A queda do avião de passageiros da Embraer no nordeste da China, na terça-feira, após atravessar a pista e explodir, deixou 42 mortos e 96 feridos, de acordo com o último balanço das autoridades chinesas. Anteriormente, a informação da mídia estatal era que havia 43 mortos.
A Embraer confirmou que se trata de um modelo ERJ-190 da Henan Airlines e enviou uma equipe de técnicos ao local para ajudar na investigação. O avião ultrapassou os limites da pista ao pousar num novo aeroporto, pegando fogo, no pior acidente aéreo do país desde 2004.
O ERJ-190 bateu no solo às 21h36 de terça-feira (10h36 em Brasília), na localidade de Yichun, cidade de 1 milhão de habitantes em meio a uma remota floresta da província de Heilonjiang, segundo a Administração de Aviação Civil da China. O voo era procedente de Harbin, a capital provincial.
A Henan Airlines informou à Reuters que suspenderia todos os seus voos por três dias.
O pequeno aeroporto de Yichun foi inaugurado no ano passado. Ele é parte de um crescente número de aeródromos que estão sendo construídos no interior da China para estimular o desenvolvimento econômico.
O acidente ainda está sendo investigado, mas a revista Caijing disse que um regulamento proibia "em princípio" a operação noturna do aeroporto de Yichun.
Sete dos 54 sobreviventes estão em estado grave, segundo Wang Aiwen, prefeito de Yichun.
"Quando olhei pela janela, não consegui ver nada. Não havia luz nenhuma", disse o sobrevivente Xue Xilai à agência Xinhua. "Logo depois disso, o avião bateu com força no chão e se partiu em dois."
Estavam a bordo 91 passageiros, inclusive cinco crianças, e cinco tripulantes, segundo a Xinhua. Aparentemente, todos os passageiros eram da China continental, exceto um, de Taiwan.
"Quando a parte de trás do avião pousou, senti uma chacoalhada forte, e aí o avião aparentemente começou a se partir", disse outro sobrevivente, hospitalizado, a uma TV.
"Comecei a correr, mas não havia saída à frente ou atrás. Aí vimos uma rachadura e corremos por ela para escapar."
A Xinhua disse que entre os feridos em estado grave está Sun Baoshu, vice-ministro de Recursos Humanos.
A agência informou que o piloto sobreviveu com graves lesões faciais, mas não corre risco de morrer.
Ao amanhecer da quarta-feira a polícia havia isolado o local do acidente, cheio de destroços retorcidos e carbonizados e de corpos colocados em sacos, segundo relato da Xinhua.
Técnicos da Embraer, maior fabricante mundial de jatos regionais, embarcaram na própria terça-feira para a China, para participar das investigações. As ações da empresa tiveram queda de 3,9 por cento na Bolsa de São Paulo na terça-feira, sendo cotadas a 10,42 reais.
A Henan Airlines, que recentemente adotou o nome de Kunpeng Airlines, é uma subsidiária regional da Shenzhen Airlines, que por sua vez é parcialmente controlada pela Air China.
O movimento da aviação comercial na China saltou de 67,2 milhões de viagens em 2000 para 230,5 milhões em 2009, segundo dados oficiais. Nos últimos anos, o país registrou poucos acidentes, refletindo uma melhoria nas regras de segurança e no treinamento dos aeronautas, além da aquisição de uma frota relativamente jovem, de fabricação ocidental.
Fonte: Ben Blanchard e Chris Buckley (Reuters) - Reportagem adicional de Huang Yan e Fang Yan em Pequim e Guillermo Parra-Bernal em Sao Paulo via o Globo - Foto: AFP
A Embraer confirmou que se trata de um modelo ERJ-190 da Henan Airlines e enviou uma equipe de técnicos ao local para ajudar na investigação. O avião ultrapassou os limites da pista ao pousar num novo aeroporto, pegando fogo, no pior acidente aéreo do país desde 2004.
O ERJ-190 bateu no solo às 21h36 de terça-feira (10h36 em Brasília), na localidade de Yichun, cidade de 1 milhão de habitantes em meio a uma remota floresta da província de Heilonjiang, segundo a Administração de Aviação Civil da China. O voo era procedente de Harbin, a capital provincial.
A Henan Airlines informou à Reuters que suspenderia todos os seus voos por três dias.
O pequeno aeroporto de Yichun foi inaugurado no ano passado. Ele é parte de um crescente número de aeródromos que estão sendo construídos no interior da China para estimular o desenvolvimento econômico.
O acidente ainda está sendo investigado, mas a revista Caijing disse que um regulamento proibia "em princípio" a operação noturna do aeroporto de Yichun.
Sete dos 54 sobreviventes estão em estado grave, segundo Wang Aiwen, prefeito de Yichun.
"Quando olhei pela janela, não consegui ver nada. Não havia luz nenhuma", disse o sobrevivente Xue Xilai à agência Xinhua. "Logo depois disso, o avião bateu com força no chão e se partiu em dois."
Estavam a bordo 91 passageiros, inclusive cinco crianças, e cinco tripulantes, segundo a Xinhua. Aparentemente, todos os passageiros eram da China continental, exceto um, de Taiwan.
"Quando a parte de trás do avião pousou, senti uma chacoalhada forte, e aí o avião aparentemente começou a se partir", disse outro sobrevivente, hospitalizado, a uma TV.
"Comecei a correr, mas não havia saída à frente ou atrás. Aí vimos uma rachadura e corremos por ela para escapar."
A Xinhua disse que entre os feridos em estado grave está Sun Baoshu, vice-ministro de Recursos Humanos.
A agência informou que o piloto sobreviveu com graves lesões faciais, mas não corre risco de morrer.
Ao amanhecer da quarta-feira a polícia havia isolado o local do acidente, cheio de destroços retorcidos e carbonizados e de corpos colocados em sacos, segundo relato da Xinhua.
Técnicos da Embraer, maior fabricante mundial de jatos regionais, embarcaram na própria terça-feira para a China, para participar das investigações. As ações da empresa tiveram queda de 3,9 por cento na Bolsa de São Paulo na terça-feira, sendo cotadas a 10,42 reais.
A Henan Airlines, que recentemente adotou o nome de Kunpeng Airlines, é uma subsidiária regional da Shenzhen Airlines, que por sua vez é parcialmente controlada pela Air China.
O movimento da aviação comercial na China saltou de 67,2 milhões de viagens em 2000 para 230,5 milhões em 2009, segundo dados oficiais. Nos últimos anos, o país registrou poucos acidentes, refletindo uma melhoria nas regras de segurança e no treinamento dos aeronautas, além da aquisição de uma frota relativamente jovem, de fabricação ocidental.
Fonte: Ben Blanchard e Chris Buckley (Reuters) - Reportagem adicional de Huang Yan e Fang Yan em Pequim e Guillermo Parra-Bernal em Sao Paulo via o Globo - Foto: AFP
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