Basílio Horta, presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) vai receber do construtor de aviões brasileiro Embraer, um projecto de investimento que poderá ser o embrião de uma "nova Autoeuropa".
A Embraer vai apresentar, amanhã, à AICEP e a um conjunto de empresas e instituições nacionais, um projecto para a fabricação de diversas estruturas e componentes para o novo cargueiro militar KC-390 (imagem acima), um aparelho destinado a concorrer com o Airbus A400M e o Hércules C-130J. A empresa ainda não revelou os montantes de investimento previstos.No entanto, o construtor brasileiro já detém uma participação de 65% na OGMA (Indústria Aeronáutica Nacional) e assinou, em 2008, um acordo com o Estado português para a construção de duas fábricas de componentes e materiais compósitos em Évora, um investimento de 148 milhões de euros, que prevê a criação de 500 postos de trabalho especializados.
A confirmar-se o interesse de Portugal aderir ao programa de desenvolvimento deste avião militar brasileiro, assegurando a compra de algumas unidades do KC-390, a Embraer poderá escolher Portugal para a montagem final do aparelho, elevando os postos de trabalho a cerca de 3000.
Recorde-se que a empresa reservou um terceiro terreno (por sinal, o maior em área) junto do espaço onde vai construir as suas novas fábricas, com acesso directo à pista do actual aeródromo de Évora. "Comprar os aviões não é uma condição essencial para a concretização do projecto em Portugal, mas pode ser um contributo decisivo", admite uma fonte próxima do processo.
Cluster aeronáutico nacional
O encontro agendado para amanhã, em Lisboa, visa contribuir para a formação de um cluster aeronáutico em Portugal. É promovido pela AICEP, mas a iniciativa partiu do ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, em carta dirigida ao seu homólogo português, Nuno Severiano Teixeira. O projecto será apresentado por quatro responsáveis da Embraer, entre os quais o vice-presidente para a área de engenharia, Waldir Gonçalves e o gerente sénior do programa do KC-390, Teixeira Barbosa, e contará ainda com a presença de um brigadeiro do Comando Aeronáutico Brasileiro (COMAER).
Além de atender as necessidades da Força Aérea Brasileira (cuja encomenda inicial já viabilizou a construção do novo avião), o Embraer KC-390 vai preencher um nicho de mercado criado pelo potencial de substituição de uma frota mundial de mais de 1600 aeronaves de transporte militar, actualmente com mais de 25 anos de operação. Chile e Polónia são os países que já manifestaram o seu interesse no novo avião.
O KC-390 foi concebido de raiz como um jacto de transporte táctico e logístico na classe das 20 toneladas de carga. Tem capacidade para transportar os mais variados tipos de carga - incluindo veículos blindados e evacuações médicas - e será dotado dos mais modernos sistemas de manuseio e lançamento de cargas. Contará, igualmente, com as tecnologias e sistemas que representam o estado-da-arte na indústria aeronáutica mundial.
Fonte: Alexandre Coutinho (Exame Expresso - Portugal) - Imagem: Divulgação/Embraer
Um comentário:
Que vantagem tem para o Brasil a Embraer Criar ou fazer um avião fora do Brasil ?
Se bem que criar não vai mesmo, pois , a Embraer até hoje nunca criou sequer um para fuso pequeno que seja " Aeronautico" . A embraer não passa de uma montadora que à tempos atràz era Medíocre,agora deu uma melhoradinha ,mas, criar é incapáz e vai continuar assim .
Parodiando com a Bíblia:--- Pode o homem roubar à Deus? Quando um grupo diz que vai fazer um avião para carregar tropas Militares é puro roubo aos cofres públicos ,quem gosta de ser roubados por Judeus são os Americanos que compram aquelas porcarias enormes para os Militares . É puro roubo aos cofres públicos,por não fazem com seus recursos próprios como Haward Hughs? por exemplo?
São incompetentes ,mas, uns Ratos.
Postar um comentário