sexta-feira, 3 de abril de 2015

Helicópteros respondem por 16,6% de acidentes aéreos no Brasil


Levantamento do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, que está investigando a queda do helicóptero EC155 B1, cujo acidente vitimou cinco tripulantes, incluindo Thomaz Alckmin, filho caçula do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aponta que 16,6% dos acidentes aéreos no Brasil desde 2004 envolvem helicópteros. A grande parte desses acidentes, 83,4%, esteve relacionada a aviões.

É o Cenipa que enviará à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o relatório preliminar sobre o acidente em Carapicuíba, na Grande São Paulo, para que a Agência possa apurar as demais informações sobre o helicóptero e o piloto em comando.

Nas estatísticas do Cenipa, que reúnem dados até dezembro de 2013, são compilados eventos classificados como acidentes e acidentes graves. O estudo lista 1.136 acidentes e 438 acidentes graves.

No período de 2004 a 2013, os acidentes aéreos provocaram 1.019 fatalidades (mortos), 204 vítimas com ferimentos graves, 510 vítimas com ferimentos leves e 2668 ilesos em acidentes aeronáuticos.

O Estado de São Paulo é o que registra a maior parte dos acidentes, com 21,2% das ocorrências, seguido por Mato Grosso (10%), Rio Grande do Sul (8%) e Pará (6,5%).

A fase de operação da aeronave em que mais ocorre acidentes é a de cruzeiros/manobras, com 22,5% das ocorrências, seguida por decolagem/corrida inicial (18,4%) e pouso (15,14%).

Entre as causas dos acidentes compilados pelo Cenipa, 21,8% são falhas do motor em voo. Perda de controle em voo responde por 19,1% dos acidentes.

Em relação aos fatores contribuintes em acidentes aeronáuticos, o Cenipa aponta que percentualmente os três principais são o julgamento de pilotagem (15,64%), a supervisão gerencial (12,52%) e o planejamento (10,21%). Esses três fatores contribuintes representam 38,37% dos acidentes aeronáuticos ocorridos entre 2004 e 2013.

Fonte: João José Oliveira (Valor Econômico) - Imagem: Reprodução/Cenipa

Conheça as outras vítimas do acidente que matou o filho do governador de SP

Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves


Tinha 53 anos e era o piloto do helicóptero. Segundo a empresa Seripatri, tinha mais de 30 anos de experiência e era funcionário da Seripatri. Ele começou na aviação como mecânico e pretendia tirar habilitação para pilotar jatos executivos. Era conhecido por seu bom humor, segundo familiares. "Ele era feito de alegria, de amor, de paixão. Amava muito o que fazia e era muito feliz", disse a enteada, Caroline Reis. Isquerdo era amigo de Paulo Moraes, com quem costumava trabalhar.

Paulo Henrique Moraes


Tinha 42 anos e era mecânico e funcionário da Seripatri. Casado, ainda não tinha filhos. "Era uma pessoa extremente disciplinada, parece até meio japonês", disse o colega e piloto Edson Kudo.

Erick Martinho


Era mecânico da Helipark, empresa de manutenção. Faria 37 anos na terça-feira (7) e iria se casar no fim do ano com a noiva. "Eu acho que o sonho dele era ser piloto", disse o autônomo Dionisio Manuel de Oliveira.

Leandro Souza


Tinha 34 anos e era mecânico da Helipark, empresa de manutenção. Deixa a mulher, de 33 anos, e um filho, de 9. "Era muito trabalhador. Sempre procurou estudar para estar nessa profissão. Era o sonho dele", diz uma prima da esposa, Tatiana de Carvalho Barbosa. Segundo ela, ele se preparava para ser supervisor de manutenção.

Fonte: Site Desastres Aéreos - Fotos: Reprodução

Especialistas estranham presença de três mecânicos em helicóptero que matou Thomaz Alckmin


A perda de uma das pás do helicóptero em um voo de teste após manutenção é o que teria causado o acidente fatal dessa quinta-feira, em Carapicuíba, que vitimou o filho do governador Geraldo Alckmin, Thomaz Alckmin, e outros quatro passageiros, três deles mecânicos, que acompanhavam o voo de teste da aeronave recém-inspecionada.

Em entrevista à Jovem Pan, o Presidente do Fórum Brasileiro para o Desenvolvimento da Aviação Civil, Décio Correia, explicou que o procedimento de balanceamento e posteriormente o voo teste é comum, mas com o menor número de passageiros possível. “O voo de teste é normal. Uma aeronave, seja um helicóptero ou um avião de asa fixa, passa por qualquer tipo de manutenção um pouco mais séria, é natural. A primeira regra é não ter nenhum tipo de passageiro a não ser a tripulação indispensável. Não se leva nem o mecânico, a não ser que se precise dele”, disse.

Correia também destacou a gravidade de se perder uma das pás da aeronave, o que teria causado o acidente. “No avião, seria o equivalente a soltar uma das asas. É extremamente raro se soltar uma pá. Se isso acontecer, não existe a menor chance de minimizar ou evitar o acidente que será absolutamente fatal, especialmente com uma aeronave de asa rotativa”.

Já o comandante Rui Torres, especialista em aviação com 39 anos de experiência em voos, cogita que a queda das pás tenha ocorrido por fadiga de material, quando o material se desgasta e tem a tendência de quebrar. "É uma coisa difícil de se observar a olho nu (...), é indetectável, simplesmente acontece", explicou. "Não é comum, não deve acontecer, mas é uma possibilidade." Ele comparou isso a uma régua que se dobra até quebrar ao meio.

Torres considera que é de praxe levar pessoas da manutenção no helicóptero, mas estranha a presença de três técnicos, além dos pilotos. "É normal, eu só acho que para um helicóptero seria bastante gente", disse. "Eu não sei por que tinha tanta gente dentro dessa aeronave."




Fonte e fotos: jovempan.uol.com.br

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Thomaz combinou o voo em um posto.

Peça se soltou de helicóptero antes de queda que matou cinco, diz perito

Ricardo Molina analisou vídeo que gravou acidente.

Para especialista, item que se soltou pode ser uma das pás do rotor.

Perito Ricardo Molina analisou gravação quadro a quadro para concluir que
uma peça se soltou do helicóptero antes da queda - Foto: Reprodução

Uma peça se soltou do helicóptero que levava o filho do governador Geraldo Alckmin antes de ele cair em Carapicuíba, Grande São Paulo, na quinta-feira (2), matando cinco pessoas, incluindo Thomaz. A constatação é do perito Ricardo Molina, que analisou nesta sexta-feira (3) o vídeo que registrou a queda da aeronave a pedido do G1.

“Após analisar o vídeo quadro a quadro, posso dizer que uma peça se solta do helicóptero antes da queda”, disse Molina. Segundo ele, tudo indica que ela seja uma das pás do rotor do helicóptero, conjunto que popularmente é conhecido como hélice.

Pá da hélice do helicóptero - Foto: Aloísio Maurício/Folhapress

Procuradas pelo G1, a Seripatri, que proprietária do helicóptero, e a Helipark, responsável por sua manutenção, não responderam se a aeronave estava com problema em uma das pás. A peça havia sido trocada antes do voo.

Apesar disso, as causas do acidente ainda são desconhecidas e estão sendo apuradas oficialmente pela Aeronáutica e pela Polícia Civil.


Na opinião de Molina, que analisou a gravação da câmera de segurança, o desprendimento da peça pode ter causado o acidente. "Uma aeronave perde estabilidade sem uma das pás", afirmou.

"Nas imagens, é possível ver que o helicóptero caiu e cinco segundo depois surge uma peça. Ela toma uma trajetória diferente, indo à direita, como que planando, igual a pá solta", completou Molina.

A equipe de reportagem conversou com vizinhos do condomínio onde a aeronave caiu, atingindo ao menos dois imóveis. Eles confirmaram ter visto uma das pás se soltar antes do helicóptero despencar. A peça teria sido localizada a cerca de 1 quilômetro de distância da cabine.

Em fóruns especializados em aviação, pilotos repercutiram o acidente e relataram que a aeronave fazia um voo teste de balanceamento após a troca de uma pá do rotor principal.

Especialista em segurança


O especialista em segurança Ricardo Chilelli também viu as imagens a pedido do G1 e afirmou não ter dúvidas de que a peça que aparece caindo no vídeo depois da aeronave tocar o solo é do helicóptero.

"Que a peça que cai é da aeronave não há dúvida alguma. A gente não pega o que aconteceu com a aeronave acima do limite da câmera", disse Chilelli, que é piloto privado, engenheiro aeronáutico e sócio proprietário da RCI First-Security and Inligente Advicing, empresa de segurança no voo nos Estados Unidos.

"A peça já devia estar vibrando muito e abaixando a aeronave devido ao problema. Ela se desprende antes da queda da aeronave. Dá para praticamente bater o martelo que é a pá porque vai para um ângulo contrário ao da queda", disse.

"Tanto é que se perceberem, a aeronave cai com quatro pás e não cinco porque a quinta se desprendeu e tomou outra trajetória".

ANÁLISE DO PERITO


O perito Ricardo Molina fez sete observações preliminares a respeito da imagem:

1) “O helicóptero cai sem controle ou sustentação e embica na parte final da queda, mostrando que o sistema de pás está com problemas. Helicópteros se auto sustentam se o conjunto de pás está íntegro, mesmo sem motor;” 

2) “É praticamente certo que uma ou mais pás se soltaram;”

3) “O objeto que aparece após o impacto do helicóptero com o solo demora cerca de 5 segundos para aparecer de cima para baixo nas imagens, ou seja, esse objeto cai com uma velocidade bem menor do que a do helicóptero. Esse comportamento seria compatível com uma pá solta, que é relativamente leve e, por seu formato necessariamente aerodinâmico, pode efetuar rotações que retardem sua queda;”

4) “O objeto desaparece por alguns segundos e surge depois. A explicação provável (se não houve algum problema no vídeo) é que o objeto (provavelmente a pá) entrou momentaneamente em uma formação de nuvem e só reapareceu mais à frente;”

5) “Observe-se que o objeto (provavelmente uma pá) desloca-se para o chão, mas em diagonal, o que, novamente, indicaria um objeto relativamente leve e/ou com tal formato que permitisse rotações e retardamento da queda conjugada com um efeito de quase planagem;”

6) “O fato de o objeto parecer maior do que uma simples pá nas imagens deve-se certamente ao efeito de rotação (ainda que essa rotação seja caótica e não regular). Como a captação de frames no vídeo é baixa, um objeto comprido pode aparecer como uma mancha, especialmente à grande distância;”

7) “Diante de tudo é altamente provável que a causa do acidente tenha sido mesmo o desprendimento de uma (ou mais) pá(s).”

Especialista compilou frames do vídeo para mostrar 
trajetória da peça - Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Nas imagens exibidas pelo G1 na quinta-feira, é possível ver a queda do helicóptero sobre uma casa em reforma dentro do condomínio. O acidente ocorreu por volta das 17h20, segundo os bombeiros.

Alex Jesus Santos, de 19 anos, que mora numa residência próxima ao local da queda do helicóptero, afirmou ao G1 que viu o momento que a aeronave perdeu uma das pás antes de cair.

"Ele [Helicóptero] passou por cima de mim, fez um retornou e caiu uma hélice", disse. "Depois que essa peça se desprendeu, e a aeronave caiu. Eu e meus amigos entramos no mato e notamos que a pá estava aproximadamente 1 quilômetro longe da cabine".

A Seripatri não informou se o helicóptero havia tido problemas ou feito trocas no conjunto do rotor. Na quinta-feira, a empresa informou ao G1 que a aeronave acidentada é um modelo Eurocopter EC-155 B1, matrícula PP-LLS, que fazia um voo de teste após manutenção preventiva, sem dar detalhes. O helicóptero tinha cerca de quatro anos de uso, “com aproximadamente 600 horas de voo” e estava com “documentação e manutenção rigorosamente em ordem”.

A Seripatri informou ainda que um piloto e três mecânicos faziam um voo de teste, acompanhados do filho do governador. Além de Thomaz Alckmin, morreram o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, Paulo Henrique Moraes, de 42, Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, 34.


Fonte: Kleber Tomaz (G1)

Câmera registra queda de helicóptero que matou filho de Alckmin

Uma câmera de segurança registrou a queda do helicóptero no qual estava o filho caçula do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Alckmin. Além dele, quatro pessoas morreram no acidente ocorrido na tarde desta quinta-feira (2), em Carapicuíba, Grande São Paulo.


As imagens mostram a queda brusca sobre uma casa em reforma dentro de um condomínio. A câmera flagra o momento em que, no topo superior do vídeo, o aparelho é registrado caindo em linha reta e atingindo a área do imóvel e de árvores no entorno. O acidente ocorreu por volta das 17h20, segundo os bombeiros.

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Fonte: Site Desastres Aéreos (com G1 / YouTube)

Queda de helicóptero deixa 5 mortos na Grande SP

Aeronave da empresa Seripatri caiu sobre imóvel na região de Carapicuíba.

Acidente aconteceu no fim da tarde de quinta-feira (2). 


O helicóptero Eurocopter EC 155 B1, prefixo PP-LLS, da empresa Seripatri Participações Ltda., caiu sobre uma casa em Carapicuíba, na Grande São Paulo, na tarde desta quinta-feira (2), sem deixar sobreviventes.

O Corpo de Bombeiros informou, às 20h30, que o acidente deixou cinco vítimas. Mais cedo, às 19h11, a empresa Seripatri, proprietária da empresa, divulgou nota informando que morreram quatro ocupantes (o piloto e três mecânicos), que faziam um voo de teste depois de uma manutenção preventiva, segundo a dona da aeronave.

O acidente ocorreu por volta das 17h20, segundo os bombeiros. De acordo com a Associação de Moradores do condomínio Fazendinha (AMAF), em Carapicuíba, a queda aconteceu dentro do condomínio, e atingiu o telhado de uma casa em reforma. Segundo a AMAF, os moradores não estavam no local.





A cauda da aeronave ficou sobre a residência e a maior parte do helicóptero caiu no chão, entre as árvores. Não há relato de feridos entre as pessoas que estavam nas imediações. A casa atingida está localizada na Rua Firmo de Oliveira, num condomínio nas imediações da altura do km 26 da Rodovia Castello Branco.

A aeronave estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) em dia e com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido.

As vítimas


O filho mais novo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Rodrigues Alckmin, de 31 anos, morreu na queda. Thomaz Alckmin trabalhava como piloto.

Ele era casado desde 2011 com a arquiteta Thais Fantato e deixa duas filhas, uma de 10 anos e outra recém-nascida, com aproximadamente um mês.

No perfil da mulher, foto de Thomaz Alckmin pilotando
Foto: Reprodução/Instagram

Além de Thomaz Alckmin, morreram o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Golçalvez, 53 anos, o mecânio Paulo Henrique Moraes, 42 anos, ambos funcionários da Seripatri. No helicóptero também havia dois ocupantes: Erick Martinho, 36 anos, e Leandro Souza, 34 anos, mecânicos da Helipark, empresa de manutenção.

Lu Alckmin, ao lado do filho Thomaz Alckmin, e Tais Fantato.
em setembro de 2007 - Foto: Janete Longo/Estadão Conteúdo/Arquivo

Segundo informações da Rede Globo, Thomaz era amigo do piloto da aeronave e foi convidado para um voo de manutenção.

As investigações serão conduzidas pela Polícia Civil.

Clique AQUI e AQUI e assista as reportagens.

Fontes: Site Desastres Aéreos (com G1 / Terra / ASN / Estadão) - Imagens: Reprodução