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sábado, 15 de março de 2025

Navio de resgate marítimo retoma busca por avião desaparecido 11 anos atrás

(Imagem: STR/ Notícias Argentinas/AFP)
No último sábado, familiares de passageiros chineses que estavam no fatídico voo MH 370, da Malaysia Airlines, misteriosamente desaparecido em 8 de março de 2014, logo após partir de Kuala Lumpur, com destino a Pequim, na China, se reuniram para lembrar os 11 anos da tragédia e protestar contra a inépcia dos governos da Malásia e da China (já que a maioria dos passageiros eram chineses), que até hoje não encontraram os restos do avião desaparecido.

Não por acaso, no mesmo dia, o governo da Malásia anunciou que a empresa anglo americana de resgates marítimos Ocean Infinity, considerada a melhor do mundo no setor, iria retomar as buscas pelo avião, que sabidamente caiu no mar, em algum ponto do Oceano Índico, mas nunca se soube como nem por quê.

Anteriormente, a Ocean Infinity já havia realizado varreduras em diferentes áreas da região em duas ocasiões, sem contudo nenhum resultado prático, o que levou a empresa a desistir das buscas em 2018.

Agora, um dos navios da empresa já estaria a caminho de uma nova área ainda não vasculhada, na tentativa de encontrar restos do Boeing 777 no fundo do Oceano Índico, já que é certo que o trágico voo MH 370 terminou, de alguma forma, debaixo d'água.

No protesto, os manifestantes cobraram não apenas a localização do avião como indenizações a que julgam ter direito, tanto do governo da Malásia, quanto da companhia aérea e da seguradora do avião, o que não aconteceu até hoje, porque, oficialmente, o caso segue "em aberto" e "não concluído" pelas autoridades.

(Imagem: HO/Ocean Infinity/AFP)

Contrato ainda não assinado


Apesar do anúncio, o governo da Malásia afirmou que o contrato com a empresa anglo americana "ainda não estava assinado", e que detalhes do documento (que prevê o pagamento apenas em caso de resultados positivos nas buscas) ainda estavam sendo "discutidos".

Mas destacou a boa vontade da Ocean Infinity em iniciar as buscas, mesmo com o contrato ainda não oficializado - talvez , como uma forma de acalmar os ânimos dos manifestantes.

Só pedaços da asa


A nova busca cobrirá uma gigantesca área de mar, a cerca de 1 500 quilômetros a oeste da cidade de Perth, na Austrália, para onde o avião poderia ter seguido, após desviar completamente da sua rota, não se sabe por quê.

A esperança é que, caso os restos do avião sejam encontrados, isso ajude de alguma forma a solucionar o mistério do desaparecimento do voo MH 370.

Até hoje, apenas três pedaços de uma das asas do avião foram encontrados, após serem levados pelas correntes marítimas até a costa da África, a milhares de quilômetros de distância da região onde o avião supostamente voava.

(Imagem: Adli Ghazali/Anadolu Agency/Getty Images)

Suicídio do piloto?


Um relatório de 495 páginas produzido pelo governo da Malásia sobre o incidente, sugere que os equipamentos de navegação do voo MH 370 teriam sido "propositalmente desligados" durante o voo, o que impediu que o avião pudesse ter sido rastreado. Mas não aponta motivos nem os responsáveis por isso.

Entre as hipóteses aventadas, estaria a intenção de suicídio do comandante do avião, Zaharie Ahmad Shah, levando junto com ele todos os ocupantes do aparelho.

No entanto, isso jamais foi comprovado.

Muito menos em qual direção o avião teria voado, após seus sistemas de rastreio terem sido desligados.

(Imagem: Supian Ahmad/NurPhoto via Getty Images)

Maior mistério da aviação


O desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines é considerado um dos maiores mistérios da história de aviação, e o único caso ocorrido neste século que ainda não teve uma explicação.

O último contato entre o aparelho e os controladores de voo aconteceu 40 minutos depois da decolagem da capital da Malásia, quando o MH 370 entrava no espaço aéreo do Vietnã, e naquela ocasião o diálogo não evidenciou nenhuma anormalidade.

Mas, em seguida, o transponder do avião - equipamento que permite o rastreio da aeronave - foi desligado, e nunca mais se teve notícia dele.

Na época, um radar militar da Malásia detectou que o aparelho teria retornado ao espaço aéreo malaio e estranhamente penetrado no Mar de Andaman, avançando no rumo oposto ao qual deveria seguir, a caminho da China.

Depois disso, todos os contatos foram perdidos, e o aparelho supostamente voou rumo ao alto mar, até cair ou ficar sem combustível, tampouco se sabe o motivo.

Só se sabe que caiu no mar


(Imagem: Chaidder Mahyuddin/AFP)
"Estamos otimistas, porque desta vez vamos vasculhar uma região não explorada nas expedições anteriores", disse o porta-voz da Ocean Infinity, ao anunciar a retomada das buscas.

"Vamos explorar uma área de 15 000 km² de mar, em um esforço previsto para durar 18 meses", completou o porta-voz da empresa, a mesma que, anos atrás, encontrou os restos do submarino argentino ARA San Juan no fundo do mar da Patagônia, mais de 100 dias após o seu desaparecimento.

Mas desta vez a tarefa é bem mas árdua, porque não se sabe nem em qual direção o avião voou, muito menos por quanto tempo, antes de desabar no mar - esta a única verdade neste intrigante caso, que agora, 11 anos depois, ganha um novo capítulo.

quarta-feira, 12 de março de 2025

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - US-Bangla Airlines 211 Erro de Cálculo em Kathmandu


Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - Cougar Helicopters 91 Transporte Mortal


Piloto enviou última mensagem à mãe minutos antes de queda de avião no litoral de SP; veja print

Matheus Henrique Gomes de Toledo, de 25 anos, morreu no acidente aéreo em Peruíbe (SP). A mãe dele viu o jovem em outro avião e chegou a acenar horas antes.

Captura de tela mostra última conversa entre o piloto Matheus Henrique (à esquerda)
e a mãe Tais Elena (à direita) (Foto: Arquivo Pessoal)
Matheus Henrique Gomes de Toledo, o piloto de 25 anos que morreu em um acidente aéreo em uma aldeia indígena de Peruíbe, no litoral de São Paulo, falou com a mãe pela última vez momentos antes da queda do avião. Uma captura de tela, obtida pelo g1 nesta terça-feira (11), mostra a conversa entre eles.

Nas imagens, Tais Elena de Souza Gomes revela ter visto o filho pilotando uma aeronave na mesma data. Ela disse ter até acenado para ele (veja acima).

O avião de pequeno porte modelo Cessna 150J caiu por volta de 17h50 de domingo (9), na Terra Indígena Piaçaguera, em uma área que faz limite com Itanhaém, de onde a aeronave saiu. O voo era de instrução e o aluno que acompanhava Matheus sobreviveu. A causa do acidente será apurada pelas autoridades.


A advogada Tais Elena, mãe de Matheus, contou que mora em uma região de Itanhaém onde é possível ver os aviões do aeroclube. Por isso, tinha o costume de ir para o quintal da residência quando ouvia o barulho das aeronaves e acenar para os pilotos.

“Eu ficava igual uma boba. Todos os aviões que passavam, independentemente de quem fosse, eu imaginava que poderia ser meu menino dentro. Então eu saía da casa, subia em um deck que eu tenho aqui, uma piscina, e ficava acenando lá para cima, dando tchau para ver se ele me via”, afirmou.

No dia do acidente, ela acenou para um avião pilotado por Matheus e descobriu que ele viu o gesto, pois mandou uma mensagem para confirmar. A conversa foi registrada na captura de tela do WhatsApp de Taís.

Confira o diálogo entre mãe e filho:

👩🏼 Você está com o STS? [prefixo da aeronave]

👨🏻‍✈️ Sim, fui eu que passei aí. Duas vezes

👩🏼Você me viu? Eu dei com a mão. Eu vi tudo

👨🏻‍✈️Eu vi. Risos

A troca de mensagens ocorreu por volta de 13h30 e o último envio feito por Matheus aconteceu às 16h09, aproximadamente duas horas antes do acidente. No entanto, o avião que Tais viu mais cedo não era o mesmo que caiu momentos depois, já que a aeronave envolvida na ocorrência tinha o prefixo PT AKY.

Aeronave que caiu na aldeia indígena em Peruíbe (SP). Imagem registrada em 2023 (Foto: Defesa Civil de SP)

Acidente


A mãe de Matheus acredita que o piloto tenha colaborado para ajudar o aluno dele, que também estava na aeronave e sobreviveu. “Meu filho foi um herói. Ele salvou o aluno dele, que estava viajando e sobreviveu”, disse a mulher.

Matheus Henrique era muito amoroso com a família (Foto: Arquivo pessoal)
Segundo Tais, o piloto era ótimo em pousos. “Era quase perito, pousava o avião sem tranco”, afirmou. Por isso, a família acredita que o acidente foi resultado de alguma falha mecânica. “Espero sinceramente que a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] faça a investigação do que houve de fato. Posso quase apostar que não houve falha humana”, enfatizou.

Para ela, o sobrevivente poderá ser uma forte testemunha do talento de Matheus enquanto piloto. “Vai poder contar o que houve lá em cima, o que aconteceu para que chegasse ao ponto de ter um pouso forçado dessa natureza. Não é uma coisa normal, ninguém pousa forçado manualmente porque quer”, finalizou.

Em nota, a assessoria do Hospital Regional Jorge Rossmann informou que o paciente, de 24 anos, possui quadro de saúde estável e está recebendo o atendimento médico necessário.

Matheus Henrique Gomes de Toledo, de 25 anos, era instrutor de voo em Itanhaém (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

Destroços


Bombeiros registraram destroços do avião que caiu em uma aldeia de Peruíbe (SP) (Foto: Corpo de Bombeiros SP)
Em vídeo feito pelo Corpo de Bombeiros, é possível ver a aeronave destruída após a queda. As imagens mostram parte do painel do avião, bem como pneu, poltronas e diversas partes da carcaça da aeronave espalhadas pela mata (assista abaixo).

O caso


A aeronave emitiu um alerta às 17h42 e, segundo o Corpo de Bombeiros, caiu por volta das 17h50, na divisa com Itanhaém (SP). O resgate do sobrevivente durou aproximadamente três horas.

O Corpo de Bombeiros informou ter deslocado 15 agentes em cinco viaturas para a ocorrência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgente (Samu), o Departamento Municipal de Defesa Civil de Peruíbe e a PM também foram acionados.

Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o avião atingiu a aldeia Awa Porangawa Dju, terra Indígena Piaçaguera. Nenhum indígena se feriu, mas as árvores que caíram com o acidente obstruíram a estrada de acesso às moradias.

Em nota, a Força Aérea Brasileira afirmou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em São Paulo (SP), foram acionados para a 'Ação Inicial' da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-AKY.

Durante esta etapa, de acordo com a FAB, são aplicadas "técnicas específicas por profissionais qualificados e credenciados, responsáveis pela coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos, verificação inicial dos danos causados à aeronave ou pela aeronave, e pelo levantamento de outras informações necessárias à investigação".

Via Ágata Luz (g1 Santos)

domingo, 9 de março de 2025

Vídeo: "Air Crash Investigation - Por que os aviões caem?" Episódio: "Rota de Colisão"


Examinando colisões entre aviões. Incluído: um jato executivo e um 737 da GOL Linhas Aéreas colidem a 37.000 pés sobre o Brasil; um DC-8 rasga a fuselagem de um Lockheed Constellation uma milha acima da cidade de Nova York; um 727 bate em um Cessna acima de San Diego; e perto de LA, um pequeno avião colide com um DC-9 e a Colisão aérea de Nantes em 1973.

(Inserir a legenda em português nas configurações do vídeo)

segunda-feira, 3 de março de 2025

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - United Airlines 585, USAir 427 e Eastwind Airlines 517 - Perigo Oculto


Em 3 de março de 1991, um Boeing 737 operando como voo 585 de United Airlines está na aproximação, quando de repente entra em um mergulho e sofre uma falha dentro de oito segundos, matando todos os 25 pessoas a bordo. Em 8 de setembro de 1994, o voo 427 da USAir é outro Boeing 737 na aproximação, quando deixa de funcionar dentro de trinta segundos, matando todas as 132 pessoas a bordo. Em 9 de junho de 1996, o voo 517 da Eastwind Airlines é mais outro Boeing 737 com circunstâncias semelhantes, mas a tripulação recupera com êxito o controle da aeronave e pousa com segurança.

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - Voo Turkish Airlines 981 Tragédia Anunciada

Este documentário traz informações sobre os acidentes nos voos 
American Airlines 96 e Turkish Airlines 981.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Veja o momento em que avião da Latam arremete após desviar de barco no Rio

Caso ocorreu no aeroporto Santos Dumont; Infraero diz que segurança não foi impactada.


Momento em que o avião da Latam se aproxima de embarcação durante pouso no Santos Dumont, no Rio de Janeiro Momento em que o avião da Latam se aproxima de embarcação durante pouso no Santos Dumont, no Rio de Janeiro (Reprodução/Aviation TV)

Imagens obtidas pelo canal “Aviation TV” mostram o momento em que um avião da Latam desvia de uma embarcação durante a aproximação final para pouso no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Em seguida, a aeronave arremeteu.

O caso ocorreu no dia 12 de fevereiro, mas as imagens foram divulgadas nesta quarta-feira (26). Veja o vídeo:


As imagens mostram que, após passar por cima do barco, o avião chega a tocar a pista. No entanto, a aeronave segue em aceleração e o piloto decide arremeter.

Segundo a Infraero, o comandante da aeronave “arremeteu alegando ter uma embarcação próxima”. A estatal, no entanto, afirmou que “embarcação estava fora da área de segurança do aeroporto, que é devidamente demarcada por boias náuticas, e em nenhum momento comprometeu a segurança das operações”.

A arremetida ocorreu às 18h02. O avião retornou ao aeroporto e pousou às 18h13.

A Latam informou que a aeronave fazia o voo 3914, procedente de Congonhas (SP) e “precisou arremeter ao se aproximar do destino”. “Em seguida, aterrissou no destino final em total segurança, dentro do horário programado. Todos os passageiros desembarcaram normalmente.”

A companhia acrescentou que “a arremetida é um procedimento padrão de segurança na aviação”. “A segurança é um valor imprescindível para a companhia e todas as suas decisões visam garantir uma operação segura.”