quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ganhos em segurança de voo podem estar perto de seu teto

Este ano pode terminar como o pior em número de acidentes aéreos no mundo nos últimos cinco anos, e isso sem contar alguns acidentes com aeronaves militares ou particulares que vitimaram políticos importantes.

Até agora, houve 13 acidentes fatais com aviões comerciais, segundo a Ascend Worlwide Ltd., uma consultoria londrina de aviação. Isso em oito meses. Ano passado foram apenas 10 acidentes fatais de voos com passageiros, e 13 no total de 2008.

"É um ano mais ou menos normal, mas o problema é que ainda faltam quatro meses para terminar", disse Paul Hayes, diretor de segurança da Ascend.

A frequência dos acidentes de avião basicamente é aleatória e às vezes eles ocorrem em série. Só em agosto a Ascend contabilizou cinco acidentes que mataram passageiros, incluindo um na Colômbia com um 737 e o do Embraer 190 em Yichun, China. Além disso, houve a queda de um avião particular no Alasca que matou o ex-senador americano Ted Stevens.

Um aumento do número de acidentes em 2010 não indica que a segurança esteja diminuindo, dizem especialistas em segurança. E os viajantes precisam se lembrar de que é um número minúsculo em relação ao total de voos realizados todos os anos.

Mas o total deste ano ressalta uma preocupação das autoridades de segurança aérea: as rápidas melhorias na segurança que as companhias aéreas desfrutaram durante várias décadas podem ter estagnado.

Em 1959, quando começou a era dos aviões a jato no setor comercial, ocorreram 36 acidentes fatais para cada milhão de decolagens, segundo um relatório recente da Boeing Co. O total caiu rapidamente para 2,4 acidentes fatais por milhão de decolagens em 1969. Na última década o índice de acidentes fatais com companhias aéreas não passou de 0,6 para cada milhão de voos.

É possível baixar ainda mais? À medida que o setor fica mais seguro, torna-se cada vez mais difícil reduzir ainda mais o índice de acidentes. Além disso, avanços na tecnologia da cabine de comando e na confiabilidade das aeronaves podem causar complacência nos pilotos e até corroer as habilidades básicas de pilotagem, já que hoje em dia boa parte do voo nos aviões comerciais é controlada por computadores.

"Você pode considerar este o teto dos países ricos", disse Kevin Hiatt, vice-presidente executivo da Fundação de Segurança Aérea, uma ONG internacional do setor.

Para melhorar ainda mais as coisas, autoridades de segurança têm se concentrado no profissionalismo, no treinamento e na experiência dos pilotos como elementos fundamentais. Um dos maiores desafios é combater a complacência e fazer com que os pilotos entendam melhor a tecnologia que usam, para que possam reagir da melhor maneira a um acontecimento inesperado.

"A tecnologia da cabine funciona bem 99% do tempo. É no 1% que você olha para o outro cara e diz: 'Por que o avião fez isso'", disse Hiatt, que já foi piloto-chefe de rotas internacionais da Delta Air Lines.

A maioria dos desastres ocorre quando os aviões decolam e ganham altitude, ou quando se aproximam dos aeroportos e aterrissam. Ocorreram vários acidentes na aterrissagem este ano, como o do jato da Embraer na China, o do 737 na Colômbia e o do avião militar polonês de transporte na Rússia, em abril.

Um relatório anual do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos EUA, conhecido pela sigla NTSB, sobre os dados de acidentes mostrou que desde 1997 cerca de 80% dos acidentes tiveram alguma falha humana, seja dos pilotos ou do pessoal no solo; cerca de 50% tiveram alguma contribuição do meio ambiente, como mau tempo; e em 20% dos casos houve um problema mecânico. Os relatórios de investigação normalmente citam várias causas, por isso a soma dos fatores é maior que 100%.

O índice de acidentes varia consideravelmente em cada continente. As companhias africanas têm o pior histórico, com um índice de acidentes fatais 25 vezes maior que o das americanas, segunda um estudo da Administração Federal de Aviação dos EUA sobre os dez anos encerrados em 2007. A Fundação de Segurança Aérea ressalta, entretanto, que a Nigéria tem melhorado.

O índice de acidentes das aéreas europeias foi um pouco maior que o das americanas, e as chinesas têm quase o mesmo índice dos EUA, segundo o estudo da FAA. Mas as companhias da Ásia (sem contar a China), da América Latina e do Oriente Médio têm um índice quase cinco vezes maior que o das americanas.

Hayes, da Ascend, diz que muitos acidentes ocorrem em companhias menores e obscuras. Algumas operam aviões ultrapassados e seus pilotos e mecânicos são menos treinados. Algumas usam aeronaves novas com sistemas tão avançados que os pilotos não sabem usá-los em situações adversas. "Em geral, as companhias que sofrem acidentes não são as maiores", disse Hayes.

Em termos de aviões, quanto mais novo sem dúvida é melhor em índice de acidentes. O anuário de estatísticas da Boeing mostra que as últimas versões do 737 — 600, 700, 800 e 900 — tiveram, juntas, um índice de acidentes fatais de 0,11 por milhão de decolagens. A família A320, da Airbus, também tem um índice baixo, com 0,21 acidente fatal por milhão de decolagens.

E quanto ao lugar mais seguro para estar sentado no caso de um acidente? A Rede de Segurança da Aviação, divisão da Fundação de Segurança Aérea, analisou os relatórios de acidentes para buscar menções de sobreviventes sobre suas localizações e descobriu que não faz muita diferença.

Fonte: Scott McCartney (The Wall Street Journal) - Fotos: AP

Monomotor faz pouso forçado no médio-norte de MT

Um avião monomotor teve que fazer hoje (2) um pouco forçado a cerca de 32 quilômetros de São José do Rio Claro (315 km ao médio-norte de Cuiabá, em Mato Grosso). A asa esquerda da aeronave partiu ao meio e o trem de pouso ficou em pedaços.

Duas hipóteses para o acidente foram levantadas: um problema mecânico e a fumaça das queimadas.

Segundo informações de testemunhas, havia seis pessoas a bordo. Ninguém ficou ferido.

O piloto teria tentado controlar a aeronave por cerca de 12 minutos no ar, mas sem condições de continuar voando teve que fazer o pouso forçado numa região de fazendas. A aeronave partiu de Juara e seguia para Goiás.

Fonte: Gazeta Digital

Companhias aéreas tomam medidas para proteger crianças de abusos sexuais

Crianças que viajam sozinhas são sentadas afastadas dos adultos para evitar contato com estranhos

A companhia aérea francesa Air France decidiu tomar uma nova medida para proteger as crianças que viajam sozinhas, colocando-as em assentos separados dos adultos, para evitar que elas tenham, eventualmente, quaisquer contato com estranhos.

A medida só se aplicará se o avião não estiver completamente cheio e destina-se a proteger as crianças contra eventuais abusos.

A companhia garante ter recebido algumas queixas, principalmente em voos para os Estados Unidos, dando conta de problemas de abusos com algumas crianças.

No entanto, o pessoal de cabine dos aviões alerta a companhia aérea que esta medida pode, por outro lado, colocar as crianças em risco de uma outra forma.

A própria legislação recomenda que as crianças devem se sentar ao lado de adultos para que elas as possam ajudar a colocar devidamente as máscaras oxigénio quando se verificar uma despressurização da cabine.

Por ora, um adulto sentado do outro lado do corredor poderá ser a solução, ajudando as crianças nessas circunstâncias.

A British Airways também tem vindo a alterar a sua política relativa aos menores não acompanhados, destinando-lhes lugares específicos nos aviões.

Nesta companhia já foi proibido que um homem adulto se sentasse ao lado de crianças não acompanhadas, mas a medida foi revista quando um passageiro reclamou com a companhia aérea por ter sido humilhado e tratado como um "potencial criminoso" quando lhe foi solicitado que ficasse longe de uma criança durante um voo.

A Bristish Airways, que transporta centenas de menores não acompanhados ao longo do ano, admitiu a discriminação sexual e compensou os passageiros com uma indenização.

Fonte: IOL Diário (Portugal)

Mercúrio vaza em porão de aeronave e interdita avião da Gol em Brasília

Substância estava em bagagem de voo que ia de Brasília para Salvador.

Aeronave está interditada, e passageiros foram colocados em outro avião.


O vazamento de mercúrio no porão de uma aeronave da Gol na manhã desta quinta-feira (2) causou tumulto em um vôo que ia de Brasília para Salvador. O vazamento da substância tóxica foi constatado pelos funcionários da companhia em uma das malas que estava no porão.

Após análise do material, o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal constatou que o líquido era mercúrio, substância altamente tóxica. A aeronave está interditada no pátio do aeroporto Juscelino Kubitschek desde o final da manhã desta quinta. Os 142 passageiros que estavam no vôo foram acomodados em outra aeronave com destino a Salvador.

Em depoimento à Polícia Federal, o dono da bagagem de onde o produto vazou negou que a substância fosse dele. Segundo a polícia, ele disse que uma vizinha entregou a bagagem para ele levar. O vôo vinha do Pará, com destino final em Salvador. O dono da bagagem assinou um termo circunstanciado, comprometendo-se a comparecer à Justiça posteriormente. Ele foi liberado pela polícia após o depoimento.

Em nota, a Gol informou que nenhum dos 142 passageiros foi exposto à substância. Já os 20 trabalhadores que trabalhavam no carregamento da aeronave foram examinados por profissionais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) assim que a substância foi identificada. Eles já foram liberados, e devem realizar novos exames nos próximos dias.

Já as bagagens atingidas pela substância tóxica ainda não têm prazo para serem entregues aos passageiros. A companhia aérea contratou uma empresa especializada para remover o mercúrio e limpar as bagagens. A ponte de embarque e o pátio do aeroporto onde a aeronave está estacionada até o fim da limpeza.

Fonte: Iara Lemos (G1)

Encontrada caixa-preta de avião que caiu no Nepal

Investigadores nepaleses encontraram a caixa-preta no destroços de um pequeno avião que caiu na semana passada a caminho do Monte Everest, matando 14 pessoas incluindo seis estrangeiros, informaram autoridades nesta quinta-feira.

Suresh Acharya, um porta-voz da equipe de investigação do governo, disse que equipes de resgate encontraram a caixa-preta e voaram de volta para Katmandu. A caixa-preta será enviada ao exterior para análise.

O voo da Agni Air caiu perto do povoado de Shikharpur, a cerca de 80 quilômetros ao sul de Katmandu. O avião se dirigia para a região do Monte Everest quando caiu devido ao mau tempo, matando todos as 14 pessoas que estavam a bordo, incluindo quatro americanos, um britânico e um japonês.


Fonte: AP via O Globo - Foto: Reuters

Avião cai 30s após decolar, afunda em lagoa e deixa um morto

Uma aeronave de pequeno porte caiu apenas 30 segundos depois de levantar voo e afundou em uma lagoa na cidade de Redwood, no Estado americano da Califórnia, informa nesta quinta-feira (2) a agência AP. Uma mulher de 40 anos foi encontrada morta ao lado do avião e a polícia ainda procura ao menos outro tripulante.

O avião, um Beech 65 Queen Air, caiu na lagoa logo após decolar do aeroporto de San Carlos. Equipes de resgate encontraram o corpo de uma mulher, aparentemente na casa dos 40 anos, flutuando na água ao lado da aeronavem e seguem procurando por outra pessoa que também estaria a bordo, informou o chefe do Corpo de Bombeiros local, Dave Pucci.

As autoridades não souberam informar se a vítima pilotava a aeronave ou se era apenas um passageiro. Testemunhas informaram que a mulher não era o piloto e que haveria ao menos outra pessoa a bordo. Eles disseram que o avião teria flutuado na água antes de afundar minutos mais tarde.

Fonte: Terra (com informações da agência AP e do Daily Journal - Fotos: AP

Morre menina ferida em acidente de avião na Colômbia

A menina que ficou ferida no acidente de avião que se partiu após uma tentativa de manobra de aterrissagem na ilha colombiana de San Andrés morreu na quarta-feira, depois de uma agonia que se prolongou por 16 dias, informou o hospital onde estava internada.

María Camila Angarita, de 11 anos, se tornou a segunda morte do Boeing 737-700 da companhia aérea Aires, que transportava 131 pessoas e se acidentou em meados de agosto na ilha caribenha de San Andrés, deixando mais 114 feridos.

Uma mulher morreu minutos depois do acidente quando era levada a um hospital.

O sub-diretor médico do Hospital Simón Bolívar em Bogotá, Carlos Hernández, disse que o morte da criança ocorreu em consequência de um traumatismo crânio-encefálico.

"O relato médico é que os signos vitais da criança, lamentavelmente, foram se deteriorando e ela não apresentou uma resposta neurológica positiva", explicou Hernández.

O presidente da Colômbia Juan Manuel Santos, que está em visita oficial ao Brasil, soube da morte da menina e falou por telefone com seus familiares para expressar suas condolências.

"O presidente Juan Manuel Santos lamentou, do Brasil, a triste notícia e comunicou-se por telefone com a mãe de María Camila, dona Noemí Angarita, a quem expressou suas mais sentidas condolências e enviou uma mensagem de força à toda família para enfrentar esse duro momento da vida", disse a Presidência em comunicado.

Todas as pessoas que ficaram feridas no acidente aéreo se recuperaram satisfatoriamente e receberam alta dos hospitais e clínicas em que receberam atendimento médico.

Fonte: Luis Jaime Acosta (Reuters) via O Globo - Foto: Colprensa

Colômbia indica compra de 12 cargueiros KC-390 da Embraer

O governo da Colômbia manifestou a intenção de comprar 12 aviões de transporte militar da Embraer, o KC-390, ampliando para 46 unidades o total de indicações de aquisição da aeronave por forças aéreas.

Segundo a Embraer, foi assinado em Brasília, nesta quarta-feira, uma declaração de intenções entre os ministros da Defesa do Brasil e da Colômbia "visando à participação do país vizinho no programa de desenvolvimento e na produção do jato de transporte militar KC-390".

"É o primeiro passo nas negociações bilaterais que definirão os termos e condições da participação da Colômbia no programa, e que poderá resultar na implantação de uma fábrica de peças usinadas naquele país para atender ao mercado aeronáutico, e na aquisição, por parte do governo colombiano, de 12 aviões KC-390", destacou a Embraer.

Em 24 de agosto, um acordo parecido foi assinado no Chile, pelo qual a Empresa Nacional de Aeronáutica (Enaer) daquele país se comprometeu a discutir sua participação no desenvolvimento do avião e no fornecimento de parte da estrutura. O Chile vai avaliar a compra de seis aviões KC-390.

Em julho, durante a feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra, a Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) divulgaram uma intenção de compra inicial, pelo governo, de 28 jatos KC-390 para renovação da frota.

Embora não tenha divulgado o preço do KC-390, a fabricante já informou querer um terço do mercado global de cargueiros estimado em 700 unidades em 15 anos, o que significaria receita de 18 bilhões de dólares. Com base nisso, é possível chegar a um valor médio por aeronave próximo a 80 milhões de dólares.

Nessa base, o valor potencial das vendas das 46 unidades em negociação com Brasil, Chile e Colômbia seria de perto de 3,7 bilhões de dólares.

A previsão é que o primeiro voo do cargueiro da Embraer ocorra em 2014, com entrada em serviço no final de 2015.

As ações da Embraer disparavam 4,44 por cento às 16h08, para 11,28 reais. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 2,61 por cento.

Fonte: Cesar Bianconi (Reuters) via O Globo - Imagem: Divulgação/Embraer

Quatro mortos em acidente com avião em Papua Nova Guiné

Aeronave atravessou a pista e explodiu em chamas

Três australianos e um neozelandês morreram na terça-feira (31) quando o avião Cessna 550 Citation II, prefixo P2-TAA, da empresa Trans Air PNG se acidentou na remota Ilha Misima, em Papua Nova Guiné. O copiloto Kelby Cheyne, 25, neozelandes, residente na Austrália foi o único sobrevivente.

As investigações estão em andamento para apurar o que causou o acidente com o jato Citation, que havia decolado do Aeroporto Port Moresby-Jackson Field (POM/AYPY) e saiu da pista do Aeroporto da Ilha Misima (MIS/AYMS) após o pouso. Ambos aeroportos estão localizados em Papua Nova Guiné. A aeronave explodiu em chamas após sair da pista.

A Trans Air vem operando voos charter entre Papua Nova Guiné e a Austrália.

John McCormick, diretor de segurança da Autoridade da Aviação Civil da Austrália (Aviation Safety Authority Civil - CASA), informou que a entidade já havia tentado proibir a companhia de voar para a Austrália, mas a Trans Air recorreu e obteve a permissão, sob condições estritas.

"No início deste ano, o tribunal administrativo anulou a nossa decisão e emitiu uma licença para a empresa operar na Austrália", disse McCormick. "A 'CASA' havia tentado parar os voos da Trans Air para a Austrália, o que seria o correto. Nós não estavamos satisfeitos com a segurança que nós víamos nessa operação."

A CASA informou que o avião que caiu na terça-feira era o único que tinha autorização para voar para a Austrália.

A agência de notícias AAP está relatando que Les Wright, um sócio da Trans Air, morreu no acidente. Wright era co-proprietário e piloto-chefe da companhia aérea Transair - nome semelhante - que foi envolvido em um acidente de avião que matou 15 pessoas no extremo norte de Queensland em 2005.

Enquanto isso, o único sobrevivente do acidente na Ilha Misima está recebendo tratamento em um hospital ao norte de Queensland. O copiloto escapou do acidente com ferimentos graves. Ele foi levado para Townsville em um avião fretado pela Careflight New South Wales.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Stephen Smith, disse que os australianos mortos no acidente são de New South Wales, Queensland e da Austrália Ocidental, e que suas famílias já tinham sido notificadas.

O Australian Transport Safety Bureau (ATSB) informou que aceitou um pedido de auxílio na investigação do acidente.

Fontes: ABC (Austrália) / ASN via Blog Notícias sobre Aviação - Foto: Robin Waiyabu (Post-Courier Online)