A direção da Air France teria dito nesta quarta-feira (3) aos familiares das vítimas do vôo AF 447, que desapareceu na costa nordestina brasileira no último domingo, quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, que o avião se desintegrou, provavelmente no ar, e que não há nenhuma esperança de encontrar sobreviventes. A informação foi dada ao UOL Notícias pelo presidente da Associação Francesa de Vítimas do Terrorismo, Guillaume Denoix de Saint-Marc, que acompanhou a reunião realizada na tarde desta quarta-feira (horário local) entre o diretor-geral da companhia aérea, Pierre-Henry Gourgeon, e parentes dos passageiros. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da empresa aérea em Paris não confirmou a hipótese de desintegração do avião. O encontro foi realizado no hotel Pullman, no aeroporto internacional Charles de Gaulle, onde foram reunidos os parentes e amigos das vítimas.
Segundo especialistas entrevistados pelo jornal francês Le Figaro, há pistas de que o avião se desintegrou em pleno voo. Um dos indícios seria a extensão de cerca de 300 km em que os destroços do avião se espalharam no Oceano Atlântico. No entanto, essa hipótese ainda carece de maiores informações para ser confirmada. Uma desintegração do avião a cerca de 10 mil metros de altura poderia ter ocorrido em decorrência de "um fenômeno meteorológico excepcionalmente violento, o que é plausível na zona de convergência intertropical por onde passava o voo, ou uma brusca despressurização ou atentado terrorista", escreve o jornal.
Um especialista consultado pelo Le Figaro afirmou que a dispersão de destroços em uma área de centenas de quilômetros quadrados também foi observado no caso do avião 747 da PanAm, em Lockerbie. Em 21 de dezembro de 1988, o Boeing 747 explodiu durante voo sobre a Escócia por causa de uma bomba e provocou a morte de 270 pessoas.
Esperança de encontrar sobreviventes
Segundo Saint-Marc, mesmo após as informações divulgadas pela imprensa, alguns parentes ainda mantinham uma "última esperança" de encontrar sobreviventes ou de que o piloto do avião pudesse ter conseguido pousar a aeronave no oceano. "A Air France disse claramente que não havia mais nenhuma esperança", afirmou.
Durante o encontro, um dos familiares das vítimas teria perguntado à Air France se era verdadeira a informação de que alguns passageiros teriam enviado SMS de despedida. De acordo com Saint-Marc, o diretor da Air France disse que "não havia nenhuma possibilidade de que isso acontecesse".
Guillaume Denoix de Saint-Marc também participou da cerimônia religiosa em homenagem às vítimas do acidente, realizada na Catedral de Notre Dame, em Paris, com a participação de funcionários da Air France, parentes das vítimas e autoridades, entre elas o presidente francês Nicolas Sarkozy. "A emoção era muito grande", afirmou.
Em entrevista à uma emissora de TV local, Fabrice Monteiro, irmão de uma das vítimas, criticou a iniciativa, considerando precipitada a decisão de realizar a missa.
Fonte: UOL Notícias
Segundo especialistas entrevistados pelo jornal francês Le Figaro, há pistas de que o avião se desintegrou em pleno voo. Um dos indícios seria a extensão de cerca de 300 km em que os destroços do avião se espalharam no Oceano Atlântico. No entanto, essa hipótese ainda carece de maiores informações para ser confirmada. Uma desintegração do avião a cerca de 10 mil metros de altura poderia ter ocorrido em decorrência de "um fenômeno meteorológico excepcionalmente violento, o que é plausível na zona de convergência intertropical por onde passava o voo, ou uma brusca despressurização ou atentado terrorista", escreve o jornal.
Um especialista consultado pelo Le Figaro afirmou que a dispersão de destroços em uma área de centenas de quilômetros quadrados também foi observado no caso do avião 747 da PanAm, em Lockerbie. Em 21 de dezembro de 1988, o Boeing 747 explodiu durante voo sobre a Escócia por causa de uma bomba e provocou a morte de 270 pessoas.
Esperança de encontrar sobreviventes
Segundo Saint-Marc, mesmo após as informações divulgadas pela imprensa, alguns parentes ainda mantinham uma "última esperança" de encontrar sobreviventes ou de que o piloto do avião pudesse ter conseguido pousar a aeronave no oceano. "A Air France disse claramente que não havia mais nenhuma esperança", afirmou.
Durante o encontro, um dos familiares das vítimas teria perguntado à Air France se era verdadeira a informação de que alguns passageiros teriam enviado SMS de despedida. De acordo com Saint-Marc, o diretor da Air France disse que "não havia nenhuma possibilidade de que isso acontecesse".
Guillaume Denoix de Saint-Marc também participou da cerimônia religiosa em homenagem às vítimas do acidente, realizada na Catedral de Notre Dame, em Paris, com a participação de funcionários da Air France, parentes das vítimas e autoridades, entre elas o presidente francês Nicolas Sarkozy. "A emoção era muito grande", afirmou.
Em entrevista à uma emissora de TV local, Fabrice Monteiro, irmão de uma das vítimas, criticou a iniciativa, considerando precipitada a decisão de realizar a missa.
Fonte: UOL Notícias
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