quarta-feira, 3 de junho de 2009

Aeronáutica diz que localizou peça de sete metros de diâmetro

Foram encontrados novos quatro pontos com destroços nesta madrugada.

Onze aeronaves que saem de Natal e Noronha participam das buscas.


Imagem divulgada pela Aeronáutica mostra mancha de óleo em área de busca pelo voo AF 447 - Foto: Divulgação/Aeronáutica - clique na foto para ampliá-la

O subchefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral, disse, em entrevista na manhã desta quarta-feira (3), que foram encontrados quatro novos pontos com destroços que podem ser o avião que fazia o voo AF 447 e caiu no Oceano Atlântico, depois de decolar do Rio de Janeiro em direção a Paris. A bordo, estavam 228 pessoas.

De acordo com Amaral, às 3h40 desta madrugada, uma aeronave R-99 localizou, a 90 quilômetros ao Sul da região inicialmente coberta pelas buscas, uma peça de sete metros de diâmetro, dez objetos, sendo alguns metálicos, e uma mancha de óleo que teria chegado a 20 quilômetros de extensão. Os novos destroços foram localizados em uma nova área vasculhada, de cinco quilômetros.

Depois da entrevista, a Aeronáutica divulgou as primeiras imagens das buscas pelo avião.

Veja abaixo o vídeo com as primeiras imagens divulgadas pela Aeronáutica na área de buscas



Jorge Amaral afirmou que a Aeronáutica ainda não tem confirmações de que os objetos tenham símbolos que os identifiquem como patrimônio da Air France. Quanto ao objeto de sete metros de diâmetro encontrado, ele disse que pode ser uma parte da cauda da aeronave. “Pode ser a lateral, um pedaço de aço ou qualquer parte da fuselagem ou cauda”, destacou.

O coronel acrescentou que a Aeronáutica continua trabalhando com a possibilidade de haver sobreviventes do acidente e garantiu que, até o momento, nenhum corpo foi encontrado no Oceano Atlântico.

Veja abaixo a entrevista sobre a localização de mais destroços



Os materiais localizados no mar serão levados em um primeiro momento para Fernando de Noronha (PE) e depois para o Recife. Segundo Amaral, é possível que o centro de investigações de acidentes aéreos francês, responsável pela investigação do acidente, queira levar materiais para a França.

No total, 11 aeronaves da Aeronáutica estão percorrendo a área de busca. Elas saem de Natal e Fernando de Noronha.

A Air France diz que deve divulgar ainda nesta quarta a lista com os nomes dos ocupantes do voo 447.

Parentes

Mais cedo, familiares de passageiros do voo 447 da Air France já haviam dito ao G1 que receberam a informação de que mais peças foram encontradas pela Aeronáutica. "Segundo eles, havia ainda uma peça única de sete metros", disse Maarten Van Sluys, irmão de Adriana Van Sluys, jornalista da Petrobras, que não perde a esperança de encontrá-la viva.

"Enquanto alguém não disser que isso é humanamente impossível, acredito que possa haver sobreviventes, mas não sei se é o meu desejo prevalecendo sobre a razão", disse Marten, que está no Rio de Janeiro.

Veja onde foram localizados os novos destroços - clique no mapa para ampliá-lo

Marinha

Também nesta quarta, o primeiro navio da Marinha brasileira chegou ao local onde foram localizados os primeiros destroços do avião que fazia o voo AF 447, A informação foi dada pelo contra-almirante Sávio Nogueira, diretor de comunicação da Marinha, em entrevista à Globo News.

Ele ressaltou, porém, que até o momento não foram resgatados restos da aeronave. O navio está no local onde a Aeronáutica localizou os materiais.

Sem defeito

O escritório de investigação e análise de acidentes aéreos da França investiga as causas do acidente. Na França, o chefe do escritório, Paul-Louis Arslanian, disse que pretende realizar um relatório minucioso sobre o caso. Ele afirmou em entrevista coletiva que está descartada a hipótese de que a aeronave tenha decolado do Rio com algum defeito. "Nenhuma conclusão pode ser tomada agora", disse.

Segundo ele, o trabalho de investigação será dividido em várias frentes distintas e contará com informações e com a colaboração do Brasil. Arslanian quer entregar um esboço do relatório no fim de junho.

Fonte: G1

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