domingo, 21 de março de 2010

Foto do Dia

Clique sobre a foto para ampliá-la

O McDonnell Douglas MD-11, prefixo PH-KCA/CA-001, da KLM - Royal Dutch Airlines, aterrissa simultaneamente com o avião da NWA - Northwest Airlines, do Aeroporto Internacional de San Francisco (SFO/KSFO), na Califórnia, nos EUA, em 06 de março de 2010.


Foto: Ben Wang (Airliners.net)

Queda de ultraleve faz dois mortos em Portugal

Dois homens morreram neste domingo (21) em Castelo Branco, Portugal, na queda de um ultraleve habitualmente usado na monitorização de apoio à decisão face aos incêndios florestais, vulgarmente conhecida por "avião da Vodafone", uma vez que foi esta empresa que a ofereceu ao distrito, perto da pista do aeroclube da cidade da Beira Interior.

O acidente ocorreu cerca das 18:45 (hora local), mas os meios de socorro só conseguiram chegar ao local, de difícil acesso, cerca de uma hora depois. "Estávamos na sede e a avioneta passou por cima da pista, já com o intuito de voltar e aterrar. De repente, embicou para o solo", afirma António Martins, testemunha ocular do acidente.

Os associados do aeroclube, que se encontravam na sede, tentaram rapidamente dirigir-se para o local da queda, a cerca de 500 metros do hangar. "Fui eu mesmo que telefonei para o INEM, mas não conseguíamos dar com o local, apesar de temermos logo, pela forma como caiu o aparelho, que seria difícil encontrar alguém vivo", avança António Martins.

As dificuldades de acesso à zona sinistrada obrigaram o médico e o enfermeiro da VMER (viatura médica de emergência e reanimação) a fazer parte do percurso no carro da GNR e parte a pé. O óbito foi confirmado já depois das 20.00.

Norberto Grancho, arquitecto, e Armindo Fernandes, engenheiro, de 55 e 38 anos, estariam a fazer reconhecimento da área quando o aparelho se despenhou. O piloto, um dos instrutores do Aeroclube de Castelo Branco, era experiente. "Foi uma coisa estranha, a trajectória que a avioneta teve. É impossível, para já, determinarmos o motivo da queda... mas não é normal um avião daqueles cair em bico", diz António Martins. No local, o cenário era "horrível" e os corpos encontravam-se no meio de ferros retorcidos, descreve a mesma fonte, segundo a Lusa.

As causas da queda são desconhecidas. "Mas foi certamente uma queda violenta", assegura fonte da GNR.

Na zona estiveram 16 bombeiros do Corpo de Castelo Branco, com seis viaturas e a VMER. Hoje chega a Castelo Branco uma equipa do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para investigar o acidente.

Este é o terceiro desastre aéreo registado em Portugal em 2010. Desde o início de 2009, os acidentes com aeronaves já causaram 13 mortos e 13 feridos.

Fonte: Célia Domingues (Diário de Notícias - Portugal)

Após a crise, brasileiros têm viajado como nunca

Após a crise, os brasileiros voltaram a viajar como nunca para o exterior. Em janeiro, os gastos em viagens internacionais atingiram US$ 1,21 bilhão, o maior valor para o mês desde 1969. Os números dão às viagens um papel cada vez mais importante na composição das contas externas. Sozinhas, essas despesas equivaleram a 31,6% de todo o déficit de transações correntes do balanço de pagamentos do mês, que registra todas as transações do Brasil com o exterior. Nos anos 80, o porcentual girava em torno de 3%.

Os gastos de viajantes de brasileiros pelo mundo crescem rapidamente desde o segundo semestre de 2009. Depois dos meses turbulentos da crise mundial de 2008, a retomada da economia doméstica no ano passado deu confiança aos turistas brasileiros para que voltassem a olhar para fora do País.

Em fevereiro do ano passado, o gasto dos brasileiros no exterior atingiu o piso de US$ 553 milhões. Desde então, sobe gradativamente. Na comparação entre os meses de janeiro de 2010 e 2009, por exemplo, a despesa saltou 72,4%. É como se brasileiros gastassem no exterior US$ 27 mil por minuto ou US$ 454 a cada segundo de janeiro.

Do pouco mais de US$ 1,2 bilhão gastos no mês, 68% foram despesas no cartão de crédito para pagamento de passagens aéreas, hotéis, aluguel de carros, lojas e restaurantes. As compras relacionadas diretamente ao turismo - como os pacotes de viagem - e pagas em dinheiro responderam por 28% das despesas.

As viagens de negócios foram responsáveis por apenas 2,3% dos gastos. Educação e esportes ficaram com 0,2% do volume e motivos de saúde, com apenas 0,1%. Em 2005, a fatia dos negócios era de 5,41% e os fins educacionais estavam com 2%.

Mais longe - A mudança na composição da finalidade da viagem é atribuída ao papel cada vez mais importante do turismo. Os empresários do setor explicam que a estabilidade da economia, a renda maior em todas as faixas sociais e o câmbio favorável têm permitido dois movimentos aos viajantes. No primeiro, quem já conhecia o exterior passa a ir cada vez mais longe e de forma mais sofisticada.

Na outra ponta, brasileiros que nunca haviam sonhado em sair do País têm conseguido carimbar o passaporte pela primeira vez graças à expansão das linhas de crédito, que permitem pagar pacotes internacionais em até 24 vezes. "Quem sempre viaja ao exterior passou a ir cada vez mais longe, como o Leste Europeu, Oriente Médio e Ásia", comenta o diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), Leonel Rossi Júnior"Nos Estados Unidos e na Europa, esse turista está cada vez mais sofisticado, com melhores hotéis e restaurantes", conclui o empresário.

Fonte: Agência Estado

Avião cai em Luziânia; dois ficam presos nas ferragens

Um avião monomotor modelo Uirapuru caiu nas proximidades do Aeroclube de Brasília, situado em Luziânia a 70 km Do Distrito Federal, e deixou duas pessoas feridas, segundo o Corpo de Bombeiros da cidade. O acidente ocorreu por volta das 17h50. Juan Alves fazia um teste para adquirir o brevê de piloto privado, quando foi surpreendido por uma pane, que causou o acidente. No momento em que precisou testar seus conhecimentos sobre como arremeter o avião, o motor falhou, forçando-o a realizar o pouso na área do cerrado a cem metros da pista do aeroclube. Ele saiu ileso do acidente.

A segunda vítima é o tenente-coronel Roberto Tanaka, que foi levado consciente ao Hospital de Luziânia com fratura exposta numa perna. Ele recebeu os primeiros socorros e foi transportado em um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. Chegou ao local rindo e conversando e, segundo informou a Força Aérea Brasileira (FAB), está fora de risco.

De acordo com o porta-voz oficial do aeroclube, Humberto de Campos, a arremetida é uma prática comum nos testes, mas o motor do Uirapuru utilizado na prova não imprimiu a força que necessitava. "Ele fez o pouso e teve que subir novamente. Nesse momento, o avião teve uma pane, saiu da pista e parou no mato". Campos garantiu que a aeronava havia passado por inspeção rotineira, tradicional dos aeroclubes.

As aeronaves Uirapuru, utilizadas para a instrução básica, são aparelhos treinadores de dois lugares na configuração triciclo. Essa configuração é a mesma dos modernos aviões de lazer ou de transporte e preparam o aspirante a piloto para conduzir as aeronaves em uso nos dias de hoje.

A perícia para identificar a causa do acidente será feita pela Aeronáutica, pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Deve ser concluída em 30 dias. Os trablahos começam nesta segunda-feira e conforme informou a Força Aérea, vai analisar os fatores que contribuiram para o acidente.

Fonte: Manoela Alcântara e Victor Martins (Correio Braziliense)

Força Aérea de Portugal na missão antipirataria da UE

Um avião Lockheed P-3 Orion da Força Aérea vai integrar, no próximo mês, a operação europeia de combate à pirataria marítima nos mares da Somália.

Segundo fontes militares ouvidas pelo DN, essa nova força nacional destacada (FND) no estrangeiro deverá operar a partir das ilhas Seychelles, uma das hipóteses estudadas para base de apoio do P-3.

A missão de patrulhamento marítimo deverá durar pelo menos três meses, envolvendo uma tripulação de quatro dezenas de militares (a exemplo do que sucede com as missões do Hércules C-130). Recorde-se que Portugal liderou o combate à pirataria na Somália em 2009, quando a Marinha comandou a força naval da NATO (SNMG1).

Fonte: Diário de Notícias (Portugal) - Foto: Blog Hangar do Vinna

Cosmonauta viajará ao espaço levando pato de brinquedo

O russo Alexandre Skvortsov mostra o pato de borracha que levará na missão espacial

O cosmonauta russo Alexandre Skvortsov, 43 anos, viajará no dia 2 de abril numa primeira missão ao espaço levando um pato de brinquedo que ele apresentou nesta sexta-feira, durante entrevista à imprensa.

O pequeno objeto, escolhido por sua filha, funcionará como um "detector de gravidade", explicou Skvortsov que decolará do cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão com os copilotos, o russo Mikhaïl Kornienko e a astronauta da Nasa, a americana Tracy Caldwell-Dyson.

"É leve e muito simpático. Será nosso mascote", prosseguiu este coronel durante entrevista à imprensa, no centro de treinamento da Cidade das Estrelas, perto de Moscou.

Os astronautas passarão dois dias na cápsula Soyuz até chegar à Estação Espacial Internacional (ISS) onde vão se somar aos astronautas americano Timothy Creamer, ao japonês Soichi Noguchi e ao cosmonauta russo Oleg Kotov.

Fonte: AFP via Terra - Foto: AFP

MAIS

Clique aqui e veja as melhores imagens de espaço da semana.

Embraer apresentará aviões no Chile

A Embraer participa, a partir desta terça-feira, da Feira Internacional do Ar e do Espaço, a Fidae 2010, em Santiago (Chile). O evento é dedicado tanto à exposição de equipamentos para a aviação militar quanto dos da linha comercial e executiva, mas a empresa deve aproveitar a feira para dar destaque a produtos voltados ao mercado de defesa, que tem ganhado mais espaço nos negócios da companhia.

O evento, criado em 1980 e realizado a cada dois anos, completa 30 anos em 2010. Ele é considerado um dos maiores encontros do gênero do mundo e terá, neste ano, representantes de pelo menos 39 países.

A receita da área de defesa da Embraer no quarto trimestre de 2009 foi de R$ 450,9 milhões, o equivalente a 50% de toda a receita da companhia nesse segmento no ano, segundo o balanço da companhia, apresentado na última quinta-feira. A receita líquida total da empresa foi de R$ 2,8 bilhões no quarto trimestre e de R$ 10,8 bilhões no acumulado de 2009. A companhia encerrou o último trimestre do ano foi de R$ 167,5 milhões – no mesmo período do ano anterior, a empresa teve prejuízo de R$ 40,5 milhões.

Fonte: iG

CTP pede adiamento no projeto do novo aeroporto de Lisboa

Embora o esgotamento do aeroporto de Portela seja um fato irreversível, a Confederação do Turismo Português (CTP), manifestou posição favorável ao adiamento da construção do novo aeroporto da capital portuguesa, obra agendada para 2017.

Segundo o presidente da CTP, José Carlos Pinto Coelho, que assumiu o segundo mandato à frente do organismo, o projeto deve ser repensado e adiado, tendo em conta as alterações provocadas pela crise económica e financeira no setor do turismo.

O dirigente trabalho com o fato das previsões de aumento do tráfego aéreo serem hoje bem diferentes daquelas que foram concebidas antes da crise.

"O futuro não será er aquilo que pensávamos. Estava previsto um crescimento anual de 8% . Ao contrário, houve uma regressão em 2009 e agora deve ser feita uma nova previsão, com base no mercado atual".

Fonte: Brasilturis - Imagem: resistir.info

Material explosivo é encontrado em avião de passageiros na Índia

Um pacote embrulhado com papel jornal contendo material explosivo foi encontrado neste domingo (21) no compartimento de cargas de um avião Aerospatiale ATR-72-500 da Kingfisher Airlines, depois de ter aterrissado no estado de Kerala, na porção sul do país. A polícia agora investiga como o material explosivo foi embarcado no avião que saiu de Bangalore (voo IT-43471), capital de Karnataka, com 27 passageiros, e cidade conhecida como o hub de tecnologia da Índia, apesar de de severas medidas de segurança.

- Era material explosivo que é normalmente usado em fogos de artifício, mas também pode ser usado para fabricar uma bomba artesanal - disse o comissário de polícia Ajith Kumar, do aeroporto Thiruvananthapuram.

O pacote foi encontrado por funcionários da companhia aérea durante uma inspeção de rotina, depois que o avião da Kingfisher Airlines desembarcaram no aeroporto Thiruvananthapuram.

Os aeroportos indianos têm operando em nível 'de alerta alto' desde janeiro após relatos de que integrantes da Al-Qaeda estariam planejando o sequestro de um avião.

As medidas de inspeção de segurança no Aeroporto Thiruvananthapuram foram intensificadas depois que o material explosivo foi encontrada tanto com relação a passageiros como em relação ao pessoal que trabalha no aeroporto.

Assista a reportagem (em inglês):




Fontes: AP via O Globo / Aviation Herald

Existirão vidas em outros universos?

Multiverso e seus universos

A pergunta "Existe vida fora da Terra?" parece estar cada vez mais próxima de ser respondida - seja algum tipo de vida orgânica em planetas extrassolares ou mesmo tipos exóticos de vida, muito além da vida que conhecemos, o fato é que a ciência já admite plenamente a possibilidade de a vida possa estar espalhada pelo Universo.

Ou, pelo menos, a ciência não tem qualquer argumento para afirmar que ela não exista.

Se a questão sobre a existência de vida fora da Terra não é mais suficiente para você, saiba que os cientistas agora discutem se há vida em outros universos - Imagem: NASA/MIT

Mas as preocupações de um grupo de físicos já estão extrapolando este que pode ser maior mistério com que a humanidade se defronta.

Para eles, não se trata mais de responder se existe vida em outras partes do nosso Universo, mas se há vidas em outros universos além do nosso.

Pense nesse multiverso hipotético como se fosse um mega-universo cheio de inúmeros universos menores, entre os quais o nosso próprio. O assunto, se parece esquisito demais, sempre chamou a atenção dos físicos teóricos.

Mais especificamente, esses pesquisadores querem saber se pode haver vida em um universo significativamente diferente do nosso, ainda que não saibamos bem o nosso lugar no nosso velho e bom Universo.

Vida em outros universos

Uma resposta definitiva à questão é de fato impossível, já que não conhecemos uma forma de estudar diretamente outros universos. Mas os cosmologistas já sentem-se à vontade para discutir teoricamente sobre a existência de uma multiplicidade de outros universos, cada um deles com suas próprias leis da física.

Robert Jaffe, Alejandro Jenkins e Itamar Kimchi, ligados à Universidade da Flórida e ao MIT, acreditam ter argumentos suficientes para demonstrar que, em teoria, outros universos, mesmo muito diferentes do nosso, podem desenvolver elementos similares ao carbono, ao hidrogênio e ao oxigênio, o que deixa aberta a possibilidade de que eles contenham formas de vida de fato muito similares à nossa.

Ainda que as massas desses elementos "extra-universais" sejam completamente diferentes, a vida pode ter encontrado seus próprios caminhos. "Você pode alterá-las significativamente sem eliminar a possibilidade de que exista química orgânica no universo," diz Jenkins.

Outras leis da física

Uma hipótese dentro da cosmologia moderna propõe que um Fluxo Escuro - que vem juntar-se à matéria escura e à energia escura - seria uma evidência de que o nosso é apenas um universo contido em um multiverso. Existem inclusive propostas para encontrar uma quarta dimensão do espaço.

Alan Guth propõe que a natureza está constantemente criando universos, cada vez com leis físicas ligeiramente diferentes, ou mesmo totalmente diferentes das que conhecemos.

Alguns desses universos, defendem os cientistas, não duram mais do que alguns instantes, colapsando sobre si mesmos e desaparecendo. Em outros, as forças entre as partículas são pequenas demais para dar origem a átomos ou moléculas.

Entretanto, em alguns desses universos, nos quais as condições sejam adequadas para que a energia inicial se expresse na forma de matéria, podem surgir átomos, moléculas, planetas e galáxias. E, onde há planetas e galáxias, há sempre a possibilidade de que os elementos adequados se juntem para formar vida, vida inteligente e civilizações.

Hipótese antrópica

O homem sempre explicou o mundo a partir de si mesmo. Por milênios, consideramo-nos o centro do Universo. Ainda hoje, mesmo alguns cientistas sentem-se desconfortáveis em falar sobre formas de vida diferentes da nossa, apoiando-se na conjectura estritamente conservadora de que elas nunca foram observadas.

Segundo os teóricos do multiverso, contudo, essa suposição de que condições ligeiramente diferentes das presentes em nosso Universo impediriam de todo a existência de qualquer tipo de vida nada mais é do que um resquício dessa mania histórica de colocar o homem no centro de tudo.

É o que eles chamam de "hipótese antrópica", que vai muito além do que se poderia imaginar, chegando mesmo a explicar as leis físicas como existindo quase que em função da existência do homem. Se as "condições corretas" não existirem - vale dizer, as condições nas quais a vida como a conhecemos consegue se manter - então não existiria vida de jeito nenhum.

Os proponentes da teoria do multiverso questionam essa postura, e propõem a existência de universos com leis físicas diferentes, mas que, ainda assim, têm totais condições de conterem suas próprias formas de vida.

Universos familiares

Contudo, como é difícil falar em formas de vida totalmente bizarras, os pesquisadores resolveram se especializar em outros universos cujas forças nuclear e eletromagnética são parecidas com as que conhecemos, de tal forma que possam emergir átomos e moléculas.

Para restringir ainda mais o estudo, eles centraram sua atenção em vidas baseadas na familiar química do carbono que nos deu origem.

Ou seja, admitimos que possam existir universos de quaisquer tipos, com quaisquer leis físicas, resultando em conformações de matéria, energia, e eventualmente vida, inimagináveis - mas escolhemos "estudar" os universos que se parecem com o nosso o suficiente para que nos sentíssemos confortáveis se fôssemos instantaneamente transportados para lá.

Alterando os quarks

"Se você não tiver uma entidade estável com a química do hidrogênio, você não terá hidrocarbonos, ou carboidratos complexos, e você acabará não tendo vida," afirma Jaffe, eventualmente circunscrevendo-se novamente à hipótese antrópica, pelo menos para "efeitos práticos da sua teoria" - ainda que tal expressão possa parecer esdrúxula demais.

"O mesmo acontece com o carbono e o oxigênio. Além desses três nós sentimos que todo o resto é detalhe," acrescenta o pesquisador.

Alan Guth propõe que a natureza está constantemente criando universos, cada vez com leis físicas ligeiramente diferentes, ou mesmo totalmente diferentes das que conhecemos - Imagem: Univ.Florida

A partir daí, eles decidiram ver o que poderia acontecer com esses elementos fundamentais quando as massas de partículas elementares, chamadas quarks, são alteradas.

Em nosso Universo, existem seis tipos de quarks, que são os blocos fundamentais dos prótons, nêutrons e elétrons. Os pesquisadores centraram sua atenção nos quarks "alto", "baixo" e "estranho", que são os mais leves e os mais comuns, que se juntam para formar os prótons e os nêutrons, além dos chamados "hiperons" - veja Cientistas transformam energia em matéria.

Em nosso Universo, o quark baixo é cerca de duas vezes mais pesado do que o quark alto, resultando em nêutrons que são cerca de 0,1 vez mais pesados do que os prótons.

Os cientistas então modelaram uma família de universos nos quais o quark baixo fosse mais leve do que o quark alto, levando a prótons que seriam ligeiramente mais pesados do que os nêutrons. Neste cenário, o hidrogênio não poderia ser estável, mas seu isótopo deutério, ou trício, que é ligeiramente mais pesado, seria.

Um isótopo de carbono conhecido como carbono-14 também seria estável, assim como uma forma específica de oxigênio. Desta forma, as reações orgânicas necessárias à vida seriam possíveis.

Os cientistas se concentraram nos quarks porque já sabemos o suficiente sobre eles para predizer o que aconteceria se suas massas fossem diferentes. Entretanto, "qualquer tentativa para lidar com o problema de forma mais ampla torna-se muito difícil," dizem eles.

Forças fundamentais

Mas seus colegas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley afirmam que universos com possibilidade de vida semelhante à nossa poderiam emergir mesmo se não apresentarem uma das quatro forças fundamentais do nosso Universo - a força nuclear fraca, que permite as reações que transformam nêutrons em prótons e vice-versa.

Esse grupo de cientistas demonstrou que o ajuste adequado das outras três forças fundamentais poderia compensar a falta da força nuclear fraca e permitir a formação de elementos estáveis.

Constante cosmológica

Mark Wise, do Caltech, afirma que estes novos estudos avançam o conhecimento ao mexer em várias constantes ao mesmo tempo. Quando se varia apenas uma constante, fatalmente os resultados mostram um universo nada hospitaleiro, o que leva à conclusão - errônea, segundo ele - de que outros universos com vida são impossíveis.

Segundo Wise, um parâmetro físico que parece ser extremamente bem ajustado é a constante cosmológica - uma medida da pressão exercida pelo espaço vazio, que faz com que o Universo se contraia ou se expanda. Quando a constante cosmológica é positiva, o espaço se expande; quando negativa, o universo colapsa sobre si mesmo.

Em nosso universo, a constante cosmológica é positiva, mas muito pequena - qualquer valor maior faria o universo expandir-se rápido demais para que as galáxias pudessem se formar. Entretanto, Wise e seus colegas demonstraram que é teoricamente possível que mudanças na densidade cosmológica primordial poderiam compensar ao menos pequenas variações no valor da própria constante cosmológica.

Possibilidades

Infelizmente, não há formas conhecidas de saber ao certo se existem outros universos além do nosso, e, se houver, se eles podem sustentar formas de vida baseadas em carbono, como a nossa.

Mas isto não é razão suficiente para fazer os físicos pararem de explorar as possibilidades. Para conhecer outros exemplos dessas explorações, veja Nosso Universo pode ser um gigantesco holograma e A Terra não está no centro do Universo, versão século XXI.

Fonte: Inovação Tecnológica (Baseado em artigo de Anne Trafton - MIT)

Recordista de queda livre quer ultrapassar a barreira do som

Normalmente, Felix Baumgartner não precisaria de muita prática na ciência da queda. Ele já saltou de dois dos edifícios mais altos do mundo, bem como do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (um salto de 30 metros pelo qual ele bateu o recorde mundial de paraquedismo a baixa altitude). Já atravessou o Canal da Mancha em queda livre. Já saltou para o fundo de uma caverna escura de 187 metros de profundidade - o salto mais difícil de sua carreira até o momento, na opinião dele.

Felix Baumgartner em treinamento em um túnel de vento, em Perris, na Califórnia, para o salto que ele pretende fazer a partir de um balão na estratosfera

Mas agora, Felix, o Destemido, apelido pelo qual seus fãs o conhecem, tem tarefa mais árdua ainda a realizar: saltar de um balão de hélio na estratosfera, a pelo menos 36,5 mil metros de altitude. Em meio minuto, calcula, sua velocidade seria de mais de 1.100 km/h, e com isso ele se tornaria o primeiro paraquedista a ultrapassar a barreira do som. Depois de uma queda livre de cinco minutos e meio, o paraquedas se abriria para o pouso, quase 37 quilômetros abaixo.

Esse é o plano, ao menos, se bem que ninguém saiba o que a onda de choque fará ao seu corpo quando ele exceder a velocidade do som. O salto, que deve acontecer este ano, quebraria um dos mais veneráveis recordes aerospaciais. Por meio século, ninguém superou (e um homem morreu tentando) o recorde de altitude estabelecido por Joe Kittinger como parte do Projeto Excelsior, da força aérea americana.

Em 1960, Kittinger tinha 32 anos e era piloto na força aérea; ele saltou de um balão a 31,3 mil metros sobre o deserto do Novo México. Hoje com 81 anos, Kittinger é um coronel reformado e parte da equipe Red Bull Stratos, que trabalha no salto de Baumgartner, financiado pela fabricante de bebidas energéticas.

"Por 50 anos", disse Kittinger, "recebi telefonemas de pessoas do mundo inteiro que queriam quebrar meu recorde - um ou até dois ao mês. Mas nunca me envolvi porque essas pessoas não faziam ideia dos desafios. O que me atraiu ao projeto da Red Bull foi a abordagem metodológica quanto à segurança e quanto a obter avanços científicos com o projeto".

Mais de três dúzias de veteranos da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) , da força aérea e do setor aerospacial dos Estados Unidos estão trabalhando há três anos para planejar o salto, construir o balão e uma cápsula pressurizada e adaptar um traje de astronauta para Baumgartner. Além do recorde, eles conduzem pesquisas fisiológicas e estão desenvolvendo procedimentos para que futuros astronautas sobrevivam a perdas de pressão de cabine ou a evacuações de emergência na estratosfera.

Uma das preocupações é evitar um problema que quase matou Kittinger no Projeto Excelsior. Sua queda deveria ter sido estabilizada por um pequeno paraquedas de arrasto, mas este não se abriu em um salto de teste de 1959, porque o cordão se emaranhou no pescoço do oficial.

Como resultado, o corpo de Kittinger entrou em rotação que chegou às 120 revoluções por minuto, em um salto iniciado a mais de 18 mil metros. Ele desmaiou e só recuperou a consciência quando o paraquedas de reserva se abriu automaticamente, a cerca de 1,5 mil metros do solo. Quando despertou, ele escreveu mais tarde, achava inicialmente que estava morto, mas viu o paraquedas aberto por sobre e percebeu que "parecia impossível, mas eu estava maravilhosamente vivo".

Baumgartner, 41, ex-paraquedista das forças especiais austríacas, espera não precisar de um paraquedas de arrasto, e planeja evitar rotação ajustando o ângulo de seu corpo e mantendo os braços paralelos ao tórax.

Mas para sobreviver ao quase vácuo e às temperaturas gélidas da atmosfera, ele necessitará de capacete fechado e traje de pressurização. Muitos aviões romperam a barreira do som, mas a tarefa é misteriosa para um ser humano, diz Art Thompson, diretor de projetos da Red Bull Stratos e antigo engenheiro da Northrop no programa do bombardeiro B-2. As ondas de choque de uma queda supersônica poderiam prejudicar o corpo humano, ou criar desastrosas turbulências.

"Não sabemos o que acontecerá a Feliz e ao traje quando ele ultrapassar a velocidade do som", diz Mike Todd, outro dos engenheiros do projeto, que trabalhou na divisão de pesquisa da Lockheed, em trajes pressurizados para os aviões de espionagem que operavam em altitude elevada para a força aérea norte-americano. "Felix pode descer sem problemas, mas caso metade do traje esteja supersônica e a outra não, pode haver turbulência que descontrolaria seu voo".

Riscos como esses são um dos motivos para que o recorde de Kittinger perdure há meio século. Funcionários da Nasa e da força aérea, compreensivelmente, relutam em explicar a comitês legislativos os potenciais percalços de projetos como esse.

Mas os aventureiros privados têm mais liberdade para correr riscos. O diretor médico da equipe de Baumgartner, Dr. Jonathan Clark, ex-diretor de saúde das tripulações de ônibus espaciais da Nasa, diz que o espírito em que esse projeto está sendo realizado o leva a recordar os primeiros dias da corrida espacial.

"É uma tarefa realmente arriscada, colocar alguém lá em um ambiente extremo, para romper a barreira do som", disse Clark. "Será uma grande façanha técnica. É como o começo da Nasa, aquele sentimento estimulante de que não sabemos o que teremos de enfrentar, mas faremos todo o possível para superar qualquer obstáculo".

Assista ao salto de Felix Baumgartner no Rio de Janeiro:




Fonte: The New York Times - Tradução: Amy Traduções via Terra - Foto: Garth Milan (The New York Times)

Cias. aéreas brasileiras poderão ter até 49% de capital estrangeiro

As companhias aéreas brasileiras poderão ter até 49% de capital estrangeiro. Na mesma proposta enviada ao Congresso, em que permite a ampliação de 20% para 49% dessa participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas, o governo também muda o regime de funcionamento dos serviços aéreos, que deixam de ser uma concessão de serviço público e passam a ser prestados mediante simples autorização do governo. A proposta do Ministério da Defesa sacramenta juridicamente a liberação dos preços das passagens aéreas, que já ocorre na prática, pois exime o governo da responsabilidade na garantia do equilíbrio econômico e financeiro das empresas.

Há uma exceção em que o capital estrangeiro pode ser superior a 49%: em caso de acordo bilateral de reciprocidade. O artigo 180G do novo texto do Código Brasileiro de Aeronáutica, diz que “observada a reciprocidade, os acordos sobre serviços aéreos celebrados pelo Brasil poderão prever limite de capital social votante em poder de brasileiros inferior ao mínimo estabelecido no inciso II do art. 180-F (51%), sendo válido apenas entre as partes contratantes”. Se o Brasil decidir fazer um acordo especial com um país, isso só valerá para esse caso específico.

Fôlego

Para o Ministério da Defesa, com a ampliação de 20% para 49% de capital estrangeiro as empresas aéreas ganharão fôlego financeiro e facilidade administrativa. Na exposição de motivos, Jobim disse que a injeção de investimentos vai ajudar a atender a “demanda por serviços de transporte aéreo, que tem crescido significativamente, na ordem de 14% ao ano nos últimos cinco anos”.

Regionais

Com a liberdade para abrir e fechar novas empresas - sem precisar passar pelas regras de concessão pública -, o governo quer estimular também o aumento de empresas dispostas a fazer voos regionais, elevando, assim o número de cidades atendidas por linhas aéreas.

O projeto não prevê prazos para as autorizações de funcionamento das companhias aéreas. Não haverá interrupção em nenhum tipo de contrato.

As mudanças de regime de concessão para autorização deverão ocorrer automaticamente no encerramento dos atuais contratos. As novas empresas já serão sob a regra da simples autorização, muito menos burocratizada. A cassação da autorização poderá ocorrer a qualquer momento, se a empresa descumprir as regras de funcionamento do setor exigidas que vão desde princípio de eficiência, regularidade, pontualidade, até responsabilidade e segurança das operações, segundo as normas do setor de aviação.

Os cancelamentos frequentes de voos ou atendimento deficiente podem ser motivo de punição à empresa.

Casa Civil

O texto estava pronto para ser encaminhado ao Congresso desde outubro de 2009, mas inúmeras discussões foram travadas entre a Casa Civil e a Defesa. Existem outros projetos que permitem a ampliação do capital estrangeiro em tramitação no Congresso. Um deles, já foi aprovado no Senado e está na Câmara. De acordo com a Defesa, o novo texto é mais amplo e adequa à nova situação do transporte aéreo o capítulo do Código Brasileiro de Aeronáutica que trata de serviços aéreos.

Na exposição de motivos encaminhada ao Congresso, o Ministério da Defesa defende a alteração do texto alegando que é preciso “estabelecer novo paradigma ao modelo que os serviços aéreos são organizados e prestados, de modo a garantir a segurança jurídica necessária para estímulo e desenvolvimento da aviação nacional e adequar o setor à realidade mundial”.

Fonte: Tribuna do Norte

Treinamento da Aeronáutica assusta moradores de Aracruz (ES)

Não houve queda de aeronave em Aracruz, no Espírito Santo. Segundo o 5º Batalhão do município, na tarde deste sábado (20), pilotos das forças armadas realizaram um treinamento na região e, entre 16h30 e 17h30, deram voos rasantes, o que gerou apreensão a moradores das proximidades.

Um morador afirmou ter visto um helicóptero cair em uma plantação de eucalipto, mas quatro viaturas foram até o local e nada encontraram. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) chegou a requisitar o apoio do helicóptero da PM, em Vitória, mas as buscas foram suspensas depois que a Infraero informou que apenas uma aeronave, da PM, havia passado pela região, fazendo rasantes, o que chamou a atenção dos moradores.

Fonte: Gazeta Online - Mapa: Wikipédia