Autoridades admitem que é improvável a localização da caixa-preta.
Solucionar o mistério que levou à catástrofe do voo Air France 447 depende basicamente de localizar a caixa-preta do avião, que deve estar a mais de 3.000 metros de profundidade - onde a pressão é altíssima e o oceano se mostra completamente escuro. Uma missão nada fácil, mesmo que alguns dos destroços da aeronave sejam encontrados no fundo do mar. Para tentar realizá-la, o governo francês despachou para a região um navio equipado com um robô submergível e um minissubmarino.
A embarcação Porquois Pas, pertencente ao Ifremer (sigla para Instituto de Pesquisa Francês para a Exploração do Mar, em francês), foi enviada para a região em que os primeiros destroços foram avistados pela Força Aérea Brasileira e deve chegar lá no início da semana que vem.
O navio leva a bordo o robô Victor6000 e o submarino Nautile. O primeiro tem a capacidade de passar 72 horas ininterruptas submerso. Com braços robóticos operados remotamente, ele transmite imagens de vídeo para seus operadores, que o controlam do navio acima. Ele pode descer a 6.000 metros de profundidade. É um veículo útil para uma primeira inspeção do leito oceânico, mas tem um inconveniente: não pode transportar passageiros humanos.
Em compensação, o Nautile exige que seus ocupantes saibam exatamente onde estão indo: o veículo permite apenas cinco horas de navegação autônoma.
Apesar de todos os esforços, as autoridades reconhecem que será dificílimo encontrar a caixa-preta e admitem que o problema que vitimou o voo AF447 pode acabar como um enigma sem resposta.
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