Companhia aérea se beneficiará das operações da líder Absa, que tem 20% do capital nas mãos dos chilenos
A associação com a LAN vai incrementar a presença da TAM no transporte de cargas no país e no exterior. Isso porque a chilena LAN tem 20% do capital da Absa, empresa brasileira líder nacional, que atende também a mais 35 países.
No anúncio do acordo, a TAM afirmou que, dos 400 milhões de reais em sinergias, 110 milhões virão da parte de cargas. "Pretendemos ser parceiros da Absa", disse ao site EXAME Líbano Barroso, presidente da TAM Linhas Aéreas. "Mas vamos pensar nos detalhes disso apenas quando o negócio for aprovado pelas autoridades." A empresa evita detalhar qualquer estratégia que envolva a Latam.
Hoje, há 52 empresas, nacionais e estrangeiras, que transportam cargas. A Absa é a maior empresa cargueira do país com 15,2% do mercado brasileiro e internacional. A TAM aparece na segunda posição, com 13,2%, seguidas por Gol (com 7,5%) e VarigLog (com 4,6%). Procuradas, TAM, LAN e Absa não comentam como ficará a situação das três com a criação da Latam.
A TAM Cargo conta com uma estrutura de 140 aeronaves que atendem 44 aeroportos brasileiros. Internacionalmente, há negócios com 36 países. A diferença entre a brasileira e a chilena ainda é grande: foram 649.000 toneladas transportadas pela Lan contra 183.000 toneladas da TAM, em 2009.
Juntas, as empresas cargueiras do grupo LAN que operam no país (LAN Cargo, LAN Express, LAN Colômbia, LAN Chile e LAN (Argentina) respondem por 4,8% do mercado.Com a TAM, vice-líder no mercado, a empresa ganha mais 13,2% na combinação entre doméstico e internacional.
A receita com transporte de cargas na TAM registrou um crescimento de 33%, aos 285 milhões de reais no segundo trimestre. O resultado se deveu por conta do aumento de volume e das tarifas. Só no transporte internacional, o crescimento saltou 50%. No doméstico, o aumento foi mais modesto, de 16%. Já a LAN apresentou, durante o segundo trimestre, um aumento de 60,3% em cargas, em parte beneficiada pela operação brasileira.
533 milhões de reais em investimentos
O setor de cargas é mais um dos que serão beneficiados com os altos investimentos em infraestrutura no país. O governo parece, finalmente, decidido a melhorar seus aeroportos. A Infraero conta com uma rede de 34 terminais de logística de carga espalhados pelo país. Neles, são prestados os serviços de armazenagem e movimentação da carga a ser exportada e importada.
A Infraero já realiza estudos de viabilidade para implantação de mais dois terminais de logística de carga: um deles nos aeroporto de Palmas (TO) e outro em Uberlândia (MG).
Para turbinar o setor, a empresa, em seu Plano de Investimentos Diretos para os Terminais de Logística de Carga no período 2010-2014, prevê investir 533 milhões de reais em construção de novos terminais, reformas, ampliação e adequação dos complexos atuais, além da aquisição de equipamentos de logística e carga. Só em 2010, serão destinados 58% do valor. O crescimento do setor justifica o investimento. Entre janeiro e julho deste ano, 636.000 toneladas de carga foram movimentadas - uma alta de 36% em relação ao mesmo período de 2009.
Fonte: Marcio Orsolini (Exame.com)
A associação com a LAN vai incrementar a presença da TAM no transporte de cargas no país e no exterior. Isso porque a chilena LAN tem 20% do capital da Absa, empresa brasileira líder nacional, que atende também a mais 35 países.
No anúncio do acordo, a TAM afirmou que, dos 400 milhões de reais em sinergias, 110 milhões virão da parte de cargas. "Pretendemos ser parceiros da Absa", disse ao site EXAME Líbano Barroso, presidente da TAM Linhas Aéreas. "Mas vamos pensar nos detalhes disso apenas quando o negócio for aprovado pelas autoridades." A empresa evita detalhar qualquer estratégia que envolva a Latam.
Hoje, há 52 empresas, nacionais e estrangeiras, que transportam cargas. A Absa é a maior empresa cargueira do país com 15,2% do mercado brasileiro e internacional. A TAM aparece na segunda posição, com 13,2%, seguidas por Gol (com 7,5%) e VarigLog (com 4,6%). Procuradas, TAM, LAN e Absa não comentam como ficará a situação das três com a criação da Latam.
A TAM Cargo conta com uma estrutura de 140 aeronaves que atendem 44 aeroportos brasileiros. Internacionalmente, há negócios com 36 países. A diferença entre a brasileira e a chilena ainda é grande: foram 649.000 toneladas transportadas pela Lan contra 183.000 toneladas da TAM, em 2009.
Juntas, as empresas cargueiras do grupo LAN que operam no país (LAN Cargo, LAN Express, LAN Colômbia, LAN Chile e LAN (Argentina) respondem por 4,8% do mercado.Com a TAM, vice-líder no mercado, a empresa ganha mais 13,2% na combinação entre doméstico e internacional.
A receita com transporte de cargas na TAM registrou um crescimento de 33%, aos 285 milhões de reais no segundo trimestre. O resultado se deveu por conta do aumento de volume e das tarifas. Só no transporte internacional, o crescimento saltou 50%. No doméstico, o aumento foi mais modesto, de 16%. Já a LAN apresentou, durante o segundo trimestre, um aumento de 60,3% em cargas, em parte beneficiada pela operação brasileira.
533 milhões de reais em investimentos
O setor de cargas é mais um dos que serão beneficiados com os altos investimentos em infraestrutura no país. O governo parece, finalmente, decidido a melhorar seus aeroportos. A Infraero conta com uma rede de 34 terminais de logística de carga espalhados pelo país. Neles, são prestados os serviços de armazenagem e movimentação da carga a ser exportada e importada.
A Infraero já realiza estudos de viabilidade para implantação de mais dois terminais de logística de carga: um deles nos aeroporto de Palmas (TO) e outro em Uberlândia (MG).
Para turbinar o setor, a empresa, em seu Plano de Investimentos Diretos para os Terminais de Logística de Carga no período 2010-2014, prevê investir 533 milhões de reais em construção de novos terminais, reformas, ampliação e adequação dos complexos atuais, além da aquisição de equipamentos de logística e carga. Só em 2010, serão destinados 58% do valor. O crescimento do setor justifica o investimento. Entre janeiro e julho deste ano, 636.000 toneladas de carga foram movimentadas - uma alta de 36% em relação ao mesmo período de 2009.
Fonte: Marcio Orsolini (Exame.com)
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