA CABINE tanto em vôos nacionais como internacionais. A caixinha dele vai na parte de baixo do assento ou dos pés, dependendo do tamanho.

2 – O peso do cachorro ou gato + o peso da caixa de transporte não pode ultrapassar 10kg.

3 – Tem que ter atestado de saúde (no máximo 10 dias antes), comprovante de que tomou a vacina anti-raiva (há mais de 30 dias e menos de um ano) e atestado de que não tem sintomas de miiases.

4 – Animais que vão para outros países devem ter o Certificado Zoo-Sanitário Intenacional (CZI) e pode ser adquirido no Ministério da Agricultura – no aeroporto – também no máximo 10 dias antes da viagem.

5 – NÃo pode sedar o animal para viajar, no máximo dar um remedinho tipo um Dramin ou Plazil de cachorro para ele dormir.

6 – Assim que tiver a reserva/confirmação do vôo tem que ligar e fazer uma pré-reserva pro animal. Eles NÃO confirmam na hora, só uns dias ou horas antes do embarque alguém da TAM vai ligar para dar a disponibilidade de espaço. É por ordem de reserva!

7 – É cobrada uma taxa que varia de U$ 90 a U$ 150, aproximadamente!!!

Ah, alguns países ainda exigem que o cachorro tenha um chip localizador. Nos EUA ainda não é obrigatório, mas sei que na Inglaterra é. É pequeno, não dói, não precisa cortar a pele do animal nem nada pra colocar. Aqui em Florianópolis custa R$ 60.

Estou pensando se coloco na Lucy ou não, afinal por mais que não precise esse é um jeito de localizar ela se um dia ela (isola!!) se perder. Eles passam um aparelhinho no chip e aparecem num computador as informações do cão como endereço, telefone de contato do dono, etc...

Assim que desliguei o telefone peguei a Lucy e falei “Lucy, você vai comigo!!!!!!!! Nós vamos passear!!!” Ela, claro, entendeu direitinho e começou a pular e correr pela casa, toda feliz com a perspectiva de mais um passeio!

Fonte: Bruna Bertoli Diegoli, dona da Lucy, Blog Bicharada (RBS)

Curto-circuito deixa a pista do aeroporto de São Luís sem iluminação

MAIS UM SUSTO

Dois aviões tiveram de pousar em outras cidades

Depois da decolagem abortada de um avião da TAM, causada por pela entrada de um urubu numa das turbinas da aeronave, em março passado, o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado foi palco, na madrugada de ontem (23), de mais um problema e mais um susto em passageiros de dois aviões. As aeronaves – vôos 1742, da Gol, que vinha de Imperatriz, e 3572, da TAM, procedente de Brasília – não puderam aterrissar porque na hora do pouso (cerca de 00h45) a pista principal do aeroporto estava praticamente às escuras. Das 102 luminárias existentes na pista, apenas nove funcionavam.

Com isso, o avião da Gol teve de retornar e pousar em Teresina (Piauí), enquanto o da TAM seguiu para Belém. Mais de 300 passageiros estavam a bordo dos dois aviões.

Nem a Gol nem a TAM quiseram comentar o assunto ontem, mas a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) informou que o problema foi ocasionado por um curto-circuito em parte do sistema de alimentação do balizamento da pista de pouso e decolagem nº 06/24.

A pane, segundo a Infraero, teria sido motivada pelas fortes chuvas e queda de raios nos últimos dias em São Luís.

A Infraero explicou, ainda, que a pista auxiliar nº 09/27 não foi afetada e operou normalmente. O problema foi solucionado a partir de 01h40, e não prejudicou os vôos que vieram em seguida.

Esta foi a primeira vez que o Aeroporto Marechal Cunha Machado passou por problemas desse tipo. Segundo informações de passageiros que procuraram a reportagem do Jornal Pequeno, muitas pessoas que estavam a bordo dos aviões passaram mal, ficaram nervosas e desembarcaram em São Luís assustadas.

A reportagem tentou conversar com funcionários da Gol e da TAM, que trabalham no aeroporto, mas eles informaram que não poderiam dar entrevistas, nem comentar o assunto.

Fonte: Jornal Pequeno

Governo brasileiro marca data para lançamento de foquete a partir de Alcântara

Mercado de lançamento de satélites é estimado em 13 bilhões de dólares para os próximos dez anos

O governo brasileiro já marcou para julho de 2010 a data de lançamento do foguete Ciclone 4, a partir da base em Alcântara, no Maranhão, como parte de um acordo de cooperação internacional com a Ucrânia.

No início de junho de 2008 o ministro Sergio Resende (Ciência e Tecnologia) e o diretor-geral do lado brasileiro da binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral, estiveram em Kiev para acertar os detalhes com os sócios ucranianos.

Como resultado dessa reunião, nos próximos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá reunir no Palácio do Planalto três ministros, dois secretários, o Ministério Público Federal e o Incra para adotar as providências necessárias para acelerar o projeto.

Transferência de tecnologia

Na primeira fase do projeto, o Brasil só terá acesso à tecnologia ucraniana no que se refere à estação de lançamento. No que se refere ao foguete propriamente dito, ele será desenvolvido inteiramente na Ucrânia. O foguete vem construído. Desmontado. Já a plataforma toda será construída no Brasil, com a participação de técnicos e operários brasileiros.

Enquanto operam com o Ciclone 4, Brasil e Ucrânia acertaram que vão formar uma parceria para o desenvolvimento do Ciclone 5 - aí sim, com a transferência de tecnologia de foguetes.

Em um mercado estimado em 13 bilhões de dólares nos próximos dez anos, a ACS estima que pode absorver no período em torno de 4 bilhões.

Fonte: Valor Econômico

Bilionário Richard Branson quer ter empresa aérea no Brasil

Empresário negocia nova empresa com parceiros nacionais.

Inglês é dono da marca Virgin, presente em 360 companhias no mundo todo.

O empresário inglês Richard Branson quer abrir uma nova empresa aérea no Brasil. "Estamos negociando o estabelecimento de uma empresa que começará com vôos internos, mas que poderá se transformar em uma companhia com rotas internacionais", disse.

Richard Branson ocupa a posição de número 236 no ranking dos homens mais ricos do planeta, segundo a revista "Forbes", com uma riqueza estimada em cerca de US$ 8 bilhões, e conseguiu colocar sua marca Virgin em mais de 360 companhias em todo o mundo, inclusive em uma gravadora de discos. Um dos seus empreendimentos mais lucrativos hoje, porém, é o setor aéreo.

A companhia Virgin Atlantic Airways tem 51% de suas ações nas mãos de Branson. Os demais estão com a Singapore Airlines. Entre suas rotas mais lucrativas estão as ligações entre a Inglaterra e o Caribe, Estados Unidos, Ásia e Austrália.

Subsidiárias

Nos últimos anos, a empresa ainda montou companhias nacionais, como a Virgin Nigeria. "Queremos algo do mesmo estilo", afirmou o empresário, que ainda não tem uma data para o início das operações da nova companhia. "Será uma espécie de Virgin Brasil", explicou, após reuniões no Forum Humanitário Global em Genebra, na Suíça, dedicado a lidar com os problemas climáticos e liderado pelo ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan.

Segundo o bilionário, a intenção, agora, é entrar no mercado brasileiro, "que sabemos que conta com alguns problemas no setor aéreo". "O Brasil é um mercado muito dinâmico e não demos atenção suficiente no passado. Sabemos que há um grande espaço para crescer diante das dimensões do País e da necessidade do desenvolvimento do setor aéreo para o próprio crescimento do Brasil", afirmou o empresário.

Ele prefere não revelar ainda quem será seu parceiro local para a criação da empresa. "Vamos divulgar logo. Estamos em plena negociação", afirmou.

Etanol

Branson também afirmou que está interessado em investir no setor do etanol no Brasil. Ele já desenvolve modelos de aviões movidos à biocombustível, mas agora quer ir além e também investir na produção. "O etanol de cana-de-açúcar já demonstrou que pode funcionar. Não desmata e não gera aumento do preços de alimentos", afirmou.

"Estamos buscando oportunidades para investir nesse setor no Brasil para se tornar um importante produtor", concluiu.

Fonte: Agência Estado

Dois morrem em queda de avião na Eslovênia

Duas pessoas, provavelmente alemães, morreram na segunda-feira (23) quando um pequeno avião Ikarus C42 caiu perto da cidade de Postojna, no sul da Eslovênia.

O acidente ocorreu próximo ao aeroporto de Postojna, onde a aeronave que vinha de Berlim, planejava aterrissar.

Fontes: dnevniavaz.ba / ASN - Foto: 24ur.com

Avião cai em Porto Rico matando dois médicos

Um forte golpe de vento pode ter arrancado a hélice antes da queda do avião, a uns 300 pés de altitude.


Como fazia quase todos os finais de semana, o doutor Angel Luis “Luisi” García, de 49 anos, decidiu - no domingo (22) - liberar o estresse pilotando seu avião monomotor sobre o Valle de Lajas, em Porto Rico.

Nesta ocasião o acompanhava um jovem médico que estava fazendo sua residência no Hospital Metropolitano de San Germán, onde ele atende seus pacientes.

Quando García sobrevoava o vale junto com o doutor Michael Crespo Rohena, de 30 anos, que terminaria sua residência no próximo domindo, toparam com uma rajada de vento que, presume-se, arrancou a hélice e lançou o avião Rans Coyote 2, prefixo N131PR, de bico ao solo, segundo informou o fiscal Orlando Velázquez, que investigou o acidente.

Quando os paramédicos chegaram para prestar os primeiros socorros, encontraram os corpos dos médicos debaixo dos destroços da pequena aeronave, cujo nariz ficou encravado no terreno. Ambos morreram instantaneamente.

“Esse era seu ‘hobby’ para distrair-se e liberar o estresse que a carreira de médico ocasiona. Era um grande ser humano. Seu nome era Ángel e de verdade era meu anjo. Me ajudou bastante. É uma perda irreparável”, expressou entre soluços a doutora Johanna Camacho, companheira de trabalho.

Camacho completou dizendo que García era um médico que “dava tudo de si para seus pacientes”.

A jovem informou, também, que Crespo Rohena, natural de Bayamón, terminou seus estudos em medicina geral no ano passado na Universidade Autônoma de Guadalajara e estava há um ano fazendo sua residência no Hospital Metropolitano, onde conheceu García.

Caída vertical, súbita

O acidente ocorreu antes do meio-dia e os corpos foram resgatados despois das 15:30 (hora local). Durante esse tempo, os cadáveres ficaram a vista de familiares e amigos, o que tornou mais dolorosa a situação para eles.

Testemunhas disseram que a aeronave estava a uns 300 pés de altura quando caiu. Informaram, também, que García havia decolado do aeroporto de Mayagüez.

Horas mais tarde, a Agência Federal de Aviación (FAA) assumiu a jurisdição sobre a investigação da causa do acidente.

Fontes: El Nuevo Día (Porto Rico) / ASN - Fotos: Juan Luis Valentín

British Airways critica permissão a Bush para pousar em Heathrow

Bush chegou a Londres no último dia 15.

Pouso em Heathrow causou cancelamento de 69 vôos e problemas a 40 mil passageiros.


O diretor-geral da British Airways, Willie Walsh, criticou o gerente aeroportuário BAA por permitir que o avião do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, aterrissasse no aeroporto internacional de Heathrow, em Londres.

Walsh expressou sua insatisfação com o fato de a chegada de Bush a esse aeroporto ter obrigado o cancelamento de pelo menos 69 vôos e causado perturbações a 40 mil passageiros.

"A decisão de permitir ao presidente Bush e a sua frota de aviões aterrissar em Heathrow em vez de em uma base militar é algo que não tinha razão para os usuários de Heathrow terem suportado", disse Walsh.

Walsh disse que as perturbações duraram quatro dias, já que o aeroporto teve que ensaiar primeiro a chegada de Bush, antes de fechar uma pista para a aterrissagem real, em 15 de junho, e a decolagem da comitiva, no dia seguinte.

Atrasos e cancelamentos

As autoridades do aeroporto proibiram as saídas de vôos em duas ocasiões em 15 de junho, o que provocou atrasos de seis horas para os passageiros, afirmou Walsh.

A British Airways teve que cancelar 53 vôos, enquanto outras companhias suspenderam 16, além dos atrasos em outros 260.

Um porta-voz da BAA disse que Heathrow era o melhor lugar onde Bush podia aterrissar, já que o presidente e seu séquito se dirigiriam ao Castelo de Windsor, e o aeroporto oferece boas condições de segurança.

Fonte: EFE

Você já teve a bagagem extraviada?

Para muitas pessoas que viajam de avião nas férias, o descanso só começa depois de pegar as malas. Em alguns casos as bagagens não são devolvidas. Foi o que aconteceu com Priscila de Lima.

ASSISTA A REPORTAGEM DO BOM DIA BRASÍLIA (TV GLOBO)

A viagem para a Jordânia se tornou um pesadelo. A estudante Priscila de Lima saiu de Brasília em fevereiro, para fazer uma conexão em São Paulo. A bagagem foi extraviada. Desde então, ela tenta recuperar as três malas que, juntas, pesavam 56 kg.

“O pior de tudo é o constrangimento. Chegar num país que você não conhece, que tem outra cultura, querer tomar um banho e não ter o que vestir. E eles, com promessa que vão devolver sua mala, sua roupa. Além do dano material, moral e sentimental”, conta Priscila.

Dentro das malas, quase R$ 9 mil de prejuízo. Além de roupas havia livros, sapatos, jóias, chapinha de cabelo e 41 medalhas de ouro do namorado. “A gente entra na Justiça, mas não sabe se vai ganhar, nem quando. E como fica até lá? Não é uma questão de pedir, por favor. É um direito. Eu tinha o direito de ter as minhas malas, independente do lugar. Eu paguei para receber de volta tudo que levei”, argumenta Priscila.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orienta os passageiros: em caso de perda de bagagem, procure imediatamente o balcão da companhia aérea, na sala de desembarque, e preencha um documento que se chama Registro de Irregularidade de Bagagem. A pessoa deve aguardar 30 dias para receber os pertences ou o pagamento de uma indenização, que vai variar de acordo com o peso das malas.

O presidente do Procon-DF, Peniel Pacheco, explica que o consumidor também tem direito à reparação de qualquer constrangimento. “Perante a Justiça, tem que se declarar e comprovar aquilo que estava presente nas bagagens, principalmente na que extraviou. Se houver essa comprovação, a Justiça naturalmente vai dar ganho ao passageiro. E cabe, inclusive, uma ação por danos morais. Pode ser que, com a ausência dos pertences, o passageiro tenha vivenciado uma situação de constrangimento”.

A companhia aérea Air France disse que está tratando do caso com os devidos cuidados e atenção. Assim que tiver alguma informação vai entrar em contato com a passageira. A empresa Tam também foi procurada pela equipe do Bom Dia DF, mas não respondeu.

Qual é a legislação que protege o passageiro?

De acordo com o advogado e jornalista Paulo Roque, é o Código de Defesa do Consumidor. “Nós temos dois artigos que garantem ao consumidor uma reparação integral do prejuízo que ele teve. Como disse o presidente do Procon, é preciso comprovar os bens que estavam na bagagem, até para evitar abuso por parte de algum passageiro. O que a Justiça tem decidido nesses casos? Tem feito a inversão do ônus da prova, conforme determina o código. O passageiro alega e a companhia aérea deve provar que a bagagem não continua os itens indicados. Isso, para permitir ao passageiro uma indenização mais próxima possível de tudo que ele perdeu. Em situações específicas também é possível conseguir a indenização por dano moral”.

Fonte: G1

‘Primeira batalha da Guerra Fria’ completa 60 anos

Soviéticos bloquearam acesso por terra a Berlim Ocidental, que foi suprida pelo ar.

W.C. 'Dub' Suthers, de 79 anos, engenheiro de vôo, relembra os tempos da ponte aérea.


Alemães, britânicos e norte-americanos celebram nesta terça-feira (24) os 60 anos do que foi apelidado de "primeira batalha da Guerra Fria". Em 24 de junho de 1948, começava a ponte aérea para abastecer a cidade de Berlim, após o bloqueio do acesso terrestre à cidade pelas forças soviéticas que ocupavam a porção oriental da Alemanha.

Aviões C-47 descarregam suprimentos no aeroporto de Tempelhof, durante o período de ponte aérea

Quandos os aliados venceram a 2ª Guerra Mundial, em 1945, a Alemanha, livre dos nazistas, foi repartida em quatro zonas administrativas - controladas por União Soviética, Estados Unidos, Reino Unido e França.

A capital alemã, Berlim,apesar de estar geograficamente localizada no que então era a zona soviética, também foi subdividida em quatro áreas, o que criou um núcleo capitalista (o território de americanos, franceses e ingleses) no meio do território sob controle soviético.

Como Moscou não queria ter uma vitrine do capitalismo em seus domínios, resolveu fechar o acesso terrestre a Berlim Ocidental, o que, segundo os planos de Josef Stalin, obrigaria a cidade a aceitar ajuda soviética mais cedo ou mais tarde. Americanos e britânicos decidiram então criar uma ponte aérea para suprir as necessidades básicas da cidade.

“Tudo que se necessitava naquela cidade de 2,5 milhões de habitantes tinha que ser levado de avião”, relembra W.C. “Dub” Suthers, veterano de 79 anos que participou da operação como engenheiro de vôo, com 196 missões realizadas ao todo, em entrevista ao G1. Ele tinha 20 anos quando foi convocado a ajudar no transporte de suprimentos. “Nosso grupo transportava carvão e farinha. Os britânicos tinham a missão de suprir a cidade com gás e combustível”, conta.

Os engenheiros de vôo eram os terceiros homens (depois do piloto e do co-piloto) a operarem os aviões C-47 e C-54, destacados pelos EUA para a ponte. Sua função era controlar as condições técnicas durante o vôo, monitorando a temperatura e a pressão dos motores, por exemplo.


“Eu estava estacionado na costa oeste dos EUA. Um dia, estávamos saindo para o Alasca e os seis aviões em que estávamos receberam ordem para retornar. Disseram que os aviões seriam embarcados para Berlim no dia seguinte”, conta Suthers.

Segundo o veterano, somente por parte dos EUA houve 30 mil homens envolvidos na operação, incluindo o pessoal da Marinha e do Exército. “Tínhamos 350 aviões ao todo e tentávamos manter 225 voando”, conta o ex-engenheiro de vôo. “Era um trabalho duro. Voávamos 12 horas por dia, 7 dias por semana, enquanto o clima permitisse. Se o tempo estivesse ruim, ficávamos encarregados da manutenção das aeronaves.”

A grande quantidade de vôos ininterruptos podia levar a erros. De fato, vários aviões caíram nos 11 meses de bloqueio, e dezenas de americanos e britânicos perderam a vida tentando manter Berlim abastecida. Os soviéticos ainda voavam próximo aos aviões cargueiros, ou davam tiros ao ar, para atrapalhar as viagens.

“Eu só fui para a Alemanha na época do bloqueio. Mas as histórias que ouvia eram que, depois da guerra, os alemães queriam que nós (os aliados) fôssemos embora. Mas, quando começou a ponte aérea, as pessoas perceberam o que estávamos fazendo. Claro, os alemães nos odiavam, afinal tínhamos bombardeado eles muito. Mas não demorou muito para que percebessem que estávamos tentando salvá-los”, conta Suthers.

Crianças de Berlim brincam de ponte aérea durante o período de bloqueio. O esforço para garantir suprimentos à cidade fez com que os alemães vissem com outros olhos a presença de americanos e britânicos, seus inimigos na recém-terminada 2ª Guerra Mundial, em seu país

Àquela altura, os inimigos principais dos EUA já não eram os alemães, mas sim os soviéticos. “Nós até tínhamos mecânicos alemães trabalhando nos aviões. Traduzimos os manuais dos nossos aviões para o alemão, e depois contratamos ex-pilotos de caça alemães para serem nossos mecânicos. E eram bons mecânicos”, conta Suthers.

“Nós nos sentíamos realmente como se estivéssemos na primeira batalha da Guerra Fria. A batalha era que nós tínhamos que manter Berlim e a Alemanha livres de virarem comunistas. Se os americanos tivessem sido forçados para fora de Berlim, a cidade rapidamente teria virado comunista. E talvez toda a Europa teria virado comunista”, analisa.

O clima tenso entre os soviéticos e os EUA, no entanto, não preocupava muito o então jovem militar. “Não tinha medo de ser atacado pelos russos porque o Truman (Harry Truman, então o presidente dos EUA) trouxe três B-29 ( avião conhecido também como “Superfortaleza”, modelo utilizado para lançar bombas atômicas sobre o Japão) para a Europa – dois para a Inglaterra e um para a Alemanha – e os russos sabiam que tínhamos a bomba atômica”.

Os soviéticos chegaram a oferecer comida grátis aos berlinenses ocidentais, mas a ponte aérea funcionava de forma tão eficiente que Moscou acabou sendo obrigada a levantar o bloqueio, percebendo que não conseguiria ganhar a população, que chegou a fazer uma grande manifestação para pedir a manutenção do apoio dos países capitalistas.

Vôo comemorativo

Secretário de uma associação de veteranos participantes da ponte aérea de Berlim, Suthers foi convidado para refazer, nesta terça-feira (24) junto com outros companheiros, um vôo comemorativo entre Frankfurt e Berlim, com um avião da época.

Próximo de completar 80 anos, Suthers segue na ativa como sócio de uma empresa de software no Texas e acompanha as novas empreitadas militares de seu país. Ele apóia a presença dos EUA no Iraque, onde seu neto lutou. “Meu neto é fuzileiro naval e acaba de voltar do Iraque, há dois meses. Ele vai se alistar novamente para entrar nas forças especiais e então voltará para lá. E tenho que dizer: nós temos que fazer isso. Acho que precisamos pará-los em algum lugar. E é melhor que os paremos lá do que aqui. Deveríamos ter planejado melhor, mas eu estou 100% com os militares."

Fonte: G1

Teixeira fez ao menos seis reuniões com Lula no Planalto

Encontros de Lula com o advogado do caso VarigLog ocorridos desde 2006 não foram registrados na agenda pública do presidente

Compadre de Lula é acusado de interferir na venda da empresa aérea; Planalto afirma que nem todos os compromissos são divulgados


LETÍCIA SANDER
ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


A Presidência reconheceu que o advogado Roberto Teixeira esteve pelo menos seis vezes no Palácio do Planalto com Luiz Inácio Lula da Silva, seu compadre, desde 2006, em encontros não registrados na agenda pública do presidente.

Teixeira é acusado de usar sua influência junto ao governo para aprovar a venda da Va- rigLog para o fundo americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros, que o contrataram.

Ao menos dois desses encontros estão relacionados diretamente com o negócio, aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em junho de 2006. No mês seguinte, a Va- rigLog adquiriu a Varig. A assessoria de Teixeira diz que as demais visitas foram apenas de cortesia ao amigo Lula.

No dia 15 de dezembro daquele ano, Teixeira foi ao encontro de Lula acompanhado dos sócios da Varig um dia depois de a companhia receber da Anac, em cerimônia em Brasília, certificado que lhe deu autorização para voar.

Segundo Marco Antonio Audi, sócio afastado da VarigLog, o encontro foi convocado às pressas por Teixeira na manhã do dia 15, quando todos já haviam retornado a São Paulo, após a cerimônia. Audi então alugou um jatinho particular, onde viajaram, além dele e de Teixeira, os sócios brasileiros Eduardo Gallo e Marcos Haftel e o representante do fundo americano, o chinês Lap Chan.

Outro encontro de Teixeira com Lula ocorreu em 28 de março de 2007. Naquele dia, o advogado foi ao Planalto acompanhado dos empresários Nenê Constantino e Constantino de Oliveira Jr., donos da Gol. O motivo da reunião, segundo os empresários, era comunicar oficialmente a Lula a compra da Varig pela Gol.

Nas duas ocasiões, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), acusada de interferir na venda da VarigLog, estava presente.

O Planalto argumenta que nem todos os compromissos do presidente são divulgados.

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo