Levantamento do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, que está investigando a queda do helicóptero EC155 B1, cujo acidente vitimou cinco tripulantes, incluindo Thomaz Alckmin, filho caçula do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aponta que 16,6% dos acidentes aéreos no Brasil desde 2004 envolvem helicópteros. A grande parte desses acidentes, 83,4%, esteve relacionada a aviões.
É o Cenipa que enviará à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o relatório preliminar sobre o acidente em Carapicuíba, na Grande São Paulo, para que a Agência possa apurar as demais informações sobre o helicóptero e o piloto em comando.
Nas estatísticas do Cenipa, que reúnem dados até dezembro de 2013, são compilados eventos classificados como acidentes e acidentes graves. O estudo lista 1.136 acidentes e 438 acidentes graves.
No período de 2004 a 2013, os acidentes aéreos provocaram 1.019 fatalidades (mortos), 204 vítimas com ferimentos graves, 510 vítimas com ferimentos leves e 2668 ilesos em acidentes aeronáuticos.
O Estado de São Paulo é o que registra a maior parte dos acidentes, com 21,2% das ocorrências, seguido por Mato Grosso (10%), Rio Grande do Sul (8%) e Pará (6,5%).
A fase de operação da aeronave em que mais ocorre acidentes é a de cruzeiros/manobras, com 22,5% das ocorrências, seguida por decolagem/corrida inicial (18,4%) e pouso (15,14%).
Entre as causas dos acidentes compilados pelo Cenipa, 21,8% são falhas do motor em voo. Perda de controle em voo responde por 19,1% dos acidentes.
Em relação aos fatores contribuintes em acidentes aeronáuticos, o Cenipa aponta que percentualmente os três principais são o julgamento de pilotagem (15,64%), a supervisão gerencial (12,52%) e o planejamento (10,21%). Esses três fatores contribuintes representam 38,37% dos acidentes aeronáuticos ocorridos entre 2004 e 2013.
Fonte: João José Oliveira (Valor Econômico) - Imagem: Reprodução/Cenipa
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