As principais companhias aéreas brasileiras estão preocupadas com a habilidade do governo para resolver os gargalos nos aeroportos do país nos próximos quatro anos, a tempo da realização da Copa do Mundo de futebol de 2014.
O aumento da renda da população nos últimos anos, em meio ao crescimento da economia, vem fazendo com que mais brasileiros usem o avião como meio de transporte. De janeiro a junho, o tráfego de passageiros no país disparou 27,6 por cento ante igual período de 2009, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Assim, a própria demanda atual por transporte aéreo exige soluções imediatas, para problemas que vão de estacionamentos com poucas vagas em aeroportos até a falta de espaço para aviões, passando por terminais de passageiros insuficientes.
"Aeroporto bom é aeroporto em obras", afirmou à Reuters o vice-presidente Comercial e de Planejamento da TAM, companhia aérea líder no Brasil, Paulo Castello Branco.
"Existe um gargalo de infraestrutura aeroportuária notório no país, especialmente em São Paulo... Só não existe um caos aéreo porque a Anac limitou o número de operações nos aeroportos."
Segundo recente estudo da consultoria McKinsey, a capacidade dos aeroportos do país encerrou 2009 em 126 milhões de passageiros, com uma demanda de 111 milhões. Em 2014, o fluxo deverá alcançar os 146 milhões.
O levantamento da McKinsey aponta que dos 20 principais aeroportos, sete estão com pátios e terminais de passageiros saturados. E das 12 cidades-sede da Copa, apenas quatro não têm aeroportos com saturação em pátio ou terminal de passageiros atualmente.
"A Copa é oportunidade única de expor o Brasil para o mundo todo e o aeroporto é a primeira impressão do país para o turista. Dado o histórico (de investimentos do governo), a situação preocupa. Sem dúvida, os investimentos exigem foco e têm que deixar o alerta ligado", disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.
O governo federal trabalha com um orçamento de 6,5 bilhões de reais para investir nos aeroportos nos próximos anos, dos quais cerca de 5,5 bilhões de reais irão para as cidades-sede.
A cifra contrasta com o que vinha sendo aplicado nos aeroportos. Em 2003, por exemplo, foram apenas 42 milhões de reais. Em 2006, 1 bilhão de reais foram injetados, valor que tombou para 270,3 milhões de reais em 2007, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento.
Procurada, a Infraero, estatal responsável pela administração dos aeroportos, não comentou o assunto até a publicação da reportagem.
"Estamos preocupados, sim, com o investimento do governo, mas estamos confiantes que esses mais de 6 bilhões de reais serão investidos num tempo que dará respaldo ao crescimento", disse o presidente-executivo da Azul, Pedro Janot.
As estimativas sobre o fluxo de passageiros que será gerado durante a Copa variam. Para a McKinsey, serão de 2,9 milhões a 5,8 milhões de passageiros a mais. Já a Ernest & Young calcula fluxo adicional de 2,25 milhões de passageiros no período do Mundial.
Fonte: Alberto Alerigi Jr. (Reuters) via O Globo
O aumento da renda da população nos últimos anos, em meio ao crescimento da economia, vem fazendo com que mais brasileiros usem o avião como meio de transporte. De janeiro a junho, o tráfego de passageiros no país disparou 27,6 por cento ante igual período de 2009, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Assim, a própria demanda atual por transporte aéreo exige soluções imediatas, para problemas que vão de estacionamentos com poucas vagas em aeroportos até a falta de espaço para aviões, passando por terminais de passageiros insuficientes.
"Aeroporto bom é aeroporto em obras", afirmou à Reuters o vice-presidente Comercial e de Planejamento da TAM, companhia aérea líder no Brasil, Paulo Castello Branco.
"Existe um gargalo de infraestrutura aeroportuária notório no país, especialmente em São Paulo... Só não existe um caos aéreo porque a Anac limitou o número de operações nos aeroportos."
Segundo recente estudo da consultoria McKinsey, a capacidade dos aeroportos do país encerrou 2009 em 126 milhões de passageiros, com uma demanda de 111 milhões. Em 2014, o fluxo deverá alcançar os 146 milhões.
O levantamento da McKinsey aponta que dos 20 principais aeroportos, sete estão com pátios e terminais de passageiros saturados. E das 12 cidades-sede da Copa, apenas quatro não têm aeroportos com saturação em pátio ou terminal de passageiros atualmente.
"A Copa é oportunidade única de expor o Brasil para o mundo todo e o aeroporto é a primeira impressão do país para o turista. Dado o histórico (de investimentos do governo), a situação preocupa. Sem dúvida, os investimentos exigem foco e têm que deixar o alerta ligado", disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.
O governo federal trabalha com um orçamento de 6,5 bilhões de reais para investir nos aeroportos nos próximos anos, dos quais cerca de 5,5 bilhões de reais irão para as cidades-sede.
A cifra contrasta com o que vinha sendo aplicado nos aeroportos. Em 2003, por exemplo, foram apenas 42 milhões de reais. Em 2006, 1 bilhão de reais foram injetados, valor que tombou para 270,3 milhões de reais em 2007, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento.
Procurada, a Infraero, estatal responsável pela administração dos aeroportos, não comentou o assunto até a publicação da reportagem.
"Estamos preocupados, sim, com o investimento do governo, mas estamos confiantes que esses mais de 6 bilhões de reais serão investidos num tempo que dará respaldo ao crescimento", disse o presidente-executivo da Azul, Pedro Janot.
As estimativas sobre o fluxo de passageiros que será gerado durante a Copa variam. Para a McKinsey, serão de 2,9 milhões a 5,8 milhões de passageiros a mais. Já a Ernest & Young calcula fluxo adicional de 2,25 milhões de passageiros no período do Mundial.
Fonte: Alberto Alerigi Jr. (Reuters) via O Globo
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