Atraso custa R$ 3 mil à TAM

Condenação na Justiça

TAM terá de indenizar médico de RP que chegou atrasado para palestra por falha da empresa

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo condenou a TAM Linhas Aéreas a indenizar em R$ 3 mil por danos morais um médico de Ribeirão Preto por atraso no voo. Como consequência, o médico chegou atrasado para um congresso onde era palestrante, em Belo Horizonte (MG). Ainda cabe recurso.

O relator Cauduro Padin, do tribunal, confirmou a decisão em primeira instância —na Justiça de Ribeirão, a TAM já tinha perdido a ação e decidiu recorrer em São Paulo. Procurada, a assessoria de imprensa da empresa não retornou à reportagem até o início da noite de ontem.

O atraso ocorreu em julho de 2000. Na ação, o médico afirma que o voo partiu de Ribeirão para São Paulo com 20 minutos de atraso. Na capital, ele ainda permaneceu esperando em uma sala até ser feita a conexão para Belo Horizonte. A palestra do médico, marcada para ter início às 12h30 e que duraria duas horas, foi iniciada depois das 13h30. Na ação, ele alega que a previsão de chegada do voo era às 11h02.

“Ninguém entra na Justiça. O consumidor é visto de uma maneira sem nenhuma consideração da empresa, não só pela TAM, mas todas as outras. Quando isso ocorreu, decidi ter uma postura educativa”, afirmou o médico.

‘FORÇA MAIOR’

Na ação, a TAM alega que os atrasos ocorreram por motivo de força maior e que “os atrasos são corriqueiros e inerentes aos meios de transporte”. A TAM afirmou ainda que o atraso não causou nenhum “grande prejuízo” ao médico.

“Eu cheguei na conferência e estava todo mundo me esperando. Fiz (a conferência) com atraso, mas ficou chato”, afirmou o médico. “Se hoje todo mundo fizer o mesmo, quem sabe daqui a oito anos não somente uma, mas mais pessoas sejam indenizadas”, afirmou. Segundo ele, naquele dia não estava chovendo e, por este motivo, não havia nenhuma razão para a demora. O médico disse ainda que não foi informado sobre os motivos do atraso.

Fonte: Gabriela Yamada (Gazeta de Ribeirão)