Alguns dos principais aeroportos brasileiros já operam acima de sua capacidade e problemas para atender a demanda podem chegar antes de 2014, quando o Brasil será a sede da Copa do Mundo de futebol. É o que sugere estudo preparado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) sobre a situação dos terminais das 12 cidades que abrigarão o evento esportivo. O comandante Ronaldo Jenkins, diretor do Snea, alerta para o risco de vários aeroportos, mantida a situação atual, não terem condições de receber novas aeronaves. "Não falo de um novo apagão nos moldes daquele de 2007, mas sim de uma perspectiva ruim no que diz respeito à qualidade do serviço e atendimento ao passageiro", disse, mencionando filas, dificuldades na retirada de bagagens e atrasos dos voos.
Para o comandante, obras de ampliação de pátios de aeronaves, terminais de passageiros e construção de pistas de taxiamento, que servem para acelerar a saída da aeronave da pista principal, já deveriam estar prontas. "Mas a maior parte dos investimentos em obras está prevista para acontecer entre 2012 e 2013. E há projetos que devem acabar só em 2014. O cronograma está muito apertado, principalmente ao considerar que eventuais problemas ambientais ou judiciais podem atrasar ainda mais as obras", afirmou. Para Jenkins, a iniciativa privada tem pouca margem de manobra para resolver o problema. "Isso depende do governo, que é quem decide sobre as licitações. Do lado das empresas, o que se pode fazer é utilizar a tecnologia para acelerar o atendimento ao cliente", opinou.
O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, é um dos que trabalham acima de sua capacidade. Em 2009, este terminal estava preparado para receber 20,5 milhões de passageiros por ano. O que se viu, conforme o Snea, foi um movimento de 21,6 milhões de pessoas, número que difere do apresentado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), de 20,5 milhões de passageiros - em linha com a capacidade do terminal. Mesmo após as obras de ampliação e construção de um terceiro terminal em Guarulhos, o trânsito de passageiros, estimado pelo Snea em 29,5 milhões em 2014, ficará bem perto do limite da capacidade projetado para aquele ano, de 30,5 milhões de pessoas.
"Este contexto de saturação vai ser visto em praticamente todos os aeroportos. E isso certamente vai comprometer a qualidade do atendimento", observou o diretor do Snea. No Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, a demanda, de 13,7 milhões de passageiros, superou a capacidade em 1,7 milhão em 2009. Como este terminal não tem muito espaço para crescer, espera-se que no ano da Copa receba 15 milhões de pessoas, encostando no teto de sua capacidade para 2014.
Mesmo o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, que há pouco tempo caiu nas graças das grandes companhias aéreas de aviação comercial, está perto da saturação. Pelos dados do Snea, em 2009 passaram por este terminal 3,4 milhões de pessoas - os dados da Infraero apontam para 2,9 milhões de passageiros -, com uma diferença de 100 mil para alcançar a capacidade anual para 3,5 milhões de pessoas. "Com as obras programadas para Viracopos, a capacidade sobe para 11 milhões em 2014 e a demanda esperada é para 7,5 milhões de passageiros neste período."
O aeroporto que se encontra em pior situação, conforme Jenkins, é o de Brasília, cujo movimento superou em 2,2 milhões de pessoas o limite de sua capacidade anual, de 10 milhões de pessoas. "Além de faltarem posições de estacionamento para aeronaves, realidade comum a quase todos os aeroportos avaliados, as filas para o check-in se estendem até a parte de fora do terminal e faltam cadeiras nas salas de embarque", observou o comandante.
No Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão mostra uma situação um pouco mais confortável. O fluxo de passageiros, estimado pelo Snea em 11,8 milhões no ano passado, ficou distante dos 18 milhões de capacidade. Para 2014, ano em que a capacidade deve pular para 26 milhões com as obras de infraestrutura, espera-se um movimento de 20,7 milhões de pessoas. No caso do aeroporto Santos Dumont, que no ano passado recebeu 5 milhões de passageiros, deve manter em 2014 o limite de sua capacidade (8,5 milhões de pessoas) e receber 8,3 milhões de turistas.
Fonte: Michelly Chaves Teixeira (Agência Estado) via Estadão
Para o comandante, obras de ampliação de pátios de aeronaves, terminais de passageiros e construção de pistas de taxiamento, que servem para acelerar a saída da aeronave da pista principal, já deveriam estar prontas. "Mas a maior parte dos investimentos em obras está prevista para acontecer entre 2012 e 2013. E há projetos que devem acabar só em 2014. O cronograma está muito apertado, principalmente ao considerar que eventuais problemas ambientais ou judiciais podem atrasar ainda mais as obras", afirmou. Para Jenkins, a iniciativa privada tem pouca margem de manobra para resolver o problema. "Isso depende do governo, que é quem decide sobre as licitações. Do lado das empresas, o que se pode fazer é utilizar a tecnologia para acelerar o atendimento ao cliente", opinou.
O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, é um dos que trabalham acima de sua capacidade. Em 2009, este terminal estava preparado para receber 20,5 milhões de passageiros por ano. O que se viu, conforme o Snea, foi um movimento de 21,6 milhões de pessoas, número que difere do apresentado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), de 20,5 milhões de passageiros - em linha com a capacidade do terminal. Mesmo após as obras de ampliação e construção de um terceiro terminal em Guarulhos, o trânsito de passageiros, estimado pelo Snea em 29,5 milhões em 2014, ficará bem perto do limite da capacidade projetado para aquele ano, de 30,5 milhões de pessoas.
"Este contexto de saturação vai ser visto em praticamente todos os aeroportos. E isso certamente vai comprometer a qualidade do atendimento", observou o diretor do Snea. No Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, a demanda, de 13,7 milhões de passageiros, superou a capacidade em 1,7 milhão em 2009. Como este terminal não tem muito espaço para crescer, espera-se que no ano da Copa receba 15 milhões de pessoas, encostando no teto de sua capacidade para 2014.
Mesmo o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, que há pouco tempo caiu nas graças das grandes companhias aéreas de aviação comercial, está perto da saturação. Pelos dados do Snea, em 2009 passaram por este terminal 3,4 milhões de pessoas - os dados da Infraero apontam para 2,9 milhões de passageiros -, com uma diferença de 100 mil para alcançar a capacidade anual para 3,5 milhões de pessoas. "Com as obras programadas para Viracopos, a capacidade sobe para 11 milhões em 2014 e a demanda esperada é para 7,5 milhões de passageiros neste período."
O aeroporto que se encontra em pior situação, conforme Jenkins, é o de Brasília, cujo movimento superou em 2,2 milhões de pessoas o limite de sua capacidade anual, de 10 milhões de pessoas. "Além de faltarem posições de estacionamento para aeronaves, realidade comum a quase todos os aeroportos avaliados, as filas para o check-in se estendem até a parte de fora do terminal e faltam cadeiras nas salas de embarque", observou o comandante.
No Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão mostra uma situação um pouco mais confortável. O fluxo de passageiros, estimado pelo Snea em 11,8 milhões no ano passado, ficou distante dos 18 milhões de capacidade. Para 2014, ano em que a capacidade deve pular para 26 milhões com as obras de infraestrutura, espera-se um movimento de 20,7 milhões de pessoas. No caso do aeroporto Santos Dumont, que no ano passado recebeu 5 milhões de passageiros, deve manter em 2014 o limite de sua capacidade (8,5 milhões de pessoas) e receber 8,3 milhões de turistas.
Fonte: Michelly Chaves Teixeira (Agência Estado) via Estadão
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