A hipótese de um atentado terrorista é considerada remota pelo governo francês, mas não foi inteiramente descartada. Enquanto as causas do desastre não ficarem claras, a possibilidade continuará sendo considerada, disse ontem o ministro da Defesa, Hervé Morin.
"Não podemos descartar um ato terrorista, já que o terrorismo é a maior ameaça às democracias ocidentais. Mas neste momento não temos qualquer elemento indicando que tal ato tenha causado o acidente", disse Morin à rádio Europe 1.
Em meio aos inúmeros cenários levantados pela mídia francesa, o de um ato terrorista tem sido descrito como improvável desde o início por dois motivos principais: não houve reivindicação de autoria e o Brasil não é tido usualmente como alvo desse tipo de ataque.
Alguns alertam que é cedo para deixar de lado a hipótese. Porta-voz da Associação Francesa de Vítimas do Terrorismo, Guillaume Denoix de Saint Marc foi uma das únicas visitas recebidas ontem pelos familiares de passageiros do voo, que foram isolados pela Air France em um hotel perto do aeroporto Charles de Gaulle.
De Saint Marc disse que foi ao hotel confortar os familiares, não levantar hipóteses. Mas lembrou que o atentado que matou seu pai e outras 169 pessoas há 20 anos, sobre o deserto do Saara, também parecia inicialmente um acidente.
As investigações acabaram provando que o DC10 da empresa UTA (Union des Transports Aériens), que partiu de Brazzaville (República do Congo) rumo a Paris em 19 de setembro de 1989, foi derrubado pela explosão de uma bomba. "Demorou cinco dias até ficar claro que era um ato terrorista", afirmou de Saint Marc.
Ele disse que conversou com vários dos parentes, inclusive uma jovem brasileira, da qual não quis revelar o nome. "Ela está muito mal", disse De Saint Marc. Como ocorre em situações de choque, explicou, ela está "confusa e perdeu a cronologia dos fatos".
O hotel em que estão os parentes foi fechado para abrigar cerca de 50 famílias de vítimas. Está totalmente isolado pela polícia, que só permite o acesso a profissionais de saúde e autoridades. O consulado brasileiro em Paris não soube informar quantos cidadãos do país estão no hotel.
Fonte: Marcelo Ninio (jornal Folha de S. Paulo)
"Não podemos descartar um ato terrorista, já que o terrorismo é a maior ameaça às democracias ocidentais. Mas neste momento não temos qualquer elemento indicando que tal ato tenha causado o acidente", disse Morin à rádio Europe 1.
Em meio aos inúmeros cenários levantados pela mídia francesa, o de um ato terrorista tem sido descrito como improvável desde o início por dois motivos principais: não houve reivindicação de autoria e o Brasil não é tido usualmente como alvo desse tipo de ataque.
Alguns alertam que é cedo para deixar de lado a hipótese. Porta-voz da Associação Francesa de Vítimas do Terrorismo, Guillaume Denoix de Saint Marc foi uma das únicas visitas recebidas ontem pelos familiares de passageiros do voo, que foram isolados pela Air France em um hotel perto do aeroporto Charles de Gaulle.
De Saint Marc disse que foi ao hotel confortar os familiares, não levantar hipóteses. Mas lembrou que o atentado que matou seu pai e outras 169 pessoas há 20 anos, sobre o deserto do Saara, também parecia inicialmente um acidente.
As investigações acabaram provando que o DC10 da empresa UTA (Union des Transports Aériens), que partiu de Brazzaville (República do Congo) rumo a Paris em 19 de setembro de 1989, foi derrubado pela explosão de uma bomba. "Demorou cinco dias até ficar claro que era um ato terrorista", afirmou de Saint Marc.
Ele disse que conversou com vários dos parentes, inclusive uma jovem brasileira, da qual não quis revelar o nome. "Ela está muito mal", disse De Saint Marc. Como ocorre em situações de choque, explicou, ela está "confusa e perdeu a cronologia dos fatos".
O hotel em que estão os parentes foi fechado para abrigar cerca de 50 famílias de vítimas. Está totalmente isolado pela polícia, que só permite o acesso a profissionais de saúde e autoridades. O consulado brasileiro em Paris não soube informar quantos cidadãos do país estão no hotel.
Fonte: Marcelo Ninio (jornal Folha de S. Paulo)
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