quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Escapamos por um buraco no avião, relata sobrevivente de acidente aéreo na China

Os sobreviventes do acidente aéreo que matou 42 pessoas na noite de terça-feira na China relataram hoje à imprensa local que conseguiram sobreviver fugindo da estrutura do avião em meio à fumaça e ao fogo.

Um homem com ferimentos leves relata ter sentido turbulência depois do anúncio de que o avião iria aterrissar. “Houve quatro ou cinco turbulências, as bagagens nos compartimentos começaram a cair. Todo mundo entrou em pânico. Quem estava no fundo começou a correr para a frente do avião”, afirmou a vítima à agência estatal de notícias Xinhua.

“Havia fumaça e eu sabia que era tóxica. Então prendi o fôlego e corri até enxergar um buraco com fogo. Eu sai e corri pelos menos uns 100 metros para assegurara que estava a salvo”.

“Alguém me puxou para a saída de emergência e me jogou para fora antes que eu percebesse o que estava acontecendo”, afirmou Ji Yifan, de 80 anos de idade, à Xinhua.

Ele conta que o escorregador de emergência pegou fogo quando ele deixava o avião. “Eu cai no chão e novamente alguém me puxou”, lembra Ji, em uma cama de hospital, com queimaduras no rosto, pescoço e braços.

Outro sobrevivente contou à CCTV que tentou quebrar a janela do avião com um telefone celular. “Eu vi que o avião pegava fogo. Mas a janela era muito difícil de quebrar. Então eu ouvi que havia um buraco na frente do avião e escapamos por ali”, lembra.

O capitão da aeronave, Qi Quanjun, sobreviveu com ferimentos graves, e não está em condições de relatar o que ocorreu.

O vice-ministro de aviação civil da China, Li Jian, afirmou que as conclusões das análises serão divulgadas assim que possível. “É difícil fazer qualquer especulação agora, mas será publicado, passo a passo, aquilo que encontrarmos”, afirmou.

Após a tragédia, o diretor geral da Henan Airlines, Li Qiang, foi demitido do cargo e será substituído por Cao Bo. Autoridades locais também anunciaram que todos os voos da companhia foram suspensos para avaliação das condições de segurança.

Fonte: UOL Notícias (com informações de agências internacionais) - Foto: AP

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